A educação da cidade de São Paulo é ruim, para não dizer péssima; a saúde, precária; o trânsito, um caos. A poluição não para de piorar. Os roubos estão aumentando. Por que, então, poderíamos aceitar dinheiro público para a construção de estádio de um evento passageiro como a Copa do Mundo? O que não falta na cidade é estádio de futebol.
Há um risco de que o veto ao uso do Morumbi signifique investimentos de dinheiro público em um novo estádio --coisa que as autoridades negam.
Se é para torrar dinheiro público com bobagem, prefiro que São Paulo fique de fora. A Copa passa (e rápido) e a cidade fica.
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Esse debate apenas estimula minha desconfiança de que as obras da Copa e das Olimpíadas vão acabar menos em taças e medalhas do que em escândalos.
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da
Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de
jornalismo comunitário da
Folha. Escreve para a
Folha.com às segundas-feiras.
Este comentário se aplica ao Brasil como um todo, já que estas são as condições do Brasil e não só de São Paulo.
ResponderExcluirPor que a iniciativa privada sempre competente, eficiente não assume a tarefa de organizar e realizar uma copa? Tem caroço neste angu.
ResponderExcluirMarc
ResponderExcluirÉ simples, porque a CPF (Comissão Por Fora) não chegou ao valor pretendido pelo PT que tem um alto orçamento para a campanha de Dilma este ano.
Afinal de contas pagar hoteis 5 estrelas para Dilma na Europa, aluguel de casa de luxo para ela em Brasilia alem do salário de 15.000 por mes para a siliconada é muito dinheiro.