Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Pra desopilar

Cançãozinha criada em Porto Alegre (RS) pelo pessoal do Café do Brique, no Parque Farroupilha, gozando as senhoras manifestantes da direita estulta que ficaram restritas à zona que se poderia comparar com os "Jardins" paulistanos (Parcão), e diante da dispersão do evento por baixo quorum, passaram no lugar errado e na hora errada:

"Nós somos os petralhinhas,

Entre as mulheres somos os maiorais,

Elas se casam com tucanos,

Mas é dos petralhas que elas gostam mais..."

Pano rápido.

by Saulowa


A mentira do dia

A Agência de Notícias Bloomberg espalhou que o modelo de partilha poderá ser mudado para o de concessão, que significa entregar de bandeja o pré-sal a petroleiras estrangeiras - promessa do Psdb a elas -.

Nesse momento uma canpanha da oposição para doar o petróleo do pré-sal a preço de banana - como fizeram com a Vale - é tudo que o PT sonha. Isso iria unir a esquerda e mesmo os nacionalistas da direita.

Não me admiro que os tucademos deem mais esse tiro no pé.

A incompetência dessa gente não tem limites.



Dilma, o cabide e a criada: se Noblat escrevesse novelas, “Babilônia” estaria salva. Por Kiko Nogueira

O espectro de um novo escândalo ronda Brasília: o espectro do “cabidegate”. O crédito é do colunista Ricardo Noblat. Se as novelas da Globo tivessem um terço da criatividade de Noblat, a situação do Ibope, provavelmente, não estaria tão feia.

Assim como o historiador Marco Antonio Villa nutre uma obsessão homoerótica por Lula (seus apelos destemperados para que Lula apareça na TV Cultura são lindos), Noblat é fixado num rompimento entre Dilma e seu antecessor, entre lulistas e dilmistas.

Em sua última coluna, um dia depois do flop das manifestações de 12 de abril, ele resolveu narrar um quiproquó barra pesada no Palácio da Alvorada. Foi em “março último”:

A certa altura, Lula disse: “Eu lhe entreguei um país que estava bem…” Dilma devolveu: “Não, presidente. Não estava. E as medidas que estou tomando são para corrigir erros do seu governo”.

A réplica não demorou. “Do meu governo? Que governo? O seu já tem mais de quatro anos”, disparou Lula.

Os assessores de Dilma que aguardavam os dois para jantar e escutaram o diálogo em voz alta, não sabem dizer se ela nesse instante respondeu a Lula ou se preferiu calar.

Um deles guardou na memória o que Lula comentou em seguida: “Você sabe a coisa errada que eu fiz, não sabe? Foi botar você aí”.

 


Um assessor de Lula é a fonte, depreende-se. Ou o próprio Lula, quem sabe? O ódio de Noblat por Lula é de mentirinha, portanto. A dramatização vagabunda da conversa é digna de nota. Vai além da fofoca e da cascata. Estamos tratando de um caso de psicofactoidismo.

Dilma, de acordo com o preciso perfil psicológico traçado por Noblat, é “uma pessoa que não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles”. Para ilustrar essa falha de caráter, ele desenterra uma história que foi originalmente publicada na coluna de Cláudio Humberto em junho passado e desmentida algumas vezes (não pelo governo).

Escreve Noblat:

Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela.

O episódio conhecido dentro do governo como “a guerra dos cabides” custou o emprego de Jane.

Mas ela deu sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides.

Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa “Minha Casa, Minha Vida”, uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou.

 


A triste sina de Jane, a ex-criada, circulou no Whatsapp durante a campanha. Dilma estaria respondendo um processo por “injúria qualificada”. A oposição estaria “trabalhando” para levar à TV testemunhos de funcionários agredidos.

Havia um link para o processo na postagem, o qual levava para uma página não encontrada do CNJ. Não bastasse, se fosse verdade, Dilma responderia por lesão corporal e não injúria qualificada.

Na novela de Noblat, a camareira ainda aparece com uma vendida, uma irresponsável que faz tudo por dinheiro e não pensa no Brasil. O “cabidegate” virou assunto entre os de sempre. Danilo Gentili, por exemplo, o gênio do humor, estava “indignado”.

É o caso de se perguntar, novamente: qual o limite?

Não há. O próximo passo é a notícia de que Dilma — ou Lula, ou seja lá quem for, desde que “inimigo” — matou o cozinheiro do Alvorada por não concordar com a receita do espaguete ao sugo. Dilma, aquela sem coração, ladra e assassina. Noblat e quejandos vão contar em detalhes o crime.

A resposta? O silêncio. Tudo em nome do republicanismo.

Briguilinks

Coisa de casal

Quem fala o que quer...
O casal está passeando pela praia, e a esposa pede que o marido lhe compre um biquíni.
Ele responde: Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!
Continuam caminhando, e ela: Bom, então compra um vestido para mim?
Ele responde: Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!
Passa o dia. À noite, já na cama, o marido vira para a esposa e pergunta: E aí, querida, vamos botar a máquina de lavar para funcionar?
Ela com desdém: 
- Ligar uma máquina dessa para lavar um trapinho desse tamanho, melhor você lavar mesmo na mão.



O desespero de Ricardo Noblat

O pena-paga Ricardo Noblat não é conhecido por sua isenção. Um dos mais raivosos colunistas amestrados, destila intransigência contra a esquerda e contra o PT e ficou tristemente famoso por defender Jair Bolsonaro, quando este atacou Preta Gil com racismo e homofobia. Noblat parece ter ficado transtornado com o fracasso da passeata deste domingo. Como alguém que tenta reavivar as chamas de uma fogueira que se apaga e para isso suja as mãos de cinza, Noblat em sua coluna desta segunda-feira (13) parte para a baixaria contra a presidenta Dilma. Diz que Dilma mente. Diz que ela não “ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles” e portanto, “não pode ser amada”. Para justificar esta fantasia, Noblat fala que Dilma agrediu uma criada no Planalto jogando na empregada cabides de roupa. Quando um jornalista chega a este ponto, revela duas coisas: o próprio nível moral e o um desespero comovente. Dilma, apesar de ter sido reeleita com mais de 54 milhões de votos, não “merece ser amada”, segundo o articulista. O Brasil é que não merece um jornalismo tão “cínico, mercenário, demagógico e corrupto” (Pulitzer de novo) como é o praticado pelo jornal O Globo e seus colunistas amestrados. 

do Vermelho



Valor: A Pátria Educadora é só um lema ou será o grande salto que há anos se espera na educação?

Mangabeira Unger: O projeto que comecei a formular e discutir tem quatro grandes eixos. O primeiro é organização da cooperação federativa em educação. O governo federal só pode avançar em educação organizando a maneira de cooperar com os Estados e municípios. Nós não temos na educação algo semelhante ao SUS em Saúde. O SUS é o exemplo mais acabado de federalismo cooperativo. O segundo eixo é a transformação do paradigma curricular e pedagógico. O terceiro é um conjunto de iniciativas para qualificar os professores e diretores para administrar o ensino analítico. Estamos discutindo a construção de centros regionais de qualificação avançada de professores em meio de carreira. O quarto eixo do projeto é o aproveitamento de tecnologias e técnicas como são as aulas em vídeo e os softwares progressivos e interativos

Valor: Isso vai se transformar numa proposta, em que prazo? 

Mangabeira Unger: Já é uma proposta. É uma obra em construção que está sendo debatida no governo. Eu tenho confiança que o novo ministro da Educação vai participar com entusiasmo da construção desse projeto. É um projeto com o qual a presidenta se comprometeu, inclusive em discurso público. É ela que vai conduzir esse projeto.



Mangabeira Unger e os déspotas administrativos

O nosso direito ambiental não existe. Não existe um direito ambiental substantivo. Existe um direito quase exclusivamente processual, que delega poderes discricionários praticamente ilimitados a um elenco de pequenos déspotas administrativos. Não estou tratando nem de um outro aspecto, que são os órgãos de controle como os tribunais de contas, o Ministério Público. É uma perseguição permanente à atividade criativa do país. Empoderamos esta elite política e judiciária, ao mesmo tempo em que criamos um vácuo de regras, e portanto nos colocamos sob a ditadura desses juízes sem lei. Isto é um impedimento intransponível à democratização da economia de mercado e ao produtivismo includente.


SOBRE O AJUSTE:
Há duas narrativas a respeito do ajuste. Uma é falsa.

Ela está resumida na doutrina da confiança financeira. Segundo essa visão, o ajuste seria necessário para ganhar confiança financeira para trazer o investimento para gerar crescimento. A doutrina da confiança financeira é uma magia que não tem respaldo na realidade, basta ver a situação da Europa, entregue agora, simultaneamente, à austeridade e à estagnação. A narrativa correta a respeito do ajuste é o inverso da doutrina da confiança. O ajuste é para permitir ao governo e ao país não depender da confiança financeira.



Globo anuncia que vai terceirizar a audiência

Projac - Depois de apresentar Carlinhos Braum como novo diretor geral de jornalismo e esportes e colunista do O Globo, os irmãos Marinhos - eles não tem nome próprio (royaltes para PHA) -, tiveram um estalo assim que terminaram de ler  o projeto de lei que altera as terceirizações: 

"Eureka! Há mão de obra competente no mercado! Gente com MBA, pós-doutorado, diploma do curso de atores do Wolf Maia. Não precisamos ficar aqui dando a cara a tapa, fazendo esse papelão. Vamos imitar terceirizar a audiência", disse o irmão mais velho, lendo um texto escrito pelo Laboratório de Discursos LTDA.

Para articular melhor o processo, o irmão do meio criou a Diretoria da Terceirização. Com Paulinho da Força Sindical como diretor comissionado, ele fará a transição final do sistema corporativista para o terrorismo golpista.
Por sugestão do irmão mais novo a Rede Globo abrirá uma licitação para escolher a empresa que prestará o serviço terceirizado de auditar o Ibope. "Já temos propostas de um Consórcio formado pela Odebrecht & Camargo Corrêa e outra da empresa de Luciano Huck", explicou. Emocionado, o caçula completou: 

"É um pequeno passo para o Grupo, mas um grande passo para o Mercado".
Parodiando o The i-piauí Herald

Deu bode nas previsões da Empiricus

Quem ouviu a Empiricus no final de Janeiro, deixou de ganhar 50% com a Petrobras 
Há seis dias, sob o escárnio de alguns “entendidos” em Bolsa, escrevi aqui que não era coisa de um ou dois pregões a alta da Petrobras.
Neste momento, a ação, que começou o ano a R$ 9, marcava pouco mais de R$ 12,56 na Bovespa. Ou 39% a mais. Naquele dia, o crescimento era de 20%.
Considerado o pior valor deste ano, o do dia  30 de janeiro (R$ 8,04), o ganho foi de mais de 50% para quem comprou a esta cotação.
E os espertos compraram, porque só os bobos se entregam ao terrorismo dos urubus do mercado.
Quer ver o que o “sabichão” da Empiricus, cuja onipresente propaganda  polui 11 entre cada dez paginas de Internet, dizia no dia seguinte àquele 30 de janeiro? 
“Para Felipe Miranda, analista da Empiricus Research, a tendência é que o valor das ações da Petrobras caia ainda mais, e que a empresa emita mais ações para cobrir o “rombo”: “o petróleo cai, cria ambiente de estrangulamento financeiro, e isso implica mais queda”, diz. Para ele, não é uma boa comprar ações da estatal, mas sim de vender, e o quanto antes, melhor.”
Os clientes que seguiram seus conselhos devem estar “morrendo de felicidade”, não é?  Leia mais>>>

Estudantes escracham Gilmar Dantas na Bahia

*Manifesto Devolve Gilmar

Acontece​u​ hoje, 13 de abril, pela manhã, na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, em Salvador, uma ação de escracho contra o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pedindo que o ministro “devolva” o processo de julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4650, apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que proíbe o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e partidos políticos. O ministro esteve na Faculdade de Direito para participar de uma banca de doutoramento.

Gilmar pediu vistas da (ADI) 4650 no dia 2 de abril de 2014, e passado 01 ano desde então, o processo ainda está travado em suas mãos. Na prática, a (ADI) contribui enormemente à democracia e ao combate à corrupção, pois proibindo que empresas financiem a política esta iniciativa retira o principal ponto de contato entre corruptos e corruptores. Além disso, retira a influência do poder econômico das eleições, favorecendo a igualdade de condições das candidaturas e evitando distorções de representatividade de segmentos sociais.

Existem hoje no Congresso diversas propostas de Reforma Política. O ponto que trata do financiamento privado de campanha eleitoral é um dos mais citados, já que é um dos principais mecanismos de controle econômico sobre o sistema político.

No STF, a ADI já havia obtido 06 (seis) votos favoráveis e apenas 01 (um) contrário quando Gilmar Mendes pediu vistas, na tentativa de engavetar a proposta. Trata-se de uma ação articulada com os setores conservadores do Congresso Nacional, liderados pelo deputado Eduardo Cunha. Impedem a votação da ADI até conseguirem aprovar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 352/13 e, assim, constitucionalizar o financiamento empresarial.

É certo que não se pode seguir avançando rumo às transformações sociais e às reformas de base sem modificar as regras do jogo. Essa é a composição mais conservadora do Congresso desde a ditadura militar. E temos visto, na prática, o quanto podemos não só deixar de avançar, mas retroceder com essa composição, e sabemos o peso que o poder econômico tem sobre as eleições e as decisões tomadas em nosso país.

Não há como avançar sem um sistema político livre da influência do poder econômico, dos corruptores e dos corruptos, devemos juntar esforços em torno das campanhas que estão sendo construídas, como a campanha da Coalizão por um projeto de lei de iniciativa popular e da Constituinte Exclusiva e Soberana do sistema político.

Por isso pedimos: Devolve, Gilmar!

ASSINAM ESTE MANIFESTO:

Caminhos deslumbrantes


***Estradas, caminhos, trilhas e veredas não são apenas lugares por onde passamos para ir de um lugar a outro. Eles possuem imenso simbolismo em nossa cultura, nossa literatura e nossa arte. São eles que nos conduzem a lugares que só podemos imaginar. Eles simbolizam os mistérios do outro, de ambientes exóticos, segredos guardados e coisas jamais vistas. Também são um ótimo lugar para caminhar e admirar a natureza enquanto clareamos nossas ideias e nos recolhemos para organizar nossos pensamentos. 
Estes caminhos a seguir não são um meio para chegar ao destino; eles próprios são um destino colorido, belo e promissor. Esperamos que você os conheça algum dia desses. Por enquanto, admire e inspire-se!
caminhos, estradas
Veja mais 27 belezas deste tipo Aqui

Eduardo Galeano


Em mil e quinhento os nativos descobriram que eram índios.
Descobriram que viviam na América.
Descobriram que viviam nus.
Descobriram que existia o pecado.
Descobriram que devia obediência a um Rei ou a uma Rainha de outro mundo e a um Deus de outro céu.
E que este Deus havia criado o pecado e a vestimenta, e havia mandado que fosse queimado vivo quem adorasse o sol, adorasse a lua, adorasse a terra e a chuva que lhe molha.

Marcos Passos: o Psdb nunca quis saber do povo

FHC governou para a parcela rica da sociedade durante os seus dois mandatos.

O único governo que zelou pelo povo, principalmente os mais necessitados e completamente abandonados foi o do PT.

Por isso, por mais que existam desvios e erros nesse governo, ele ainda é muito melhor do que a outra opção.

Temos que continuar pressionando para que ele corrija seus próprios erros.

Eduardo Galeano

A utopia está lá no horizonte.

Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.

Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.

Para que serve a utopia?...

Serve para isso:

Para que eu não deixe de caminhar.

Conversa Afiada: Queijo e PHA derrotam Kamel


***Por favor, leia com atenção o texto abaixo:


A Juíza Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira da 29ª Vara do Tribunal de Justiça de São Paulo, comarca de São Paulo, considerou improcedente uma queixa-crime de Ali Ahamad Kamel Ali Harfouche (ou, Gilberto Freire com “i” – ver no ABC do C Af) contra o ansioso blogueiro com fundamento no artigo 386 do Código Penal.

O que diz o artigo 386 ?

Inciso VII do Artigo 386 do Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)


Agora, também por favor, responda:

Uma juíza (?) da mais alta Corte do país - (STF) Supremo Tribunal Federal -, que afirma: 

"Não tenho prova cabal contra Dirceu. Mas, vou condena-lo porque a literatura jurídica me permite"...Rosa Weber

Isso é uma aberração. Esse voto, não tem de ser anulado. Tem de ser contado como voto de absolvição. Um dia isso será feito. E essa vagabunda - a literatura me permite trata-la dessa forma - vai para lata de lixo da história, abraçada ao Fuxlero, Gilmar Dantas, Joaquim Capitão do Mato Barbosa e demais que condenaram José Dirceu baseado na "Teoria do domínio do fato".

De fato essa quadrilha togada teve o domínio da farsa.

Corja!!!

Paulo Nogueira: O fracasso dos protestos encerra, enfim, o terceiro turno


*O flop sensacional dos protestos de hoje tem um significado essencial: acabou, enfim, o terceiro turno, depois de mais cem dias de governo Dilma. Foi um final melancólico para os esperançosos de um golpe contra os 54 milhões de votos – um grupo diversificado que vai dos coronéis da mídia até aquela massa ignara formada por analfabetos políticos. Os protestos se esvaziaram de pessoas, e a excentricidade boçal e desinformada foi se acentuando.
Um cartaz que viralizou dizia, por exemplo, que sonegação não é corrupção. Outro afirmava que Dilma tinha três opções: renunciar, ser derrubada ou se matar.
Malucos mais uma vez pediam um golpe militar em inglês. E o direitista punk do Movimento Brasil Livre, do alto do fiasco do espetáculo que tentou comandar, disse que é preciso meter uma bala na cabeça do PT.
Em meio a essas cenas beligerantes, a Globonews, como assinalou um tuiteiro, insistia em destacar o “caráter pacífico e familiar” dos protestos.
Numa das melhores tiradas do dia, o tuiteiro escreveu: “A Globonews insiste em dizer que famílias inteiras estão nos protestos. Ora, fodam-se as famílias inteiras.”
Pausa para rir.
Neste estertor de terceiro turno, não podiam faltar também os números inflados. A PM, depois do célebre milhão furado da vez anterior, recuou para um pouco mais de 200 mil pessoas na Paulista.
Neste estertor de terceiro turno, não podiam faltar também os números inflados. A PM, depois do célebre milhão furado da vez anterior, recuou para um pouco mais de 200 mil pessoas na Paulista.
O Datafolha foi mais modesto: 92 mil no pico, às 16 horas.
Mesmo assim, as imagens de grandes vazios na avenida Paulista deixavam dúvidas quanto à precisão do prognóstico do Datafolha.
Um amigo me escreveu: “Como disse Wellington, quem acredita nestes 100 mil acredita em tudo.”
Derreteu-se o exército de manipulados que decidiram vestir a camisa da seleção e ir para as ruas. Não deixarão saudade, em sua imensa tolice.
Eles demoraram uma eternidade a entender que perderam as eleições, mas agora acordaram para a realidade.
Resta Dilma também acordar para o fato de que ela venceu. Não deve haver registro, na República, de um vitorioso em eleições presidenciais com ares tão derrotados.
Isso deu margem a que neoudenistas como FHC, Serra e Aécio agissem como napoleões de hospício, e adotassem um ar triunfal em nada compatível com os resultados das urnas.
Dilma deveria pegar um calendário que inclua todos os dias que restam até o final de seu segundo mandato. E a cada dia, a cada folha arrancada, verificar se fez todas as tarefas que estão por fazer.
Ela tem três anos e nove meses para fazer  coisas como o desmame das grandes empresas de mídia, historicamente acostumadas a viver do dinheiro público sob múltiplas formas.
Nada é tão imperioso como isso, porque os coronéis da mídia se batem ferozmente contra todos os avanços, como se viu agora no caso da terceirização.
Da Globo à Folha e à Abril, as empresas jornalísticas precisam de um choque do capitalismo que pregam para os outros.
Fora todas as mamatas públicas, ainda hoje elas vivem protegidas da concorrência estrangeira, o que é simplesmente uma obscenidade.
Se o PT aspira a ter futuro depois deste governo, vai ter que enfrentar coisas que preferiu fingir que não via.
A hora é essa – com o final do terceiro turno.
no Diário do Centro do Mundo

Cadeia da ilegalidade, por Ricardo Melo

A mídia aderiu com tudo às passeatas que pedem desde o impeachment de Dilma à intervenção militar

Adoro rádio. No meu apartamento, alugado, tenho cinco aparelhos ou mais. Sempre ligados em notícias, alternados por momentos musicais. Mídia impressa, televisão, internet --presto atenção a tudo, mas nunca deixo de apreciar a rapidez com que o rádio nos informa.

Neste domingo levei um susto, ou um choque de realidade. Uma das emissoras que eu sempre sintonizo dedicou sua programação inteira à cobertura de atos contra o governo. Nem o futebol transmitiram.

Lembrei do poder do rádio com a Cadeia da Legalidade. Em 1961, quando os militares ensaiavam um golpe contra o vice João Goulart diante da renúncia de Jânio Quadros, o governador gaúcho Leonel Brizola foi à luta. Assumiu os transmissores da rádio Guaíba e passou a disparar apelos pelo respeito à regra do jogo. Ou seja, que Jango assumisse conforme mandava a Constituição da época. Uma bandeira justa do ponto de vista da democracia. Foi bem sucedido, por três anos. Até 1964.

Agora vemos o inverso. A mídia mainstream aderiu com tudo às passeatas que pedem impeachment da presidente, fim da corrupção, afastamento do ministro Toffoli (!!!) e, por que não, intervenção militar. Faltou protestar contra a epidemia de dengue, racionamento, escalada da violência, falta de material escolar --vai ver que não cabia nas faixas.

Não interessa se neste 12 de abril houve mais ou menos pessoas do que em manifestações anteriores. Quem teve a chance de conhecer países em que a democracia existe há tempos sabe que atos como estes são corriqueiros. Você chega a Paris e é surpreendido por uma greve de metrô ou protestos contra o desemprego. Em Barcelona, manifestações quase diárias pedem a independência do povo basco. Nos Estados Unidos, atos contra ou a favor de alguma causa acontecem diariamente. Nada disso impressiona. O que impressiona é a cobertura digna de Copa do Mundo destinada a tais manifestações ocorridas no Brasil. Jornalistas de verdade gostam de notícias. Mas o que poderia ser mais tedioso e revelador do que ouvir o dia inteiro a mesma narrativa (palavra da moda) sobre atos esvaziados ou inflados artificialmente?

O Brasil já viveu campanhas épicas. Entre outras, a mobilização pela Anistia, o movimento pelas Diretas, o impeachment de Collor, as manifestações de 2013. Todas tinham um objetivo definido, a partir de fatos comprovados. E agora? Querem o impeachment? Então assumam. Faz parte. Só não esqueçam de providenciar os motivos e de que os responsáveis maiores por este tipo de decisão na Câmara e no Senado encabeçam a lista de acusados na Lava Jato.

FRASES QUE FICAM

"Você não pode olhar do ponto de vista moral. Os grupos econômicos se articulam. [...] Você não perguntou, mas posso dizer aqui para a mídia: cartel virou sinônimo de delito, mas não é nada mais, nada menos que monopólio. São empresas que combinam preço, não que tomam preço. Esse é um fenômeno supercomum no mundo inteiro. [...] Quando jornais do interior combinam de aumentar e diminuir preço do jornal, há cartel aí [...] Isso não significa que cartel é delito. De repente, em estação de Metrô, em obra pública, diz que se formou cartel e parece que é 'opa, tem cartel aí', mas é o mesmo que se dizer que se formou um monopólio, oligopólio."

(José Serra, PSDB, em 25.ago.2014, quando candidato ao Senado, durante evento para empresários do setor de comunicações. À disposição na internet.)

Rir é o melhor remédio

A mãe chama a filha para uma conversa séria e diz:

- Minha filha, todas as mulheres da vizinhança estão falando que você está dormindo com o seu namorado.

A filha indignada, responde:

- Ah, mãe, são um bando de fofoqueiras. A gente dorme com um rapaz qualquer e já dizem que é o namorado...