Patética a última pegadinha da Folha. Vejam o que escreveram: "Ex-ministra da Casa Civil gera desconfiança entre os sem-terra, que não apoiarão formalmente nenhum candidato no primeiro turno". Não, meus caros, não são os sem terra que disseram ou querem o que está escrito acima, na chamada da matéria da Folha de S.Paulo de hoje.
Quem quer isso é o próprio jornal. Gostaria de ter o apoio de todos e dos movimentos sociais ao seu candidato, José Serra. Como não tem, nem há possibilidade de obter... É o velho jogo sujo do folhetim a serviço da oposição, o Folhão. O jornal é que quer que seus leitores acreditem nisso.
Vale lembrar que o Abril Vermelho acontece todo ano, tenha eleição ou não. Quem pode esquecer as escandalosas manchetes sobre "Abril Vermelho" que esses jornalões fazem antes, durante e depois de abril, todo ano?
Inclusive, em entrevista ao Viomundo , blog do jornalista Luiz Carlos Azenha, João Pedro Stedile, um dos principais dirigentes do MST diz claramente que o jornal "acredita que pode alterar a luta de classes com factóides. Investe em fofocas para tentar criar contradições vazias entre o nosso movimento e o governo federal".
O MST tem lado. Como o Folhão também tem
A Folha pode tirar o cavalinho da chuva: toda militância do MST vai fazer campanha contra Serra sim. E num 2º turno - se houver - evidentemente vai apoiar Dilma Rousseff. Por quê? Stédile explica: "FHC tentou cooptar (o MST), isolar e criou condições para a repressão física, que resultou nos massacres de Corumbiara (RO) e Carajás (PA). Já no governo Lula há mais diálogo. Nunca houve repressão por parte do governo federal".
O MST têm lado sim, como a Folha também tem. O Movimento sabe quem são seus aliados e os adversários. É conhecimento adquirido na luta, na batalha contra a mídia que os demoniza sempre que pode. Sabe de que lado a Folha está e sempre esteve. Sabe também de que lado a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff está e sempre esteve: ao lado deles, dos mais humildes, dos deserdados de todo mundo, dos sem terra e dos sem teto, dos trabalhadores.