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Blog do Charles Bakalarczyk: O jornalismo de esgoto da RBS, segundo o Cloaca Ne...
Blog do Charles Bakalarczyk: O jornalismo de esgoto da RBS, segundo o Cloaca Ne...
por Zé Dirceu
Tentou - e continua a tentar - substituir a Justiça. Quando não consegue, pressiona para que o julgamento não a desmoralize, não mostre que todo o escândalo foi factóide criado artificialmente por ela. É sua forma e jeito de continuar tentando impor decisões, primeiro à presidenta Dilma Rousseff, depois à Justiça.
Ainda que no caso de que falamos agora, do ministro Orlando Silva, a presidenta da República tenha deixado claro que se pautará pela lei e a Constituição, e que não aceita linchamentos morais e pré-julgamentos.
"Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio"
O governo "não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência. Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente", disse a presidenta em nota oficial.
E o ministro, na reunião com ela na noite de ontem comunicou-lhe ter adotado todas as providências para corrigir e punir malfeitos, ressarcir os cofres públicos e aperfeiçoar os mecanismos de controle do Ministério do Esporte.
"É inaceitável para mim conviver com qualquer tipo de suspeição. Esclareci todos os fatos e as acusações que tenho sofrido. Desmascarei todas as mentiras para a presidente", afirmou ele ao sair dessa reunião no Palácio do Planalto.
Imprensa age como se suas manchetes não fossem desmentidas
Nada. Nenhum desses pontos fica em destaque. Vai para o meio das matérias - quando vai. A imprensa finge que não é com ela. Apesar do desmentido de várias de suas manchetes, continua a agir como se nada tivesse acontecido. Agora arrumou que Pelé foi consultado e que o jornalista Juca Kfouri, também, foi convidado para ser ministro, quando os fatos demonstram o contrário.
Essa mesma mídia e tipo de manchete já haviam sido desmentidos na informação que deram de que o ministro Orlando Silva tinha sido substituído na coordenação da Copa e da Olimpíada no Brasil e que estava demitido.
Nada abala a estratégia traçada pela nossa imprensa. Ela continua criando factóides sem nenhum compromisso com a verdade jornalística. Da mesma forma que insiste em dar foros de verdade às denúncias do soldado ongueiro João Dias acusador do ministro. Mesmo Dias não apresentando provas e sendo desmentido diariamente pelos fatos e testemunhas.
Por que não aceitam que o governo e o ministro Orlando Silva tenham seus direitos constitucionais respeitados da mesma forma que a mídia exige respeito aos seus próprios direitos?
Blog do Charles Bakalarczyk: Morte (de Kaddafi) foi queima de arquivo
Receita médica
O amor tem duas caras?
Me disseram
Que o amor tem duas caras
Uma é bela e nao separa
A outra é solta em multidao
Me contaram
Que o amor tem dois sentidos
Um é heroi,outro é bandido
Quando um diz sim
Outro diz nao
Ele é sabia cantando
Numa laranjeira em flor.
Ele é pedra de bodoque
Bate e vai deixando a dor
Me falaram
Que o amor são passarinhos
Um que mora em vários ninhos
Outro morre em solidão
Me avisaram
Que o amor tem duas asas
Uma vem sempre prá casa
A outra vai sem direção
O amor
Eu soube que tem dois lumes
Feito uma faca de dois gumes
Um liberto, outro é prisao.
Porque o amor
Sempre ajeita um jeito diferente.
De chegar bem juntinho da gente
E de ficar contando ao coracao?
por Ferreira Gullar
É evidente que estou generalizando, uma vez que o que levou as pessoas às ruas no Egito e na Líbia não foi a mesma coisa que agora as mobiliza em quase cem países e quase mil cidades. As causas são diversas e o número de manifestantes varia muito de país para país.
Não obstante, podemos chegar a uma primeira conclusão: por mais diferenças que haja entre essas manifestações, boa parte delas têm em comum serem espontâneas e não terem sido organizadas por partidos políticos nem entidades de classe. São o que apelidei de "manifestações do povo desorganizado".
Há ainda outras diferenças, uma vez que as motivações não são as mesmas e o adversário a vencer tampouco, já que no Egito e na Líbia, por exemplo, o inimigo era o regime autoritário, antidemocrático, e nos Estados Unidos ou na Itália não se trata disso.
Por essa mesma razão, naqueles países, o objetivo era pôr abaixo o regime, ainda que a custo de uma guerra civil, enquanto, do lado de cá, seja na França ou na Grécia, protesta-se contra medidas conjunturais, tomadas pelo governo, em face da crise que lhes abala a economia. Devemos observar, no entanto, que, embora coincidindo em alguns aspectos, essas manifestações diferem pouco dos atos de protesto mais ou menos habituais.
Já o que ocorre em países como os Estados Unidos e o Brasil tem outro caráter, não apenas porque não tem por trás partidos políticos e sindicatos como porque os motivos daqueles outros protestos são conjunturais, diria mesmo tradicionais.
O leitor pode estar achando pouco clara essa minha exposição, e com razão, porque, de fato, esforço-me, eu mesmo, para entender o que ocorre ao mesmo tempo em tantos países e que não é fácil de definir.
Mas vamos tentar. Comecemos por um fator que é novo e comum a essas manifestações do povo desorganizado: a internet. Sem ela, certamente seria impossível mobilizar tanta gente para trazer a público seu descontentamento ou sua indignação.
Na Líbia, na Síria, o povo se ergueu contra a falta de liberdade e os privilégios de que gozam os donos do poder, e clama por democracia. Onde há democracia, como nos países ocidentais, as causas do descontentamento são outras; atrevo-me a dizer que se rebelam contra os excessos do regime capitalista. E aqui me parece estar a novidade. É isso aí: os jovens dos países capitalistas vão à rua para exigir mudanças radicais no capitalismo.
A coisa ainda não está explícita e daí a dificuldade de apreendê-la e defini-la. Mas é isso que me parece surgir nas ruas dessas numerosas cidades: uma visão crítica do capitalismo que não tem nada a ver com Karl Marx nem com o que se define como esquerda.
Se meu palpite está certo, trata-se de um fenômeno pelo menos curioso: alguns líderes dessas manifestações denunciam o que há de negativo no regime econômico que conquistou o mundo inteiro, até mesmo a China, onde o Partido Comunista se mantém no poder.
Como essas manifestações nada têm de ideológico, consequentemente não pretendem substituir o capitalismo por outro sistema econômico, isto é, substituir a propriedade privada dos meios de produção pela propriedade social daqueles meios, tal como pregava o marxismo e que resultava, de fato, em entregar a gestão da economia aos burocratas do partido.
Ninguém mais pensa nisso e, não obstante, os indignados de hoje consideram o capitalismo um regime injusto, cruel e corrupto, que não pode continuar como está.
Os comunistas diziam a mesma coisa, para apresentar, como alternativa ao governos burgueses, a ditadura do proletariado (que, aliás, nunca ocorreu). Mas isso está fora de cogitação.
Não obstante, tendo derrotado o comunismo e se tornado o dono do pedaço no mundo inteiro, o capitalismo agora é questionado - sem "parti pris" ideológico - por aqueles que nunca leram Marx.
Algumas manchetes deste domingo
- Globo: Corrupção deixa escapar R$ 67 bilhões em 8 anos
- Folha: Líbia promete realizar eleições em até oito meses
- Estadão: PCdoB monta 'esporteduto' para controlar verba federal
- Correio: A vida é um recomeço
- Estado de Minas: Todos estão errados
- Jornal do Commercio: Um negócio feito de retalhos e contrastes
- Zero Hora: Sem prévia da Copa, RS perde US$ 225 milhões
- Veja: Dez motivos para se indignar com a corrupção
- Época: PCdoBolso
- IstoÉ: A nova ciência da mente adolescente
- IstoÉ Dinheiro: A reinvenção da Dell por Michael Dell
- CartaCapital: Convite à dança