Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Chumbo trocado não doí?

Antidepressivo feminino

Mensagem da hora

Caçando duas raposas

Um estudante de artes marciais dirige-se ao seu mestre:

- Quero muito ser um grande lutador de aikidô. Mas, penso que devia também me dedicar ao judô, kung fu, taekwondo, karatê...de modo a conhecer muitos estilos de luta. Apenas assim serei o melhor de todos, o número 1.

- Se um homem vai para o campo e começa a correr atrás de duas raposas ao mesmo tempo, chegará um instante em que cada uma correrá para um lado, e ele ficará indeciso sobre qual delas de continuar a perseguição. Enquanto decide, as duas já estarão longe. e ele terá perdido seu tempo e sua energia. Quem deseja ser um mestre, que escolher apenas uma coisa para aperfeiçoar-se. O mais é filosofia barata.

Coluna dominical de Paulo Coelho

O vaso de porcelana e a rosa

O Grande Mestre e o Guardião dividiam a administração de um mosteiro zen. Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo.
O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado.
- Vou apresentar um problema - disse o Grande Mestre. - E aquele que o resolver primeiro, será o novo Guardião do templo.
Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo.
- Eis o problema - disse o Grande Mestre.
Os discípulos contemplavam, perplexos, o que viam: os desenhos sofisticados e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor. O que representava aquilo? O que fazer? Qual seria o enigma?
Depois de alguns minutos, um dos discípulos levantou-se, olhou o mestre e os alunos a sua volta. Depois, caminhou resolutamente até o vaso, e atirou-o no chão, destruindo-o.
- Você é o novo Guardião - disse o Grande Mestre para o aluno.
Assim que ele voltou ao seu lugar, explicou:
- Eu fui bem claro: disse que vocês estavam diante de um problema. Não importa quão belo e fascinante seja, um problema tem que ser eliminado.
"Um problema é um problema; pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado - mas que insistimos em percorrê-lo porque nos traz conforto".
"Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente. Nessas horas, não se pode ter piedade, nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo".
Uma linda estória enviada por Alessandra Marin via e-mail

Humor


Após a aposentadoria no STF, Joaquim Barbosa vai se dedicar à stand-up comedy
PRAÇA DOS TRÊS PODERES – Para dar exemplo aos condenados do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa decidiu impedir a si próprio de trabalhar e deixou a presidência do STF. “Com a jurisprudência criada por esse ato de moralidade, agora Dirceu e Delúbio não têm mais desculpa para ficar inventando empregos fictícios só para passar os dias fora da Papuda”, afirmou o magistrado, tirando os sapatos e esticando uma rede na Praça dos Três Poderes, onde de pronto se deitou com um exemplar anotado de O Ócio Criativo.

Ao saberem da notícia, motoristas de ônibus, professores, taquígrafos do Senado e voluntários da Copa que estavam em greve decidiram continuar sendo gauche na vida e imediatamente puseram fim à paralisação. Foram seguidos pelos redatores deste i-piauí Herald, que haviam aproveitado a semana de greve para comer fondue, tomar Bacardi e assistir aos treinos do Brasil na serra fluminense. Não procede a informação de que os combativos repórteres desta publicação só retomaram o eito em reação ao corte do ponto e às ameaças de plantão durante a Copa feitas, de maneira algo ríspida, pelo diretor de redação Olegário Ribamar.

Ainda enferrujada por causa da greve, nossa reportagem não teve sucesso ao tentar ouvir o ministro Ricardo Lewandowsky para repercutir a saída do colega. Levandovski, que será o novo presidente do Supremo, foi visto numa casa de festas do Lago Sul comprando bandeirinhas, chapéus e línguas de sogra para a festa de bota-fora de Barbosa. “Ai, ai, ai ai/tá chegando a hora/O dia já vem raiando/Barbosa/Lewandovzky já está chegando”, cantava o ministro, de dedinho espetado no ar.

O departamento de checagem desta publicação garantiu que em menos de uma semana chegará a uma conclusão sobre a grafia correta do nome do futuro presidente do STF.
 

Leia também:

Entrevista de Lula a Luiz Gonzaga Belluzzo e Mino Carta

Antes de mais nada, impressiona a paixão. Aos 68 anos, Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu o vigor com que arengava à multidão reunida no gramado da Vila Euclides no fim dos anos 70. E nos momentos em que sustenta algo capaz de empolgá-lo, ocorrência frequente, aperta com força metalúrgica o pulso do entrevistador mais próximo, como se pretendesse transmitir-lhe fisicamente sua emoção. Assim se deu nesta longa entrevista que o ex-presidente Lula deu a CartaCapital. No caso de Mino, esta foi mais uma das inúmeras, a começar pela primeira, em janeiro de 1978.

CC: O senhor enxerga alguma relação entra a Copa do Mundo e a eleição? Se enxerga, por que e de que maneira?
Lula: Eu acho difícil imaginar que a Copa do Mundo possa ter qualquer efeito sobre a preferência por este ou aquele candidato. Por outro lado, se o Brasil perder, acho que teremos um desastre similar àquele de 1950. Temo uma frustração tremenda, e a gente não sabe com que resultado psicológico para o povo. Em 50 jogaram o fracasso nas costas do goleiro Barbosa.

CC: Em primeiro lugar o Barbosa.
Lula: O Barbosa carregou por 50 anos a responsabilidade, e morreu muito pobre, com a fama de ter sido quem derrotou o Brasil. É uma vergonha jogar a culpa num jogador. Se o Brasil ganha, a campanha passa a debater o futuro do País e o futebol vai ficar para especialistas como eu.

CC: E as chamadas manifestações?
Lula: Ainda há pouco tempo a gente não esperava que pudessem acontecer manifestações. E elas aconteceram sem qualquer radicalização inicial, porque as pessoas reivindicavam saúde padrão Fifa, educação padrão Fifa; poderiam ter reivindicado saúde padrão Interlagos, quando há corrida, ou padrão de tênis, Wimbledon, na hora do tênis. Eu acho que isso é até saudável, o povo elevou seu padrão reivindicatório. E é plenamente aceitável dentro do processo de consolidação democrático que vive o Brasil. Eu acho que, ao realizar a Copa, o governo assumiu o compromisso de garantir o bem-estar e a segurança dos brasileiros e dos torcedores estrangeiros. Quem quiser fazer passeata que faça, quem quiser levantar faixa, que levante, mas é importante saber que, assim como alguém tem o direito de protestar, o cidadão que comprou o ingresso e quer ir ver a Copa tenha a garantia de assistir aos jogos em perfeita paz.