Dilma Rousseff: as marcas da tortura sou eu
Café com Boulos
Lula se solidariza a Miriam Leitão
Eduardo Bolsonaro debocha da tortura sofrida por Miriam Leitão
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), causou indignação a internautas hoje domingo, 3 de abril ao zombar da tortura que a jornalista Míriam Leitão, Rede Globo, sofreu durante a ditadura militar. Em post no Twitter, Eduardo Bolsonaro reagiu a tweet em que a colunista divulgava sua coluna e falava que Lula e Jair Bolsonaro não são iguais e que Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. "Ainda com pena da cobra", respondeu o parlamentar.
Míriam Leitão se manifestou sobre a tortura da qual foi vítima em reportagem do Globo de 2014. "Dois dias após ser presa e levada para o quartel do Exército em Vila Velha, cidade próxima a capital Vitória, no Espírito Santo, a jornalista Míriam Leitão, na época militante do PCdoB, foi retirada da cela e escoltada para o pátio. Seu suplício, iniciado no dia 4 de dezembro de 1972, até ali já incluía tapas, chutes, golpes que abriram a sua cabeça, o constrangimento de ficar nua na frente de 10 soldados e três agentes da repressão e horas intermináveis trancada na sala escura com uma jiboia. A caminho do pátio escuro, os torturadores avisaram que seria último passeio, como se a presa estivesse seguindo para o fuzilamento", diz a reportagem.
Ordem do dia
O canalha Jair Bolsonaro recomenda livro de torturador para professora
Coragem x covardia
Para quem gosta de bandidos fardados
Não consigo assistir uma covardia desse tipo. Pior que esses marginais fardados são pagos com o dinheiro dos impostos que pagamos. Vermes!
Vida que segue
Washington Post: Paulo Coelho: fui torturado pela ditadura do Brasil. É isso que Jair Bolsonaro quer celebrar?
Bolsonaro em êxtase: identificada 2ª vítima do héroi Ustra
Quem vota em Bolsonaro apoía a ação destes bandidos
Apenas avisando que depois dos 30 mil "marginais vermelhos" varridos, um dos "inocentes" pode ser você, teus pais, teus filhos, teus netos e por aí vai. Pense bem antes de votar domingo (28).
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Curta Comente Compartilhe Valorize os Anúncios dos patrocinadore. Agradeço
A propaganda que Bolsonaro e o tse quer impedir de você assistir
essa é a propaganda que o TSE não quer mais que seja exibida no programa do Haddad para denunciar que Bolsonaro apoia tortura e elogia torturador— Ivone Pita (@ivonepita) 20 de outubro de 2018
acredito ser nosso dever divulgá-lo a partir DESSE MINUTO e incansavelmente
BAIXE AQUI: https://t.co/siXzrr9rW5 pic.twitter.com/77MBoLrtq3
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A história das crianças torturadas pela ditadura que Bolsonaro defende
E Bolsonaro não se cansa de render homenagem a esses torturadores cruéis
Cacá tinha um ano e oito meses quando sua casa foi invadida por policiais do DOPS/SP, em janeiro de 1974. Como começou a chorar, os policiais socaram sua boca.
PORQUE ISSO É A DITADURA
“Ele, levar meus filhos para uma sala, onde eu me encontrava na cadeira do dragão (tomando choques), nua, vomitada, urinada? Levar meus filhos para dentro da sala? O que é isto? Para mim, foi a pior tortura que eu passei. Meus filhos tinham 5 e 4 anos. Foi a pior tortura que eu passei”.
Bolsonaro é a favor da tortura e quer ser presidente do Brasil. Precisa dizer mais alguma coisa?
Conheça o ídolo de Bolsonaro
1. Início de carreira
2. Destaque
3. Sucursal do inferno
4. Doi-Codi
5. Chefia
6. Os “passeios”
7. Sumiço de cadáveres
8. Atropelamentos
9. Eletrochoque e palmatórias
10. Fora de jogo
Poder do voto, por Laerte Coutinho
Agradeço o clique na propaganda dos anunciantes
Papo reto sobre Palocci, por Breno Altman
Algumas pessoas, por espírito humanitário e extrema generosidade, tratam o comportamento de António Palocci como se ele, vítima das notórias pressões da Lava Jato, não tivesse resistido a essa tortura psicológica e que, portanto, não deveríamos julgar suas atitudes.
Essa complacência com o ex-ministro da Fazenda não tem cabimento, penso.
Assistam o interrogatório de ponta a ponta: sua atitude não é a de alguém envergonhado, constrangido, mas de um colaborador ativo e cúmplice da República de Curitiba e suas mentiras.
Palocci se transformou em um "cachorro", nome que recebiam aqueles que, militantes de esquerda, passavam a auxiliar o aparato repressivo da ditadura, assumindo o lado do inimigo.
As raízes políticas desse comportamento são longínquas, suas posições há muito passaram para o campo da colaboração de classe: desde os anos 90, pouco a pouco seu pensamento evoluiu para ideias próprias do capital financeiro.
Mas o que se consolidou essa semana é muito mais grave: houve ruptura moral e ideológica, Palocci se entregou ao papel de instrumento ativo dos piores inimigos do povo brasileiro.
Qualquer contemporização com seu comportamento é um tapa na cara da militância petista, um insulto aos que bravamente resistem nos cárceres da Lava Jato, uma desonra a todos os que, ao longo da história, tiveram que suportar privações muito, mas muito piores que as sofridas por Palocci, muitas vezes ao custo da própria vida.
Coluna dominical de Janio de Freitas, na Folha
Frase do dia
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Parafraseando Voltaire:
Posso não concordar com atuação política dele (Renan Calheiros) em 99,999% mas essa frase e o significado mais amplo e principal dela, eu Joel Leonidas Teixeira Neto, assino embaixo.
Negam o golpe como negaram a tortura, por Washington Luiz Araújo
A gestapo do Moro
Hoje de manhã fui acordada com batidas na porta do meu apartamento e um sonoro: “Polícia Federal, abre a porta”. Como jornalista, já cobri várias operações da PF, mas nunca pensei que acabaria incluída em uma delas.Ainda sonolenta, não sabia bem ao certo que horas eram. Meu cachorro acordou assustado e foi ver quem era. E eu continuava tentando entender o que acontecia. Pensava se não estava sonhando com o noticiário do dia a dia.Só que as batidas continuavam. Assim como o insistente: “PF, abre a porta agora. Temos um mandado de busca e apreensão nesse endereço.” Não conseguia acreditar. Logo eu, que, como diz o ditado, nunca matei uma formiga e não gosto de escancarar minhas preferências políticas, apesar de, por ofício, precisar apurar casos de corrupção envolvendo políticos.Sem saber como agir ou se aquilo era realidade, interfonei para o porteiro. Em resposta, ouvi: “É verdade. É a PF. Você vai ter que abrir.” Ok, fazer o quê? Quem não deve, não teme. Abri a porta ainda com a roupa de dormir e lá estavam três agentes da PF, dois do Paraná e um de São Paulo nenhum japonês além de duas pessoas do condomínio, como testemunhas. Os policiais se apresentaram e falaram que estavam ali a mando do juiz Sérgio Moro, como parte das investigações da Lava Jato. Li o mandado. Percebi que estavam atrás, principalmente, de dinheiro vivo.Eu nem tinha tido tempo de abrir o jornal e saber da nova etapa da operação, nem dos atentados na Bélgica. Eu só conseguia pensar “Logo eu? Logo eu?”.Atendi a porta. “Ok, podem entrar, mas pelo menos me deixem trocar de roupa.” Fui para o quarto, me arrumei e fui ver no que a visita ia dar.Depois de fazerem festinhas com o meu cachorro, começaram o questionário. Agora, com tom de voz mais baixo. Há quanto tempo você mora aqui?, perguntaram. Um mês e meio, é alugado, respondi. Com o que trabalha? Sou jornalistaDe onde?, quiseram saber. Do Estadão. Você cobre a Lava Jato? Não, estou na editoria de Política agora, mas já cobri operações da PF em Brasília. Você é de Brasília?Tem informações privilegiadas da Lava Jato? Não. Você tem parentes políticos, ministros ou ligados a empreiteiras? Não. Você tem algum cofre aqui em casa?Neste momento, apenas ri.Depois de mais algumas perguntas e respostas, sempre me explicando o passo a passo da ação deles ali, os agentes pediram para abrir os armários do quarto. Deixei. Como não havia nada de excepcional para ver, logo voltamos para a sala. Papelada assinada, notificando que nada constava naquele endereço. Disseram que iriam atrás do antigo locatário: “Esse vai ser investigado.” Conversamos ainda um pouco sobre a situação política do País, a vizinhança do prédio e a viagem dos policiais paranaenses até São Paulo. Falaram para eu tirar o cachorrinho da varanda. “Não deixa ele preso lá não, tadinho. Ele deve estar estranhando todo esse povo na casa dele.” Se despediram de mim. Gente, vamos embora que ela tem que trabalhar.Muito bem. Eu tinha mesmo que trabalhar. Desejo que a investigação siga o seu rumo. Mas uma coisa é certa: este dia vai ficar marcado como o dia em que caí na Lava Jato. De paraquedas