Esqueça a catarata de previsões sobre o desempenho da economia publicadas recentemente. Não passam de "chute".
É a cândida confissão de um "chutador", Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, em artigo publicado quinta pela Folha.
Borges acusou o golpe representado pelas críticas do "grande público aos analistas econômicos (economistas principalmente) e às suas projeções" (para o desempenho da economia em 2012).
Resolveu, então, explicar que "os erros são inevitáveis em razão de uma série de razões" que ele lista em seguida.
Depois de ler as tais razões, a única conclusão possível é a de que não há previsões, mas "chutes", até porque a primeira razão já seria suficiente para não tomar palpites de analistas/economistas como se fossem a palavra de Deus: "O mundo real é caracterizado pela incerteza em relação ao futuro".
Tremenda obviedade, mas necessária porque boa parte dos economistas se acha profeta infalível. Para aliviar a barra dos economistas tapuias, é forçoso dizer que no mundo todo todo mundo "chuta".