A pergunta do dia

Cabral é transferido para presídio federal após bate boca em que disse que família de juiz faz “negócios com bijuterias.

A pergunta que fica é:

A família do juiz faz ou não faz negócios com bijuterias?

Pura verdade

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No fim a verdade apareceu. Dilma não tinha conta no exterior, não recebeu valores ilícitos, demitiu Geddel da Caixa Econômica, demitiu Paulo Roberto Costa da Petrobras, negou apoio a Cunha no Conselho de Ética, contrariou Aécio em Furnas e não deu os 70%  de aumento que o STF exigia. Resumindo: a mulher prestava, e o povo brasileiro que tanto pediu um governo idôneo, jogou na lata do lixo sem titubear a nossa tão jovem democracia.

Prioridades e Política


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Lula prometeu acabar com a fome
Aécio prometeu acabar com o primo
Bolsonaro prometeu acabar com os menores infratores

É, cada um com sua prioridade.

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Washington Post: Milhões retornam à pobreza no Brasil, e desmorona a década do “boom”

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Quando Leticia Miranda trabalhava entregando jornais nas ruas, ela ganhava cerca de US $ 160 por mês, apenas o suficiente para pagar por um pequeno apartamento que ela compartilhava com seu filho de 8 anos em um bairro pobre do Rio de Janeiro.
Quando perdeu seu emprego há seis meses, em meio à pior crise econômica do Brasil em décadas, Miranda não teve escolha senão passar para um prédio abandonado, onde várias centenas de pessoas já estavam vivendo. Todos os seus pertences – uma cama, uma geladeira, um fogão e algumas roupas – ficam numa pequena sala que, como todas as outras no prédio, tem janelas sem vidro. Os moradores se banham em grandes latas de lixo cheias de água e fazem o melhor para viver com o cheiro de montanhas de lixo e com porcos no centro do prédio.
“Eu quero sair daqui, mas não há para onde ir”, disse Miranda, de 28 anos, vestida com um top de biquíni, shorts e sandálias para suportar o calor. “Eu estou entregando currículo para emprego e fiz duas entrevistas. Até agora, nada “.



">Entre 2004 e 2014, dezenas de milhões de brasileiros emergiram da pobreza e o país foi frequentemente citado como um exemplo para o mundo. Os altos preços das matérias-primas do país e dos recursos petrolíferos recentemente desenvolvidos ajudaram a financiar programas de assistência social que colocassem dinheiro nos bolsos dos mais pobres.
Mas essa tendência foi revertida nos últimos dois anos devido à recessão mais profunda da história do Brasil e cortes nos programas de subsídios, aumentando o espectro de que essa nação do tamanho do continente perdeu o caminho para lidar com grandes desigualdades que remontam à época colonial.
“Muitas pessoas que saíram da pobreza, e mesmo aqueles que se aproximaram da classe média, caíram de volta”, disse Monica de Bolle, membro sênior do Peterson Institute for International Economics, com sede em Washington.
O Banco Mundial estima que cerca de 28,6 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2004 e 2014. Mas o banco estima que, no início de 2016 até o final deste ano, 2,5 milhões a 3,6 milhões caíram abaixo da linha de pobreza de R$ 140 por mês, cerca de US$ 44 às taxas de câmbio atuais.
Esses números são provavelmente subestimados, disse Bolle, e eles não capturam o fato de que muitos brasileiros de classe média baixa que progrediram durante os anos de “boom” voltaram a se aproximar da pobreza.
“Todos os dias é uma luta para sobreviver”, disse Simone Batista, de 40 anos, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto contava estar sendo cortada do Bolsa Família depois que nasceu seu bebê de apenas 1 ano. Ela quer apelar, mas não tem dinheiro suficiente para pagar o ônibus até a repartição que cuida disso no centro da cidade. Batista vive no Jardim Gramacho, em Duqye de Caxias, onde ela e centenas de outros moradores indigentes encontram comida através de lixo ilegalmente despejado na área.

Twitter do dia

Folha de São Paulo: 
Governo infla receitas para conseguir fechar as contas
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Rosa de Nagasaki: que maravilha viver num país onde "pedaladas" não é mais crime

A última sobre a farinata do Doria


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Apenas a comprovação que o Nordeste sempre foi a vanguarda do país, enquanto São Paulo é a vanguarda do atraso

Angels in brazilian brothel

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Por qual motivo não ouvimos, lemos ou vemos charges com criticas deste tipo sobre os chefões das grandes mídias e dos bancos brasileiros, será essa gente anjos em pleno bordel?

Sei não, mas tenho a impressão que sei lá...

De ex-grande balcão de negócios, o STF é ex o que, mesmo? por Armando Rodrigues Coelho Neto

Judiciário o mais corrupto dos poderes, quem há de negar?
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Este texto é, em parte, um prosseguimento do que neste espaço discutimos, na semana passada, sobre o viés corporativista das instituições que hoje, supostamente, tentam passar por intermédio da grande mídia a ideia de estarem promovendo as reformas e passando o País a limpo. Ledo engano. No curso daquele texto deixamos claro o voluntarismo e os ímpetos ensimesmados de oficiantes das instituições, impulsionados por seus valores de formação pessoal. Resumidamente, ficou claro que a origem “elitizada” de delegados federais, procuradores da República e juízes parecem ser determinantes para que explorem a fragilidade do povo brasileiro como negócio e lucro corporativo.
Quanto mais se mostram “importantes”, mais barganham corporativamente salários, privilégios, empoderamento. Mais especificamente, entre ministros da ex-Suprema Corte, hoje vergonhosamente apequenada ao extremo, impera a falsa aura de seres de outro planeta. Mas, a bocas miúdas, a notícia é de que lá chegaram fruto de lobbies, recomendações, conchavos políticos, compromissos inconfessáveis. Em qualquer caso, com discursos social e juridicamente palatáveis. Tratados como “ministros de Dilma, Lula, FHC” - são na verdade ministros de si mesmos, apegados às suas histórias de formação “elitizada”; compromisso zero com a democracia; distância quilométrica da questão social. Empatia zero, gravações mostram que Dilma queria conversar com Lewandowski sobre uma saída para o Brasil, mas ele só queria falar de salário...
Eis a radiografia do corporativismo de um país cuja crise muitos pretendem superar armando a população, impondo pena de morte, ração de astronauta ou latas velhas. Encarnam o eixo raivoso antes representado por Aécio Neves. O mesmo Aécio cuja visão decrépita e desmoralizada está simbolizada numa foto de Natália Lambert, veiculada no Diário do Centro do Mundo. Seu obscuro rosto por atrás de uma persiana (que bem poderia ser uma grade) é o documento de uma sociedade refém de sua própria arrogância, hipocrisia, ignorância, contradições. Atrás das grades, digo, persianas, Aécio, a exemplo do País, esperava a pervertida decisão de um Congresso Nacional desmoralizado. O ex-supremo, que em tese daria a última palavra, deu a penúltima.
No mar de contradições, o ex-STF não seria mesmo a última palavra. É o que diz, pelo menos no caso, a Constituição Federal. Mas, quando o quis, o STF ignorou a Carta Magna para prender Delcídio e afastar Cunha ou mesmo quando quis-não-quis-tentou afastar Renan Calheiros. Os obscuros fins justificavam os meios e a legalidade não importava. Afinal, poderia ser revista depois. O importante é que as ilegalidades cumprissem seus efeitos políticos. Servem de exemplos a divulgação criminosa (via Farsa Jato) de gravações de conversa da legítima Presidenta Dilma Rousseff (Fora Temer!). A Corte fez vistas grossas para as gambiarras jurídicas de Curitiba, mas já cumpriram seus efeitos revelados nas eleições passadas.
Mergulhado em corporativismo, hipocrisia e contradições não assimiláveis pelo grande público, o STF frustrou a esperança do povo no judiciário. O STF está e é parte do golpe e sequer tem a desculpa do passado. Na década de 50, causou frisson a fala do ministro do STF Ribeiro Costa: Contra o fatalismo histórico dos pronunciamentos militares não vale o Poder Judiciário nem o Legislativo. "Esta é a verdade que não poder ser obscurecida por aqueles que parecem supor que o Supremo Tribunal, ao invés de um arsenal de livros de direito, disponha de um arsenal de ‘schrapnels’ e de ‘torpedos’...". Agora, confrontada com o Caso Aécio, como explicar sua omissão contra Dilma Rousseff, diante de repetidas notícias de votos comprados para um golpe que o próprio STF ditou as regras. Durante o velório da democracia, Lewandowski mal serviu de vela ou coroa de flores.
Mergulhado nessas reflexões, lembrei que no início do ano, estive em Brasília, onde conheci um experiente advogado, que se declarou cansado da atividade jurídica. Ele tem uma grande causa pendente há anos, aguardando sentença. Seus planos eram (ou são ainda) receber o dinheiro desse trabalho e voltar para sua terra. No desabafo, disse: não aguento mais conversa de juiz, na base do... “Doutor, quanto o senhor vai levar nisso?”. Ora, meritíssimo! Não é de sua conta! Juiz só julga! Claro, que ele não disse isso ao magistrado, mas pensa e confidenciou a esse escrevinhador, lamentando que o “juiz está sentando em cima do processo, não julga, como se estivesse esperando que lhe ofereça algum.”.
Obviamente, minha boa fé leva a crer que o juiz “suspeito de ser suspeito” é minoria. Não há propósito de ofender magistrado algum especificamente, nem de contaminar a imagem do judiciário como todo. O esclarecimento é necessário, já que ofendículos jurídicos podem gerar processos, notificações extra-judiciais e ou pedidos de retratação. Tempos de notas públicas conjuntas de entidades corporativistas. Tempos nos quais juízes não entendem metáforas, coagem blogueiros a indicarem fontes (a pretexto de não ter direito a sigilo, por não ser jornalista da TV Globo). Obviamente, a alusão ao Pravda dos Marinhos é ironia, nessas estranha fase de ativismo jurídico-partidário e cumplicidade do judiciário com a mídia conservadora.
Magistrados acima de suspeitas à parte, o caso acima integra o imaginário da advocacia, onde, a bocas miúdas, a fama do Supremo Tribunal Federal sempre foi de um grande balcão de negócios. Como poderia de uma hora para outra se transformar em guardião da lei e da moralidade? Terá mesmo perdido a má fama? De qualquer modo, mesmo com má fama, aquela corte teve dias mais circunspectos. Em casos rumorosos, um ministro pedia vista nos autos e, “sentados” sobre o processo, figurativamente ou não, o caso era analisado ou não. O fato é que o fazia longe do epicentro dos escândalos, longe de câmeras, microfones, holofotes e da notoriedade.
A TV Justiça criada em 2002 (primeira do mundo) virou “Big Brother” das brigas de Gilmar Mendes com Joaquim Barbosa e troca farpas ao vivo entre togados.  Tudo a sugerir que o ex-STF perdeu a sua aura. No caso Aécio se revelou um judiciário com partido, na mesma linha da subversão jurídica curitibana. Matou a esperança do brasileiro e abre caminho para “gestores”, bolsopatas e latas velhas. Desse modo, de ex-grande balcão de negócios, o STF é ex o que, mesmo?
Armando Rodrigues Coelho Neto - jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo