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Cinema em Cametá

 Os grandes sucessos do cinema, ao serem exibidos em Cametá, uma cidade do interior do Pará que tem um português próprio, não davam público. O cinema da cidade estava quase indo à falência. Para salvar os negócios, o proprietário resolveu adaptar seus títulos ao dialeto local. Literalmente, Bamburrou! 


Aqui vão alguns exemplos:- Velocidade Máxima = Rápido pra Purra!
- Duro de Matar = Escruto de Murrer.
- Esqueceram de Mim = Me deixaro suzinho, mano.
- Coração Valente = Curação presepeiro.
- Free Willy = Tambaqui Porrudo.
- Tubarão = Mapará que mata.
- Tubarão II = Mapará que mata... De nuvo!
- Titanic = Narfrágio do Fé em Deus IV.
- Epidemia = Mina de Curuba.
- Máquina Mortífera = Jegue Matador.
- Fantasma = A Visage.
- Querida, Encolhi as Crianças = Mulhé, as crianças tão gitiiiinha.
- Corra Que a Polícia Vem Aí = Te abicora que os homem tão na Ilharga.
- Priscila, a Rainha do Deserto = Bando de bicó alegre.
- As Margens da Loucura = Na ilharga da duidera.
- Tomates Verdes Fritos = Mandioca escruta e rançosa.
- Rio Babilônia = Igarapé pervertido.
- Amor Selvagem = Trepada no Maracapucu..
- Poço das Vaidades = Olho d'água cheio de pavulage.
- Splash, uma Sereia em Minha Vida = Spraxi, minha mulhé é um Curimatá.
- A Gaiola das Loucas = Arapuca de fresco.
- 9 1/2 Semanas de Amor = Um monte de trepadas!

Economia do Brasil deve passar a do Reino Unido, diz BBC

A rede de televisão britânica BBC fez uma série especial sobre o Brasil na qual afirma que a economia do País vai desbancar a do Reino Unido.
“O Brasil está se tornando uma fonte de influência econômica”, afirma o jornalista Matt Frei em uma das reportagens, antes de jogar alguns dados: “Crescimento de 5% ao ano, terceira maior indústria de aviões do mundo [a Embraer], maior exportador de carne e uma economia que deve superar a britânica na próxima década, além da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos por vir”.
Em outra reportagem, de áudio, o jornalista diz que “em algum momento do futuro, este lugar vai desbancar o Reino Unido e a França como a quinta maior economia do mundo”.

Dilma no XXVI Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

Dilma disse hoje que não concorda com a “demonização” da Bolívia, ao comentar a declaração feita ontem por seu adversário José Serra (PSDB). O tucano disse em entrevista a uma rádio do Rio que o governo da Bolívia é “cúmplice” do tráfico de cocaína para o Brasil.
“Não é possível, de forma atabalhoada, a gente sair dizendo que um governo é isso ou aquilo. Não se faz isso em relações internacionais. Este não é o papel de um estadista ou de quem quer ser estadista”, disse a pré-candidata ao ser questionada sobre a declaração de Serra.
“Não acho que este tipo de padrão, em que você sai acusando outro governo, seja uma coisa construtiva. Temos que ter cautela, prudência e saber que são relações delicadas, que envolvem soberanias. Mesmo sendo [a Bolívia] um país pequeno, e por ser um país pequeno, a delicadeza tem que ser maior”, disse. “Acho que temos que construir na América Latina um padrão diferente de relacionamento.”
Dilma participou hoje pela manhã do Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, no município de Gramado (RS). Serra está sendo esperado no evento hoje à tarde.
Em um discurso de mais de 50 minutos, a pré-candidata defendeu a regulamentação da emenda 29, que disciplina os gastos em saúde, e falou sobre política externa –embora sem citar a Bolívia ou mencionar a declaração de seu adversário.
“Não podemos ser um país desenvolvido cercado de miseráveis. Não podemos desprezar nossos vizinhos e olhar com soberba para países diferentes de nós. Esta é a política imperialista que leva à guerra, ao conflito e os desprezo.”

Rússia contra as sanções ao Irã

O chanceler russo Sergei Lavrov tornou oficial o que já era óbvio: a Rússia está fora da aventura das sanções e apoia o acordo trilateral Brasil-Irã-Turquia como caminho para a solução da questão do programa nuclear iraniano.

“Recebemos muito bem esse acordo. Se for implementado plenamente, ele criará pré-condições muito importantes não só para a a solução do probelma concreto… como também para melhorar a atmosfera para orecomeço das negociações”. [...] Se o Irã cumprir estritamente as suas obrigações, a Rússia apoiará ativamente o esquema proposto pelo Brasil e pela Turquia”, declarou o ministro russo em uma conferência de imprensa em Moscou esta manhã. Segundo ele, “o acordo cumpre os requisitos de uma solução pacífica da questão nuclear iraniana”.
Não deve demorar muito para que os chineses façam um anúncio mais ou menos no mesmo molde, e deve demorar menos ainda para que comecem os gritos de “traição” na imprensa pró-sanções do mundo todo. O fato é que nem os russos nem os chineses nunca prometeram que iriam apoiar a imposição de sanções a qualquer custo. O que prometeram, em troca de pesados favores dos EUA, foi permitir à Hillary Clinton mostrar ao mundo como “vitória” um papel com as sanções que a China e a Rússia *poderiam* aprovar, se não houvesse outra solução.
Como bem lembrou o Lavrov, se o Irã fizer a parte dele (o que não é garantido), o “Tratado de Teerã” entre o Brasil, o Irã e a Turquia será o começo do fim da ofensiva belicista contra o Irã. Terá sido uma vitória estrondosa da diplomacia brasileira, credenciando-nos como moderadores responsáveis e eficazes na arena internacional, obtida em grande parte graças ao empenho – a teimosia, quase – e a capacidade de negociação do presidente Lula.

por Tomás Rosa Bueno

Muito ajuda quem não atrapalha

Mauro Santayana
Só ajuda quem não atrapalha
É natural que o presidente Barack Obama concorde em postergar a visita que faria ao Brasil ainda durante o governo do presidente Lula. O governo norte-americano tinha interesse na visita de Obama ainda no ano passado, mas as dificuldades da agenda impediram a viagem. A visita foi adiada para este primeiro semestre. O governo brasileiro ponderou que, se ela se fizesse depois disso, poderia “contaminar” o processo eleitoral. Novamente a pressão dos fatos políticos, internos e externos, com a exigência da ação presidencial junto ao Congresso norte-americano, em decisões cruciais para o país, impediu Obama de vir nesta primeira metade do ano. Não há nada, portanto, que se possa considerar desaire para o presidente Lula e o Brasil.
Mas as razões de Estado, que a diplomacia conhece, não as conhecem a inveja nem a esperteza política. Começou a circular – e foi acolhido por um jornal de São Paulo – a informação de que, por detrás dos fatos, houve manobra vitoriosa de contre-diplomatie, praticada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Senhor da intimidade do ex-presidente Bill Clinton, com quem participa de um clube de ex-presidentes (para o qual nunca foi convidado Itamar Franco), o autoproclamado líder da oposição teria persuadido Clinton e sua mulher a dissuadirem Obama de realizar a viagem. Há, nesse boato, que os partidários do ex-presidente se encarregam de espalhar, a intenção deliberada de ofuscar os grandes êxitos da diplomacia brasileira no atual governo – sobretudo quando obtivemos, juntamente com a Turquia, acordo alentador com o governo de Ahmadinejad.

CGU: mais transparência no governo

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, afirmou nesta quinta (27) que a transparência nas ações públicas é a “melhor vacina” contra a corrupção. 


O ministro lançou hoje a consulta Informações Diárias no Portal da Transparência, que poderá auxiliar o cidadão na busca de informações sobre todos os gastos do governo diariamente. 


Segundo Hage, a nova medida tornará “irreversível” o processo de abertura das informações referente às despesas dos órgãos públicos.

Não desista

Abraço de afogado

A dificuldade da oposição de indicar o vice da candidatura Serra, apresentou um novo capítulo com a divulgação da pesquisa Datafolha no final de semana.

Como não havia mais condição de se manter a vantagem artificial de Serra, agora a grande mídia paulista pressiona os tucanos para que o ex-governador Aécio Neves seja o vice.

Na lógica dos setores mais conservadores, é preciso mostrar que a
candidatura da oposição é ampla o suficiente para ter um nome fora de
São Paulo. Mas o que a realidade mostra é justamente o contrário, os
tucanos podem ser forçados a lançar uma chapa puro-sangue, dado seu
isolamento.

Ao contrário de Dilma Rousseff, que construiu um arco de alianças amplo e representativo, José Serra está confinado dentro dos limites do PSDB, DEM e PPS.

Trata-se de uma manobra rechaçada pelos tucanos mineiros
que não vislumbram com clareza a viabilidade da candidatura Serra. Seria para Aécio um abraço de afogado.

Mas não podemos nos iludir, além destas siglas, a oposição conta
com o apoio renhido da grande mídia, que busca deseperadamente deter o crescimento, o desenvolvimento e o avanço que o Brasil terá com Dilma.

É hora de redobrarmos nossos esforços em cada empresa, cada fábrica,
cada bairro, cada cidade, cada estado para avançarmos.

Rio Grande recebe R$ 13 bilhões em investimentos na indústria de navios e plataformas marítimas e mais R$ 1 bilhão, em outros negócios

Elder Ogliari, PORTO ALEGRE

Os investimentos bilionários em diques, estaleiros, cascos de navios e plataformas marítimas são a parte mais vistosa, mas não a única, do polo naval em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul. Estão em andamento obras de ampliação das vias de acesso e do calado do porto, ao custo de quase R$ 700 milhões. Juntos, eles atraem dezenas de outros projetos privados, que somam cerca de R$ 1 bilhão.
A onda de crescimento começou com a Petrobrás. A estatal encomendou as plataformas P-53, já concluída, P-55, em construção, e P-63, a ser iniciada em breve, a consórcios privados, e a construção de oito cascos de navio FPSO ao grupo Engevix, a ser feita no Estaleiro Rio Grande 1, que o grupo W Torre construiu. 
Agora, segundo a Secretaria Estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), 30 empresas já estão instaladas na área; sete estão construindo plantas; e outras 22 apresentaram projetos para se instalar. São empresas de fertilizantes, logística, alimentos, madeira, química e, agora, metalúrgicas.
“Semanalmente recebemos novas consultas”, diz o secretário estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, José de Souza Barbosa.
O secretário para Assuntos Extraordinários da prefeitura de Rio Grande, Gilberto Machado de Pinho, conta que passa boa parte do tempo com novos investidores. Nas conversas, ele destaca que, ao contrário de diversos portos cercados de montanhas, o de Rio Grande está diante de uma extensa planície, o que torna mais fáceis as expansões.
O sonho da cidade, para o futuro, é atrair usinas de geração eólica, plantas de regaseificação, fábricas de celulose. Se tudo isso ocorrer até 2020, a população poderá dar um salto, dos atuais 205 mil para 450 mil habitantes. O orçamento municipal subirá de R$ 200 milhões para R$ 800 milhões por ano.
A prefeitura acredita que os investimentos no polo naval vão criar 15 mil empregos diretos e 35 mil indiretos no período entre 2005 e 2015. Somente em 2010 devem ser oferecidas 5 mil novas vagas, inclusive para áreas de hotelaria, alimentação, lazer, transporte e indústria do vestuário.
Enquanto a área industrial demanda soldadores, caldeireiros, encanadores, montadores, ajustadores, eletricistas, pedreiros e carpinteiros, outros segmentos também procuram trabalhadores.
 “Até para encontrar alguém que lave pratos é difícil”, constata o empresário Claudio Silva, dono do restaurante Plaza Grill.
Apesar disso, o desemprego, ao redor de 12% da região metropolitana de Porto Alegre, não vai acabar. Motivo: falta de qualificação da mão de obra.
Nos últimos três anos, a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) criou seis novos cursos de engenharia, enquanto o Ministério do Trabalho, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social e a prefeitura passaram a oferecer cursos de qualificação técnica básica.
A metalúrgica Metasa, que está se instalando na região, pediu que a prefeitura formasse 400 trabalhadores e promete complementar o treinamento dentro da própria empresa.
A obra para a construção da nova fábrica começa em um mês. Pronta, em meados de 2011, terá capacidade para processar 60 mil toneladas de aço por ano para fornecer componentes de plataformas marítimas e navios.
A metalúrgica Profab foi das primeiras a se instalar na região. Inaugurada em fevereiro de 2007, a empresa fazia correias e elevadores de caçamba. Hoje, produz também peças de caldeiraria pesada, tubulações e estruturas metálicas e está investindo em novas fábricas, e uma delas será no Rio de Janeiro.
Estimulada pela demanda naval, a empresa passou de seis funcionários, nos primeiros dias, para 180. O faturamento multiplicou-se por oito em três anos.

Lei veda participação de Serra em programa do DEM

Os principais caciques do DEM desapareceram. E desligaram os telefones - pelo menos até agora.
Irá ao ar hoje à noite, em meio ao Jornal Nacional, o programa de 10 minutos de propaganda do partido.
A lei dos partidos, de número 9096 de 1995, diz no artigo 45, parágrafo 1, que fica vedada a participação [no programa] de pessoas filiadas a partidos que não são responsáveis pelo programa".
José Serra, pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, não pode participar, a se levar a lei em conta - de resto como deve ser.
Mas circulam informações de que participará, sim.
Há pouco, o senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, informou a um amigo que "a participação de Serra se dará nos limites da lei".
A lei não estabelece limites - simplesmente veda.
Aguardemos o programa.
Se a lei for desrespeitada, o DEM poderá ser punido com a cassação do seu próximo programa, previsto para 2011. Assim como o PT já foi por ter usado seu mais recente programa para fazer propaganda eleitoral de Dilma.
E Serra correrá o risco de ter cassado o registro de sua candidatura quando o formalizar.

Atualização das 16h03 - Acabei de saber de boa fonte que Serra aparecerá, sim, no programa desta noite do DEM.

Os delegados paulistas recebem o pior salário do Brasil

ALOÍSIO DE TOLEDO CÉSAR 

Qualquer pessoa que vá a uma delegacia de polícia no Estado de São Paulo não deverá ter pressa, porque nelas o ambiente se mostra contaminado por situação preocupante: os delegados paulistas recebem o pior salário do Brasil, relativamente aos colegas dos demais Estados.
A expressão “o pior salário do Brasil” pode parecer exagerada, porém reflete a verdade real e angustiante vivida por esses delegados, os únicos profissionais que exercem carreira jurídica acompanhada de permanente risco de vida, representado pelo necessário enfrentamento com os criminosos.
Em vista de vencimentos que são de fato os mais baixos do Brasil, quase todas as delegacias de polícia estão numa espécie de greve branca, chamada de “operação-padrão”, com a realização apenas dos serviços essenciais. Fácil imaginar como isso afeta a vida de cada um de nós, nestes dias angustiantes de insegurança cada vez maior.
Para que se tenha uma ideia do ambiente vivido nas delegacias basta registrar que desde a última posse de novos delegados, por concurso público, seis meses atrás, 10% deles já pediram exoneração, seja porque optaram por outra carreira jurídica, seja porque migraram para trabalhar no mesmo cargo em outros Estados.
Em Brasília, por exemplo, um delegado recebe no início da carreira R$ 13.368,68, o mesmo que os delegados federais, enquanto os colegas de São Paulo, em último lugar na escala de vencimentos, chegam a apenas R$ 5.203.
Acima de São Paulo, nessa relação de vencimentos, estão todos os outros Estados, mesmo os mais carentes, como Piauí (R$ 7.141), Maranhão (R$ 6.653) e Ceará (R$ 7.210). Os delegados paulistas evitam divulgar essa lista por entenderem que serve para diminuí-los e humilhá-los perante os colegas dos outros Estados.
Desde 2008, quando fizeram uma greve de 59 dias (a maior da história da Polícia Civil), houve promessas do governo estadual de melhorias para a classe, não só no que se refere a vencimentos, como também, e principalmente, quanto à estrutura administrativa. Nenhuma delas foi cumprida e o clima interno nas delegacias acabou carregado pelo desânimo.
Em verdade, esse clima se reflete na segurança pública, tendo em vista, sobretudo, a circunstância de que 31% das cidades paulistas não têm sequer um delegado. Realmente, cidades-sede de comarca, com mais de 20 mil habitantes, continuam à espera de um delegado que não chega nunca. Enfim, são apenas 3.200 delegados para cobrir uma área com 42 milhões de habitantes.
Sem a presença do delegado, os inquéritos e processos criminais em curso ficam travados, circunstância que leva muitos deles a se tornarem inúteis pela ocorrência da prescrição, favorecendo os criminosos. Ainda que esteja provada a conduta criminosa, o Estado, pela figura do juiz, fica impedido de aplicar a penalidade cabível por estar prescrita a punibilidade.
Recentemente, notícias publicadas pelo Estado e pelo Jornal da Tarde apontaram a falta de acesso à internet por parte de unidades estratégicas da Polícia Civil, como o Deic e a maioria das unidades do interior. Muitos policiais envolvidos na luta para identificar a autoria dos delitos estão chegando ao ponto de ter de pagar o acesso do próprio bolso para fazer as investigações necessárias. Pode parecer paradoxal, mas, concomitantemente ao marasmo noticiado, fruto do desânimo, também se verifica o empenho motivado pelo orgulho profissional.
Em algumas delegacias, por força da “operação-padrão”, formam-se filas gigantescas e esse é um problema que se agrava, sem ter pela frente a menor esperança de melhora. Se os delegados recebem esses vencimentos inferiores aos dos colegas dos demais Estado, o mesmo ocorre com os escrivães e investigadores, criando condições para que segurança no Estado mais rico do País esteja cada vez mais debilitada.
O Supremo Tribunal Federal já chegou a reconhecer que o trabalho dos delegados de polícia guarda isonomia em relação às outras carreiras jurídicas. Não se tratou de reconhecer a equiparação de vencimentos com as outras carreiras, mas de dispor que a atividade é mesmo jurídica.
Pois bem, se em relação aos delegados dos demais Estados os paulistas se encontram em incômoda situação de inferioridade, quando comparamos os vencimentos com os das demais carreiras jurídicas – juízes, promotores, procuradores, defensores públicos -, vê-se que a disparidade é ainda maior. Até mesmo os cargos administrativos da Justiça Federal e do Trabalho – escreventes, técnicos, secretárias – são remunerados acima do que recebem os delegados paulistas.
Esse é um problema grave, que precisa ser enfrentado e resolvido, porque influi no dia a dia de cada um de nós. A tarefa de conferir segurança aos cidadãos exige técnicas e equipamentos que se aprimoram com o avanço da tecnologia, porém concomitantemente é necessário o trabalho de inteligência, sem o que o combate aos criminosos se torna pouco eficaz.
Nestes dias em que o mundo das drogas está na raiz de praticamente 80% dos crimes praticados, o trabalho de inteligência ganha importância. De nada tem adiantado combater os efeitos danosos das drogas na sociedade se as causas continuam intocadas, tanto pela ausência de política de governo como de exercício de inteligência nas delegacias.
Verificou-se no País expressiva melhora da Polícia Federal no combate à criminalidade a partir do momento em que os vencimentos dos delegados federais foram equiparados aos dos juízes. Ainda que essa polícia se venha convertendo, muitas vezes, numa espécie de polícia do espetáculo, pela busca incessante de notoriedade e dos holofotes, é forçoso reconhecer que cresceu em competência. Um crescimento claramente vinculado aos melhores vencimentos.
APOSENTADO DO TJ-SP. E-MAIL: ALOISIO.PARANA@GMAIL.COM

Desemprego cai para 7,3% em abril, diz IBGE


A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,3% em abril, informou nesta quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, divulgado na Pesquisa Mensal de Emprego, representa um recuo tanto em relação a março, quando a taxa havia sido de 7,6%, quanto na comparação com abril de 2009, quando  havia sido de 8,9%.
O resultado veio abaixo da previsão de analistas, que estimavam taxa de 7,6%. No ano, o desempenho de abril foi o mais baixo desde janeiro.
Segundo o IBGE, é a taxa mais baixa para um mês de abril desde o início da série histórica em 2002.
do G1

Dilma - Governo Lula provou que se pode crescer e controlar a inflação

Ontem durante  entrevista ao vivo para o telejornal SBT Brasil, Dilma abordou assuntos como violência escolar, combate ao crime organizado, valorização das empresas estatais como a Petrobras e o crescimento econômico do país. Segundo ela, é possível combinar o desenvolvimento do país com o controle da inflação. “Provamos no governo Lula que podemos crescer e controlar a inflação. A minha meta é crescer e controlar a inflação”.

Confira momentos mais importantes da entrevista:

Redução de impostos
Acredito que a gente tem de fazer um corte nos impostos que atingem os bens de capitais [máquinas e equipamentos]. Você tem que desonerar o investimento. Porque esta última alteração que o governo do presidente Lula fez com o IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] mostrou que, ao se desonerar, você aumenta a arrecadação de impostos. Mas você não aumenta imediatamente as receitas. Acho que tem de desonerar investimento, desonerar as exportações. Não se pode ficar exportando tributos e tem de desonerar o emprego.

Segurança pública
O combate ao crime organizado é a ação forte da polícia do estado com a Força Nacional de Segurança Pública, combinada com uma ação de volta com a presença do Estado [aos locais de maior criminalidades]. É possível, sim, enfrentar o crime organizado e derrotá-lo.

Penas criminais
O correto é que a pena para determinados crimes, quando ela é dada, tem de ser cumprida integralmente. Não se libera o criminoso antes da hora.

Violência escolar
Não é possível deixar o jovem brasileiro à mercê do crime. Hoje nós temos um dos fatores mais graves que é o crack. O governo Lula permite ter concretamente a esperança fundada de que, com políticas sociais de integração e melhoria de renda combinadas com políticas de valorização dos laços sociais, você pode impedir que o jovem só tenha desesperança na frente dele. Ele tem de ter esperança e valores.

Mulheres
A mulher, hoje, vence pelos seus próprios méritos. Hoje elas já passaram os homens no que se refere à iniciativa de criação de empresa e de ganhar dinheiro com a sua empresa. A mulher, hoje, está preparada para fazer o que ela acha que deve fazer. Outro dia, apareceu uma menina com a mãe ao lado de mim. Chamava-se Vitoria, e a mãe disse o seguinte: eu a trouxe aqui para você dizer a ela que menina pode. No caso, ela estava querendo dizer para ela que menina pode ser presidente do Brasil.

Ditadura militar
Eu combati a ditadura do primeiro dia ao último dia. Lutei pela democracia. Quando o país mudou, eu mudei com o país.Depois que você passa pela experiência do cárcere, tortura, prisão, pessoas que desapareceram, aprende o valor intrínseco da democracia na carne.

Nomeações no governo
Você tem de exigir que a pessoa indicada para o cargo tenha credenciais para ocupá-lo e seja um profissional competente.

Empresas públicas e privadas
É uma maluquice alguém pretender privatizar a Petrobras. Eu não sou a favor de estatizar nenhuma área, hoje, ocupada por empresas privadas. Já as estatais existentes, eu não sou a favor de vender o patrimônio público.

Inflação
É uma discussão absurda que se tinha de ter mais inflação ou mais desenvolvimento. Provamos no governo Lula que nós podemos crescer e controlar a inflação. A minha meta é crescer e controlar a inflação.

Bode para dentro dágua

José Serra só saiu candidato praticamente à força, como se tange bode para dentro dágua. Estava certo de que, se pleiteasse a reeleição para o Governo, continuaria montado na boca rica de São Paulo, sem correr o risco de sofrer mais um revés imposto por Lula. Houve pressão irresistível da direita paulista para que ele se candidatasse. Sua primeira exigência foi a de que o governador de Minas, Aécio Neves, não entrasse na disputa partidária para a indicação.

Revés
As fraudes da maioria dos institutos de pesquisa a favor de Serra estão acabando. Temem a desmoralização quando as urnas forem abertas. Tiveram de render-se, parcialmente, à realidade.

Não emplacou
Mal começou a campanha e os institutos de pesquisa encerraram a temporada de mentirada clara a seu favor, viu que o prestígio histórico de Lula empurrava sua candidata, Dilma Rousseff, para o primeiro lugar. Foi um deus-nos-acuda. Pensou-se no golpe judicial, através da impugnação da candidata do PT. Depois, vendo difícil a violência contra as instituições democráticas e a vontade popular, pensou-se em compelir Aécio Neves a ser o vice.

Não sirvoAécio estrilou: "Se eu não servia para presidente, como vou salvar a candidatura de Serra sendo vice?". E  renegou a sugestão.

Despacho pouco comum

A Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves dePaula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias:

                   DECISÃO
                   Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.
                   Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)...
                   Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém.  Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.
                   Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia....

                   Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?
                   Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.
                   Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.
                   Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo.

                   Expeçam-se os alvarás.
                   Intimem-se.

                               Rafael Gonçalves de Paula

                                        Juiz de Direito

Investimentos federais até abril passaram de R$ 12 bi


O Governo Lula investiu R$ 12,8 bilhões nos primeiros quatro meses de 2010 – quase 90% do que no primeiro quadrimestre do ano passado, informou ontem o Tesouro Nacional. 
Só em obras do Programa de Aceleração do Crescimento -PAC- os investimentos alcançaram mais de R$ 5,3 bilhões, superando em 108% o total investido de janeiro a abril de 2009.

José Serra jogou dinheiro fora


Quando começaram as obras de ampliação da marginal, ao custo de R$ 1,3 bilhão, eu apenas escrevi aqui o óbvio –é dinheiro jogado fora. Mais cedo ou mais tarde, como ocorre em vários países, os carros iriam ocupar o espaço e o congestionamento voltaria. Fui acusado até de fazer campanha contra a candidatura Serra. Pelo jeito, foi mais cedo que se imaginava.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” informa que, depois do alívio, os congestionamentos voltaram neste mês a níveis indecentes –uma piora em relação a abril.
Isso só mostra que a única saída para a cidade é investir em transporte público (metrô e corredores de ônibus) e ter coragem de brigar com a classe média.
Daí que sempre defendi e continuo defendendo que aplicar o pedágio urbano e drenar 100% dos recursos para melhorar os transportes públicos é uma medida que, mais cedo ou mais tarde, terá de ser aplicada. A prefeitura promete proibir o estacionamento nas ruas (o que é certo). Mas implica pagar mais por estacionamentos privados –o que é, de certa forma, um pedágio escamoteado.
O resto é dinheiro jogado fora.
por Gilberto Dimenstein

Ceará - Zona de exportação é aprovada

O Pecém vai mudar. A tradicional vila de pescadores de anos atrás será uma região de forte crescimento a partir da metade da década de 2010. 


A aposta se deve à criação da Zona de Processamento de Exportação do Pecém, aprovada ontem pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportações (CZPE), em Brasília.

O superintendente do CIN (Centro Internacional de Negócios), Eduardo Bezerra faz a projeção de transformação do distrito, localizado em São Gonçalo do Amarante, e que recebeu um porto em 2002. 



"O Pecém não será mais o mesmo", diz. "Serão mais de 200 indústrias no complexo portuário". Leia mais>>>