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O paraíso é para poucos


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Intervenção militar no Rio de Janeiro "(...) Por enquanto, rola um festival de mancadas, falta de planejamento, nenhuma verba, e uma, com todo o respeito, granada sem pino atirada no colo do Exército. Dizem que o novo sinistro da Segurança vai todo dia aos palasses de Temereca, não para discutir sobre isso ou aquilo, mas para fazer suas necessidades fisiológicas. Lavadores de dinheiro, aquelas mulas que cercam o gabinete do presifraude, fazem piadas quando Clusô corre para o banheiro:
— Não tem papel higiênico!
Pois é. E o que está acontecendo no Rio sob nova direção? Multiplicam-se os tiroteios, as grávidas mortas, mães e pais assassinados nas frente dos filhos, meninos como Benjamin levando bala perdida, os avós desesperados e o pai dizendo a frase definitiva:
— Aqui é o Rio, cara. O paraíso é pra poucos."
Trecho do artigo de Aldir Blanc, publicado originalmente no jornal O Globo
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Uma das principais motivações da execução de Marielle Franco

Enquanto isso hoje (15/03) togados fazem greve para garantir o auxílio-moradia e demais maracutaias absolutamente "legais".
Corja!

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Meme do dia

- Senhores passageiros, eu podia estar tomando conta das reservas nacional do pré-sal, eu podia estar cuidando das fronteiras, por onde entram armas e drogas, eu podia estar protegendo a Amazônia e suas riquezas, mas estou aqui distribuindo gibi... (@nbmarisaleticia)



- Pior. Obedecendo ordens do golpista e ladrão Michel Temer (passageiro do ônibus). 
Aplausos entusiasmados dos companheiros de viagem.
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Maré Vive: Pega a visão!

Militares estão fotografando todo mundo que sai das favelas VIla Kennedy, Coréia e Vila Aliança, na Zona Oeste. Papo que tá rolando até fila nos acessos da comunidade. 

Eu queria ver se isso algum dia vai acontecer no Leblon, Ipanema, Flamengo, Laranjeiras, Barra... qualquer lugar que não a favela. Imagina. Ia aparecer logo um advogado, um filho de juiz, um STF de toga do caralho a quatro, um jornalista vendido, dizendo que isso é proibido, que tá atrapalhando a livre circulação do cidadão de bem.. que não tem motivo de fazer com todo mundo! Me poupem! E vão se fuder com a hipocrisia e comoção seletiva de vocês. 

A intervenção é uma ação pensada pras favelas cariocas. A classe média ta ai fazendo textão de ditadura, tirando onda de sombra de medo, mas quem vai sofrer (e já tá sofrendo) somos nós. Pega a visão. Já começou faz tempo.
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Discriminação e preconceito, cânceres da humanidade deveria absorver a sapiência dos vermes, que se alimentam de tudo e todos, sem escolher o menu, Ivan Teoritang

Fotos que envergonha quem vergonha tem

A tirar pelas declarações dos chefes das forças armadas, do ministro da defesa e do ladrão Temer, vergonha é coisa que só ouviram falar.

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Lula: o gênio da grande área, por Ricardo Capelli


Stuckert

Lula descasca o abacaxi
Uma aula de política. Daquelas que merece ser pendurada na parede e virar referência para sempre ser consultada. Três ou quatro parágrafos apenas, não foi preciso mais. A posição de Lula sobre a intervenção no Rio é magistral.
Demonstra que ele não é o que é por acaso. Ciro até tentou. Na essência, apesar de sofrer ataques baixos de setores da militância petista anti-Ciro, falou o mesmo. Mas não conseguiu chegar ao grau de sofisticação do ex-presidente.
Quando publiquei há alguns dias um artigo chamando atenção da esquerda para o abacaxi que tinha no colo, e de como seria difícil descascá-lo, que a simples negação da proposta não resolveria, fui acusado de tudo. Jamais defendi votar a favor ou contra. Só disse que o problema era complexo e merecia uma resposta de mesmo porte.
Até que "Ele" resolve entrar em campo. Durante visita ao acampamento do MST em Minas nesta quarta feira, Luiz Inácio falou sobre a intervenção e deu um verdadeiro show.
Não se posiciona contra nem a favor diretamente. Não briga com o exército, mas afirma que as forças armadas não estão preparadas para enfrentar traficantes e que esta não é sua missão institucional. Os militares devem ter batido palmas para ele.
Não briga com a população, mais de 80% se posicionou a favor, dizendo que ninguém pode ser contra uma medida emergencial num momento de emergência.
Não briga com parte da esquerda que votou contra a medida dizendo que é uma ação improvisada de Temer, uma iniciativa oportunista e eleitoreira que não vai resolver o problema.
Mira e atira no alvo central sem espalhar brasa: o xadrez político, onde o atual presidente tenta ressuscitar.
Passa longe de devaneios como a "conspiração preparatória para um golpe militar". Não entra em histeria. É equilibrado, ponderado e pragmático. Dialoga com o interesse de todos os públicos envolvidos bailando suavemente. Descasca o abacaxi como quem toca um violino.
Não por acaso tenho repetido que a esperança de um desfecho positivo para esquerda, longe da gritaria que se instalou no seu meio, de corporativismos partidários inúteis ao futuro do país, passará necessariamente pela bola que Lula resolver chutar.
Se estiver num bom dia e entrar em campo com esta mesma lucidez, esteja onde estiver, as chances de vitória do campo progressista serão boas. Que os Deuses o iluminem.
*Ricardo Capelli - secretário da representação do governo do Maranhão (Flávio Dino-PCdoB), ex-presidente da UNE - União Nacional dos Estudantes -.
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Revistar mochila de aluno de escola pública é fácil

Intervenção no Rio de Janeiro: 

Invadir favelas e comunidades pobres é fácil, quebrar barracos e revistar crianças também. Difícil é:

  • Acabar com as mordomias do judiciário e ministério público
  • Pelo menos julgar um tucano graúdo
  • Quebrar os sigilos da quadrilha do Pmdb e da quadrilha de Curitiba
  • O judiciário ouvir e aceitar as provas que o ex-advogado da Odebrecht tem para desmascarar a farsa jato


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Lula: emergência não pode ser politicagem


Pela primeira vez o ex-presidente Lula falou publicamente sobre a intervenção na área de segurança pública no Rio de Janeiro:
"Eu temo que isso seja uma coisa de pirotecnia. Seja uma coisa de interesse pura e simplesmente político. O Temer sabe que o que tirou a reforma da Previdência da pauta não foi ele, nem foi a intervenção. Foi a pesquisa Datafolha que, há quatro meses, que mostrou que os deputados não iam votar a aprovação da Previdência”.
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Intervenção Tabajara, por Fernando Brito

(,,,) -Michel, tive uma ideia supimpa!

– Que foi, Moreira?

-Vamos dar a volta por cima. Qual é a maior preocupação da população, o que é unânime?

-O “Fora Temer”?

-Não, Michel, a segurança! Sempre foi, você não lembra que eu me elegi prometendo acabar com a violência em seis meses?

- Mas você não acabou e os assassinatos cresceram 50% no seu, digamos, governo.

- Isso não vem ao caso, Michel, o negócio é a gente voltar a influir na eleição!

- Pode ser, vamos pensar num jurista, um nome de expressão...

- Michel, aquele palhaço da Tuiuti te tirou do prumo, né? Que mané jurista, um general! Para dar a impressão que o couro vai comer. Queremos muito tanque, muita tropa, uniforme de camuflagem, tudo o que tem direito…

– Mas não vai pegar mal, Moreira?

- Que pegar mal, Michel, a mídia vai apoiar e as pessoas estão com medo de tudo.

- O Exército vai topar?

- Chama o Sérgio, Michel, que ele resolve na hora. Ele já botou o Torquato no bolso nesta história da PF, está louco para atropelar no Exército também.

- Mas o Supremo…

– Esqueceu do " supremo com tudo"? E aquela dona tem tanto medo de cara feia que nem no espelho se olha. Do Fuinha ao Topetão todos vão aplaudir Michel.

– É, pode ser uma boa…

- Vai por mim, Michel, seus problemas acabaram…

E assim a intervenção “Tabajara” vai ser aprovada, com a seriedade nenhuma que este governo tem. E as forças das sobras, de olho em cancelar as eleições, aplaudem de pé.

Michê, os militares e os marqueteiros da intervenção

E para os que acreditam nas boas intenções do militares, eu lembro o ditado popular: de bem intencionados, o inferno está cheio.

Quem imagina que as Forças Armadas não tem culpa no cartório, igual ao bandidão Michê e sua quadrilha, está redondamente enganados.

montanarointerv
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Temer fez das Forças Armadas "bucha de canhão"


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O risco ao contrário, por Janio de Freitas

Folha de São Paulo - A intervenção federal no Rio, como está feita, é mais contra o Exército do que contra os delinquentes a serem combatidos. E, não constando que os ideólogos da intervenção Moreira Franco, Raul Jungmann e o general Sergio Etchegoyen tenham descoberto novas formas de ação anticriminalidade, não há por que supor ao menos redução da mortandade, tão logo acabe a usual retração dos delinquentes quando há novidade na repressão.

Mais necessária é a intervenção na chefia da Polícia Federal. Mas nos dois casos Michel Temer faz prevalecerem os seus interesses. Contra sustar as boas interferências na PF para sua condição de suspeito e acusado; e a favor de uma medida extrema e controversa que lhe traz muitas vantagens políticas. O país e os Estados são capítulos à parte.
O Exército está em operações no Rio desde julho de 2017. Se, passados sete meses, quem assinou aquele envio da tropa assina, agora, a intervenção para a mesma garantia da ordem, não é preciso recorrer a números para concluir pelo insucesso do Exército.
Isso pode ficar debitado ao seu despreparo para ações fora de sua finalidade. A intervenção elimina tal álibi, ao estabelecer que todo o sistema de polícia e segurança do Rio passe à responsabilidade do Exército na pessoa de um general. Assim como todas as respectivas atividades.
No nível a que chegou o poder de ação do crime organizado, a repressão não conta com outra tática que não o enfrentamento direto. Do qual, pelo que se conhece, o esperável está em duas hipóteses: ou mortes a granel ou resultados muito aquém do desejado (e necessário).
A primeira ocorrência deixaria o Exército sob repulsa interna e externa, com possíveis consequências internacionais para o país. A segunda ocorrência será a derrota, que é o inferno dos militares. E não será menos do que isso para o Exército.
A única novidade da intervenção é a intervenção. Feita em cima das pernas. Nada foi estudado da situação atual, que já difere da vigente há um mês, nem discutido sobre um modo de agir diferente dos pouco ou mal sucedidos de até agora.
Os ideólogos da intervenção pensaram em política. E deixaram o Exército, que tem se mantido exemplar no Estado de Direito, com todo o risco.
A criação do Ministério da Segurança, pretendida por Temer, vem do mesmo tipo de propósitos pessoais, compartilhados no Planalto por muitos pendurados em acusações e inquéritos.
Esse ministério não teria utilidade: o que conteria já existe. Dar maior autonomia à Polícia Federal, já existente, é um objetivo falso. O pretendido é o oposto: juntar todos os setores ligados a investigações e processos sob um mesmo comando, para facilitar manipulações sem conflito de orientação entre eles. Vem daí a crise que começa a formar-se na PF.
Inicia-se uma fase nova de ação do Planalto, para servir aos interesses de defesas pessoais e ataques à decência.

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Recado aos manifestoches

E o garoto disse ao militar:

- Então quer dizer que vocês vão fazer pose para serem aplaudidos pelos manifestotches retratados pela Tuiuti...bom lembrar aos babacas que o Comando Vermelho e o Terceiro Comando nasceram e cresceram durante a ditadura militar, viu?


Gregório Duvivier vai direto ao ponto

@gduvivier

O presidente que usa as Forças Armadas para ofuscar a derrota da Reforma da Previdência é o mesmo que cortou os investimentos em segurança pública em 10,3%. O chefe de quadrilha agora comandará uma intervenção militar.

Ciro Gomes: a intervenção no Rio é mesquinha e politiqueira

As coisa não andam fáceis para os brasileiros. Em nenhuma área. Agora temos que entender a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Ninguém duvide [tenha certeza] a motivação é mesquinha e politiqueira. Biombo para o fracasso da malfada reforma da previdência que de reforma não tem nada, trata-se de uma aposta irresponsável...Continue lendo>>>

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Também leia:

Romero Jucá sabe das coisas

"Com supremo, com tudo"...
Neste "tudo" ele incluía as forças armadas. 
É temos de reconhecer que o canalha é articulado e sabe das coisas



Crime organizado usa militares em intervenção no Rio

A quadrilha golpista - Crime Organizado -,  comandada pelo ladrão Michel Temer, não faz por menos, usa as forças armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica -, para criar peça publicitária e tentar melhorar a imagem do desgoverno entreguista. Dará com os burros nágua. Eleitoralmente, nas ruas e nas urnas a esquerda já venceu a eleição de Outubro - se tiver -. Então só resta para eles o golpe clássico: Acabar com a democracia - mesmo representativa - e implantar a ditadura. Acontece que nos dias atuais da ditadura para anarquia absoluta é apenas um passo. 

Que ninguém se admire, não tamos longe de nos transformarmos numa imensa Líbia.

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Intervenção no Rio: péssima reprise! por Marcelo Auler

Frase do dia

"Há muita mídia sobre crise de segurança no Rio"
(General Braga Netto, interventor nomeado pelo Michê


Também leia: 

A Intervenção no Rio e a bola de cristal

O que acontecerá daqui para frente?

Mais claro, límpido e cristalino que a mais pura das águas, afirmo sem medo de errar:

  • Mauricinhos e Patricinhas da zona sul continuarão servidos de todos tipos de drogas, via delivery
  • A violência continuará no mesmo patamar. O que vai mudar é que os interventores vão camuflar descaradamente os índices
  • E para "desmoralizar" a Tuiuti a dentro de pouco tempo a Globo vai transformar a Cidade Maravilhosa num imenso Paraíso, com direito a declarações de amor de manifestoches de carteirinha.
Anotem.
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E um dia Nassif me chamou de Polyana

Hoje escreve artigo defendendo intervenção federal no Rio de Janeiro conduzida pelo STF. 

É a mesmo coisa que defender que um pedófilo e estuprador proteja a crianças indefesas.
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Se o caso da Assembleia Legislativa do Rio - mandando soltar Jorge Picciani e outros deputados - é um sinal de que o Rio de Janeiro é um estado sem lei, a prisão do casal Garotinho é a comprovação final. 
Por trás da prisão, uma disputa de facções envolvendo juízes, procuradores e políticos da região. O Rio de Janeiro se tornou, de fato, uma terra de ninguém, com abusos sendo cometidos por todos os poderes, o Legislativo, o Judiciário junto com delegados da Polícia Federal e promotores com interesses políticos locais.
É hora de se pensar seriamente em uma intervenção federal conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e se valendo do fato de se ter uma Procuradora Geral da República e um Delegado Geral da Polícia Federal empenhados em demonstrar o republicanismo de suas instituições.
O caso do juiz Glaucenir
Para se defender Garotinho, sempre é prudente colocar algumas ressalvas. Não conheço a fundo a carreira política do casal Garotinho. Não sei se pertencem à média dos políticos, se são piores ou melhores. E, obviamente, não posso me basear na opiniào da Globo, já que Garotinho tem sido de um atrevimento único, enfrentando o grupo.
O que está em questão é a atuação do juiz Glaucenir de Oliveira, da 98a Zona Eleitoral de Campos de Goytacazes, que move uma perseguição implacável a Garotinho, já revelou uma animosidade em relação a ele e continua livre, leve e solto para praticar arbitrariedades. 
Agora, acusa o casal Garotinho de ter se beneficiado de financiamentos eleitorais da JBS.
A prisão não foi ordenada pela Operação Lava Jato, nem por qualquer outra conduzida por agentes isentos. O juiz se baseou na delação de Ricardo Saur, da JBS, para ordenar a prisão do casal.
A acusação é inverossímil. Para haver corrupção é necessário o chamado “ato de ofício”, ou seja uma decisão da autoridade que possa ser a contrapartida ao suborno.
Na sentença do juiz são mencionados “benefícios irregulares conquistados pela empresa, como linhas de crédito do BNDES”. O casal Garotinho teria sido beneficiário de uma suposta propina ao PT, para comprar o apoio o PR. 
Pergunto: o que Garotinho tinha a ver com o BNDES? Quem tem um mínimo de discernimento sabe que os financiamentos do BNDES à JBS obedeciam à estratégia de criação dos campeões nacionais. A ideia fixa do Ministério Público Federal com o BNDES não conseguiu levantar um dado sequer que tenha demonstrado irregularidades na concessão dos financiamento. Mesmo supondo que o fato tivesse ocorrido, o agente da suposta corrupção teria sido o PT, não o casal Garotinho.
Não foi a primeira arbitrariedade do juiz.
Foi tão extravagante a primeira prisão de Garotinho, ordenada pelo juiz Glaucenir, há um ano, que chamou a atenção do GGN e iniciamos uma reportagem coletiva para apurar o caso. Garotinho passou mal e foi hospitalizado. O juiz ordenou sua retirada a força do Hospital Souza Aguiar e chamou toda a imprensa para testemunhar a humilhação. Adversária de Garotinho, a Globo foi  impiedosa, montando um show com o desespero da família.
Para justificar as truculências contra Garotinho, afirmou ter recebido proposta de suborno de alguém enviado por ele. Também que admitiu que poderia ter sido investigado pela Polícia Federal. Antes mesmo de saber o teor da investigação, insinuou que os investigadores também poderiam ter sido subornados por Garotinho.
No post “Xadrez dos interesse ocultos nas operações das Forças Tarefas" mostramos os jogos de interesse que estavam por trás das operações contra garotinho.
Um advogado, Arakem Rosa, foi acusado de ter se apropriado de uma área em reserva ambiental na praia de Tucuns, considerado o maior escândalo imobiliário de Búzios. Quando o caso explodiu, provocou a remoção e punição de vários juízes e procuradores.
A partir desse fio da meada, começamos a desenrolar o novelo
Dizia a a reportagem:
Os personagens do caso Garotinho
Mas a parte melhor da história é agora. Vamos conferir quem são os personagens que mereceram cobertura total do Ministério Público Federal e da Rede Globo.
O quebra-cabeças será montado em torno de Tucuns, um mega-escândalo de 15 anos atrás.
Personagem 1 – o advogado Arakem Rosa.
Foi acusado de ter se apropriado e negociado uma área de reserva ambiental na praia de Tucuns ((http://migre.me/vygPt), no que foi considerado o maior escândalo imobiliário de Búzios, um escândalo graúdo, de disputa de terras, uma área de 5,6 milhões de m2, que acabou promovendo remoção e punição de vários juízes e procuradores.
Personagem 2 – Paulo César Barcelos Cassiano.
Pai do delegado Paulo Cassiano, principal algoz de Garotinho, Paulo César foi nomeado interventor na Santa Casa de Misericórdia de Campos, depois que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento do provedor Benedito Marques dos Santos Filho (http://migre.me/vyhKa).
Personagem 3 – Promotor Leandro Manhães
Na qualidade de promotor de Justiça de Tutela Coletiva de Campos, coube a Leandro Manhães entrar com a ação cautelar que levou à intervenção na Santa Casa (http://migre.me/vyhTj), na gestão Rosinha Garotinho na prefeitura. Leandro era um dos proprietários de terrenos no projeto imobiliário de Araken Rosa.
Personagem 4 – juiz Ralf Manhães
Intervém quando Rosinha, com base na opinião de outro procurador, ameaça retomar a Santa Casa.  Além de ameaçar os membros do MP, Manhães ordena à prefeitura que libere R$ 3 milhões para a Santa Casa (http://migre.me/vyi5T). Não se sabe o nível de parentesco com o promotor Leandro Manhães.
Personagem 5 – delegado Paulo Cassiano
Delegado da Polícia Federal, é um delegado polêmico. Evangélico, exibicionista, em 2014 acusou a Universidade Federal de Santa Catarina de ser “um antro de maconheiros” (http://migre.me/vygxf).
Já mandou para a cadeia dois prefeitos do interior, em São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, ambas no Rio de Janeiro. Nos dois casos, foi acusado de partidarismo político.
Em 2012, a poucos dias das eleições, chegou a propor a prisão preventiva da prefeita Carla Machado, de São João da Barra, na Operação Machadada. O juiz Leonardo Antonelli indeferiu. No mesmo dia, Cassiano ordenou a prisão em flagrante de Carla na véspera das eleições, claramente com a intenção de influenciar o eleitorado.
Não apenas isso, como divulgou vídeos da prefeita (http://migre.me/vyiUu) a poucos dias das eleições.
Acusada de comprar votos, mais tarde a prefeita representou contra Paulo Cassiano junto à corregedoria da Polícia Federal e conseguiu seu afastamento da PF de Campos.
Na ocasião, Carla Machado acusou-o de trabalhar a serviço de Garotinho. Na época da convenção do PMDB local, Cassiano estacionou viaturas da Polícia Federal em frente o almoxarifado da Secretaria da Saúde, sem mandado judicial, criando um estardalhaço na cidade, segundo relatou Carla em sua página no Facebook (http://migre.me/vyiFt).
Tempos depois, um técnico de Campos confessou que tinha grampeado a prefeita em conluio com o delegado Cassiano (http://migre.me/vyiRu). Apesar da flagrante ilegalidade e de ter atropelado diversos capítulos da lei que dispõe sobre crimes de abuso de autoridades, nada de mais relevante aconteceu com Cassiano.
Nas últimas eleições, foi  acusado por Garotinho de telefonar pessoalmente para eleitores de Campos, pedindo votos para o candidato do PPS a prefeito, Rafael Diniz, eleito. Pelo WhatsApp comandou uma tal “corrente do bem” em favor de Diniz.
Personagem 6 – Fabiana Rosa.
Filha de Arakem Rosa na época do escândalo em São João da Barra, era Secretária da Saúde do município e foi acusada pelo delegado Cassiano  de distribuir remédios com prazo de validade vencido.
Tempos depois, o pai de Cassiano, Paulo César Barcellos Cassiano, assume a interventoria na Santa Casa de Misericórdia e leva Fabiana como auditora. Em seguida, ela é nomeada Secretária da Saúde da gestão de Rafael Diniz, o prefeito apoiado pelo delegado Cassiano.
Personagem 7 – o juiz Glaucenir
O juiz Glaucenir tem um histórico de truculência. Há o caso da Guarda Municipal de trânsito que foi indiciada por ele, após multa-lo.
Antes disso, Glaucenir foi conduzido a uma delegacia em Vitória, acusado de ter sacado a arma em uma boate, contra o namorado de uma moça que teria sido incomodada por ele. Valeu-se da posição de juiz para manter a arma e o inquérito em sigilo.
Havia elementos robustos mostrando que a ação da PF obedeceu a propósitos eleitorais. Cassiano foi denunciado à Justiça Eleitoral por suspeição aja condução do inquérito que apurava crime eleitoral. A mesma Justiça que determinou a prisão de Garotinho ignorou a denúncia.
A discussão da intervenção
Há que se ter muito cuidado com a história da intervenção, pois seria conferir um poder extraordinário a um Judiciário que tem se mostrado arbitrário, em muitos casos, vacilante, nos momentos essenciais.
Por outro lado, não se pode ignorar a situação de total descalabro do Rio de Janeiro, envolvendo todas as instituições de Estado e permitindo o exercício arbitrário do poder por juizes, promotores, delegados, em uma autêntica Lei da Selva.
O federalismo brasileiro prevê que a União intervenha em casos comprovadamente de caos generalizado. O ponto central é que esse caos não pode se restringir à Assembleia Legislativa. E a operação precisa ser soberana, para impedir que a organização criminosa que se apossou da Presidência da República possa ter qualquer espécie de ingerência.
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