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Huawei e a disputa pelo mercado internacional das telecomunicações

O caso
Prisão e retaliação: 


Apesar da prisão – e posterior soltura sob fiança doze dias depois – da diretora financeira e filha do fundador da gigante de telecomunicações chinesa Huawei, Meng Wanzhou, ter passada quase despercebida pela imprensa brasileira, a disputa ganhou as manchetes dos jornais da mídia ocidental. Notou-se que a mídia hegemônica acabou por reproduzir os interesses de Washington, alegando que a prisão seria consequência do descumprimento das sanções unilaterais feitas por esse país ao Irã, as quais impedem o comércio com o país médio-oriental. Esta seria a razão alegada, um absurdo de por si, uma vez que a gigante chinesa não necessariamente precisa aderir ao parcial bloqueio econômico contra o país de maioria persa. Além desta “naturalização” da política externa da Superpotência, o que está em jogo é um processo muito mais complexo e que se relaciona com atual fase da política internacional de transição sistêmica, bem como com a disputa de mercados e com o controle de tecnologias disruptivas que podem representar uma mudança na estrutura de poder global. Neste ensaio pretendemos discutir os principais interesses por detrás da prisão de uma das lideranças da Huawei, além deste tema adentramos no atual processo de disputa pelo mercado das telecomunicações global e os efeitos na área de segurança.
Como já mencionado, no dia 1º de dezembro de 2018, as autoridades canadenses prenderam Meng Wanzhou após o pedido oficial das autoridades norte-americanas. A alegação emitida pelas instâncias judiciais competentes foi que Meng teria sido presa por não respeitar o embargo econômico aplicado pelos EUA ao Irã. Imediatamente Beijing respondeu demandando que as autoridades norte-americanas e canadenses liberassem Meng acusando-os de violarem a liberdade da acusada e de não serem as autoridades competentes para julgar o caso por não se tratar de uma empresa dos dois países. Nota-se que há um padrão neste relacionamento EUA-Canadá. Desde a década de ’50 que o país bilíngue opera como um braço estendido da inteligência de Washington. Basta observar o papel do Banco do Canadá na CPI do IBAD, levada a cabo no Congresso Nacional do Brasil, em 1963. Assim, o alinhamento novamente funciona a favor dos Estados Unidos.
Voltando ao caso

Telecomunicações

Há mais de seis meses, este blog vem denunciando uma série de medidas que a gestão Temer tem implementado no campo das comunicações, com impactos profundos para o acesso à informação e a liberdade de expressão dos brasileiros e brasileiras. Longe, obviamente, dos holofotes da imprensa tradicional, mudanças significativas tem sido feitas nas políticas públicas e normas que regulam tanto o setor de telecomunicações quanto o de radiodifusão. Trata-se da “agenda paralela do golpe”, que avança a passos largos, sem que sequer a população tome conhecimento dos direitos que está perdendo. Esta semana, às vésperas do final do ano, três novos ataques foram deflagrados.
Nesta segunda (19), a Mesa Diretora do Senado Federal que rejeitou o recurso que pedia votação em plenário do Projeto de Lei 79/2016, que transforma as concessões de telecomunicações em autorizações e transfere uma infraestrutura estratégica da União, avaliada em R$ 100 bilhões, para o patrimônio privado das operadoras. Em tempos de fazer descer goela abaixo da população a PEC do teto dos gastos públicos, presentear as operadoras nesta quantia é mais do que criminoso.

Saiba qual operadora oferece o melhor serviço de telefonia celular em sua cidade


Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou na terça-feira (14) o APP Serviço Móvel, aplicativo que permite consultar a qualidade do serviço das operadoras de telefonia celular. Ele está disponível para celulares com sistemas Android e iOS.
“Com o aplicativo, o usuário tem mais informações para escolher entre as prestadoras”, disse o presidente da Anatel, João Rezende, durante a coletiva de lançamento, no evento Futurecom, em São Paulo. Continua>>>

Saiba qual operadora oferece o melhor serviço de telefonia celular em sua cidade

Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou na terça-feira (14) o APP Serviço Móvel, aplicativo que permite consultar a qualidade do serviço das operadoras de telefonia celular. Ele está disponível para celulares com sistemas Android e iOS.
“Com o aplicativo, o usuário tem mais informações para escolher entre as prestadoras”, disse o presidente da Anatel, João Rezende, durante a coletiva de lançamento, no evento Futurecom, em São Paulo.
O APP Serviço Móvel permite consultar a qualidade dos serviços de voz e de dados nas redes das operadoras do serviço móvel em todos os municípios brasileiros. Nele também está disponível um ranking das operadoras, construído a partir dos indicadores aferidos de acessibilidade, conexão, quedas e desconexão. Além disso é possível acompanhar a evolução da qualidade de cada operadora a partir da consulta ao histórico desses indicadores em intervalos de até 12 meses.
O aplicativo permite, ainda, que o usuário visualize em um mapa as estações licenciadas e em funcionamento e suas respectivas tecnologias (2G, 3G e 4G), por operadora. Com isso, os usuários poderão se informar melhor sobre a disponibilidade do serviço.
A consulta também pode ser feita na versão web do aplicativo, ativada por meio do sistema de geolocalização do celular ou manualmente – situação em que o usuário escolhe o município que deseja pesquisar. As informações são atualizadas mensalmente.
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Os dólares velozes e os bits-tartaruga


A ANATEL acaba de colocar no ar um “portal” especialmente voltado para os consumidores. Na verdade, uma página com alguns links e uma pesquisa.
Como o consumidor terá, ao que parece, acesso à legislação, quem sabe ele venha a perceber que sem uma mudança na Lei Geral de Telecomunicações, promulgada quando da privatização do setor, nos anos 1990, não haverá melhora nem nos serviços que recebe, nem nos preços que está pagando por eles.
A Fundação Procon, de São Paulo, divulgou ontem, que o setor de telecomunicações ultrapassou o sistema financeiro no ranking de reclamações, no ano passado, com mais de 75.000 demandas, apenas na maior cidade do país.
A campeã geral de insatisfação dos consumidores foi a Telefônica/Vivo, espanhola, para quem o governo emprestou bilhões de reais, via BNDES, nos últimos anos, para “expansão de infra-estrutura”.
E, mais grave – na última semana, a empresa norte-americana de telecomunicações Akamai, informou, também, que o Brasil caiu pela terceira vez consecutiva no ranking mundial de velocidade média de conexões de internet.
Ficamos com o posto 84 entre 140 países, apesar de, segundo a União Geral de Telecomunicações, estarmos pagando das tarifas mais altas do mundo.
Com uma velocidade de 2,7 megabits por segundo, estamos atrás de nações como a Turquia, o Cazaquistão, o Iraque, e, na América do Sul, Argentina, Chile, Colômbia e Equador.
Nos expressamos em megabits e não megabytes, porque as operadoras falam em dez megas em sua propaganda, mas não dizem que se trata de megabits, e não megabytes, o que confunde o consumidor.
Um bit é a menor medida de informação, zero ou um. Um byte equivale a oito bits, logo, seria muito mais.
A título de curiosidade, os mercados mais rápidos do mundo em velocidade de conexão de internet são Coréia do Sul, Japão, Hong Kong e Holanda.
Não deve ser por acaso que na Coréia do Sul as maiores empresas de telefonia celular e internet, South Korea, Korea Telecom e LG (que aqui conhecemos pela marca de eletrônicos), são todas coreanas.
O mesmo acontece no Japão, com a NHK, originada de companhias telegráficas fundadas pelo governo japonês ainda no seculo XIX, e em Hong Kong, com a PCCW.
Nenhuma surpresa.
Os países mais avançados do mundo sabem que as telecomunicações – como ficou provado com a espionagem dos EUA e do Canadá contra o Brasil – são um fator estratégico para a segurança e o desenvolvimento nacional. E que seu controle não pode ser entregue exclusivamente à iniciativa privada, e, em hipótese alguma, ao capital estrangeiro.
Por aqui, fez-se exatamente o contrário.
Nos anos 90, entregou-se o filé das telecomunicações – telefonia celular e banda larga – a empresas estrangeiras de nações especializadas – do ponto de vista de telecomunicações – em tacos, spaghetti, e azeitonas, e essas empresas enviam, hoje, bilhões de dólares, todos os anos, em remessa de lucro, para fora do país.
Falar em Telebrás virou palavrão e pensar em usar uma estatal de telecomunicações para concorrer com empresas estrangeiras para melhorar a vida do consumidor é tabu.
A Angola Telecom queria fazer uma parceria com a Telebras para instalar e operar um cabo submarino entre a Àfrica e a América do Sul e teve que procurar outro parceiro.
O eufemismo usado para inviabilizar o acordo foram “entraves burocráticos”, um eufemismo para a permanente sabotagem sofrida por aquela que foi, durante anos, a maior empresa de telecomunicações do Brasil.
Enquanto isso, nossa internet continua rápida como uma tartaruga, e o dinheiro do cidadão brasileiro voa, para o exterior, na velocidade da luz.

Os Correios é melhor que a Fedex (EUA)

Enquanto a população reclama nas ruas contra os serviços públicos, a centenária Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apresenta resultados operacionais superiores aos das americanas Fedex e UPS.
Em 6 de maio último, como faço habitualmente, lia a edição do Valor Econômico quando, entre os tradicionais cadernos, encontro as demonstrações financeiras de 2012 da ECT. Um misto de nostalgia e curiosidade me fez separar a publicação para uma análise posterior. Havia 15 anos que não via os números da empresa em detalhes. Sabia apenas que os dividendos da companhia distribuídos à União Federal fizeram parte da “contabilidade criativa” e contribuíram para o cumprimento da meta do superávit fiscal em 2012.
No final da década de 90, trabalhei em uma gestora cujo fundo buscava oportunidades em companhias que poderiam ser privatizadas. Já se discutia o inchaço do Estado, a qualidade dos serviços públicos e a solvência fiscal. Parecia consenso na ocasião que a saída era repassar as estatais para a iniciativa privada. Com isso, o fundo era composto basicamente por ações do setor elétrico como a distribuidora baiana Coelba e a pernambucana Celpe, e as teles. Outra característica do fundo era apostar em “small caps”. Assim, nada de manter posições na líquida Telebras, mas, sim, nas operadoras regionais como a maranhense Telma e a catarinense Telesc . Havia ainda espaço para Comgas, a distribuidora de gás de São Paulo, além da expectativa de que as empresas de saneamento passassem para as mãos de particulares. Assim, compilávamos os dados das concessionárias estaduais. Não aconteceu. Hoje, apenas três companhias possuem ações em bolsa: a paulista Sabesp, a mineira Copasa e a ilíquida paranaense Sanepar. A carioca Cedae foi rechaçada pelos investidores ao tentar abrir seu capital no ano passado.
Mesmo com a aposta no setor de saneamento não vingando a contento, o fundo apresentou excelente desempenho no período, recebendo diversos prêmios. Foi nesse contexto que passei os olhos pela primeira vez no balanço dos Correios. Quem sabe, a empresa não entrasse no programa de privatização?
Como disse, pus o balanço dos Correios de lado à espera de uma melhor oportunidade para fazer um artigo. Chegou a hora. Em um momento no qual a bolsa de valores é dominada por pessimismo generalizado, os analistas e a análise fundamentalista perdem força. O que adianta dizer que uma carteira de ações deve ser formada quando todos estão pessimistas ou que se deve sempre adotar a máxima de comprar na baixa?
Em um país onde são raras as instituições centenárias – apenas um punhado de empresas e os clubes de futebol –, os Correios assumem posição quase mítica. A empresa foi fundada em 25 de janeiro de 1663. A atual ECT foi criada pelo Decreto-Lei 509 de 1969. É uma empresa pública, cujo controle é detido exclusivamente pela União. Possui o monopólio dos serviços postais em todo o território nacional. A lógica do monopólio é permitir que a remuneração dos serviços nos grandes centros subsidie as regiões de menor atrativo econômico. Embora seja improvável que os Correios recebam aporte de particulares, a brecha existe. O Decreto diz no artigo 6º, parágrafo 4º, que: “poderão vir a participar dos futuros aumentos do capital outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como entidades integrantes da Administração Federal Indireta”. Como sociedades de economia mista fazem parte da administração indireta, os minoritários desta sociedade poderiam vir a participar indiretamente dos resultados dos Correios. Contudo, são apenas devaneios jurídicos. Vamos à realidade: como a companhia está indo? A princípio, muito bem. Em um momento que a população protesta contra os serviços públicos, os Correios na “Pesquisa de Satisfação e Imagem Institucional 2012” aparece entre as três instituições em que os brasileiros mais confiam atrás apenas da família e dos bombeiros. A qualidade operacional atingiu o índice de 92,7% dos objetos postais entregues dentro do prazo. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (RPL) tem se mantido ao redor de 25% nos últimos cinco anos (a exceção foi 2009). Em 2012, alcançou 27%, bem superior ao das americanas Fedex (o ano fiscal termina em novembro) e UPS, com 12,5% e 13,6%, respectivamente. A margem líquida também foi bem superior – 7,4% comparado a 4,5% de Fedex e 1,5% da UPS. Apesar do PIB claudicante e das inovações tecnológicas, o crescimento médio anual da receita nos últimos três anos foi de 10%, similar ao de Fedex e superior ao da UPS (6,1%).
Além disso, a companhia possui nível de endividamento irrisório. Em relação aos dividendos, a companhia tem praticado “payout” (parcela do lucro destinada aos dividendos) de 50%. A União recebeu R$ 350 milhões em 2012.
Esses números são obtidos apesar da reconhecida ineficiência estatal. Se dependesse apenas dos Correios, a população não faria manifestações.
 por: André Rocha

Telefonia móvel: Aplicativos como WhatsApp tiram 17,7 bi de euros das operadoras



WhatsApp
No começo de agosto, o WhatsApp saiu do ar por três horas em São Paulo para que os usuários das áreas atendidas pelo DDD 11 pudessem ter o 9 acrescentado ao número de telefone. O ocorrido gerou uma repercussão grandiosa nas redes sociais, revelando que muitas pessoas já dependem bastante desse tipo de aplicativo, esquecendo-se de que uma das funções básicas dos telefones celulares é troca de mensagens SMS.

O surgimento de WhatsApp, BBM, iMessage, ChatOn, entre outros, causou problemas para operadoras de telefonia no mundo inteiro, e agora uma empresa de análises fez uma estimativa de quão grande deve ser o prejuízo. Somente em 2012, elas deixarão de ganhar 17,7 bilhões de euros, equivalente a R$ 45,6 bilhões, de acordo com dados da Ovum divulgados pelo Ubergizmo.

Apps como esses têm conquistado cada vez mais os donos de smartphones por serem mais completos e baratos que um simples SMS. Além de mensagens, trocam áudio, imagens, vídeos e localização.

Como a cobrança é feita de acordo com a transmissão de dados e não por unidade, o valor de um SMS pode, às vezes, equivaler a várias mensagens via aplicativo. Isso sem contar que o usuário pode se conectar a uma rede Wi-Fi e não pagar nada.
do Olhar Digital

Usando telefone público

 Um homem se aproxima do outro que está usando um orelhão: 

- Amigo, estou precisando fazer uma ligação urgente e você está aí, há mais de meia hora, sem dizer uma só palavra! E o outro:

- Calma, estou falando com a minha mulher! 

Orelhões high-tech

Mais de 900 mil Orelhões brasileiros deverão ter GPS, internet e lista telefônica.

A Anatel apresentou ontem (08/08), em Brasília, planos de revitalização dos orelhões brasileiros, incluindo o acréscimo de novos recursos, como GPS e internet.

A ideia é disponibilizar Wifi nos telefones públicos, que podem ser utilizados por smartphones, tablets ou qualquer aparelho que funcione com internet sem cabo. Além disso os orelhões também deverão ter listas telefônicas. 

Outro passo é a revitalização dos orelhões, constantes vítimas de vandalismo. Segundo Emília Maria Silva Ribeiro - conselheira da Anatel -, o movimento deverá acontecer por meio de obras de arte ou ainda abrindo espaço para publicidade.

Telefonia: inventor do BINA luta por royalties a 14 anos

Esse é mais um exemplo da ineficiência do poder judiciário brasileiro. Pelo trabalho que realiza os marajistrados brasileiros deveriam receber como pagamento o que o gato enterra. Corja!


Está sobre na 39.ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro, pronto para ir a julgamento, um caso típico da ineficiência do sistema processual brasileiro - e, em volume de dinheiro, a maior demanda em tramitação no Judiciário. Movida por gigantes do setor de telefonia em 2003, a ação vem prolongando uma disputa, que já dura mais de três décadas, em torno do reconhecimento da patente - e pagamento dos royalties - em favor de Nélio José Nicolai, inventor do identificador de chamadas telefônicas, mundialmente conhecido por bina.
Após várias tentativas de acordo, Nélio Jose Nicolai recorreu à Justiça em 1998; pela lei, uma patente dura 20 anos antes de cair no domínio comum - Wilson Pedrosa/AE
Wilson Pedrosa/AE
Após várias tentativas de acordo, Nélio Jose Nicolai recorreu à Justiça em 1998; pela lei, uma patente dura 20 anos antes de cair no domínio comum
A ação contesta a paternidade do equipamento, desenvolvido por Nicolai em 1977 e patenteado anos mais tarde no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), do Ministério da Indústria. No início, as empresas telefônicas recolheram royalties, mas, ao absorverem a tecnologia, pararam de pagar ao inventor, que recorreu à Justiça em 1998 após várias tentativas de acordo. Pela lei, uma patente dura 20 anos antes de cair no domínio comum. Se sair vencedor, Nicolai embolsará um valor estimado, por baixo, na casa de bilhões de reais.
Até agora, são quatro sentenças de primeira e segunda instâncias, proferidas pela Justiça do Distrito Federal, que obrigam a Americel (atual Claro), a Ericsson, a Telesp Celular e outras 20 empresas de telefonia a pagar royalties a Nicolai. As duas primeiras, proferidas em 1998 e transitadas em julgado, estão há anos em fase de liquidação, mas até hoje, por conta de um cipoal de recursos, embargos e manobras protelatórias movidas pelas telefônicas, o inventor não colocou um centavo no bolso.
O último entrave é uma liminar, concedida pela Justiça Federal do Rio às telefônicas na ação de 2003, que contesta a autenticidade da patente. Com ela, as telefônicas ganharam o direito de adiar o pagamento dos royalties, embora continuem cobrando dos usuários uma taxa mensal pelo uso do bina.
O País tem hoje mais de 220 milhões de celulares, todos com identificador de chamada. Pelo uso do serviço, as companhias cobram, em média, R$ 10 por mês de cada usuário. Numa conta simples, se Nicolai embolsasse apenas 10% - ele cobra 25% na Justiça - de royalties, ou R$ 2 de cada aparelho, ganharia R$ 440 milhões ao mês. Multiplique-se esse valor pelos anos seguidos de uso do equipamento, e a conta retroativa chegará a "dezenas de bilhões de reais", segundo cálculos do advogado Luiz Felipe Belmonte.
Vencida a pendência, ele cobrará das megaempresas de telefonia em todo o planeta, que igualmente incorporaram a tecnologia do bina nos seus aparelhos sem pedir licença ao dono da patente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Anatel pune teles

A partir de segunda-feira (23), a TIM, a Oi e a Claro estão impedidas de vender chips, habilitar celulares, tablets e até de participar de programas de portabilidade nos estados onde são os principais alvos de reclamações dos consumidores e de falhas na cobertura. 


A ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações - deu 30 dias para que apresentem um plano de investimentos para melhorar a qualidade dos serviços, como ligações não completadas, queda de sinal e atendimento aos clientes. 



Navegação gratuita em celulares

O Ministério das Comunicações anunciou nesta quinta-feira, 12, um projeto que possibilitaria o acesso gratuito de páginas da internet em celulares. 

O governo espera criar um domínio específico – 0800.br – que permitira o acesso a algumas páginas da web mesmo para a pessoa que não paga um plano de dados. Os gastos do programa seriam revertidos para as próprias operadoras. As páginas governamentais gratuitas trarão informações como vagas de emprego, agenda cultural, horários do transporte público, informações sobre vagas públicas e também algumas notícias de relevância geral. 

80 pessoas da cidade de São Sebastião, próxima à capital Brasília, começarão a testar um modelo do serviço no próximo sábado (14).

A iniciativa foi criada em parceria entre o governo federal e o governo estadual do Distrito Federal, e conta com a parceria das operadoras Vivo, Tim, Claro e Oi.

do Olhar Digital

O garoto bobo

por Luiz Carlos Bresser Pereira

Só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixa e móvel...
João é dono de um jogo de armar. Dois meninos mais velhos e mais espertos, Gonçalo e Manuel, persuadem João a trocar o seu belo jogo por um pirulito. Feita a troca, e comido o pirulito, João fica olhando Gonçalo e Manoel, primeiro, se divertirem com o jogo de armar, e, depois, montarem uma briga para ver quem fica o único dono. Alguma semelhança entre essa estoriazinha e a realidade?... 
Não é preciso muita imaginação para descobrir. João é o Brasil que abriu a telefonia fixa e a celular para estrangeiros. Gonçalo é a Espanha e sua Telefônica, Manuel é Portugal e a Portugal Telecom; os dois se engalfinham diante da oferta "irrecusável" da Telefônica para assumir o controle da Vivo, hoje partilhado por ela com os portugueses. Mas por que eu estou chamando o Brasil de menino bobo? Porque só um tolo entrega a empresas estrangeiras serviços públicos, como são a telefonia fixa e a móvel, que garantem a seus proprietários uma renda permanente e segura. No caso da telefonia fixa, a privatização é inaceitável porque se trata de monopólio natural. No caso da telefonia móvel, há alguma competição, de forma que a privatização é bem-vinda, mas nunca para estrangeiros. Estou, portanto, pensando em termos do "condenável" nacionalismo econômico cuja melhor justificação está no interesse que foi demonstrado pelos governos da Espanha e de Portugal. 

O governo espanhol, nos anos 90, aproveitou a hegemonia neoliberal da época para subsidiar de várias maneiras suas empresas a comprarem os serviços públicos que estavam então sendo privatizados. Foram bem-sucedidos nessa tarefa. Neste caso, foram os espanhóis os nacionalistas, enquanto os latino-americanos, inclusive os brasileiros, foram os colonialistas, ou os tolos. 

Agora, quando a espanhola Telefônica faz uma oferta pelas ações da Vivo de propriedade da Portugal Telecom, o governo português entra no jogo e proíbe a transação. 

A União Europeia já considerou ilegal essa atitude, mas o que importa aqui é que, neste caso, os nacionalistas são os portugueses que sabem como um serviço público é uma pepineira, e não querem que seu país a perca. O menino tolo é o Brasil, que vê o nacionalismo econômico dos portugueses e dos espanhóis e, neste caso, nada tem a fazer senão honrar os contratos que assinou. 

Vamos um dia ficar espertos novamente? Creio que sim. Nestes últimos anos, o governo brasileiro começou a reaprender, e está tratando de dar apoio a suas empresas. Para horror dos liberais locais, está ajudando a criar campeões nacionais. Ou seja, está fazendo exatamente a mesma coisa que fazem os países ricos, que, apesar de seu propalado liberalismo, também não têm dúvida em defender suas empresas nacionais. 

Se o setor econômico da empresa é altamente competitivo, não há razão para uma política dessa natureza. Quando, porém, o mercado é controlado por poucas empresas, ou, no caso dos serviços públicos, quando é monopolista ou quase monopolista, não faz sentido para um país pagar ao outro uma renda permanente ao fazer concessões públicas a empresas estrangeiras. 

A briga entre espanhóis e portugueses pela Vivo é uma confirmação do que estou afirmando.

Grupo português compra portal IG

A Oi vai focar serviços de infraestrutura e abandonar a produção de conteúdo.
do Olhar Digital

Oi
O grupo português Ongoing fechou a compra do portal de internet iG, que pertence à operadora Oi, de acordo com a Folha de S. Paulo. A companhia já é responsável pelo jornal "Brasil Econômico" e "O Dia".

A venda do portal iG faz parte de uma reestruturação da empresa, que irá se focar em serviços de infraestrutura e deixará de fora a produção de conteúdo. O presidente da empresa, Francisco Valim, afirmou que a Oi só está vendendo a parte de publicidade e conteúdo, enquanto a operadora vai continuar ofertando seus serviços usuais.

A decisão de vender o portal ganhou força após a aquisição da Brasil Telecom, em janeiro de 2009, que aumentou as dívidas da Oi. No ano passado, o endividamento da companhia foi reduzido pela metade com chegada da Portugal Telecom, que passou a controlar a companhia em julho de 2011. Com a chegada dos portugueses, a operadora passou a se focar em negócios na rede de dados (basicamente internet e TV), algo que, em Portugal, elevou a rentabilidade da empresa.

De acordo com a publicação, a compra do iG foi analisada por três empresas, entre elas a divisão de internet da RBS e a BTG Pactual, do banqueiro André Esteves. O site é o quinto maior portal do país, totalizando em 23,48 milhões de visitantes únicos.

O Congresso Nacional libera TV a cabo para telefônicas

O princípio básico da nova lei é simples e saudável:
Quem distribui (telefônica) não produz conteúdo (Globo).
Quem produz conteúdo (Globo) não distribui (telefônica).
A lei transforma tudo em empresa de Comunicação.
Onde se encaixam também os provedores de acesso à internet (UOL).
Assim, teremos a seguinte situação, muito interessante.
A Globo vai ter que fechar o Globo.com e o G1.
Porque não pode distribuir e produzir conteúdo ao mesmo tempo.
O UOL – que sustenta os jenios da Folha (*) – também vai.
Porque ele ou é provedor de acesso ou de conteúdo.
E, na pág. B4, da mesma Folha, o Ministro Paulo Bernardo avisa que as telefônicas poderão dar acesso à internet, sem precisar de provedor.
Ou seja, o UOL perde do novo.
Duas vezes.
Os colonistas da Folha vão ficar impossíveis.
O projeto que o Senado aprovou vai à sanção da Presidenta.
Os filhos do Roberto Marinho e do seu Frias só têm uma saída.
Contratar o escritório do Dr. Sergio Bsrmudes e sua consultora, Elena Landau.

O Dr. Bermudes não perde uma !


Paulo Henrique Amorim

ANATEL: Cadê você?...



ImageAfirmei aqui neste blog, tempos atrás, que era preciso uma providência urgente contra a má qualidade do serviço celular no Brasil. Ligações que caem, chamadas que não se completam, telefones que dão sinal fora de área quando estão na área, torpedos que não são enviados (ficam na caixa de saída) porque a interconexão entre redes de operadoras diferentes não se completa.

Pois é, os números confirmam a impressão de qualquer usuário de telefonia celular deste país: a demanda cresce mais que a oferta. Reportagem publicada no domingo pelo Estadão informa que o investimento das operadoras celulares não tem acompanhado a expansão do número de clientes. A base de usuários no ano passado, diz a matéria, cresceu 16,6%, enquanto os investimentos foram reduzidos em 2,4%. Mais importante do que a expansão do número de usuários é verificar o crescimento do tráfego, que está aumentando em velocidade ainda maior.

O que vem acontecendo é simples. As operadoras estão investindo menos do que o necessário para suportar o aumento de tráfego, que elas são obrigadas a prever na medida em que cresce o número de seus clientes e ofertam pacotes de dados atrativos até para quem pode gastar pouco. Mas primeiro deixam a rede entupir, para depois investir. Querem maximizar
seus lucros.

Fiscalização

Das operadoras, pode-se dizer que lhes falta visão, pois estão comprometendo sua imagem com os usuários. O problema é que as deficiências na redes são generalizadas. Trocar uma operadora pela outra nem sempre resolve. Mas só falta visão estratégica para as operadoras porque a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) tem sido omissa. Mesmo não sendo um serviço prestado em regime público, as celulares têm de cumprir um regulamento de qualidade do serviço. A fiscalização cabe a agência reguladora, que tem se mostrado lenta em todas as suas decisões e incompetente para garantir o bom serviço ao usuário.

É hora de a ANATEL mostrar que está preparada para cumprir o papel para o qual foi criada. Ou vamos ter que criar a fiscalização do órgão que deveria fiscalizador?

Em tempo, o problema que vive a telefonia celular, vale também para o serviço de banda larga.

por Zé Dirceu

por Zé Dirceu

Image
Não combinaram com os Russos
Paulo Bernardo
Reza a lenda que, às vésperas de um jogo da Seleção Brasileira contra os russos, em 1958, o técnico brasileiro instruiu a equipe numa elaborada estratégia em campo. Depois de uma série de dribles, Garrincha deveria passar a bola para o Vavá marcar. Ao que o mestre das pernas tortas respondeu com malícia: “Vocês já combinaram tudo isso com os russos também?”.

A história pode ser transportada para o caso da Telefônica. Apesar das exigências das autoridades para que a operadora sanasse seus problemas de panes nos serviços de banda larga no Estado de São Paulo, o Speedy, a empresa foi alvo de novo apagão neste início de semana. O assunto levou o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a cobrar os investimentos que evitassem novas panes.

Aliás, a interrupção da 2ª. feira não foi nem a primeira, nem a segunda vez que a Telefônica interrompeu os serviços de banda larga. Em junho de 2009, um apagão no Speedy deixou boa parte dos 2,7 milhões de usuários sem Internet. Na ocasião, a operadora chegou a ser proibida pela ANATEL de comercializar os serviços entre junho e agosto de 2009, até que as falhas fossem apuradas e corrigidas.

Rotas alternativas


Para Bernardo, a empresa deve investir em rotas alternativas. Também tem de garantir uma gestão dos sistemas que evite panes semelhantes.

Segundo a empresa, o apagão do início da semana teria sido causado por dois equipamentos (roteadores) que fazem a conexão da rede brasileira com sites internacionais. Ainda assim, para Bernardo, o episódio foi “lamentável”. O ministro prometeu consultar o presidente da Agência Nacional das Telecomunicações (ANATEL), Ronaldo Sadenberg, sobre as providências que serão tomadas pela agência. "Tem que fiscalizar, tem que cobrar (...) Tem uma repercussão econômica", completou.

Segundo estimativas da consultoria Teleco, a Telefônica tem mantido os seus investimentos no Estado de São Paulo entre R$ 2,2 bilhões e R$ 2,4 bilhões por ano desde 2008. No primeiro trimestre deste ano, foram R$ 373 milhões, ou apenas 4,4% a mais que no mesmo período do ano passado. Ainda que vultosos, pelo visto, eles não têm dado conta do recado. O mercado vê a questão sob outro ponto de vista.

Falhas de procedimento

Para o presidente da consultoria, Eduardo Tude, São Paulo é um caso típico em que não apenas a rede cresce rapidamente, mas o seu uso também. “As pessoas estão dando novos usos à Internet e exigindo muito mais do serviço”, comenta. Segundo ele, panes como as da Telefônica no início da semana são causadas, não necessariamente por falta de investimentos, mas por problemas de procedimento. “Quando se expande uma rede muito rapidamente, e ela passa por sucessivos up grades, um novo equipamento que é adicionado pode ter incompatibilidade com o software e gerar uma falsa informação, que é transmitida para outros roteadores”, exemplifica.

Segundo ele, em 2009, quando a ANATEL suspendeu a venda do serviço Speedy por alguns meses, a punição levou a operadora a perder a segunda colocação em market share de acessos à banda larga para a NET. “No regime de competição, uma suspensão como a que foi aplicada, dado que a operadora apresentava falhas reincidentes, é prejuízo na certa”, comenta. O trâmite, explica o engenheiro com mestrado em telecomunicações, tem início com uma sindicância da Agência e pode chegar à suspensão da comercialização do serviço vendido pela operadora.

Com a pane desta semana, na Agência, a informação é de que seus técnicos estão analisando o ocorrido e deverão instaurar um processo administrativo. Mas, fica a pergunta: será o bastante? Por onde anda a ANATEL, que, até aqui, pouco tem se pronunciado a respeito? Já a Paulo Bernardo, todo o nosso apoio.

Tim proibida de Vender chips no Ceará




A justiça cearense decidiu proibir a venda de novos chips celulares da operadora de telefonia móvel Tim. Segundo a decisão, as lojas revendedoras vão ter que fechar e não poderão mais comercializar até que seja atendida a demanda.

A medida foi tomada depois de uma sequência de panes da Tim no Estado, que prejudicou milhares de usuários.