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Política econômica de Bolsonaro

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Que os eleitores e eleitoras que ganham de 15 mil pra frente votem em Bolsonaro (economicamente) é compreensível. Mas, pobres, assalariados e pensionistas que recebem até 15 mil reais façam isso...sinceramente (economicamente) é burrice. 

Tirar do bolso para encher ainda mais os bolsos de quem tem mais, ser um Robin Hood ao contrário...me poupe.

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Agradeço o clique na propaganda dos anunciantes

Esta postagem, dedico a um capitão do mato

"Sobre Cota para negros e a primeira de cotas (pra brancos) Lei 5465/68, apelidada de a Lei do Boi.

Se você conhece algum agrônomo ou veterinário com mais de 65 anos, provavelmente, ele se formou em uma universidade pública, gratuita e sem vestibular.

Foi o maior sistema de cotas já criado. Para quem? para os filhos dos fazendeiros, e não para os filhos dos trabalhadores rurais.

COTA foi uma exclusividade adotada para latifundiários imigrantes, brancos e europeus, conforme também dispunha o Decreto 590/1890, do Estatuto do Imigrante.

Viu? A cota, primeiramente, foi inventada por brancos ricos para brancos ricos, estimulando a injustiça social que hoje se tenta combater por diferentes formas, inclusive pelas cotas raciais. by Laurez Cerqueira."

A política econômica da presidente Dilma por Aloizio Mercadante

A campanha de Dilma Rousseff encontrou seu melhor porta-voz econômico: o Ministro-Chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante.

Em sua entrevista a O Valor, com alguns pontos já antecipados ao Blog, Mercadante expõe os problemas do governo DIlma, desfaz alguns mitos e avança nos pontos centrais da política econômica em caso de reeleição.

Sobre eixo da política econômica

O ponto central da política econômica der Dilma é a ideia do social como eixo estruturante do desenvolvimento econômico, diz ele. O emprego não é uma variável de ajustes. Ou seja, emprego e renda são peças centrais.

Sobre comparações entre crises

A crise que atravessamos desde 2008 é muito mais grave e atingiu o centro da economia internacional. Ao contrário do passado, que eram crises da periferia; na Rússia, na Tailândia, na Argentina, no México. E o Brasil agora conseguiu ter um dos melhores desempenhos no emprego, manteve as políticas sociais e a valorização dos salários. Fizemos uma política econômica prudente, de acúmulo de reservas cambiais e de melhora na solvência e saúde fiscal da sociedade brasileira.

Sobre a responsabilidade fiscal do governo e o tripé

A oposição recebeu a dívida pública em 28% do PIB, entregou em 60% do PIB e nós reduzimos para 35% do PIB. Tivemos responsabilidade fiscal. Temos uma política de câmbio flutuante em que o Banco Central tenta evitar oscilações muito bruscas. É muito importante para o país ter um câmbio que contribua com a estabilidade, mas sobretudo com a competitividade da economia. Nós cumprimos a meta inflacionária, melhoramos a contabilidade pública e estamos conseguindo manter as menores taxas de juros dos últimos 20 anos. Então, de que tripé está se falando?

Sobre responsabilidade fiscal e políticas anticíclicas

Quando faz um ajuste fiscal de uma visão ortodoxa, sem olhar o conjunto da economia e da sociedade, é o mesmo que estar com um avião pesado, com muita carga, e resolver jogar a turbina fora para reduzir o peso. Você cai, o país cai. Nós temos que fazer ajustes fiscais seletivos, inteligentes, que preservem os mais pobres e continuem o esforço de distribuição de renda e inclusão social.

Sobre bancos públicos

A China é o país que mais cresce no mundo e tem o maior banco público do mundo. A Alemanha tem o segundo maior banco público do mundo. Deveríamos olhar esses dois países e verificar quais são os instrumentos que eles utilizam para ganhar competitividade sistêmica e o papel dos bancos públicos.

Em junho de 2002, o Valor publicou uma matéria sobre reunião do Armínio em que defendeu na Merrill Lynch o programa de privatização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, com base num estudo feito pela consultoria Booz Allen.
Se nós não tivéssemos os bancos públicos na retração de liquidez em 2008, o Brasil não teria o desempenho que teve nessa crise.

Sobre capital privado e financiamento de longo prazo

Agora, se querem discutir novas formas de financiamento de longo prazo e construir mecanismos de mercado para ajudar o financiamento de longo prazo, eu estou inteiramente de acordo. Acho bom esse debate ficar bem claro porque quando você pega os mesmos ingredientes, o mesmo cozinheiro e a mesma receita, vai dizer que o prato será diferente? Não, o prato é o mesmo.

Sobre preços administrados

Preço administrado não é preço livre. Existem regras de reajustamento, contratos, procedimentos. Energia, por exemplo: tivemos uma seca, um aumento forte do custo e os preços estão sendo reajustados em função dos prazos contratuais com percentuais muito elevados. O que nós dizemos é que não existe um represamento de preços que exija um choque imediato. É isso que estamos dizendo o tempo inteiro.

O preço do petróleo em qualquer país que tem uma base industrial e que tem o petróleo como uma fonte da matriz energética importante, não pode estar indexado ao preço internacional, porque um acidente no Oriente Médio causa uma oscilação e em seguida esse preço volta. Você tem que ter critérios um pouco mais consistentes de reajuste de preços porque a energia é um elemento estratégico em termos de competitividade para a indústria. Os reajustes da gasolina têm sido feitos anualmente. Houve aumento em dezembro de 2012, em janeiro de 2013. Os critérios [de reajuste] têm que ser de política energética para o desenvolvimento do país.

Sobre eleições e movimentos de bolsa

Em todas as eleições tivemos fortes movimentos especulativos e fortes pressões. Em 2002, o terrorismo econômico foi muito superior ao que se vê agora. Os que acreditaram naquilo, no dia seguinte, começaram a perder muito dinheiro. É um movimento especulativo, próprio da natureza desse mercado, que usa a eleição, que tenta interferir na eleição.




A íntegra da entrevista:

http://www.valor.com.br/eleicoes2014/3729900/nova-equipe-restabelecera-confianca-diz-mercadante#ixzz3Flfuc3Im

A crise - desemprego atingiu a menor taxa histórica

País - A taxa de desemprego em Novembro, nas 6 regiões metropolitanas chegou a 4,6%, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -. 
O resultado é igual ao do mês de Dezembro de 2012.
Em Outubro a taxa estava em 5,2%.
Para agravar a "Crise", o rendimento médio dos trabalhadores cresceu 2%.
Como os "elogios" a condução da política são todos dirigidos ao ministro da Fazenda - Guido Mantega -, é de bom tom que a gente também estenda as críticas sobre o desempenho do Emprego e Desemprego a ele.
Aff, desse jeito não sei como o país aguenta.
Quantas Bolsas Famílias teremos de criar?...

A chamada classe C será a base de um crescimento do consumo no país estimado em 40% até 2020

O consumo da classe C confirma acertos dos governos Lula/Dilma

[...] É o que calculou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FECOMERCIO - SP). A entidade define como classe C as famílias com renda mensal de R$ 1,4 mil a R$ 7 mil. Hoje, elas somam 54% dos brasileiros.

Se a Federação não tiver errado em suas previsões, o consumo familiar no Brasil será de impressionantes R$ 3,53 trilhões em 2020, ou 65% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, o montante chegou a R$ 2,34 tri.


Não faz muito tempo, em 2003, somadas, as classes A, B e C representavam menos da metade das famílias brasileiras. Agora, são 61%. Há outros dados que impressionam: entre 2002 e 2010, a massa real de salários aumentou em torno de 30%, com impacto direto no consumo da nova classe trabalhadora, criada nos anos Lula.

Aliás, dados sobre o consumo da chamada Classe C que confirmam, mais uma vez, a importância da política adotada pelo país nos últimos 9 anos. Ela compreende a distribuição de renda e a valorização do salário mínimo, a criação de 17 milhões de empregos e um crescimento econômico sustentado.

Crescer distribuindo renda


Nove anos mais tarde, agora, o país tem condições não apenas de crescer, como de continuar distribuindo renda. E, hoje, isso pode ser feito não só pela valorização salarial, mas distribuindo renda via educação, serviços públicos universais e de qualidade, reforma tributária e por meio de políticas para eliminar a pobreza. Aliás, como já o vem fazendo.

fisgado do Blog do Zé

Lula desafia José Serra a explicar ‘nova’ política econômica

Ontem, em entrevista no Palácio do Planalto, Lula criticou as promessas do tucano de aumentar o salário mínimo de R$ 510 para R$ 600 e de anunciar que promoverá mudanças na política econômica do País.
Ed Ferreira/AE
Lula classificou as propostas apresentadas na campanha tucana de “irresponsáveis” e disse que Serra não tem condições de cumpri-las, além de cobrar do candidato explicações claras sobre o que pretende mudar na política econômica. “Quando, hoje (ontem), o candidato diz que vai mudar a política econômica, é importante ele dizer o que vai mudar, porque o mundo está esperando que ele diga. O mercado está esperando, porque você não pode agir com irresponsabilidade, sem saber os efeitos de uma declaração dessa que, certamente, não agradou nem à assessoria dele”, desafiou Lula.

Ao condenar a postura do candidato do PSDB – que, além do aumento do mínimo, anunciou que concederá décimo terceiro salário aos beneficiados pelo Bolsa-Família e 10% de aumento para os aposentados -, Lula disse que são “coisas de época de eleição”. Segundo o presidente, o governo não vai fazer “leilão de propostas” neste período.
“Nós sabemos distinguir o que é uma mentira e o que é verdade. Nós temos uma proposta de recuperação do salário mínimo até 2023 que vai dobrar o valor do salário mínimo, e nós acreditamos tanto no Brasil que combinamos a política de reajuste do salário mínimo ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e à taxa de inflação. É uma quantia muito maior do que qualquer presidente já pensou neste País”, desabafou. E emendou: “Somos muito responsáveis e não vamos ficar leiloando coisas em época de eleição”.
Explicações. Para o presidente, “os cidadãos, homens ou mulheres, ninguém pode ser irresponsável porque está disputando uma eleição”. “Ninguém pode prometer aquilo que sabe que não vai fazer e ninguém pode ficar tentando leiloar o país em época de eleição”, afirmou. Lula reclamou que o adversário político “está fazendo uma quantidade de promessas que sabe que não vai cumprir, porque não as cumpriu quando foi governo”. E insistiu que, quando Serra “diz que vai mudar toda a política econômica, ele tem que explicar ao povo brasileiro o que significa mudar essa política econômica num momento em que o Brasil serve de exemplo ao mundo”.
Lula afirmou que não tem participado da estratégia de campanha de Dilma, mas comentou que está dando uma “forcinha” a ela. 
“Estratégia de campanha não é comigo. Estou apenas dando uma forcinha.”

Tânia Monteiro



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O Brasil de Lula e Dilma perde o medo

Pesquisas realizada pela CNI constata que a população confia em ter emprego.
O medo do desemprego nunca estava tão em baixa no país, segundo pesquisa da CNI. Para ela, o bom desempenho da economia aumentou a confiança dos brasileiros no emprego. O índice que mensura o medo caiu para 81,1 pontos em setembro deste ano, de acordo com a pesquisa trimestral divulgada nesta quarta-feira.
O índice de setembro, que recuou 1,5% em relação ao de junho, é o menor desde maio de 1996, quando começou a pesquisa, em que quanto menor a pontuação maior é a confiança na preservação do emprego.
“A queda na pontuação registrada em setembro é resultado do aumento do número de pessoas otimistas em relação ao emprego”, afirma a pesqauisa. Em setembro, 55% dos entrevistados disseram não temer ficar sem trabalho. Foi o terceiro trimestre consecutivo em que mais da metade dos brasileiros afirmou não estar com medo do desemprego. Outros 30% disseram ter pouco medo e 15% afirmaram ter muito medo do desemprego.
Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a avaliação otimista da população reflete as condições favoráveis do mercado de trabalho. “A economia retomou o crescimento e as taxas de desemprego das principais regiões metropolitanas estão entre as mais baixas da história”, explica Castelo Branco.
Segundo ele, o Índice de Medo do Desemprego deve manter-se nesse patamar até o final deste ano e ao longo de 2011. Isso porque tudo indica que o ritmo de crescimento da economia continuará elevado, garantindo a expansão da oferta de empregos.

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Os mesmos de sempre


Por Carlos Chagas

Apesar de abominável, a moda continua a mesma: quem vai pagar a farra das elites  políticas e econômicas que levaram a   Grécia à bancarrota? Os mesmos de sempre, quer dizer, o povo, que terá  salários e vencimentos reduzidos, sem falar nas pensões e aposentadorias, ao tempo  em que os impostos serão aumentados e o desemprego se ampliará. Serão,   também,  privatizadas as empresas públicas e os serviços estatais que sobraram da última lambança.  
                                               
A causa da crise está tanto em maus governos quanto na especulação desenfreada de banqueiros e sucedâneos. O remédio vem dos países economicamente poderosos, prontos para “salvar” a economia grega através do sacrifício de seu povo. O cidadão comum  que pague, como de resto vem pagando  no mundo inteiro onde surjam situações parecidas. O Brasil já foi a bola da vez e Fernando Henrique Cardoso   engoliu caladinho a mesma formula  neoliberal que agora aplicam na Grécia.
                                              
Por que o trabalhador deve receber  a conta, se em nada contribuiu para criá-la?   De que maneira se poderá debitar ao assalariado a responsabilidade pelo fracasso da política econômica apoiada numa falsa livre competição entre quantidades distintas?

Na Grécia, as massas estão a um milímetro da explosão. Sobre elas, não se poderá alegar manipulação do solerte credo vermelho,  há muito escoado pelo   ralo.  É bom tomar cuidado. 

Assim agem os liberais, o lucro é privado (deles) os prejuízos...socializados (nosso).
São uns FHCs - farsantes, hipócritas, canalhas -.
Corja!!!

Juros e política econômica

Delfim Netto
Apesar de alguns ensaios meio velhacos que sempre aparecem na mídia nas antevésperas das reuniões, o Conselho de Política Monetária do Banco Central tomou a decisão correta no dia 17 de março, ao ignorar os estímulos para aumentar a taxa básica de juro. O que se disse depois, sobre não ter sido uma decisão técnica e sim política, é uma coisa um tanto ridícula: há muito pouca técnica nessas decisões, que, de qualquer forma, sempre são decisões políticas, apesar do conjunto de mitos que se criou para convencer os incautos de que existe uma ciência e, com isso, impor algumas crenças aos incautos.

Com a economia brasileira voltando a crescer depois de passar os maus momentos da crise financeira mundial, seria um perfeito absurdo elevar as taxas de juro que, por sinal, continuam no topo do mundo. O argumento de que existe risco de retomada da inflação devido à correção de níveis de salários é falacioso. Não há pressões visíveis que possam levar a uma desestabilização na taxa de inflação.

É claro que sempre há fricções aqui e ali e é importante que elas se exerçam, porque influem na mudança dos preços relativos e fornecem a indicação de onde devem ser encaminhados os investimentos. Num processo de crescimento acelerado (como o que estamos vivendo), o fator mais importante que induziria a crença na aceleração da inflação seria um aumento nos salários reais acima da taxa de crescimento da produtividade. Ora, isso não aconteceu no ano passado, muito menos no ano retrasado (2008) e não está acontecendo neste ano. Mesmo porque, quando se está num processo de recuperação da atividade econômica, a produtividade aumenta realmente.

No presente, se formos verificar os dados do Dieese, eles mostram com clareza que, no setor industrial, não há aumento de salário real acima do nível de crescimento da produtividade. Significa que este, que seria o fator mais importante das pressões sobre os preços, não existe. Há uma certa mídia que se sente motivada a chamar a atenção para o fato de que “os salários estão subindo mais do que o índice da inflação”, como se isso levasse à frustração da meta inflacionária. Talvez custem um pouco a perceber que, quando há crescimento econômico, é assim mesmo que tem de ser (o salário subir mais que a inflação, mas menos que a produtividade), porque este é o caminho óbvio para a redistribuição do produzido.

O dado importante é que a produtividade está crescendo mais do que o aumento do salário real. Significa que a taxa de retorno do capital está subindo, estimulando novos investimentos que vão gerar mais empregos e produzir depois novos aumentos do salário real, e assim por diante. É assim que caminha o mundo.

Tenho esperança de que, aos poucos, vamos conseguindo nos livrar dos mitos e da falsa ciência que inventou um cálculo de crescimento para um produto potencial, utilizado como referência para retardar o desenvolvimento por um longo período. O Brasil readquiriu as condições para sustentar um crescimento de 6% a 7% anuais nesta década e não pode desperdiçá-las. Isto não é só um desejo, mas uma necessidade porque, embora nossa taxa de crescimento populacional esteja declinando, vamos precisar oferecer trabalho e salários decentes a, aproximadamente, 140 milhões de pessoas entre 18 e 60 anos nos próximos dez anos.

Tal objetivo só se realizará se tivermos uma política econômica compatível com um crescimento mínimo de 5% e 5,5% todos os anos. É com essas metas que devem se comprometer os candidatos que vão disputar as eleições nos vários níveis de poder. Agora, se os governos cederem às políticas de elevação dos juros toda vez que o crescimento se acelerar ou assustarem o mundo com receios infundados de crises em contas correntes (que temos como evitar) a cada soluço dos mercados, não haverá como atingir o objetivo.

Podemos ficar crescendo aqueles míseros 2% do PIB dos anos finais do século XX, aumentando o “exército industrial de reserva” de que falava o velho Karl, ainda no século XIX. 

Aos alarmistas de plantão

Aos alarmistas de plantão e críticos da política econômica do governo federal, recomendo o excelente artigo de Paulo Nogueira Batista Jr, diretor-executivo no FMI, sobre a queda nas contas públicas. Ele explica os motivos da redução do superávit primário e do aumento do deficit nominal, responsáveis pelo crescimento da equação dívida líquida/PIB.

Batista Jr aponta como causas principais da queda das contas públicas, a recessão, o afrouxamento da política fiscal e o aumento da dívida líquida do governo refletido na valorização do câmbio. Embora a deterioração das contas públicas seja "motivo de preocupação", ele considera acertadas as medidas do governo federal. "Não teria sido recomendável - pondera o economista - responder à queda das receitas associada à recessão com corte equivalente dos gastos públicos" - como pregam a oposição e os saudosos neoliberais."

A tentativa de manter o deficit fiscal no nível anterior teria agravado a pressão recessiva decorrente da crise mundial", prevê o economista para quem "o governo precisava recorrer a uma política fiscal ativa, de caráter antirrecessivo. Se isso não tivesse sido feito, a recessão teria sido mais profunda e mais demorada."

Representante de nove países da América Latina no FMI, Paulo Nogueira informa que o "Brasil parece estar entre os mais cautelosos em matéria de política fiscal anticíclica". E lembra que "projeções publicadas pela revista 'The Economist' indicam que o deficit fiscal brasileiro está entre os menores, quando se considera os países do G20 e outras 23 economias desenvolvidas e em desenvolvimento."

Leiam "A piora das contas públicas", publicado hoje no Folhão.

Carta do Ibre

“Seria injusto, caso de fato uma recessão mais profunda e prolongada tenha sido evitada, não reconhecer os méritos da reação da política econômica do governo -desde os primeiros passos, com a gestão de liquidez habilidosa e ágil do Banco Central, que foi da liberação de compulsórios à indução da absorção de bancos e carteiras pelas instituições financeiras mais bem preparadas, até as muitas iniciativas de desoneração tributária setorial.”

“Se essa visão for confirmada, é possível que o país seja beneficiado por uma feliz coincidência: o desafogo da crise global de crédito veio a tempo de permitir que a indústria, vencida a queima de estoques, reiniciasse a sua marcha, antes que a perda de empregos nesse setor se disseminasse, via demanda, na forma de um impacto mais amplo na economia”.

“Em resumo, a conjuntura brasileira é sem dúvida melhor do que a apontada pela maior parte das projeções no início deste ano, para não falar do final do ano passado.”

Luiz Guilherme Schymura, dirigente do Ibre que tem sido um dos maiores críticos do governo.