Maçã, a consagração de um fruto polêmico

Se há fruta com imagem controversa é a maçã. 

A controvérsia vem desde a antiguidade. 

Para começar tendemos a achar que a maçã é o fruto proibido mencionado...

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Odisséia de um Bêbado


O bêbado, no ponto do ônibus, olha pra uma mulher e diz:
- Você é feia heim ?
A mulher não diz nada. E o bêbado insiste:
- Nossa, mas você é feia demais!
A mulher finge que não ouve. E o bêbado torna a dizer:
- Puta merda! Você é muito feia!
A mulher não se agüenta e diz:
- E você é um bêbado!
- É, mas amanhã eu melhoro...

Então ele subiu para o ônibus.
Logo na roleta, cambaleando, ao cobrador diz:
- Se meu pai fosse um gato e minha mãe uma gata, eu seria um gatinho!
E continua:
- Se meu pai fosse um cachorro e minha mãe uma cachorra, ai eu era um cachorrinho!
E mais:
- Se meu pai fosse um touro e minha mãe uma vaquinha, ai eu seria um bezerrinho!
O cobrador, nervoso, pergunta:
- E se o seu pai fosse um viado e sua mãe uma puta?
- Ai eu era cobrador de ônibus!


Saindo da roleta, o bêbado grita:
-Hoje eu quero comer um cu!
Todos os passageiros olham assustados para ele que, ao ver a reação, diz:
- Calma gente, eu só quero um!


Já na parte de trás do ônibus, grita de novo:
- Do lado direito todo mundo e corno! Do lado esquerdo todo mundo é viado!
Ao ouvir isto, levanta um negão do lado esquerdo e fala:
- Eu não sou viado!!!
E o bêbado responde:
- Então muda de lado que não gosto de confusão!!!


A partir desse momento os passageiros
começaram a xingar o bêbado e ameaçando cobri-lo de porrada.
O motorista, para evitar confusão, freia bruscamente e todos caem.
Um dos passageiros se levanta, pega o bêbado pelo colarinho e pergunta:
- Fala de novo, safado.
Quem é corno e quem é viado?
- Agora eu não sei mais. Misturou tudo!


Ele então desce do ônibus, entra em uma igreja, o padre, viu aquele bêbado entrando e resolveu dar o sermão:
- Irmãos, quem não for a favor da bebida que se sente agora!
Todos se sentaram e o bêbado gritou:
- Pô, seu padre, Só nós dois hein!?

Expulso da igreja, entra logo num boteco e já pede:
- Coloca aí dez pinga pra mim!
O dono obedeceu e colocou dez pingas para o bêbado, que bebeu todas.
- Coloca agora cinco pinga!
O dono colocou, o cara bebeu todas e disse:
- Agora coloca só três, viu?
Bebeu as três num gole só, fez aquela careta típica de pingaiada e pediu:
- ZZZZZZ só uma agora! ZZZZZZ só mais uma!
O bêbado bebeu aquela, deu uma cambaleada e concluiu:
- Eu num to enZenZendo... Quanto menossss eu bebo, mais eu fico tonto!


Antes de ir embora ele pede um maço de cigarros, que traz escrito na lateral:
'O MINISTERIO DA SAUDE ADVERTE: Cigarro pode causar impotência sexual'.
Assustado, gritou pro garçom:
- NÃO. Esse aqui não!!! Me dá aquele que causa câncer.


Ao sair do boteco, todo embriagado, o bêbado andando na rua, toca o interfone de uma casa e pergunta:
- Seu marido taí?
Uma mulher responde:
- Está, quem quer falar com ele?
- Xá pra lá, brigado.
Chega em outra casa e toca o interfone novamente:
- Seu marido taí?
Outra mulher responde:
- Está no banho, quem quer falar...
- Brigaaaaaado, pooooode deixar.
Na outra casa...
- Bom dia, seu marido taí?
- Está... vou chamá-lo...
- Não, não é preciiiiiiso, responde o bêbado.
- Na outra casa:
- Oi, seu marido taí?
A mulher responde:
- Não, mas já deve estar chegando.
O bêbado responde:
- Então, faz favor, olha aqui pra fora e vê se sou eu!!!!!


Tempos depois consegue lembrar onde é sua casa com muito custo.
Abre a porta e vai correndo para o banheiro.
Assustado, corre para o quarto e acorda a mulher:
- Ô muié... Essa casa tá mal assombrada! Eu abri a porta do banheiro e a luz acendeu sozinha.
Depois, fechei a porta e a luz apagou sozinha...
A mulher, puta da vida, grita:
- Filho da puta!!! Você mijou na geladeira de novo!!!!


Enxotado de casa pela mulher, que não tava a fim de dormir
cheirando bafo de pinga, vai a um beco, acaba dormindo no chão e tem o relógio roubado.
No dia seguinte, já curado da manguaça, ao andar pela rua, vê um cara usando o seu relógio, e se aproxima dele dizendo:
- Hei, cara, esse relógio é meu!
- Que seu que nada. Esse relógio eu peguei de um bêbado que eu comi ontem lá no beco.
- Tem razão, não é meu mesmo. Mas que parece, parece!!
 


Professores vítimas de perseguição política


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Maria Izabel Azevedo Noronha
A constatação, ainda mais triste porque vivemos em um período de amplas liberdade e plenitude democrática, é de Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da APEOESP ao falar sobre o processo movido pelo governo tucano de São Paulo contra ela e a entidade que preside por causa da recente greve dos professores.


Em entrevista, gentilmente cedida a este espaço, Maria Izabel fala sobre essa paralisação que durou um mês e envolveu cerca de 210 mil trabalhadores, revelando a face truculenta e autoritária do governo José Serra em São Paulo, incapaz de dialogar com os movimentos sociais. Pelo contrário, tratou a greve com repressão policial, cassetete, perseguição funcional - enfim, à moda de governo tucano encarar as lutas sociais, como caso de polícia. Continua>>>

Colheita Feliz - O jogo

Colheita Feliz é um dos maiores fenômenos na história dos aplicativos para Orkut. Inspirado no aplicativo Farmville, do Facebook, o Colheita Feliz permite que cada usuário do Orkut administre sua própria fazenda dentro do seu perfil.
O grande barato do aplicativo Colheita Feliz é que o jogo permite que você interaja com qualquer um dos seus amigos. Você pode roubar o que vê na fazenda deles e pode ajudá-los a manter a fazenda livre de pragas e pestes.
A fazenda no Colheita Feliz sempre vai evoluindo e a cada dia exige mais cuidados. Você pode plantar hortaliças, criar animais e comprar materiais para incrementar seu pequeno latifúndio.
Para conseguir acessar algumas funcionalidades do jogo, é preciso ter as chamadas moedas verdes. Para consegui-las, é preciso comprar créditos online para o Colheita Feliz.
Para ter o Colheita Feliz no seu Orkut, basta procurar o jogo na seção de aplicativos do seu Orkut.

Tudo sobre Colheita Feliz 

A tecnologia da informação tucana

Lula e Dilma confirmam presença no 1º de Maio Unificado

Presidente e pré-candidata prestigiam CTB, UGT e Nova CentralDia do Trabalhador 1


O presidente da CTB, Wagner Gomes, confirmou a presença do presidente Lula e da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff no 1º de Maio Unificado, em São Paulo, no sábado, Dia do Trabalhador. 

Lula e Dilma devem chegar à festa às 15 horas.

Brasil caminha para atingir o pleno emprego


Brasil Econômico

“O céu do emprego no Brasil é azul.” A frase é do pesquisador Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) da Universidade de São Paulo, que desde 1976 estuda o mercado de trabalho brasileiro. Para ele, o leve aumento do desemprego registrado por institutos de pesquisa como o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de março é marginal, pois “enquanto a demanda – leia-se consumo-estiver aquecida e a economia crescendo, a oferta de postos de trabalho só tende a aumentar.” 
Zylberstajn arrisca até a dizer que o Brasil caminha para atingir o que os economistas chamam de “pleno emprego”, situação em que a procura por trabalho é igual ou menor do que a oferta. “Temos condições de chegar lá”, diz.
O pleno emprego não significa que a taxa de desemprego será zero. De acordo com Paulo Sandroni no seu Dicionário de Economia do Século XXI, o chamado pleno emprego existe quando não mais do que 4% da força de trabalho está desocupada. Isso acontece porque as pessoas têm a opção de trabalhar ou não. Os Estados Unidos, por exemplo, chegaram a ter desemprego de 1,2% em 1944 – quando a economia estava mobilizada pela Segunda Guerra Mundial. Para alguns economistas, os anos de governo Bill Clinton – quando o desemprego chegou a ser de 3,9% – podem ser considerados de pleno emprego também. 
“No caso do Brasil, essa situação acontecerá quando a taxa de desemprego recuar para os 5%, o que pode ocorrer em breve se a economia mantiver o atual ritmo de expansão”, diz Zylberstajn.

Casamento de matuto

Marco Antônio Leite 

Lá na roça, um menino e uma menina foram criados juntos, desde que eram bem miudin...

O tempo foi passano, passano, eles foi creceno, creceno.

Aí se casaro.

No dia do casório, sacumé, povo da roça não viaja na lua de mér, já vai direto pra casinha de pau a pique.

Chegano lá na casinha, o Zé, muito tímido, vira para Maria e fala:

- Ó Maria, nois vai tirano a rôpa, mais ocê num mi óia, nem ieu ti óio, vamu ficar dis costa.

Maria responde:

- Tá bão Zé. Intaum eu num ti óio e ocê num mi óia, cumbinado.

Nisso Maria abre a malinha de papelão novinha que ganhou do pai, tira a camisola que ganhou da mãe.

Maria tira a roupa. Ao vestir a camisola notou que a mãe tinha lavado, ponhou no sór pra módi quará e ficá bem branquinha..

Tava um capricho só a camisola.

Só que a véia pra mode branquiá a camisola, lavô dimais qui incurtô a dita prá mais di parmo e usou goma demais prá passar a camisola, deixando muito engomada.

Maria então diz:

- Meu Deusducéu, cuma é qui eu vô drumi com um trem duro e piquininim desse?

Aí o Zé fala:

- Ah Maria! Assim num vale! Ocê mi oiô, né?.......... 

Retrospectiva de Antonio Bandeira em Paris

Ceará é destaque na Agrishow

Uma das atrações da Agrishow - maior feira brasileira do agronegócio, que se realiza nesta semana na rica cidade paulista de Ribeirão Preto - são duas vacas leiteiras da raça Jersey, sobre cujo pescoço o seu proprietário colocou uma placa com os seguintes dizeres: "Vou para o Ceará". 


O dono das vacas é o criador José Junqueira, líder de um grupo de pecuaristas de São Paulo, que, há seis meses, prospectam possibilidades de negócios no interior cearense. 


Ontem, na Agrishow, o diretor de Agronegócios da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Fernando Pessoa, e seu gerente da Cadeia Produtiva do Leite, Sérgio Baima, conversaram com Junqueira e seus amigos, que confirmaram o interesse de investir aqui na produção leiteira. Para isso, o grupo já visitou vários municípios e conheceu as terras disponíveis nos perímetros de irrigação administrados pelo Dnocs. 


Os paulistas cumprem o mesmo roteiro seguido por um grupo de pecuaristas do Paraná, que igualmente pretendem desenvolver no Ceará a pecuária de alto padrão, com o uso de novas tecnologias, incluindo o pastejo irrigado. 


O grupo de Ribeirão Preto interessado em vir para o Ceará é assessorado pela Via Verde, grande e respeitada empresa de consultoria do agronegócio. Fernando Pessoa e Sérgio Baima estavam ontem entusiasmados: "São boas as chances de Junqueira e seus sócios investirem no Ceará", disseram.

Pepsi investe na reciclagem

O novo lançamento da PepsiCo no mercado brasileiro não é mais uma variedade das batatinhas Ruffles ou um subproduto da famosa aveia Quaker, mas uma iniciativa na esteira das políticas de sustentabilidade. Com base em uma tecnologia que permite a reutilização das embalagens de salgadinhos, a empresa está lançando uma campanha que pretende envolver também o consumidor no processo de reciclagem.

O presidente da divisão de alimentos da PepsiCo para a América do Sul, Olivier Weber, explica que separar os materiais de compõem o saquinho - filmes plásticos e uma folha de alumínio, usada para manter o produto crocante - era praticamente impossível. Mas a indústria de embalagens conseguiu substituir a folha por um spray de alumínio. Para enfrentar outro desafio, a coleta dos saquinhos depois de abertos pelos consumidores, veio para o Brasil, a convite da PepsiCo, a americana Terracycle, que organiza o trabalho dos catadores e sua remuneração.

Ocêis qui sabem ingrêis, podem mi dizê u qui ta iscritu aqui?

Disputa entre fornecedores baixa custos da usina de Belo Monte

Japoneses, chineses, russos, franceses, alemães e até argentinos travam uma disputa pelo contrato de fornecimento dos equipamentos da usina de Belo Monte, estimado em cerca de R$ 6 bilhões. Dez dias após o leilão, a corrida dos fornecedores mundiais de turbinas hidrelétricas já fez baixar os custos da usina. Isso porque os asiáticos não querem perder essa oportunidade de entrar no mercado brasileiro, antes restrita aos europeus reunidos no consórcio da Alstom. A empresa tinha a preferência do consórcio derrotado no leilão da usina.

O presidente da Toshiba T&D do Brasil, Luís Carlos Borba, diz que apresentou uma proposta ao consórcio Norte Energia para o dia do leilão e depois fez nova oferta, com condições melhores. A empresa produz alguns equipamentos no país, como transformadores, mas o objetivo é fornecer as turbinas que fabrica no Japão e estrear no mercado brasileiro. Para isso conta com o JBIC, bando de fomento japonês, que está oferecendo 130% em crédito com prazo de 18 anos e juros de cerca de 4,12% ao ano. "Esse é custo padrão para o risco Brasil, mas poderá ser reduzido para Belo Monte", disse Borba. Os 130% de crédito significam que o banco financia 100% dos equipamentos a serem importados do Japão e ainda 30% dos que seriam produzidos pela Toshiba no Brasil.

Elite subdesenvolvida, colonizada


Agência France Press:

Quem disse que o gaúcho não dança funk?

Pois é, gaúcho da fronteira, de bota e bombacha, também dança funk. Aliás, a dança do quadrado, com a  letra do Canto Alegretense, ficou surrealista. Mas bá, especial de primeira, tchê.

O MST sem aliados

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desempenha um papel importante no Brasil. Se não por outro motivo, ao fazer recordar todo dia que o direito à propriedade é universal. Direito de propriedade só para alguns é contradição em termos.

Eis um aspecto bonito da reforma agrária. Ela talvez materialize melhor que outras bandeiras o desejo de o direito de propriedade ser praticado da maneira mais ampla e absoluta.

Como então os portadores dessa aspiração amplíssima chegaram ao isolamento político, facilmente verificável? Ontem Dilma Rousseff não citou o MST, mas mandou o recado de que não admite ilegalidades.

A ocupação de fazendas é ilegal, quando a Justiça assim decide. A mensagem não poderia ter sido mais clara.

Antes, José Serra tinha ido na mesma linha, só que mais explicitamente. Pois não está obrigado a tratar o tema com luvas macias.

O isolamento político do MST obedece também a razões estruturais.

O Brasil é um país secularmente reacionário quando o assunto é a terra. Aqui, a Independência não aboliu a escravidão e a República não trouxe a reforma agrária. Esta só avançou — pasmem! — a partir do regime militar, quando o presidente Castelo Branco deu ao país o Estatuto da Terra.

A redução do direito de propriedade a prerrogativa de alguns é construção ideológica arraigada entre nós. Mas o isolamento político do MST não bebe só dessa fonte. Suas raízes conjunturais estão na total assimetria entre a estratégia do movimento e o projeto de construção nacional.

Qual o sentido de o MST acampar à beira de estradas do Sul-Sudeste, ao lado de propriedades que já fizeram a transição para a agricultura plenamente capitalista, em vez de pressionar o governo para que a expansão da fronteira agrícola aconteça com base na democratização territorial?

Infelizmente, o MST deixou-se enredar já faz algum tempo numa aliança com as forças que procuram nos impor o congelamento da fronteira agrícola, o abandono da engenharia genética e a renúncia à população das fronteiras. Dessa aliança não sai — nem vai sair — nada útil para o país.

É como cruzar espécies distintas. Dá até prolezinha, mas estéril. Uma esterilidade política bem desenhada em teses como “a luta contra o agronegócio”.

Em resumo, o MST hoje busca a reforma agrária onde ela não é mais possível — pelo menos no capitalismo — e renuncia a buscá-la onde é necessária. Daí o isolamento.

Fraqueza que chega ao ponto de não conseguir arrancar do governo Luiz Inácio Lula da Silva nem a atualização dos índices mínimos de produtividade da terra para ela atender ao interesse social. 

PF acaba com a farsa das restituições

Em mais uma operação de combate a corrupção, desta feita em Brasília, a PF desbaratou uma quadrilha que fraudava declarações do IR - imposto de renda -.

Empresas de contabilidade são acusadas de forjar declarações que garantia até 50 mil reais de restituição indevida.

Outras unidades da federação também receberão a "visita" da PF.

Os caminhos de Dilma


Murillo de Aragão

Dilma Rousseff (PT) teve uma ascensão extremamente positiva nas pesquisas de intenção de voto para presidente ao longo de 2009. Após a desincompatibilização, apresentou uma discreta ascensão. Entretanto, desde o início do ano percebe-se que a candidata de Lula está estabilizada em torno de 30%. Este é exatamente o eleitorado “fiel” ao PT.


Ou seja, pode-se inferir que ainda não houve o fenômeno da transferência do prestígio de Lula para a sua candidata. Para que isso aconteça com intensidade, o PT precisa investir na associação da imagem da ex-ministra com o sucesso do governo e, em especial, com a do presidente.


Desde que deixaram seus cargos e anunciaram que são candidatos à presidência da República no início de abril, a média de intenção de voto de José Serra e Dilma Rousseff pouco mudou. É o que mostra análise da Arko Advice a partir das pesquisas Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus realizadas entre dezembro de 2009 e abril de 2010.


Antes da desincompatibilização, a média de intenção de voto de Serra era 34,9%. Hoje está em 35,56%. A de Dilma teve variação pouco maior, passando de 26,35% para 29,8%. Esse quadro nas simulações onde Ciro Gomes aparece como candidato. Quando Ciro não está na disputa, a média de ambos antes e depois da desincompatibilização é praticamente a mesma. Serra tinha 39,11% e hoje tem 39,6%. Dilma tinha 30,25% e agora está em 30,66.


No entanto, o PT tem uma chance de ouro para alavancar o crescimento de Dilma: a veiculação do programa partidário em 13 de maio.  O caminho para para tal parece claro na última pesquisa do Ibope, realizada entre os dias 13 a 16 de abril. A pesquisa confirmou a liderança de Serra e, até mesmo, o aumento de sua vantagem em relação à candidata do PT, Dilma Rousseff. No entanto, vale destacar que Serra é o candidato mais conhecido pelo eleitor. 29% dos pesquisados disseram que o conhecem bem, contra 14% que conhecem Dilma. 40% afirmaram conhecer mais ou menos o candidato do PSDB.


Entre fevereiro e abril, o percentual de eleitores que disseram conhecer bem ou mais ou menos a ex-ministra Dilma Rousseff ficou praticamente estável (46% a 47%). Mesmo assim, sua intenção de voto aumentou quatro pontos no período (tanto no cenário com Ciro como na hipótese em que ele não aparece como candidato). Em relação a Serra, entre fevereiro e abril, passou de 75% para 69% o percentual dos que afirmaram o conhecer bem ou mais ou menos. Mesmo assim, sua intenção de voto permaneceu praticamente a mesma.


A satisfação do eleitor com o governo Lula revela o interesse pela continuidade: 65% querem que o próximo presidente dê continuidade total ou faça poucas mudanças no governo do país. Em fevereiro, era 63%. Esse desejo está associado à alta popularidade do presidente Lula. 83% (mesmo percentual de março) aprovam a forma como ele governa e 75% disseram confiar nele (77% em março). A avaliação ótimo/bom passou de 75% para 76%, a regular caiu de 19% para 18% e a ruim/péssimo se manteve em 5%.


E é justamente isso que o PT deverá fazer no programa de 13 de maio, quando a legenda terá direito a 25 minutos de propaganda em rádio e televisão, sendo um programa com duração de 10 minutos no dia 13 de maio e inserções nos dias 6, 8 e 11 de maio com cinco minutos cada. Dilma será a principal estrela e a continuidade dos programas da era Lula o grande destaque programático. Tudo para turbinar uma possível transferência de votos que ainda não ocorreu.

Cicatriz colonial

Houve alguma confusão ontem sobre a escolha de Lula como um dos indivíduos mais influentes, na relação organizada pela revista americana Time.

No fritar dos ovos, importa menos se o presidente é o primeiro da lista, ou o 17º. Ou o nono. É melhor estar nessas listas do que não estar. Mesmo que se discutam seus critérios.

Um detalhe porém chama a atenção em ocasiões assim. A necessidade quase patológica que temos do “reconhecimento internacional”. Precisamos sempre de um atestado, europeu ou americano, de estarmos fazendo as “coisas certas”.

É o velho complexo de inferioridade. Lula faz um bom governo, e isso se expressa nos resultados objetivos e na popularidade dele. Esse juízo não depende de o presidente comparecer ou não às capas das revistas americanas e europeias.

Mas o Planalto sabe que país governa. Um país complexado. Daí que tenha nos anos recentes colocado para rodar uma bem azeitada máquina de lobby junto às principais publicações do “Primeiro Mundo”.

Nesta terra de colonizados, falarem bem de você “lá fora” costuma valer ouro. E falarem mal é visto como tragédia.

Tirar uma nação da situação colonial é difícil, mas nada que se compare ao grau de dificuldade de tirar a cicatriz colonial da alma dela.

Um jogo de azar

O comunicado conjunto divulgado pelo G20 ao final de encontro para estudo e implantação de regras para o sistema financeiro internacional revelou que está por vir uma queda-de-braço entre a sociedade, via seus Governos, e a banca.

Considerado o mais incisivo desde o início da crise mundial iniciada em 2008, o comunicado reforça o que todos já sabemos: é fundamental regular o setor.

Por ora, nenhuma medida concreta foi tomada, e o G20 volta a discutir o assunto em junho. Os governos demoram a cobrar contrapartidas do mercado financeiro pelo socorro - com dinheiro público! - recebido durante a crise. Assim, o comunicado ainda está mais no campo da satisfação à opinião pública do que no de uma real transformação do sistema.

Enquanto isso, os bancos dos países emergentes - os do Brasil, também, obviamente- começam a pressionar para evitar a nova regulação que está sendo desenhada.

Os banqueiros usam o discurso de que as novas regras mais rígidas diminuirão a atual expansão do crédito, que tem sido a base do desenvolvimento desses países. Além disso, aludem a um suposto impacto nas taxas de crescimento do PIB que a reforma acarretaria.

Era de se esperar uma reação de um setor que passou os últimos 15 anos atuando como bem queria, na esteira do receituário neoliberal - no Brasil, implementado pela gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso,mas principalmente no centro do capitalismo financeiro os EUA, onde a política de desregulamentação, da era Reagan e Thatcher, se consolidou e predominou com Bush.

A proposta que fazem, indiretamente, é algo assim: atuamos sem regulamentação para impor os rumos que desejamos à condução da economia e, em caso de crise, os governos vêm nos socorrer.

Ora, fica evidente que só uma decisão política pode superar a resistência da oligarquia financeira internacional, dos grandes bancos e dos rentistas - no mundo e no Brasil também. Não podemos nos esquecer que é justamente a ausência de regras que possibilita à banca restringir o crédito quando quer.

Foi o que aconteceu no Brasil durante a turbulência global: restrição de financiamentos, apesar de o governo Lula ter sinalizado, e atuado, no sentido contrário. Para impor uma barreira à crise, nossa economia praticamente só pôde contar com o dinheiro público (Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil), situação que ainda prevalece.

Em geral, a imprensa brasileira incentiva o rentismo, como se verifica nas seguidas páginas que sentenciam uma inevitável alta da Selic, uma cobertura com contornos de torcida pelos juros altos. Não se vê na mesma proporção ataques ao injustificável spread praticado pelos bancos.

Por essas razões, ou bem os governos agem com vontade política e promovem uma reforma profunda no sistema financeiro global, que vá além do atual debate sobre diminuir a alavancagem, taxar o capital especulativo e desencorajar a tomada excessiva de riscos; ou as cartas na economia seguirão como hoje, nas mãos da banca.

Neste jogo de azar, quem perde somos nós, a sociedade.

São Pio V

Nascido no norte da Itália, ingressou aos 14 anos na Ordem dominicana e fez uma brilhante carreira eclesiástica, como bispo, cardeal, inquisidor-mor e por fim Papa. Teve um pontificado breve, mas extremamente fecundo. Aplicou as decisões do Concílio de Trento, estabeleceu o texto oficial da Santa Missa e do Ofício Divino, foi responsável pela publicação do Catecismo Romano e ordenou o ensino da Teologia tomista nas universidades. Sua principal obra foi a convocação de uma Cruzada contra o perigo muçulmano. Conseguiu a duros esforços coordenar os interesses de potências católicas e levá-las à vitória de Lepanto, em 1571.