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O pequeno príncipe abrasileirado

Então será maravilhoso quando tiverem me cativado
capim dourado fará lembra-me de ti
E amarei o som do vento no cerrado
***
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Briguilina da hora

Num mundo que se faz repleto de tudo e de todos o que nos faz incompleto é a falta de um amigo.

Antoini de Saint-Exupéry



Literatura

[...]  O Pequeno Príncipe de 68 anos

Era uma vez um francês que media quase 2 metros de altura, falava português com um sotaque carregado, vestia-se de maneira sóbria e elegante e sabia ser gentil com as pessoas. Um sedutor!
Dono de vasta cultura e de uma memória prodigiosa, sentia-se particularmente estimulado quando lhe pediam para falar de um velho amigo - Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry.
- Ah, como foram quase sempre agradáveis nossos voos solitários sobre o Atlântico - divagava melancólico.
E lembrava sobre o quê conversavam. Contava histórias de países exóticos que haviam conhecido juntos. E até se permitia cometer algumas indiscrições sobre determinados hábitos de Saint-Exupéry.
- Meu velho amigo se tornou um dos homens mais famosos do mundo - declamava orgulhoso.
E, provocado, citava de cor trechos inteiros do livro que imortalizou Saint-Exupéry,  O Pequeno Príncipe, que ontem completou 68 anos desde que foi publicado pela primeira vez .
Na França? Não.
Nos Estados Unidos, em inglês e francês, no dia 6 de abril de 1943. Na França, a primeira edição só saiu em 1946. Saint-Exupéry estava morto. Hoje, o livro pode ser lido em 250 línguas e dialetos.
Pois é. Envelheceu o sábio menininho de cabelos louros cacheados que cativou tantas gerações desde então.
Em 1968, o tal amigo de Saint-Exupéry estava no Recife, paparicado pela alta sociedade, na condição de comandante da Varig encarregado da inauguração do voo que ligaria a cidade a Paris.
Fora hóspede do luxuoso Grande Hotel. Estava hospedado no Hotel São Domingos quando o entrevistei para o Jornal do Commercio a pedido de Vladimir Calheiros, editor-chefe do jornal.
Antes de entrevista, reli O Pequeno Príncipe, li Voo Noturno, do mesmo autor, e consultei tudo o que havia sobre Saint-Exupéry em duas pastas do Departamento de Pesquisa do jornal.
A entrevista ocupou a capa do Caderno 2 com direito à chamada na primeira página do jornal.
O francês telefonou no mesmo dia elogiando minha fidelidade ao que ele dissera. Por fim, convidou-me para o voo inaugural da rota Recife-Paris.
Paris!!!
Eu só voara uma vez na vida - assim mesmo entre Recife e Salgueiro, alto sertão de Pernambuco. Uma viagem de menos de uma hora num desconfortável avião do Exército destinado a paraquedistas.
Tinha 18 anos.
O jornal concordou com a viagem a Paris. Exultante, tirei passaporte. Consegui roupa de frio emprestada por amigos. E por fim procurei a gerência da Varig para saber a data do voo.
A gerência da Varig procurava o tal francês desde o dia da publicação da entrevista.
Ele dera um cano nos hotéis onde se hospedara. Enganara as muitas pessoas que o recepcionaram. Não era francês - era argelino. Não era comandante da Varig. Tampouco a Varig pretendia inaugurar a rota Recife-Paris.
Se tinha sido amigo de Saint-Exupéry, não se sabia. Jamais se soube.
Sempre que leio alguma notícia sobre O Pequeno Príncipe me lembro do grande e fascinante vigarista que conheci.
pinçado do Blog do Noblat

Pedaços de amizade

 

 Penso  que o tempo que passamos com cada  amigo é o que torna cada amigo tão  importante.   
As amizades constroem-se com pequenos momentos.    
Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa.   

O  importante não é a quantidade de tempo  que passamos com cada amigo,                                   mas sim a qualidade de tempo que vivemos com cada pessoa.   
Cinco minutos podem ser mais importantes que um dia inteiro.  

Assim  sendo, existem amizades construídas por sorrisos  e dores partilhados; outras pela escola,  outras por saídas, cinema e diversão;  também existem aquelas que nascem e não  sabemos de quê ou por quê, mas  sabemos que estão presentes.  
Talvez  essas estejam fundadas em silêncios partilhados, ou pela simpatia mútua para a qual não encontramos explicação.  
Também existem hoje muitas amizades construídas em e-mails, nossas “amizades virtuais”que nos fazem rir, pensar, refletir...   

Aprendemos a apreciar as pessoas sem julgá-las pela sua aparência ou  modo de ser, sem as poder rotular  (como algumas vezes o fazemos inconscientemente). 
Há amizades profundas que nascem assim. 

Saint-Exupéry  disse:     
                          “Foi  o tempo que passaste com a tua rosa  que a tornou tão importante".  
 Penso que o tempo que passamos com cada amigo é o que o torna tão importante. 

Porque  o tempo que “perdemos” com os amigos   não existe 
 é tempo ganho, aproveitado, vivido.  
 São recordações para um momento 
ou  
para toda uma vida.   

Um  amigo é importante para nós e nós para ele, quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir o  chorar, de estranhar ou querer estar perto  dele para desfrutar da sua companhia.  
Podemos  ter vários melhores amigos   de  maneiras diversas. O importante é saber aproveitar ao máximo  cada minuto vivido e ter depois, nas  nossas recordações, horas para passar com  eles, mesmo estando longe. 

“TU ÉS RESPONSAVEL PELO QUE SEMEIAS”. 

“... E APRENDE A SEMEAR COISAS BOAS...” 


O  amigo autêntico é  o que sabe tudo  sobre ti  e  continua a ser teu  amigo. 
Kurt D. Cobain