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Presságio, por Cleóbulo Teixeira

Para o livro do Cleófates


Donde vem a voz sussurrante

Que, com a brisa da noite
Chega lúgubre e, de chofre
Se apossa dos meus ouvidos?



Como chega a poeira fina
De sepulturas recentes
Grudando nos meus cabelos?
Cheiro de flor de mortalha
Ativo no meu olfato
Insistindo em recordar...



Por que mais um calafrio anunciando a presença incômoda do assassino comum?



Por que, se de antemão
A carne sabe e aguarda
Insone, o fio da foice...




Reflexões de um equilibrista


A vida é que não seria, Se uma rede houvesse, Entre o solo e a corda bamba.

Entre o solo de concreto e a corda infinita, Cem metros de puro vazio, Que bem podem ser a escolha.

Os braços abertos não são asas, Só buscam a agonia do equilíbrio.

Mas, por que não ser um pássaro por poucos segundos apenas se, muito mais do que cair a grande queda é prosseguir?