Para o livro do Cleófates
Donde vem a voz sussurrante
Que, com a brisa da noite
Chega lúgubre e, de chofre
Se apossa dos meus ouvidos?
Como chega a poeira fina
De sepulturas recentes
Grudando nos meus cabelos?
Cheiro de flor de mortalha
Ativo no meu olfato
Insistindo em recordar...
Por que mais um calafrio anunciando a presença incômoda do assassino comum?
Por que, se de antemão
A carne sabe e aguarda
Insone, o fio da foice...