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Presidenta, quem não comunica se trumbica

Dilma, faça como Obama, Comunique-se por e-mail com seus eleitores
Presidenta Dilma:
Veja no e-mail abaixo, que recebo quase todo dia, como o Presidente Obama trata de forma respeitosa mas camarada e amiga, seus eleitores e apoiadores desde 2008 até hoje.

Aqui no Brasil, seus assessores recomendaram fechar e fecharam o blog Mais Brasil, um sucesso durante a campanha, tão logo a senhora assumiu seu segundo mandato em janeiro de 2015…

Nos EUA , Obama desde 2008 envia e mails quase diariamente aos que se cadastraram em sua primeira eleição. Neles, chama atenção dos eleitores e apoiadores para tudo o que ele está fazendo no Congresso, para aprovar leis que tragam benefícios à população.

E ele também “entrega” os deputados republicanos que atrapalham a aprovação dessas leis, mostrando de forma clara seus equívocos, os interesses que defendem com base nas contribuições que receberam. E diz coisas assim, chamando cada um pelo seu nome:

“Infelizmente, caro Ivo, o deputado fulano, republicano de Nevada, tem outra visão e não quer que o projeto seja aprovado pois irá prejudicar o setor tal, o que não é verdade, ele apenas vai deixar de ganhar assim, para ganhar assado”

O ministro Edinho Silva definiu como será pautada sua gestão na Secom

 Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (31) após a cerimônia de posse, o novo ministro defendeu como necessária a postura do governo de manter a sociedade informada diariamente sobre a gestão do País.
"Meu principal instrumento de trabalho será o diálogo”, disse o novo ministro da Secom. Foto: RafaB - Gabinete Digital/PR
“Meu principal instrumento de trabalho será o diálogo”, disse Edinho. Foto: RafaB – Gabinete Digital/PR
“A comunicação social é fundamental para que o governo preste contas à sociedade, àqueles que pagam seus impostos e que querem saber cotidianamente o que é feito com os recursos públicos. Penso que a comunicação do governo se dá no cotidiano. Comunicação do governo se dá todos os dias. É orientação da presidenta Dilma”, declarou.
O ministro explicou que para colocar em prática essa diretriz, a Secom valorizará a relação com os veículos e com os profissionais de comunicação no dia-a-dia. “A partir de hoje, meus principais companheiros de trabalho passam a ser vocês”, disse aos jornalistas. Falou também que na sua gestão “não tem tema proibido, não tem conflito que não possa ser explicado, nem contradição que não possa ser esclarecida. Meu principal instrumento de trabalho será o diálogo”.
Verbas para publicidade
Edinho Silva disse que também seguirá o critério de alcançar comunicação efetiva com a sociedade. Para isso a Secom buscará distribuir a aplicação da verba de publicidade ao maior número de veículos possível. O objetivo, disse ele, é respeitar “a diversidade desse país, para que a maior parcela possível da população brasileira possa ter acesso aos feitos e às realizações do governo e às campanhas informativas”.
O ministro fez questão de frisar que o critério de aplicação desses recursos seguirá critério técnico,“tudo aquilo que possa blindar de critérios subjetivos, afastar qualquer decisão subjetiva”



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Cartas a Lula

Bernardo Kucinski
Divulgação
Sinopse: Durante o mandato presidencial de Lula, entre os anos de 2003 e 2006, Bernardo Kucinski atuou como assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e reúne nesse livro impressos escritos diariamente guardados em envelopes e entregues ao presidente na primeira hora do dia. As cartas narram de forma exclusiva o processo de criação do Fome Zero, os embates em torno do salário-mínimo e o estouro do escândalo do mensalão.  De forma crítica e direta, os informativos, também usados para pautar as reuniões diárias da cúpula do governo, comentam os principais temas veiculados na mídia e que seriam decisivos na vida do Brasil. Cartas a Lula revela as decisões e posições adotadas pelo presidente, e apresenta uma maneira singular de conhecer a história recente do país.
Abaixo, texto de Bernardo Kucinski sobre seu livro:

Renato Barrocal: vejam só quem aparece no Facebook

na Carta Capital

Qual é a moda do verão em Brasília? Autoridades serem entrevistadas por cidadãos comuns em uma das mais populares redes sociais da web, o Facebook. Desde o início do ano, quatro ministros passaram pela experiência e já há outros com planos de encarar o chamado Face to Face. Até aqui, as conversas abordaram temas delicados, como as novas (e duras) regras de pagamento de seguro-desemprego e abono salarial e o aumento de impostos. Não importa. O governo vê a internet como um palco em que se sai melhor na luta pela conquista da opinião pública e prepara um gasto recorde com propaganda nesse tipo de mídia, uma decisão que ajuda na sobrevivência financeira de sites e blogs.

Os bate-papos virtuais têm ocorrido nos gabinetes dos ministros, com duração de uma a duas horas e uma estrutura simples: um computador e um celular capaz de gravar depoimentos da autoridade sobre a experiência. Como as perguntas chegam aos magotes, o ministro pinça as que responderá conforme sua conveniência. Podem ser assuntos de seu interesse ou que exigem uma posição do governo. Eles ditam as respostas e em geral quem as digita é um assessor. Apesar de a internet ser fértil em baixarias, predomina o tom respeitoso.

O último ministro a enfrentar a sabatina virtual foi Ideli Salvatti, dos Direitos Humanos. Na tarde da segunda-feira 19, ela condenou a pena de morte, ao falar da execução de um brasileiro na Indonésia, e a redução da maioridade penal, tema cercado de “mitos que precisam ser derrubados”. Prometeu tirar do papel mecanismos antitortura. E defendeu criminalizar a homofobia, apesar de o Congresso ser um obstáculo a “legislações referentes ao ódio, à violência e à discriminação”. Para tentar dar charme à “entrevista” e fazê-la correr a web, a equipe de Ideli procurou a apresentadora Xuxa para informá-la a respeito. Deu certo. Porta-voz da lei antipalmada, a ex-global participou da conversa e perguntou o que o governo faria para a lei “pegar”.

Joaquim Levy, da Fazenda, também já encarou internautas e foi uma exceção: digitou as próprias respostas. Deixou claro que a alta de impostos recém-anunciada estava a caminho. Parecia à vontade para uma doutrinação ortodoxa. Convidou os internautas a conversar com amigos e parentes sobre a importância de o governo não gastar mais do que arrecada. O que já acontece, aliás, pois o País só cai no vermelho quando a despesa com (altos) juros da dívida entra na conta. Ao ser questionado sobre ser um “Chicago Boy”, foi bem humorado e disparou: “Ninguém come realmente de graça”.


Carlos Gabas, da Previdência Social, e Manoel Dias, do Trabalho, passaram pela sabatina com a missão de explicar e tirar dúvidas sobre as indigestas mudanças no pagamento de benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e pensão por mortes, com as quais o governo espera economizar 18 bilhões de reais. A ida dos dois para a trincheira foi estimulada pelo Planalto, ao considerar que o abacaxi requer ser descascado com extremos cuidados para ser digerido no Congresso.

Nelson Barbosa, do Planejamento, e Alexandre Tombini, do Banco Central, demonstraram interesse em participar do Face to Face e podem ser os protagonistas dos próximos capítulos. Um deles inclusive enviou um assessor para acompanhar a conversa de Levy.

A crescente opção do governo pelo uso da internet como meio de comunicação tem duas explicações. A primeira é a propagação da rede mundial no País, com números e aplicações capazes de chamar a atenção internacional. A quantidade de pessoas a navegar na web diariamente no Brasil subiu de 26% em 2013 para 37% no ano passado, segundo uma pesquisa do Ibope encomendada pelo Palácio do Planalto. Em 2014, os navegantes gastaram, em média, cinco horas por dia na rede, 30 minutos mais do que o público da tevê, principal veículo do País, passou grudado à telinha. A vantagem anterior era de apenas dez minutos.

Arena dos Face to Face ministeriais, o Facebook é apontado como fonte de informação por 83% dos internautas brasileiros, um índice que impressionou a direção da empresa, por quase não ter paralelo em outros países. Rede social do momento, o WhatsApp é fonte para 58%. Foi explorado de forma tão intensa e pioneira na recente eleição presidencial, que estrategistas políticos norte-americanos já procuraram envolvidos na campanha brasileira para se informar a respeito, de olho na sucessão do presidente Barack Obama em 2016.




Além da disseminação, a internet caiu nas graças do governo por ser um terreno com mais espaço para as autoridades expressarem suas ideias e políticas, sem a seletividade imposta pela limitação e pela linha editorial das mídias tradicionais. Não é de se estranhar, portanto, que o Planalto prepare um gasto inédito de propaganda na internet este ano, um investimento com o qual ajuda a sustentar sites e blogs. A intenção é aplicar 18% da verba publicitária dos ministérios, 20% a mais do que em 2014. Algo como 135 milhões de reais, de um total estimado em 750 milhões.

A ampliação da fatia da internet na publicidade federal não ameaçará a liderança da televisão. As emissoras levaram cerca de 60% dos recursos no ano passado e devem ficar com o mesmo quinhão agora. Apesar de a audiência estar em declínio, o recente levantamento do Ibope apurou ter subido de 65% para 73% o número de brasileiros que, em 2014, declararam ver tevê diariamente, talvez por causa da eleição presidencial. E é essa pesquisa que orienta a distribuição das verbas. Conclusão: rádios, jornais e revistas vão perder dinheiro em 2015.

Quem não se comunica?...

Se trumbica!
Comunicação do governo Dilma é uma tragédia

No período eleitoral, como jornalista, recebia até dez e-mails/dia com iniciativas do Governo Federal e respostas da presidenta Dilma às acusações de opositores. Hoje, no máximo, vem um ou outro release de um ministério, com a lenga-lenga de sempre. Por que o



Augusto Diniz: Comunicação do governo federal é uma tragédia

Como bem disse o Velho Guerreiro:
Quem não se comunica, se trumbica!




No período eleitoral, como jornalista, recebia até dez e-mails/dia com iniciativas do Governo Federal e respostas da presidenta Dilma às acusações de opositores. Hoje, no máximo, vem um ou outro release de um ministério, com a lenga-lenga de sempre. Por que o governo não ressuscita a estratégia de comunicação da campanha?
A comunicação do governo é uma tragédia. Foca em responder as acusações pela mídia tradicional que trabalha para o outro lado e tem boas chances de distorcer os fatos na seção de uma espaço que seja à situação. Não faz sentido algum insistir nessa única ação.
Lembro-me bem quando Sarney foi quase derrubado da presidência do Senado, em 2009. Contratou uma tropa de assessores de imprensa, criou uma ação de comunicação contra a crise para responder às acusações e deu certo, a despeito do que estava sendo incriminado.
A Petrobras já foi melhor de comunicação no passado. Criou um blog para se antecipar a possíveis calúnias da grande imprensa. Usava-o a todo tempo. Funcionou e ganhou vários prêmios pela proposta criada – embora carregada de questionamentos no meio porque, por vezes, informava ao internauta o que havia passado a um veículo antes mesmo da matéria sair. Hoje, a empresa encontra-se absolutamente acuada – embora gaste um bom dinheiro mensalmente com assessorias de imprensa terceirizadas em todas as suas áreas.
O Governo Federal usa como porta-voz para responder às calúnias o desacreditado (até pelos seus colegas, que ele mesmo afirma receber “fogo amigo”) ministro José Eduardo Cardozo. É patético!
Também posicionar somente o presidente nacional do PT, Rui Falcão, para se pronunciar sobre as ações contra os incautos, é subestimar a importância da comunicação nessas horas. Os índices elevados de antipetismo não favorecem a réplica pelo partido.
Pior é que há semanas leio em blogs e sites progressistas alertas ao Governo Federal para essa imensa falha. No entanto, não há um sinal de que algo vá mudar.
A atividade dentro do governo chegou ao limite da inoperância. Pode-se alegar que estão esperando os ânimos serenarem na oposição, mas está claro que isso não vai acontecer.
É muita inércia em uma era marcada pelo comunicação estruturada. Daqui a pouco a mentira irá prevalecer.
Vivi 15 anos no mundo da comunicação corporativa (hoje trabalho do outro lado do balcão, como se diz na imprensa), dirigi assessorias e nunca presencie tanto desleixo com a comunicação em um governo, estando certo ou errado.