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Trabalho


Estou imensamente feliz com a capa da Folha de S. Paulo de hoje. 

A exposição das más condições de trabalho dos operários de empreiteiras que constróem casas e apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida,   que o jornal faz hoje em sua manchete é uma grande serviço aos direitos dos trabalhadores.
Obra do governo ou  financiada pelo Governo, realizada por grupos privados – empreiteiros ou subempreiteiros – não pode ter gente trabalhando em condições degradantes. Aliás, ninguém pode trabalhar em situação degradante.
Esperemos que, agora que o jornal descobriu que – ao menos quando o contratante é o Governo Federal – obras e serviços não se realizem com a degradação do ser humano, o exemplo frutifique. Quem sabe, por exemplo, fazendo uma grande matéria sobre a manutenção de jovens bolivianos, em plena São Paulo, em regime de escravidão, costurando roupas encomendadas pela rede Pernambucanas,  que o Tijolaço mostrou aqui e que não mereceu destaque na Folha?
Ou faz uma matéria sobre as condições degradantes a que são submetidos trabalhadores de usinas de cana e de plantação de laranjas no interior paulista?
Ou uma outra, explicando que o gráfico que ela própria publica mostra que a fiscalização oficial, via Ministério do Trabalho, embora não tenha aumentado muito suas ações, pela escassez de fiscais, aumentou muito o rigor e a eficiência destas operações na área da construção civil e  não apenas o número de problemas encontrados.
O número de autuações subiu 300% quase em sete anos.
Faço votos que a Folha nos surpreenda com várias matérias que investiguem, descubram e exponham desrespeito aos trabalhadores.
E que não seja apenas porque, mesmo sendo as empreiteiras empresas privadas, o Estado, que financia as obras, tem responsabilidade sobre as condições de trabalho de quem nela atua.

Imposto

[...] de Renda

- Será que  posso deduzir?...

Educação

[...] Arvoram-se os especialistas, jornalistas e muitos, muitos curiosos, daqueles encostados com a “barriga no balcão” de vários bares pelo Brasil, em tentativas de identificar as causas do insucesso e do sucesso da educação nacional

Um antigo ditado popular assevera que o sucesso do bom negociante é não desgrudar a “barriga do balcão”, em uma metáfora - pouco saudável - sobre a necessidade da presença do responsável pelo negócio na condução desse, diuturnamente e de forma incansável. Na educação nacional, como ocorre sempre após a liberação dos resultados de índices, como a nota do ENEM e o IDEB dos municípios, arvoram-se os especialistas, jornalistas e muitos, muitos curiosos, daqueles encostados com a “barriga no balcão” de vários bares pelo Brasil, em tentativas de identificar as causas do insucesso e do sucesso da educação nacional, espelhados nos dados desses instrumentos.

A causa está na falta de uma política de meritrocacia para os professores, afirmam uns. Investimentos em sistemas educacionais, falam outros. Equipamentos de apoio didático e estrutura da escola também é citado como fonte do sucesso. Como também diz um outro ditado, nessas horas o “filho feio não tem pai”, mas sobram genitores para os filhos bonitos, onde todos desejam fazer parte do esforço colaborativo do sucesso de municípios e escolas, assim como poucos olham para o umbigo, na busca de encontrar as causas dos insucessos aferidos em outras instituições.

Inicialmente, o quadro da educação nacional- e local- apresentado por esses índices, não pode ser ligado diretamente a uma causa ou mesmo um conjunto delas. Seria ignorar as contradições reinantes na nossa sociedade, as questões históricas que envolvem a educação nacional e até mesmo as conjunturas políticas e econômicas, fruto de injunções geopolíticas. Simplificar isso tudo em simples causas para se explicar o determinado índice seria bom, na conversa com a “barriga no balcão”, mas não resistiria a uma análise mais acurada da problemática da educação brasileira.

Mas, então, esses índices e levantamentos de nada servem? Claro que sim! São informações valiosas, que indicam situações e permitem o acompanhamento local e temporal dos impactos da política educacional, de modo a nortear discussões e a política educacional. Esses dados não são oráculos miraculosos, espelhos fidedignos da realidade em números, mas servem de bases para a avaliação da política educacional e de seus atores, como componentes valisos.
Como toda informação expressa em números, as informações oriundas desses instrumentos merecem leituras cuidadosas, contextualizadas, que não rotulem locais ou modalidades de ensino, ou ainda, que sirvam como prova científica de que determinada fórmula ou modismo pedagógico é realmente a solução. Quem trabalha com educação, com o social, sabe que isso, definitivamente, não existe. A educação é materializada em um tempo histórico, fruto da ação conjunta do Estado, da família, dos docentes e do próprio aluno, em uma conjuntura sócio-econômica, onde faz-se complexo identificar os fatores que contribuem de forma determinante para esse sucesso medido.

Apesar dessa dura realidade, um desses atores envolvidos se fez pouco lembrado nas falas acerca dos sucessos obtidos, em que pese ele se fazer sempre citado quando falam-se dos ditos fracassos constatados. Falamos daqueles que realmente estão com a “barriga no balcão”, quando o assunto é educação: o docente.

Proletarizado na rede particular, com dificuldades históricas de uma melhor remuneração na rede pública. Envolto em uma relação cliente-fornecedor, como prestador de um serviço, o professor da educação básica trabalha com pessoas, em sua tenra idade, e enfrenta desafios para estar ali, como componente orquestrador da relação ensino-aprendizagem, intensificado de funções acessórias e de outros papéis em complementação a falha de outras instituições. Sobre o docente, de forma personificada, recai a responsabilidade pela educação, sendo pouco lembrado nos momentos de glória.

Graças ao seu esforço diuturno, de dedicação com a barriga no balcão, fortalecendo os processos de mediação citados na obra de Vigotzky, segue o professor entre modismos pedagógicos, tráfico de drogas, violência escolar, organização de eventos, problemas familiares dos alunos e uma outra plêiade de atribuições e problemáticas, para ainda sim, pensando no futuro daqueles que sentam nos bancos escolares, fazer o seu trabalho.

Valorizar o professor é valorizá-lo socialmente. Não é só salário! É salário digno e atrativo, capacitação permanente, condições materiais de trabalho, plano de carreira, direitos e deveres bem estabelecidos e respeitados, uma gestão democrática e ainda, um processo de avaliação do seu trabalho que envolva as diversas questões do ensino-aprendizagem e não simplesmente a medição por índices.

Sem a real e efetiva valorização desse componente educacional- o professor- de pouco adiantam equipamentos modernos, escolas bonitas, crianças bem alimentadas, bom material didático. Esses recursos não prescindem a intermediação do docente, pois a magia de aprender não pode adquirir a sua excelência sem a presença de outro ser humano, a quem cabe a tarefa de envolver todos esses equipamentos, prédios e alunos em uma dança de conhecimento a ser construído. Com muito suor...

por Leonardo Boff

[...] Um desafio à intelligentzia acadêmica
No dia 27 de março morreu aos 88 anos de idade perto de Salvador o teólogo da libertação José Comblin. Belga de nascimento, optou por trabalhar na América Latina, pois se dava conta de que o Cristianismo europeu era crepuscular e via em nosso Sub-continente espaço para a criatividade e um novo ensaio da fé cristã articulada com a cultura popular.

Ele encarnava o novo modo de fazer teologia, inaugurado pela Teologia da Libertação, que é ter um pé na miséria e outro na academia. Ou dito de outro modo: articular o grito do oprimido com a fé libertadora da mensagem de Jesus, partindo sempre da realidade contraditória e não de doutrinas e buscar coletivamente uma saida libertadora a partir do povo.
Viveu pobre e despojado no Nordeste brasileiro. E mesmo lá, onde se presume não haver condições para uma produção intelectual aprimorada, escreveu dezenas de livros, muitos deles de grande erudição.
Logicamente aproveitava as temporadas que passava na Universidade de origem, a de Lovaina, para se reciclar. Assim escreveu um dos melhores livros sobre a Ideologia da Segurança Nacional, dois volumes sobre a Teologia da Revolução, um detalhado estudo sobre o Neoliberalismo: a ideologia dominante na virada do século.
E dezenas de livros teológicos, exegéticos e de espiritualiadade entre os quais destaco: O Tempo da Ação; Cristãos rumo ao século XXI e Vocação para a Liberdade. Foi assessor de Dom Helder Câmara em sua luta pelos pobres e de Dom Leônidas Proaño, bispos dos índios em Riobamba no Equador. 
Leia a íntegra do artigo Aqui

DECRARAÇÃO DE AMOR DE MINEIRIM

Ocê é o colírio du meu ôiu.
É o chicrete garrado na minha carça dins.
É a mairionese du meu pão.
É o cisco nu meu ôiu (o ôtro oiu - eu tenho dois).
O rechei du meu biscoito.
A masstumate du meu macarrão.
Nossinhora!
Gosto dimais DA conta docê, uai.

Ocê é tamém:
O videperfume DA minha pintiadêra.
O dentifriço DA minha iscova di dente.
Óiprocevê,
Quem tem amigossim, tem um tisôru!
Ieu guárdoêsse tisouro, com todu carinho ,
Du Lado isquerdupeito !!!
Dentro do meu Coração!!!

Eu godocê, uai!!!

Rod Stewart

[...] O veteranissimo roqueiro anglo-escocês, hoje com 66 anos, está entre os 20 cantores campeões discos nos seculo XX, com mais de 100 milhões de copias. Fora de seu genero tipicamente inglês, lançou a famosa serie "old fashioned"  de Grandes Canções Americanas, já no quinto CD. 

O homem tem estilo e bossa, essa serie está vendendo como pão quente em todo mundo, as musicas são clássicas. No video Ipve Got you Under My Skin 



Twitter

[...] O horário nobre por dia da semana

Quando desenvolvemos o infográfico sobre os horários de maior movimento do Twitter no Brasil, vimos nele um ponto de partida para uma série de novas informações e discussões que poderiam surgir a partir da análise da quantidade dos tweets monitorados pelo Scup durante todo o ano de 2010.
Uma primeira segmentação direta do estudo inicial é verificar como os “horários nobres” do Twitter se refletiriam separadamente por dia da semana. Como será que as pessoas usam o Twitter aos domingos? Será que é da mesma forma que nas segundas-feiras?

O que descobrimos foi bastante interessante. Dá uma olhada no infográfico abaixo:
Os horários de maior movimento no Twitter separados por dia da semana
Vale sempre lembrar que esse infográfico serve para iniciar o debate sobre como atingir o seu público em um meio tão competitivo como o Twitter.
Ao mesmo tempo, os dados representados no infográfico não representam uma regra universal válida para todos os casos. É fundamental saber quem é o público com quem você está falando e entender que ele possui características específicas que cabem ao emissor da ação determinar. Afinal, como bem ressaltou o @iancsouza no #paposnaredeo horário nobre no Twitter é você quem faz.

Ollanta Humala

[...] e Lula vencem o 1º turno no Peru


por Luiz Carlos Azenha
O gráfico acima é do jornal La Republica, do Peru. Reflete o resultado da contagem de votos do primeiro turno das eleições presidenciais. Ollanta Humala e Keiko Fujimori devem disputar o segundo turno.
O candidato “do mercado” era Pedro Pablo Kuczynski, que entrevistei várias vezes quando eu era correspondente da TV Manchete em Nova York e ele, executivo do banco First Boston na cidade.
Foi na mesma época em que eu entrevistava Armínio Fraga como corretor em Wall Street. Ou seja, meu passado me condena.
Ambos são da mesma “extração” de Gonzalo Sánchez de Lozada, o Goni, que se elegeu presidente da Bolívia para “entregar” o gás e o petróleo aos Estados Unidos.
Goni foi derrubado por uma revolta popular e hoje vive exilado… em Washington.
[Clique aqui para assistir ao espetacular Our Brand is Crisis, o documentário sobre os bastidores da campanha de Goni]
No Peru, Ollanta Humala perdeu as eleições anteriores sob a acusação de ser o candidato de Hugo Chávez, o presidente da Venezuela.
[Clique aqui para assistir ao espetacular A Revolução Não Será Televisionada, sobre o fracassado golpe midiático de 11 de abril de 2002 contra Chávez]
Desta vez, foi acusado de ser o candidato de Lula.
Isso porque recorreu aos serviços de uma empresa brasileira tocada pelos petistas Luis Favre e Valdemar Garreta:
Peru: Humala é criticado por receber ‘apoio’ do governo brasileiro
De Reynaldo Muñoz (Agencia France Presse)
LIMA — O esquerdista Ollanta Humala, favorito no segundo turno deste domingo no Peru, está sendo criticado pelo “apoio” que estaria recebendo do governo brasileiro.
A acusação tem como base a assessoria de imagem a cargo de profissionais como Luis Favre, ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT) e Valdemar Garreta, considerados por seus detratores ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Lula (2003-2011) e da atual, Dilma Roussef.
Humala admitiu a assessoria mas, segundo ele, isto nada tem a ver.
“Eles possuem uma pequena empresa, que está trabalhando ao meu lado no comando da campanha”, disse o candidato nesta terça-feira, rejeitando a hipótese de que isso signifique uma intromissão externa.
“Não há nada disso, rejeito com veemência, não aceitamos ingerência nem de governos nem de partidos, a assessoria não é do PT”, insistiu.
Humala esclareceu também que os autores da estratégia que levou Lula à presidência nas eleições de 2002 não estão presentes em sua campanha.
A vinculação com os assessores brasileiros surge logo depois de seus detratores ligarem sua imagem a do presidente venezuelano, Hugo Chávez – um dos fatores da derrota de Humala nas presidenciais de 2006.
A presença de assessores estrangeiros é comum no Peru. No começo do ano esteve em Lima o venezuelano Juan José Rendón, especialista em imagem, para aconselhar o ex-prefeito da capital e candidato Luis Castañeda, que vinha perdendo terreno entre o eleitorado.
A cinco dias da eleição, a aspirante Keiko Fujimori (direita) enfrenta a recordação do golpe dado por seu pai, o ex-presidente Alberto Fujimori, no dia 5 de abril de 1992, fechando o Congresso e destituindo magistrados do Poder Judiciário.
Canais de televisão e jornais rememoram a data, assinalando que foi o início de uma etapa de obscurantismo no Peru. Fujimori governou entre 1990 e 2000.
A aspirante, que disputa o segundo lugar num eventual segundo turno com o centrista Toledo e o direitista Pedro Pablo Kuczynski, representa um “fujimorismo renovado”, segundo Alejandro Aguinaga, médico pessoal do ex-presidente e líder do fujimorismo.
“Keiko foi bem clara ao dizer que não haverá outro 5 de abril porque o fujimorismo evoluiu e dá mostras de estar para a par com a democracia”.
Mas Kuczynski afirmou, em Cuzco, que ninguém pode se esquecer do fechamento do Congresso.
“Lembrem-se do dia 5 de abril. É preciso defender a democracia, isso é importante”, expressou Kuczynski.
A candidata disse há alguns dias que seu pai “tinha mensagem forte e clara, necessária para derrotar o terrorismo e pôr de pé a economia do país”.
Grupos de direitos humanos realizaram numa praça central de Lima um dia de repúdio ao golpe, denunciando crimes contra os direitos humanos praticados pelo governo Fujimori e a corrupção generalizada que levou o regime ao descalabro, há pouco mais de uma década.
Humala, um militar da reserva que em 2000 se sublevou contra o governo de Fujimori, tem, segundo as pesquisas, uma vantagem de 7 a 8 pontos sobre o ex-presidente Toledo; Keiko Fujimori e o ex-ministro Kuczynski estão em situação de empate técnico, mas a divulgação de pesquisas estão (ops! AFP) proibidas no Peru desde o dia 4 de abril.

Quanto vale a honra de 1 homem?


Amigos, a revista Época insinua que a minha vale 255 mil reais. Coloca minha foto como beneficiário do esquema do “mensalão” e diz que eu recebi esse dinheiro. Na matéria só me é concedido o direito de dizer que “ele diz que o dinheiro foi usado para atividades de um patrocínio cultural”.


O leitor desavisado da revista vai concluir que estou envolvido num esquema sujo, juntamente com a instituição, Casa da Gávea, que eu presido.
Vamos aos fatos: o repórter Humberto Pellegrini Maya me passa um e-mail na sexta feira e diz que precisa de respostas minhas para uma matéria sobre o “mensalão”.
Ligo imediatamente para ele e passo as respostas. Pelo teor das perguntas percebo as intenções:
 “O senhor prestou serviços para o PT nas eleições”?
Respondo que toda vez que apareci em campanhas eleitorais jamais estava prestando um serviço, mas, sim, expressando minhas convicções e nunca, obviamente, recebi um tostão por isso.
Sou contratado pela Rede Globo há mais de vinte anos, recebo bem e mesmo que precisasse de dinheiro, jamais venderia aquilo que tenho de mais precioso.
Em seguida enumerei para o repórter o que foi feito com o dinheiro do patrocínio cultural que a Casa da Gávea recebeu do Banco do Brasil para a realização de projetos culturais em 2004, repito aqui pois nada foi publicado:
10 oficinas 
entre elas: 
Interpretação com Paulo Giardini, Criação Literária com Virgínia Cavalcanti, Roteiro com Luis Carlos Maciel, Teatro para Jovens com Carlos Thiré e Luisa Thiré e Oficina de Locução com Ruy Jobim.
As oficinas aconteceram em 2 módulos de 2 meses cada uma.
No Som na Casa, apresentação de 42 bandas entre elas:
- "Pedro Luís e a Parede", "4 Cabeça", "Toni Platão", "Berna e Kassin", "Claudio Lins", "Domenico + 2", "Las Chicas", "Chicas", "B Negão " Tatiana Dauster, João Suplicy, Lan Lan e os Elaines, Baia, Urubu Sertão, Marya Bravo,Gabriel Moura, Bangalafumenga, Rogê, Zéu Britto, Donatinho, Mariana de Moraes, Nina Becker, Rubinho Jacobina e Força Bruta.
Rio e também posso chorar, esse projeto junta jovens comediantes com veteranos para apresentação e debate com troca de experiências.
Entre outros se apresentaram: 
Chico Anísio, Jorge Loredo ( O Zé Bonitinho), Berta Loran, José de Vasconcelos, Duda Ribeiro, Leandro Hassum ,Marcius Melhem, Lucio Mauro ,Lucio Mauro Filho, Agildo Ribeiro,Paulo Silvino, Luis Miranda, Aloisio de Abreu, Luiz Salém, Fernando Ceilão, Nelson Freitas, Maria das Graças, Marcio Libar, David Pinheiro, Mu Chebabi, Luiz Carlos Tourinho.
Os shows e cursos tiveram grande sucesso e foram amplamente divulgados pela imprensa. Todos os artistas receberam cachets simbólicos, evidentemente, devido ao caráter do projeto. Eu não recebi um centavo.
Nada disso aparece na matéria da Época, apenas minha foto, meu nome e o da Casa da Gávea, e a insinuação que levei 255 mil de um suposto esquema corrupto.
A Casa da Gávea está completando seus 20 anos.
Alguns amigos brincam comigo sobre a “insanidade” de manter um projeto cultural sem fins lucrativos. 
O tempo que dedico a instituição etc. Chegam, brincando, a dizer “Causa da Gávea”.
Qualquer um que entenda o mínimo de atividade cultural sabe as dificuldades de manter um Centro Cultural.
Estou o tempo todo correndo atrás de patrocínios, em detrimento inclusive de meus projetos artísticos pessoais.
Mas não vou esmorecer, quero afirmar aos nossos parceiros: Sesc Rio,Ibase, PUC-Rio, Unicamp, Artepensamento, Ediouro, Quilombinho, entre tantos outros, bem como aos sócios fundadores da Casa da Gávea: 
José Wilker, Eliane Giardini, Antonio Grassi, Cristina Pereira, Rafael Ponzi, Vera Fajardo, Miriam Brum, Márcia Dias e Guilherme Abrahão, que nossas portas estão abertas depois de uma suada reforma e que continuamos com nosso propósitos de difundir a arte e a cultura.
Como disse um grande escritor “Fazemos o que podemos, damos o que temos, nossa duvida é nossa paixão e nossa paixão é nosso dever, o resto é a loucura da arte.”
Para a revista Época nada disso conta, apenas o propósito de colocar uma foto de um “ator global” para apimentar um pouco a matéria.
Escrevo para tentar minimizar os prejuízos morais e a dor que me causou ser citado nessas circunstancias. Parto hoje para um curso de 40 horas em Cabo Verde. Na próxima semana estréio a peça “Deus da Carnificina” em São Paulo.
Vou seguindo com minhas “causas”.

Paulo Betti

por Cesar Maia

2º turno no Peru

Ex-Blog do Cesar Maia

Cesar Maia

linha

1. Como as pesquisas antecipavam, Ollanta Humala repetiu sua votação do primeiro turno de 2006 e alcançou pouco mais de 30% dos votos válidos e pouco menos dos votos totais. A surpresa desta campanha foi a debacle do ex-presidente Alejandro Toledo. Os noticiários explicaram pelos erros de campanha, especialmente em relação a valores, mas os analistas sêniores avaliam que o resultado de Toledo se deve a um desgaste promovido pelo presidente Alan Garcia, que o sucedeu. Com isso, Humala teve as portas abertas para repetir a votação porcentual de 2006.

2. "Gana Peru", de Humala, elegeu a maior bancada e terá 25% dos 130 deputados ou pouco mais.

3. A disputa pelo segundo lugar entre candidatos tão díspares como Keiko Fujimori e PP. Kuczinski aporta mais incerteza ao segundo turno. Keiko clona seu pai. PPK afirmava abertamente compromissos liberais. Lembre-se que os 3 candidatos que não foram ao segundo turno representavam compromissos de continuidade econômica e somaram 40% dos votos válidos.

4. A passagem de Keiko Fujimori para o segundo turno vem do prestígio de seu pai, mesmo desde a prisão, que representa 1 de 5 peruanos, e do desempenho pessoal dela, transformando seus 35 anos em simpatia, mobilidade e capacidade de comunicação. Desde os 19 anos foi primeira dama de seu pai e, com isso, adquiriu experiência internacional, institucional e nos programas sociais que dirigiu. Os setores empresariais -financeiros e da indústria mineral- acompanharão Keiko, assim como outros segmentos que cresceram no período Fujimori. No primeiro turno estiveram com PPK. Da mesma forma, setores médios assustados com a expansão do chavismo.

5. O segundo turno da eleição peruana tende a ser acompanhado à distância prudente pelos países sul-americanos. Chávez por razões táticas, Chile por razões históricas, Colômbia pelas fronteiras comuns, Brasil por razões geopolíticas e Argentina por razões políticas num ano eleitoral.

                                                    * * *

"BRASIL NA ENCRUZILHADA"!

Trecho do artigo de Arminio Fraga e Pedro Ferreira, Globo (10).

1. As semelhanças (da crise após o "milagre dos anos 70"), com o momento atual não são pequenas: passada a crise econômica que justificou aumentos anticíclicos dos gastos, há grande resistência ao ajuste por parte de vários setores do governo e da sociedade. Há também enorme pressão por medidas protecionistas por parte de grupos que se sentem prejudicados pela concorrência chinesa e pela taxa de câmbio valorizada.

2. Alguns sinais amarelos já são visíveis. A taxa de inflação se aproxima do teto da meta de inflação e, fora os preços administrados, a alta de preços é generalizada e atinge inclusive o setor de serviços. O saldo em conta corrente se reduziu em mais de quatro pontos do PIB, apesar de um ganho de 40% na relação entre preços médios de exportação e importação.

3. Em boa parte estas tensões espelham desafios fundamentais que se colocam ao país. No topo da lista está a frustrante dificuldade em se aumentar a taxa de investimento do país, que vem evoluindo lentamente para os atuais 18,4% do PIB, apesar dos esforços e subsídios do BNDES. Trata-se talvez da maior frustração econômica do governo Lula, que com bom senso reduziu significativamente o risco político do país, mas assim mesmo não conseguiu mobilizar nossos "espíritos animais". A nosso ver a explicação para este fenômeno está no par ideologia (de raízes nacional desenvolvimentistas) e dificuldades de execução (enraizadas em um Estado loteado e ineficiente).

4. Além da baixa taxa de investimento, o Brasil vive hoje um início de crise no mercado de trabalho. A crise não é a tradicional e terrível falta de emprego, mas sim a falta de trabalho qualificado, em todas as faixas. Uma comparação com a Coreia do Sul pode ser útil. Nos últimos 40 anos a Coreia foi de uma renda per capita 30% inferior à nossa a um nível hoje três vezes maior! Isto foi possível porque a Coreia investiu muito mais e educou mais e melhor do que nós. A escolaridade média subiu de 4,3 anos para cerca de 13 anos (igual à americana), enquanto a nossa foi de dois anos para em torno de sete anos.

5. O Brasil está, portanto, diante de uma encruzilhada. Do jeito que as coisas vão, parecemos caminhar para uma repetição do modelo nacional desenvolvimentista, mas com uma taxa de investimento inferior à versão original. Em que pese o maior foco atual no social, não custa lembrar que esta opção foi não só excludente socialmente, como gerou uma série de distorções que provocaram a estagnação posterior. Podemos ter alguns anos de vacas gordas, mas estamos fadados a parar longe de completar a convergência para os melhores padrões globais.

6. O governo tem que promover as reformas necessárias para contribuir com a sua parte, investindo mais e gastando menos, e revalorizando a boa regulação para mobilizar o investimento privado. O atual cobertor curto no campo macroeconômico (inflação e juros altos, câmbio baixo) requer um ajuste fiscal mais convincente, que aborde com coragem as questões de longo prazo. Além de juros mais baixos, o setor privado precisa de um Custo Brasil menor, de uma estrutura tributária mais racional e de uma infraestrutura melhor, em vez de subsídios. Desta forma sobrará mais para programas sociais também.

7. Enfim, há muito em jogo, muito a fazer, pouco tempo a perder. Repetir o passado parece-nos a pior das opções.

                                                    * * *

QUEM É OLLANTA HUMALA, QUE VENCEU O PRIMEIRO TURNO NO PERU!

1. É um militar que defendeu políticas chavistas-exóticas e, que por isso, despertou preocupação de frações importantes da população peruana. Membro e fundador do Partido Nacionalista Peruano, é o segundo de sete irmãos de uma família de Ayacucho, formada por Isaac Humala Núñez e Elena Tasso. Seu pai, um ex-dirigente socialista, foi o ideólogo fundador do chamado etnocacerismo, uma tendência militarista inculcada no passado incaico e no nacionalismo étnico, por meio da admiração do presidente e herói da Guerra do Pacífico, Andrés Cáceres. Geralmente é chamado de Movimiento Etnocacerista. Colocou em seus filhos nomes incaicos, como Pachacutec, Ima Sumac, Cusicollur e Antauro. Segundo Humala pai, Ollanta significa "el guerrero que todo lo mira".

2. Na campanha, procurou colar sua imagem na de Lula, suavizando o discurso como foi feito no Brasil em 2002. Para isso, sua campanha contou com a orientação de Luis Favre.

3. Mas os compromissos que assumiu no início da campanha apontaram na direção de sempre: A reafirmação da identidade andina, assim como a conformação de um Estado que abranja os antigos territórios do Império Inca (principalmente Peru, Bolívia e Equador). / A substituição das elites tradicionais de crioulos e asiáticos por outras compostas por membros da população indígena e mestiça agora marginalizada. / A oposição à intervenção estrangeira na economia, especialmente por parte do Chile, que consideram um rival tradicional. / A nacionalização da indústria peruana, começando por reverter as privatizações recentes.

                                                    * * *

EVO MORALES HOJE TERIA 22%! EM 2006 TEVE 54% E EM 2009 TEVE 64%!

(Página Siete) Segundo pesquisa realizada pela empresa Mercados y Muestras SRL, se houvesse eleição presidencial na Bolívia hoje, o atual presidente Evo Morales obteria somente cerca de 22% dos votos. Morales ganhou as eleições de janeiro de 2006 com 54% dos votos, reelegendo-se no final de 2009 com 64% da preferência dos eleitores. Morales seria seguido por eventuais adversários, como o empresário Samuel Doria Medina (19% das preferências), do ex-prefeito de La Paz Juan del Granado (17%) e do governador de Santa Cruz, Ruben Costas (9%).






Cesar Maia Responde

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Ocavaleiro do amor

Um dia, numa praça, um jovem exibia seu coração, o mais bonito daquela cidade.

Uma grande multidão se aproximou e admirou aquele coração, pois era perfeito.

Não havia nele um único sinal que lhe prejudicasse a beleza.

Todos reconheceram que realmente era o coração mais bonito que já haviam visto.

O jovem estava vaidoso e o ostentava com crescente orgulho.

De repente um velho homem, montado num cavalo, surgiu do meio da multidão, desceu ao chão e bradou:

" Seu coração nem de longe é tão bonito quanto o meu ! "

O jovem e a multidão olharam para o coração do velho homem.

Batia fortemente, mas era cheio de cicatrizes.

Havia lugares onde faltavam pedaços e também partes com enxertos que não se encaixavam bem, que tinham as laterais ressaltadas.

A multidão se espantou :

" Como pode ele dizer que seu coração é mais bonito? "

O jovem olhou para o coração do velho homem e disse, rindo:

" O senhor deve estar brincando! Compare seu coração com o meu e veja. "

O meu é perfeito e o seu é uma confusão de cicatrizes e emendas !

" Sim " , disse o velho homem.

" O seu tem aparência perfeita mas eu nunca trocaria o meu por ele."

As marcas representam pessoas a quem dei o meu amor.

Eu arranquei pedaços do meu coração e dei a elas e, muitas vezes, elas me deram pedaços de seus corações para colocar nos espaços deixados; como esses pedaços não eram de tamanho exato, hoje parecem enxertos feios e grosseiros, mas eu os conservo como lembranças de amor que dividimos.

Algumas vezes eu dei pedaços do meu coração e as pessoas que os receberam não me deram em retorno pedaços de seus corações:

Esses são os buracos que você vê.

Dar amor é arriscar.

Embora esses buracos doam, eles permanecem abertos lembrando-me do amor que tenho por aquelas pessoas, e eu tenho esperança de que um dia elas me dêem retorno e preencham os espaços que ficaram vazios.

Agora você consegue ver o que é beleza de verdade? "

O jovem ficou em silêncio, com lágrimas rolando por suas faces.

Caminhou em direção do velho homem, olhou para o próprio coração e arrancou um pedaço, oferecendo-o com as mãos trêmulas.

O homem pegou aquele pedaço, colocou no coração e tirando um outro pedaço do seu, colocou-o no espaço deixado no coração do jovem.

Coube, mas não perfeitamente, já que havia irregulares beiradas.

O jovem olhou para o seu antes tão perfeito coração.

Já não tão perfeito depois disso, mas muito mais bonito do que sempre fora, já que o amor do velho homem entrara nele.

Diante da multidão que os observava em respeitoso silêncio, eles se abraçaram e saíram andando lado a lado, seguidos pelo cavalo, cujas patas batendo no solo emitiam o som de corações pulsando ...

Como é o seu coração ???

Orar

[...] e vigiar 

Após exaustiva sessão de orações no Diocesano de Iguatu, o aprendiz perguntou ao Briguilino se as orações faziam com que Deus se aproximasse dos homens.


- Vou respondê-lo com outra pergunta - disse o blogueiro -, As orações que você faz irão fazer o sol nascer amanhã?

- Claro que não! O sol nasce porque obedece a uma lei universal!

- Esta é a resposta à sua pergunta. Deus está perto de nós, independente das preces que fazemos.

O aprendiz revoltou-se:

- Você quer dizer que nossas orações são inúteis?

- Absolutamente. Se você não acorda cedo, nunca conseguirá ver o sol nascendo. Se não reza, embora Deus esteja sempre perto, você nunca conseguirá notar Sua presença.

Orar e vigiar: esse deve ser o lema. Se apenas vigia, vai começar a ver fantasmas onde eles não existem. Se apenas orar, não terá tempo de executar as obras que a humanidade tanto necessita.