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Caetano toca no Supremo

O cantor e compositor baiano, Caetano Veloso, tocou o hino nacional na posse da ministra Carmen Lucia como presidente do STF. Deveria ter emendado com a canção Podres poderes, da sua autoria. O verso:

"(...) Enquanto os homens exercem seus podres poderes, somos uns boçais"

By Marcelo Rubens Paiva

Mensagem da tarde

Cassação de Eduardo Cunha


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 Ciro Gomes presidenciável do (PDT) comentou sessão que decidirá a cassação do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcada para hoje. Em sua página no Facebook, ele compartilhou o vídeo do episódio em que seu irmão, Cid Gomes - então ministro da Educação -, referiu-se a Cunha como "achacador".


 "Enquanto Cid, de Sobral, encarou o corrupto de frente, muitos se confraternizaram com ele. Hoje o corrupto vai sentir o gosto da trairagem", postou Ciro.

"Terroristas” da PF incluem “bebê islâmico” e “fundamentalista gay”


moraes

No Blog do Marcelo Auler, repórter como os nossos jornais não querem mais que os jornalistas sejam, revela, com documentos, o grau de absurdos contidos nas informações que a Polícia Federal deu à Justiça, que "justificariam" a detenção dos "célebres" terroristas da Olimpíada.

Se não fosse trágico, seria cômico.

De um dos detidos, diz-se que ele treinava o filho para o terrorismo, só que…

"um menor que nos diálogos aparecia como sendo treinado para ingressar na organização terrorista, tinha então quatro meses de idade, pouco mais de dez meses quando o pai foi preso em 21 de julho e um ano completado no último dia 5 de setembro.

Outro detido – e isso é um problema dele, claro – vive uma união homossexual estável há oito anos, há cinco registrada em cartório. O Exército Islâmico, frisa Marcelo, tem horror mortal – e, como mostrou em Orlando, no ataque à uma boate, horror assassino – aos gays.

A reportagem é extensa e detalhada, apontando várias incongruências na "investigação".

Leitura imperdível, um baita furo de reportagem que a grande mídia não pode – ou pode, não é? – ignorar.

E um imenso ridículo, o que não é por estamos nos portais de um estado policial, como adverte Auler.

Campanha eleitoral em São Paulo

Jogada de mestra

Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo pelo PT e hoje novamente candidata ao mesmo cargo pelo PSOL, nas pesquisas aparece a frente do prefeito Fernando Haddad.

Tudo muito bom, tudo muito bem. Mas ...

Que ninguém se surpreenda caso ela desista da candidatura para apoiar o petista. Falta apenas um pequeno detalhe - acordo político - para ela anunciar a renúncia.

O detalhe tem a ver com 2018.

O que será?

Economia e política


Economistas sérios, que entendem de política, se é que existem, deveriam fazer o cálculo do custo da aventura golpista que derrubou a presidente Dilma. Antes de tudo, é verdade que existia uma crise econômica em curso desde antes de 2015 e que, em boa dose, os erros do governo, somados a problemas estruturais do país, a agravaram. Mas é inegável que a crise política, estimulada artificialmente pelo inconformismo da derrota por parte do PSDB e do resto da oposição, que se aliaram ao chantagista Eduardo Cunha, potencializaram a crise ao extremo, criando uma situação de ingovernabilidade, de retração ainda maior da economia e de cisão política da sociedade.

Ao dar aval ao impeachment, ao questionar a vitória de Dilma e ao se aliar à irresponsabilidade golpista de Cunha, o PSDB foi o principal avalista do golpe. Com esse aval, abriram-se as portas para as traições de Temer, do PMDB e do condomínio de partidos mercenários que estavam no poder. O quadro de ingovernabilidade foi se deteriorando pelos sucessivos erros do governo e pela paralisia e desmoralização do PT.

Não tivesse o PSDB dado aval ao golpe, as duas crises gêmeas – política e econômica – não teriam se agravado. Com as próprias políticas de Joaquim Levy, a economia poderia estar dando sinais de recuperação no início de 2016 se não tivesse sido golpeada pelo processo de construção do golpe. Assim, a aventura golpista custou bilhões de reais à economia, bilhões ao orçamento público e milhões de empregos. As elites econômicas e a grande mídia, que nunca se importaram de forma sincera e programática com o destino desditoso dos brasileiros, aderiram a essa aventura que continua custando caro ao povo brasileiro.

O fracasso do golpe

Vitorioso no Congresso e no Judiciário, o golpe, paradoxalmente, fracassou moralmente e também na opinião pública. Fracassou moralmente porque ele foi produto de uma farsa comandada por políticos cínicos e corruptos. A farsa, convalidada pelo Judiciário e pelo Ministério Público, consistiu em inculpar exclusivamente o PT pela corrupção, na crença de que a opinião pública é manipulável até o fim. Os sintomas do fracasso dessa farsa já se evidenciavam nas grandes manifestações, que eram contra o governo Dilma sim, mas eram também contra a corrupção em geral, incluindo o PMDB e o PSDB. Não por acaso, manifestantes expulsaram Aécio Neves e outros oposicionistas da Avenida Paulista, dizendo que eles também eram corruptos. Nem os partidos de oposição, nem o PMDB foram capazes de convocar qualquer ato pelo impeachment. Esconderam-se, vergonhosamente, por detrás de movimentos que eram epifenômenos de uma indignação justificável e de uma manipulação grotesca. O resultado do golpe político-jurídico foi um governo sem legitimidade das ruas em nome das quais o comitê de corruptos, que comandou o processo de derrubada da presidente, se justificou em seus votos eivados de  traição e de engodo, proferidos na Câmara dos Deputados e no Senado.

Não há nenhuma dignidade na traição: ela é abjeta e uma atitude típica dos covardes. Traidores não podem ser reputados como salvadores da pátria, como heróis, ainda mais se sabendo que os que traíram o fizeram sem nenhuma nobreza de intenções, mas para tentar salvar o pescoço da guilhotina da Lava Jato ou para abocanhar nacos maiores de poder. Como diria o nosso mestre maior, a traição “pode levar a conquista do poder, mas não à glória”. Com a consumação do golpe, a própria fúria moralizante dos procuradores e do juiz Moro se afogou no lodo da indisfarçável indignação seletiva e unilateral e que, por isso mesmo, era uma fúria hipócrita e mal cheirosa.

Sem legitimidade, sem respaldo do povo, constituído por um grupo de corruptos, incapaz de sustentar o requisito da idoneidade e da moralidade, o governo Temer nasceu sitiado pela exigência da renúncia que cresce a cada dia que passa. Com o passar dos dias, a sua única saída é produzir a truculência da repressão, comandada pelo Ministério da Justiça. Mas até aqui já encontra resistência: em primeiro lugar, da sociedade democrática que não aceita a volta da violência política. Em segundo lugar, os governos estaduais e as polícias não estão dispostas a pagar o preço da ilegitimidade do governo Temer.

Esse governo nasceu incapaz realizar a missão que se atribuiu e que lhe foi atribuída pela elite liderada pela Fiesp: promover reformas antipopulares. Nesse sentido, o governo já acabou. É um governo que nasceu no ocaso. Temer é um personagem das sombras e não será capaz de reorientar o governo. Carece dos atributos principais da boa liderança política. Despossuído da “precisão do golpe de vista e da vivacidade do espírito” dos líderes ousados e intuitivos, cultiva a conversa de pé de ouvido, típica dos conspiradores. Sem a virtude moral da prudência, esmera-se em exibir sua esposa, Marcela, como um troféu dos incapazes.

Temer será lenta e paulatinamente abandonado pelos que o secundaram na traição e no golpe. Se sobreviver, restar-lhe-á a solidão dos palácios, rodeado de servidores para satisfazer as benesses e os privilégios do comadrio que se refestela com o dinheiro do povo e sente prazer na frivolidade. A conta é simples: Temer não carrega perspectiva de poder futuro e, em sendo o conglomerado que o rodeia movido a interesses eleitorais e verbas públicas, destituído de qualquer moral de fidelidade, no início de 2017 ver-se-á um rearranjo das forças políticas que começarão a gravitar em torno das alternativas viáveis orientadas para 2018.

Por que “Diretas Já”

Diretas Já, em primeiro lugar, porque o que foi tirado do povo – a soberania – precisa ser restituído ao povo. Esse governo é inaceitável porque não é legítimo. Uma crise dessas não terá solução sem um governo legítimo e forte e sem um Congresso movido pela honestidade de propósitos. Quanto mais a crise se prolongar, mais o povo, os trabalhadores e os mais pobres sofrerão as agruras do desemprego e da falta de perspectivas. Desta forma, é um ditame da ética da responsabilidade pugnar pela única saída aceitável, justa e razoável para a presente situação: Diretas Já, com a antecipação das eleições gerais.

Alguns setores de esquerda resistem a esta palavra de ordem, propondo a luta pela recondução de Dilma à presidência. Nem do ponto de vista do Congresso, nem do ponto de vista do Judiciário e nem do ponto de vista da maioria da opinião pública essa é uma saída viável. Nem mesmo a maior parte das forças democráticas e progressistas entende que esse seja o caminho. Propor a volta de Dilma, independentemente das intenções, significa jogar água no moinho do governo ilegítimo de Temer. Ademais, propor a volta de Dilma ou significa acreditar que esse Congresso que a traiu agora lhe garantirá a governabilidade ou significa não se importar com a crise, com a falta de perspectivas e com o sofrimento do povo.

O fato é que o golpe provocou uma divisão insanável e irreconciliável da sociedade nos termos do resultado de um governo ilegítimo. Não será um sistema político decrépito quem promoverá a recondução do convívio democrático e a aceitação do dissenso regulado como a prática capaz de produzir decisões e soluções aceitáveis para todos. Esse governo que está aí não tem condições morais de exigir sacrifícios de ninguém. Qualquer sacrifício imposto aos trabalhadores e aos mais pobres terá que ser repudiado pelas mobilizações nas ruas.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Bom dia

- Aparizio, a Globo é uma concessão do governo ou o governo que é uma concessão da Globo?

- Sabe que agora você me pegou.

Esse Bessinha...