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Arte legalista


*Mate um senador golpista!
Hélio Oiticica frequentava a Mangueira e conhecia o mundo da marginalidade. Dentro de uma lógica de transgressão de valores burgueses, tinha certo fascínio pelos tipos marginais e malandros. Cara de Cavalo, acusado de matar um policial, foi uma das primeiras vítimas do esquadrão da morte carioca, em outubro de 1964. Esta obra é marcante no movimento chamado de marginália ou cultura marginal, que passou a fazer parte do debate cultural brasileiro, a partir do final de 1968, durando até meados da década de setenta. O artista foi acusado de fazer apologia ao crime. A marginalidade é considerada uma forma de transgressão dos valores conservadores e burgueses, identificados com o regime militar, aliado à idealização do mundo do crime, como mundo produzido pelas contradições da sociedade.
* Frase do Blogueiro

Ciro pode ser a voz mais forte do anti-golpismo

por Fernando Brito
A melhor notícia para o embate político dos últimos tempos foi a decisão de Ciro Gomes de filiar-se ao PDT.
Ciro, ao contrário de Lula, tem liberdade completa de dizer o que quiser, sem a preocupação de que as críticas que o Governo Dilma (e o PT) merecem possam ser usadas para enfraquecer o Governo.
Se Dilma e Lula têm de moderar cara palavra até que se exorcize o fantasma do golpe “institucional” de Estado, Ciro pode usar as mais duras e verdadeiras, como, por exemplo, dizer que Eduardo Cunha é “um pilantra”.
Daí a dizer-se que é candidato a Presidente em 2018, vai uma distância quilométrica.
Se ela será transposta até lá é algo que não há pitonisa capaz de prever.
Ciro já mostrou que não é alguém que, simplesmente, dissentiu do centro conservador e passou a uma posição de esquerda que não é radical, mas não é também vacilante.
Tornou-se uma espécie de exceção às meias palavras e às hipocrisias que tomaram conta da política, com todos os ônus e os bônus que isso lhe causou.
Não tive muita convivência com ele durante o período em que, em aliança, Leonel Brizola o apoiou como candidato presidencial, em 2002.
Tiveram uma excelente relação, embora na reta final tenha havido algum compreensível mal-estar – embora não uma briga – por conta de uma ponderação de Brizola para que, ali nos últimos dias, Ciro anunciasse apoio a Lula já no primeiro turno, para evitar uma segunda eleição, que Brizola, escaldado pela experiência do segundo turno entre Lula e Collor, temia.
Além disso, a presença de Ciro dentro da direção do PDT significa que haverá um contraponto – e forte – á tendência de alguns dos integrantes da bancada pedetista a cruzarem – costeando, muitos já estão, há tempos – o alambrado para os verdejantes campos de Eduardo Cunha.
Ciro não tem medo de andar na contra-mão da mídia.
Só isso já o torna uma voz essencial.
Mais ainda porque a cúpula tucana assumiu a “descida do muro” e abriu o jogo do golpismo.