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Os patrões do traíra estão desesperados

Leiam com atenção abaixo o post do jorna-lista Josias de Souza:

Tão chegando ao fundo do fundo mais profundo que a imoralidade consiga chegar. Mas, que ninguém se iluda, vermes do mar sempre conseguiram se superar. A pergunta que fica é:

Até quando?

Não há almas ingênuas no Congresso. Em matéria de probidade, por exemplo, a hipocrisia é total. Mas nos porões de Brasília os parlamentares sempre encontram ambiente para conversar mais abertamente sobre suas aflições. Nos últimos dias, um tema revelou-se incontornável para os aliados de Eduardo Cunha: o cerco jurídico ao personagem se fechou. Com isso, o custo político da operação montada para salvar a cara e o mandato de Cunha está pela hora da morte.
Cunha vive agora uma fase delicada de sua agonia. Diante da profusão de evidências colecionadas contra o deputado, alguns de seus aliados começam a sentir um certo desconforto. E quando alguém se sente um perfeito idiota é porque está começando a deixar de sê-lo. Deve-se a caída em si aos penúltimos movimentos da força-tarefa da Lava Jato e do Judiciário.
Em Brasília, o STF já prepara a sessão em que Cunha será declarado réu pela segunda vez. Em Curitiba, os procuradores e o juiz Sérgio Moro realçaram o ridículo do lero-lero do deputado ao levar a mulher dele ao banco dos réus pelos gastos milionários que fez com o dinheiro sujo extraído das contas suíças que Cunha diz não controlar.
Como se fosse pouco, o Ministério Público Federal incluiu Cunha no polo passivo de uma ação por improbidade movida no Paraná contra desvios praticados na diretoria Internacional da Petrobras. Para desassossego de Cunha, ações desse tipo não estão acobertadas pelo foro privilegiado dos parlamentares. Correm na primeira instância do Judiciário. Se condenado, Cunha perderá os direitos políticos por até dez anos e ainda terá de devolver aos cofres da estatal, junto com outros acusados, a cifra desviada. Coisa de US$ 5,7 milhões.
Na Câmara, a situação de Cunha é mais dramática no plenário. Ali, forma-se uma maioria a favor da cassação, independetemente do resultado da votação no Conselho de Ética. Não é por outra razão que Cunha tenta, num gesto desesperado, aprovar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um parecer que muda as regras do jogo aos 45 minutos do segundo tempo, limitando os poderes do plenário.
Alguns aliados de Cunha gostariam que ele renunciasse à presidência da Câmara. Faria isso num grande acordo que lhe preservasse o mandato. Por ora, Cunha dá de ombros para essa possibilidade. Em privado, ele tenta reativar a lealdade de sua tropa com um argumento poderoso. Recorda que há muitos outros parlamentares com a corda no pescoço. Afirma que sua cassação abriria uma porteira por onde passariam várias outras. Parece guiar-se pelo lema segundo o qual a união faz a farsa.

O sucesso da hora

Anotem

É

Será

Eduardo.

E que vocês venham receber o pão

Gregório Duvivier - [Temer] não se mate ainda, não

[Ainda não antes da Dilma voltar ao Palácio do Planalto. Ah, e nem depois. Roa, remoa sua imensa traição e covardia. Verme]

O pessimista fica feliz duas vezes: quando acerta e quando erra." Por incrível que pareça, Millôr foi das pessoas mais otimistas que conheci. Nunca me esqueço um dia em que alguém contou um caso bárbaro de violência televisionada, concluindo que "o mundo tá a cada dia mais violento". Ao que o Millôr retrucou: "Você já ouviu falar na técnica de empalamento? Já ouviu falar no genocídio armênio? Já viu fotos de um gulag? O mundo nunca foi tão pouco violento; a gente é que nunca foi tão bem informado."

Não se mate ainda, não. Apesar de tudo de ruim que pode haver no mundo, dos Bolsonaros e Temers e Trumps, é sempre bom lembrar que, salvo exceções, o mundo está progredindo, sim. Devagarinho, claro. Mas está. Claro que está.
Quem acha que a juventude está perdida não frequentou nenhuma escola ocupada. Quem acha que o machismo venceu não está acompanhando a multiplicação de blogs feministas bons. Quem acha que o Rio não tem jeito ainda não deve saber que o Freixo vai para o segundo turno, e vai ganhar.
Quem acha que não se faz mais música boa não ouviu o último disco da Elza Soares. Também não deve ter ouvido o da Clarice, nem o do Tibério, nem o da Teresa Cristina cantando Cartola. Nunca ouviu o piano do Vitor Araújo, o violão do Vinícius Sarmento, a rabeca do Beto Lemos. Tudo com menos de 30 anos, ou um pouquinho mais.
Quem não vê mais graça em poesia não está lendo Alice Sant'Anna, Angélica Freitas, Ana Martins Marques, Corsaletti. Procure ler. Tudo com menos de 40 ou um pouquinho mais.
Quem acha que cinema brasileiro não presta não viu "Que Horas Ela Volta?", "O Som ao Redor", "Tatuagem", "Casa Grande", "Entre Abelhas", filmes feitos no Brasil e nos últimos anos -com recursos públicos, claro. Catchim, catchim (som do dinheiro batendo na minha conta).
Quem acha que não se faz mais teatro que preste não viu "In on It" (em cartaz às quartas e quintas em São Paulo; corra), não viu "Gabriela" (também não vi, mas sei que é lindo, acabou de estrear; corra), não viu "Estamira", "Mamãe", "Incêndios", "Tragédia Latino-Americana" e tanta coisa que não cabe aqui.
Claro. Nem tudo são flores. O mundo nunca foi tão chato -isso sem dúvida, se você não quiser abdicar do direito de ser machista. Nunca foi tão caro, se você quiser ter vários empregadas. Nunca deu tanto trabalho, se você quiser repetir racismos.
A vida do presidente interino, por exemplo, deve estar um inferno. E, quanto a isso, para ele não há otimismo possível. Vai piorar.

55ª edição do International Cartoon Festival de Knokke Heist


Vencedor da 55ª edição do Festival realizado na Bélgica foi o brasileiro Dalcio Machado.

Grande cartum 

Fez por merecer

Parabéns!

Terrorismo yanque


Nasceu nos Estados Unidos da América
Cresceu nos Estados Unidos da América
Estudou nos Estados Unidos da América
Trabalhou nos Estados Unidos da América
Comprou armas nos Estados Unidos da América
Matou mais de 50 pessoas, feriu outras tantas e foi morto nos Estados Unidos da América e?...

É um terrorista islâmico!

Entender como há de?


A gRoubo como ela é


Falando Verdades 2

Charge do dia


Também leia: 

Carta aberta a Dilma Rousseff, por Paulo Nogueira


Invencibilidade moral

Cara Dilma:

O que mais me impressiona no drama que você está enfrentando é sua força moral, sua invencibilidade espiritual.

Montaigne escreveu que o real teste da estatura de alguém é sua atitude diante da morte. Sócrates tomou a cicuta consolando seus discípulos. Sêneca cortou os pulsos, a mando de Nero, consolando também seus discípulos.

Força na adversidade. Quantos de nós temos isso?

Não deram a você cicuta e nem uma lâmina para se sangrar até a morte, mas não foi muito diferente disso quando se pensa no universo da política.

E você reagiu com bravura extraordinária. Seus algozes certamente imaginavam que você iria se vergar para facilitar seu trabalho sujo, mesquinho, indecente. Isso jamais aconteceu.

Percebe-se, agora, como foram duros seus breves dias no segundo mandato. A seu lado, um traidor que tramava enquanto produzia mesóclises ancestrais.

Pouco adiante, no Congresso, dois tipos abomináveis. Um deles, Eduardo Cunha, fazendo seu jogo criminoso para derrubá-la enquanto ganhava dinheiro imundo.

Outro, Aécio Neves, um playboy inútil e corrupto, se comportava como um perdedor desprezível, pusilânime, destituído de caráter, honradez e coragem para lidar com a derrota.

Por cima de tudo, pairando como um corvo sobre a democracia e sobre o país, a mídia plutocrata. Os Marinhos, os Frias, os Civitas — os coroneis da imprensa massacraram você desde que anunciada sua vitória para um segundo mandato.

Jamais entendi como você, e aqui vai um reparo que fiz várias vezes, continuou a encher de dinheiro público os bolsos de seus algozes. Caberá aos historiadores do futuro elucidar por que a TV Globo, ano após ano, continuou a levar 600 milhões de reais de seu governo, assim como ocorrera com o seu antecessor.

Mídia nenhuma é obrigada a apoiar ninguém. Mas governo nenhum também é obrigado a anunciar em veículos que, no seu entender, mentem, manipulam, inventam, distorcem todos os dias, todas as horas.

Os 54 milhões de votos que a senhora teve lhe deram autoridade plena para comandar as verbas de publicidade federal. É um dos direitos sagrados de quem vence eleições presidenciais.

Os bilhões torrados em empresas como a Globo e a Abril, a senhora há de concordar, teriam sido infinitamente mais bem empregados para construir escolas, hospitais, portos, estradas, casas populares e por aí vai.

Na história moderna brasileira, a torrencial publicidade do governo serviu apenas para selar um pacto entre políticos corruptos e conservadores e os donos das companhias jornalísticas. Você me enche de dinheiro e eu dou cobertura amiga para você: este o pacto.

Nem Lula e nem a senhora mudaram isso. Uma pena, uma desgraça e, para mim, também um mistério.

Mas de volta ao sítio que lhe impuseram.

Por último, se tudo que foi exposto acima não bastasse, vieram Moro e sua Lava Jato dispostos a erradicar não a corrupção, como se vê pela tranquilidade com que Cunha se movimentou até que os suíços — repito: os suíços, não os delegados da PF — provassem cabalmente o tamanho da sua ladroagem e a enormidade de suas mentiras.

A plutocracia a imobilizou e, suprema canalhice, a acusou depois de imobilidade.

Getúlio meteu uma bala no peito sob um cerco parecido. A senhora decidiu combater o bom combate.

A história haverá de reconhecer o que homens corruptos tentam de todas as formas negar-lhe.

Com admiração.

Paulo

Procuradores são useiros e vezeiros em vazamentos

Do site de Marcelo Auler

Lauro Jardim entrega sua fonte: os procuradores. E agora, dr. Janot?

No mesmo sábado (11/06) em que o jornalO Globo, na sua página 4, publicou declarações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desmentindo que vazamentos partam da Procuradoria Geral da República (PGR), a coluna de Lauro Jardim, no site do jornal, apontou os procuradores da República como a fonte de informação de delação na Operação Lava Jato. Mais grave, delação que ainda acontecerá. Ou seja, nem no papel está.

A notícia foi explorada no domingo (12/06) pelo próprio O Globo, em sua Manchete e já foi alvo de comentário do Fernando Brito em O TijolaçoMarina, o "caixa 2 da OAS" e o castigo da hipocrisia. No meu entendimento, porém, mais grave que qualquer hipocrisia de Marina, é a questão de onde surgiu o vazamento: da Procuradoria. Senão vejamos.

Na coluna, Lauro Jardim diz claramente que o "ex-presidente da OAS se comprometeu com os procuradores a falar do caixa dois que, segundo ele, irrigou a campanha de Marina Silva à presidência em 2010" (grifei).

Normalmente, notícias como esta são atribuídas genericamente. Não se costuma especificar se a fonte foi procurador, delegado, agente, juiz ou advogado. Não se sabe se por descuido ou por algum outro interesse, Jardim não se referiu, por exemplo, a "investigadores". Se usasse esta expressão, dissimularia de quem partiu a informação pois poderia ser alguém da Polícia Federal, do Ministério Público Federal ou do Judiciário. Mas ele cravou: "procuradores".

Trata-se de uma conversa privada, que antecede a um depoimento, na qual acertam-se detalhes do que a testemunha tem a falar para que o(s) procurador(es) avalie(m) o real interesse da "delação". Diálogo que só deveria ser do conhecimento de duas partes: quem fala e quem ouve. Admitamos que o delator estivesse acompanhado de seu advogado e que a conversa tenha sido com mais de um procurador. Ainda assim, são apenas duas partes: acusado/defesa e acusadores.

Obviamente, ao delator não interessa vazar nenhuma informação deste tipo, até para não comprometer a própria delação que algum beneficio lhe trará. Tanto ele como sua defesa sabem que o vazamento pode até melar a delação. Principalmente algo que é apenas promessa. Ou seja, não foi colocado no papel e, por isso mesmo, ainda está longe de valer oficialmente. Como se sabe, não basta apenas colocar no papel. A delação, depois de feita, precisa ser homologada judicialmente.

 

O próprio Janot questiona: "a quem esse vazamento interessa?"

Realisticamente, não há porque imaginar que o vazamento tenha partido do empresário ou da sua defesa. Resta(m) então o(s) procurador(es). Admita-se até que nenhum procurador que estivesse na conversa tenha falado com Jardim. O jornalista pode ter recebido a informação por terceira pessoa. Um outro procurador? Um delegado da Polícia Federal? Alguém do Judiciário? A  mulher/namorada de quem esteve na conversa? Um assessor? Um amigo de confiança com quem o(s) procurador(es) foi(foram) beber no bar ou encontrou-se (encontraram-se) em algum local?

O indiscutível é que só quem ouviu a conversa pode ter passado adiante, seja para o jornalista, seja para a terceira pessoa que levou ao conhecimento do jornalista. Independentemente da hipótese pela qual a notícia chegou à coluna, alguém vazou. Se a conversa/promessa foi com procurador(es), ele(s), muito provavelmente, foi(foram) o(s) autor(es) do vazamento.

Quando, na sexta-feira, o procurador-geral da República negou "peremptoriamente" – termo que ele usou – que a PGR tenha vazado a informação a respeito do pedido de prisão dos senadores Ranan Calheiros, Romero Jucá e do ex-presidente José Sarney, fez a conhecida e velha pergunta:

"A quem esse vazamento beneficiou? Ao Ministério Público não foi".

Aliás, sobre este episódio do vazamento das informações do pedido de prisão dos dois senadores e do ex-presidente, vale aqui lembrar o que bem colocou neste domingo (12/06) Janio de Freitas, em sua coluna Depois dos vazamentosna Folha de S. Paulo. A Janot não é dado o direito apenas de negar, ele tem poderes para apurar.:

"O que desagradou a Janot, com razão, não é suficiente para dispensá-lo, já que houve o vazamento parcial, de proporcionar à opinião pública os esclarecimentos convenientes. No mínimo, por dever de servidor público. Também porque, afinal de contas, o vazamento só poderia vir do conjunto de áreas e servidores de que Rodrigo Janot é um dos responsáveis maiores.

Além disso, foi Janot quem divulgou uma advertência lúcida (Leia, a propósito, Janot: não ao messianismo, ao individualismo e à radicalização) sobre a necessidade de contenção da vaidade e da prepotência nos que lidam com Justiça".

Mas, a mesma questão que o procurador-geral levantou – "a quem esse vazamento beneficiou?" – pode ser repetida neste caso em que Jardim entregou a fonte. Não estamos aqui questionando o papel do jornalista que, por lei, não está sujeito ao segredo de Justiça em processos que ele não manipula. As informações ali contidas, normalmente, lhes chegam por algum dos "operadores do direito" que acessaram os autos. E é com relação a este que se levanta o questionamento; qual o interesse nesse vazamento? Não será apenas informar à população.

Na questão relacionada aos pedidos de prisões outras dúvidas ficaram no ar. Uma é a desconfiança de se os diálogos captados realmente demonstram uma intensão concreta de tentativa de obstrução da Justiça? Provavelmente, não. È capaz de Janot possuir mais informações. Mas, também fica, no mínimo a curiosidade de saber o por que desses pedidos de prisões preventivas terem sido feitos há duas semanas e somente agora divulgados, quando se sabe que as gravações de Sérgio Machado surgiram em março. Já e o pedido encaminhado ao Supremo, segundo revelou O Globo, ocorreu apenas no final de maio, início de junho. Ou Janot ficou este tempo todo juntando mais provas, ainda não apresentadas, ou deixaram para vazar em um momento politicamente interessasse. Aliás, algo parecido acaba de acontecer também com relação ao ex-presidente Lula.

Na sexta-feira, a TV Globodivulgou que Janot pediu ao Supremo que encaminhasse o inquérito de Lula para as mãos do juiz Sérgio Moro. Assunto já abordado tanto no Tijolaço de Fernando Brito – Dr. Janot, vazar contra o Lula pode? Porque disso o Gilmar não vai reclamar…., como no Jornal GGN de Luis Nassif - Enquanto Janot discursa, novo documento é vazado à Globo

O pedido que a TV Globo noticiou sexta-feira passada já estava em poder do Supremo desde 23 de maio e mereceu pronta contestação quatro dias depois, como explica a nota dos advogados de Lula (veja ao lado). Vazaram o pedido sem repassarem a contestação. Por quê?

Uma das explicações claras, principalmente para quem acompanha a Operação Lava Jato, é o uso de informações confidenciais, ou sob segredo de Justiça, como forma de intimidação, ou de pressão. Isto foi destacado pela nota que os advogados de Lula divulgaram no sábado (11/06). Ali, no antepenúltimo parágrafo, consta:

"Vemos, portanto, uma notícia velha ser requentada apenas para tentar transferir o tema do jurídico, palco natural da discussão, para o âmbito da imprensa, com o claro intuito de usar a opinião pública como elemento de pressão".

Repete-se assim, o vazamento das conversas entre Lula e Dilma, grampeadas – ilegalmente, pois depois da ordem do juiz Sergio Moro suspendendo o grampo – cuja divulgação serviu claramente para instigar o clima político criado anti-Lula, anti-Dilma e anti-PT.

Ou como bem definiu o delegado federal aposentado Armando Rodrigues Coelho Neto, no artigo Quem não seguir o script do golpe vai preso, publicado nesta segunda-feirsa, noJornalGGN:

 

"Já no Brasil, que adotou espontaneamente as mesmas leis, rompeu-se a ordem jurídica, assassinaram reputações, usaram prisões temporárias como forma de coação, delações foram adrede vazadas, prenderam empresários e quebraram empresas. Agravaram a crise – outro item do golpe, e para completar, tentam derrubar a Presidente da República. Com o país nas mãos de uma quadrilha, parte dela vive sob ameaça de prisão. Quem não seguir o script do golpe vai preso e as prisões já pedidas seriam meras coincidências".

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Golpe - quem não seguir o script vai preso



por *Armando Rodrigues Coelho Costa

Na medida em que a ficha técnica do golpe vai sendo revelada, mentores, autores, operadores das casas das máquinas, também vem ficando claro a inconsistência da seriedade da Farsa Jato. Como queria que fosse séria! As evidências não  autorizam e só se pode concluir pelo inverso. Qualquer um pode presumir que por ignorância ou conivências o País está diante de um inexorável pacto pró-corrupção.
Ainda que corrupção seja um problema, no caso do Brasil, o problema não era e não é a corrupção, mas sim de quem tem o direito de exercê-la; em jogo as prerrogativas de quem pode ser quem no mundo da corrupção; quem tem a prelazia da impunidade. E daí ser possível fazer outra presunção, a de que Sérgio Moro, Ministério Público  e os delegados da PF mesmo bem preparados, seguem um estranho script. Em clima de censura à liberdade de expressão, melhor ser prudente no trato das entranhas do golpe.
É improvável que se desconheça que empresas transnacionais com sede em países desenvolvidos viviam empenhadas na corrupção de funcionários públicos de países em desenvolvimento, como o Brasil. Uma prática em geral acobertada pelo sistema bancário internacional, até que o fatídico 11 de setembro de 2001 revelou o óbvio: o dinheiro do terror percorria o mesmo subterrâneo do dinheiro da corrupção.
Daí ser importante lembrar o papel da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um dos itens, aliás, enfocados no mais recente Congresso Nacional de Delegados da Polícia Federal, em Vitória/ES, financiado em parte com verba pública, enquanto um outro mais antigo fora financiado pela impoluta Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em Fortaleza/CE .
Pois bem. Criada em 1948, a OCDE é uma organização internacional composta por 34 países regidos por respeito aos princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado. Dela fazem parte nações com elevado PIB per capita e bom IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).  Voltada para a economia, busca solucionar problemas comuns e coordenar políticas domésticas e internacionais.
Com estatutos complexos, os países ligados à OCDE não podem, por exemplo, perdoar dívidas, um dos fatores que impedem o Brasil de se tornar membro, já que perdoou dívida, por exemplo, do Haiti. Mesmo fora, o Brasil tem status de membro pleno, por conta do empenho do Governo Federal na trilha moralizadora, sobretudo adotando (espontaneamente) leis em conformidade com aquela organização.

A maldição das grifes, por André Araújo



- Há um livro clássico sobre o ciclo das grifes de moda, chama-se THE FASHION CONSPIRACY, de Nicholas Coleridge,  edição inglesa da Harper & Row, 1980. O livro narra a história das grifes de moda e seus ciclos naturais de nascimento, vida e morte. Uma grife exclusiva vira símbolo de classe e elegância, uma classe endinheirada se identifica com a marca que, pela sua exclusividade,  torna-se emblema de status e riqueza. A grife, antes pequena e exclusiva, cresce e prospera, atrai a atenção de grandes corporações ou fundos de investimento, que a compram pagando aos donos originais um valor extraordinário. Para remunerar o investimento, a grife precisa se expandir pelo mundo, mas aí surge um dilema, com a expansão em múltiplas lojas por todos os continentes a grife deixa de ser exclusiva, passa a banalizar-se e aqueles que procuravam se identificar pelo status de exclusividade caem fora dessa grife, que se disseminou e  virou coisa acessível à classe média, a grife rapidamente perde seu timbre de exclusiva, vira banal e a marca perde valor.
Grifes famosas dos anos 60 saíram de lojas luxuosas em Paris e Milão para serem vendidas em butiques de navio e algumas até na calçada, caíram na vida. Quando uma grã fina de alto bordo vê uma perua vulgar usando a bolsa outrora exclusiva, cai fora da marca e vai procurar outra que só existe em cidades do circuito europeu da moda e em Nova York, como Celine, Balenciaga, Chopard ou Loewe. Lembro nos anos 60 da loja da Ferragamo em Florença, nos baixos do palazzo onde morava a família, hoje as lojas existem pelo mundo afora. Marcas exclusivas como Pierre Cardin se popularizaram, outras estão a caminho, como Ralph Lauren. Logo a Prada, comprada por um bilhão de dólares e Valentino, por 1,6 bilhões seguirão o mesmo caminho inexorável.  Revlon e Max Factor já foram marcas caras de cosméticos, hoje estão em drogarias, os ciclos de vida das marcas são estórias de ascensão e queda no altar do luxo.
O comprador de grife exclusiva não quer ver acessórios similares aos seus por todo lugar e foge da expansão da grife.
Para uma camada ainda mais alta da sociedade, mais culta e refinada, a simples exibição de grifes é, por conceito, um ato de vulgaridade. Paga-se caro pelas grifes da moda, como Prada, Chanel, Vuitton,  porque elas dão identidade a pessoas que precisam mostrar status porque se sentem inferiores. Pessoas refinadas e intelectualizadas se sentem superiores pelo espírito e não precisam da muleta das grifes, consideram que a verdadeira elegância está nos gestos, nas atitudes, na personalidade. 
O Duque de Windsor, ex-Rei Eduardo VIII, foi considerado o homem mais elegante do Século XX e só usava roupas velhas de 40 anos, tudo o que usava virava moda instantaneamente, o nó grosso da gravata, o tecido Príncipe de Gales, o sapato Church, era elegante dormindo.  Os verdadeiramente elegantes não precisam se preocupar em ser elegantes porque neles tudo é natural , as grifes são aquilo que o brega acha que é fino, mas essa finesse não é inerente à sua personalidade, é uma montagem artificial, por isso é tão importante a bolsa Prada, é o artifício que a perua acha que a faz fina, na falta de outra qualidade a bolsa serve de embalagem à sua alma vazia.
Vimos, nos escrachos das faturas de cartão de crédito de mulheres e filhas de políticos investigados, a verdadeira obsessão por compras de grifes caras, gastos absurdos para tentar mostrar como são finas através de bolsas e sapatos, coisa tão primitiva como os os antigos sobas africanos do século XVI, que andavam descalços de fraque e cartola porque achavam que aquilo os fazia parecer europeus.
As sucessivas ondas de novos ricos nos países emergentes a partir do pós guerra fizeram a festa das grifes, o mercado das grifes é formado  por novos ricos à procura de identidade, ricos velhos geralmente não precisam desse caro artificio, seu status é de berço, são elegantes mesmo com roupas baratas, aliás o ultra chic é não usar nada de grife.
Se essas mulheres e filhas de políticos, ao invés de torrar dinheiro em grifes, ajudassem um orfanato ou uma creche seriam muito mais finas, dariam algum troco à sociedade, mesmo sendo seus maridos e pais corruptos, mas ao que se saiba jamais deram a mão para um cego atravessar a rua, por aí se vê que não são finas. No passado esposas de políticos faziam grandes obras sociais, dona Leonor Mendes de Barros, esposa de Adhemar de Barros, construiu sanatórios para tuberculosos em Campos do Jordão, dona Sarah Kubtschek se dedicou a hospitais, dona Darcy Vargas fez a casa do Pequeno Jornaleiro para os meninos que vendiam jornais,  eram senhoras de berço social elevado que sabiam quais eram suas obrigações, as de hoje se realizam em tours forçados de compras, uma delas tem oito faturas altíssimas em um só dia de esbórnia nas lojas de grifes e ainda pretendem ser elegantes.
Nas faturas investigadas não há uma única compra de livro ou de gravura em loja de museu, tampouco há uma única compra de entrada para uma ópera, um ballet ou um concerto sinfônico, não aproveitaram o dinheiro da propina nem para civilizar-se.

Fragmentações fotográficas


Dilma presta solidariedade a vitimas de chacina nos EUA


Roberto Stuckert Filho/PR: <p>dilma</p>

A presidente Dilma Rousseff usou o Facebook para prestar solidariedade às vítimas do massacre ocorrido em uma boate gay nos Estados Unidos; "Lamento a tragédia ocorrida em Orlando, nos Estados Unidos, com a morte de 50 pessoas, numa boate gay. Estamos vivendo momentos terríveis, tempos de preconceito e intolerância que ceifam vidas humanas. Vamos juntos lutar contra esta barbárie. Meus sentimentos às famílias das vítimas, ao presidente Barack Obama e ao povo dos Estados Unidos", postou; ataque, considerado o maior massacre a tiros da história dos EUA, resultou em 50 pessoas e outras 53 feridas.

Fora Temer

ais que um presidente interino

Churchill foi um frasista insuperável.

Certa vez, ao se referir ao líder trabalhista Clement Attle, que o derrotara nas primeiras eleições pós-guerra, Churchill disse: "Um táxi chegou vazio à Downing St [sede do governo] e dele desceu o Attle."

A frase vale para Michel Temer, que acaba de completar um mês como presidente interino. Temer, ao entrar no Planalto, representava o vazio.

As comparações param aí. Pois Attle foi um gigante: ele construiu o estado de bem estar social britânico. É dele, por exemplo, o NHS, o fabuloso sistema de saúde pública local. Nem Thatcher conseguiu desfazer a obra de Attle em favor dos menos favorecidos no Reino Unido.

Quanto a Temer, ele vem tentando destruir o pouco de proteção social que o Estado brasileiro oferece aos desfavorecidos. É o oposto de Attle.

Colocou nas principais posições econômicas gente que quer implantar um tardio thatcherismo no Brasil. É incrível. Os próprios conservadores britânicos rejeitaram o thatcherismo, que serviu apenas para ampliar exponenciamente a desigualdade social na Inglaterra.

Há um agravante em Temer. Ele não teve votos para subverter a política econômica em curso. O programa escolhido por 54 milhões de homens foi outro.

Isto é um crime. Temer vem se comportando como se fosse não um interino, mas um presidente sagrado pelas urnas. Esta ousadia indecente o faz ainda menor do que já é.

Temer era ignorado até trair Dilma. Em um mês, tornou-se o homem mais odiado do Brasil. É Temer, o mal amado.

O início de qualquer governante registra altos índices de aprovação, que vão baixando à medida que os dias correm. Temer desceu ao abismo numa velocidade inédita. Como mostrou uma pesquisa da CNT, ele chafurda em 11% de apoio — mesmo com a Globo ajudando-o como pode.

Prometeu um ministério de notáveis, e entregou uma malta de enjauláveis. Falou em salvação nacional, e não foi capaz de salvar sequer a si próprio.

Não é um presidente; é uma desgraça.

Cada dia que passa com ele no Planalto é um dia a mais de suplício para a nação.

Há uma condição básica e essencial para a recuperação política, econômica e moral do Brasil: que Michel Temer, o mal amado, seja enxotado.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Fernando Brito - quem disse que o crime não compensa?

Da coluna de Lauro Jardim, sobre Sérgio Machado – o delator do gravador -, que está se juntando à galeria dos novos heróis pátrios, onde já estão insculpidos os ilustres vultos de Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, empreiteiros et caterva.

Sérgio Machado desviou, gravou, delatou e… não mofará numa cela. Mas terá que andar com tornozeleiras eletrônicas. Ficará dois anos em regime domiciliar.
Livrou ainda seus três filhos (Expedito, Sérgio e Daniel), que também fizeram delação, de serem até mesmo denunciados pela Justiça.
Este é o escopo do acordo de delação premiada fechado entre os advogados de Machado e Rodrigo Janot e homologado pelo Supremo.
Machado terá que devolver aos cofres públicos, como multa compensatória, R$ 70 milhões, do total que assumidamente desviou para si em propinas nos onze anos em que mandou na Transpetro, sob Lula e Dilma.
Por terem usufruído da propina, Expedito e Daniel pagarão a multa com o pai.
Sérgio Filho, que entrou no acordo em caráter acessório, ficou livre da pena pecuniária.

Há algo de muito errado num sistema de "delações premiadas" – 60, até  agora –  capaz de fazer com que bandidos, ladrões públicos, pela "virtude" da alcaguetagem, possam estar fruindo da liberdade e de bens que não são poucos.

Parece ter virado um grande negócio, garantido e validado pela Justiça.

Mudou o ditado.

Agora é "ladrão que deda ladrão tem na hora o seu perdão".

Mas se, ao contrário, insistir na sua inocência, prisão perpétua para ele…

Estranha ética essa proposta pela Justiça brasileira.