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Pastor Mike Vieira: sobre minha visita ao ex-presidente Lula

Estive na prisão e fostes ter comigo. (Mateus 25, 36).

Ao longo de anos servindo ao Senhor visitando presos no sistema carcerário brasileiro, busquei cumprir o chamado de Jesus de reconhecer no encarcerado à sua Imagem e Semelhança. Como muitos que me acompanham já sabem, fui visitar o ex presidente Lula, agora na condição de preso em Curitiba. Contudo, recebi inúmeros ataques de evangélicos por ter simplesmente cumprido meu papel como um pastor que segue a Cristo.
Como todos sabem também, tal medida contra o ex presidente é controversa do ponto de vista jurisdicional, onde há inúmeras opiniões tanto contrária como a favor de sua prisão. Nesse sentido, expressei a opinião que considero correta. Para mim, Lula é um preso político, assim como o apóstolo Paulo também foi em dado momento de sua vida em um contexto que englobava outras figuras que foram presas por defenderem uma causa como Mandela e Luther King.
Repare, não disse que Lula  é um novo apóstolo da bíblia ou evoquei nada que chegasse perto de idolatria a esse personagem da vida política que é o ex presidente Lula.
Porém, não sei se por má fé, falta de vontade ou mesmo desonestidade intelectual,  evangélicos fundamentalistas atribuíram a essa fala um culto à personalidade em favor de Lula.
Ora, como cristão comprometido com a bíblia, sei a quem meus joelhos devem se dobrar e a quem meus lábios e minha vida confessam como Senhor e Salvador: Jesus Cristo.
Se manifestei uma posição pessoal sobre o que acho do processo que levou Lula a essa situação de aprisionamento, o fiz como qualquer cidadão tem o direito de emitir.
Contudo, o patrulhamento ideológico de certos setores da igreja brasileira vê como um escândalo um pastor visitar um preso. Há algo de muito equivocado e que destoa do evangelho de Jesus de Nazaré.
Ao evangélicos que viram nessa visita uma afronta, só tenho uma coisa a dizer: Jesus ama a quem você odeia. Jesus ama o Lula. Jesus ama gente que não compartilha de suas posições políticas. Jesus simplesmente ama. Se isso te incomoda, então você tem a opção de se arrepender ou de fazer o enorme favor de não mais se afirmar como seguidor Dele.
Continuarei meu ministério dentro e fora dos presídios ofertando aquilo que o evangelho me presenteou: o conforto e a graça que vem do amor de Deus.

Em Cristo,

Pastor Mike Vieira

Venezuela: Rússia e o golpe contra Maduro

Andrei Klimovo, membro da Câmara Alta, disse que:
"A Rússia mantém reconhecimento de Nicolás Maduro como presidente legítimo da Venezuela. A posição do Estado russo permanece a mesma, Maduro foi eleito democraticamente e a vontade soberana do povo venezuelano deve ser respeitada. Não recohecemos governo de alguém que se proclama presidente de uma República sem que tenha sido eleito para excecer o cargo. Melhor outras nações não incentivaram o golpe, pode acontecer exatamente igual na Síria..."

A frase final do parlamentar russo foi um recado direto ao EUA. Com Putin o negócio é mais embaixo, viu Trump?


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Se a moda pega

Já pensou se o Haddad se declara presidente, diz que Bolsonaro ganhou as eleições na base das fakes news e que ele representa as milícias no poder, logo depois Venezuela, Bolívia, Cuba, Rússia, China, países Árabes e vários da Europa reconhecem sua legitimidade? 
Se a moda pega...
Adriano Argolo










A fuga das galinhas


Esse governo não cansa de fazer vergonha aos brasileiros que tem o minímo de senso crítico. 

O presidente Jair Bolsonaro usa apenas 8 minutos do palanque mundial que dispõe, almoça sozinho num bandejão para não participar do almoço com personalidades, presidentes de Repúblicas, Primeiros-Ministros, CEOs e dirigentes de ONGs mundiais, e para completar a cagada cancela entrevista com a imprensa internacional. Pior que ainda tem bolsominions aplaudindo.
Se merecem!
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Bolsonaro brinca de esconde-esconde com a imprensa mundial

O Plano A era aproveitar cada holofote do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, para expor a cara e as ideias de Jair Bolsonaro e de seus principais ministros numa vitrine planetária. Mas o derretimento da biografia de Flávio Bolsonaro forçou os estrategistas do Planalto a esboçar um Plano B em cima do joelho. O capitão e sua comitiva dedicam-se agora a brincar de esconde-esconde. 

Sob atmosfera de contrangimento e perplexidade, a assessoria do Planalto cancelou uma entrevista coletiva de Bolsonaro e dos três ministros que o acompanham: Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Itamaraty). Alegou-se que os jornalistas exibem "comportamento antiprofissional.


Horas antes, entrevistado pela agência Bloomberg, Bolsonaro passara pelo constrangimento de ser questionado sobre as estripulias do seu filho mais velho. Retirou do bolso do colete uma resposta ensaiada: "Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar.

Flávio Bolsonaro e seus enroscos seriam temas obrigatórios para a coletiva vespertina. Mas o capitão não havia ensaiado um segundo ato. E preferiu não passar pelo vexame de responder sobre corrupção ao lado do ex-juiz da Lava Jato, que também seria crivado de indagações incômodas sobre o primogênito do chefe. 

A má notícia é que o investimento com a viagem que serviria para projetar uma nova imagem do Brasil no estrangeiro tornou-se uma variante do hábito de jogar dinheiro público pela janela. A boa notícia é que, ao trocar a superexposição pela rota de fuga, Bolsonaro expõe um certo sentimento de vergonha com o que se passa nos subterrâneos de sua dinastia. 

Logo, logo o capitão perceberá que fugir da imprensa não resolve o problema. Qualquer autoridade com meia dúzia de seguranças pode se livrar de um grupo de repórteres chatos. Mas ninguém consegue escapar do espelho, cujo reflexo produz avaliações de uma franqueza brutal e irretocável. ...
Josias de Souza



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Quem da fila vai pedir desculpas primeiro?

Estou esperando os responsáveis pela vitória do Bozo pedirem perdão de joelhos:

"Desculpem, nosso antipetismo doentio nos fez entregar o poder a bandidos".

Quero ver jornais, redes de TV, grandes empresas, igrejas, classe média, Ciro e FHC. Só pra começar a fila.

Luis Felipe Miguel









Menos sobre ele e mais sobre quem o elegeu, por Diogo Costa

Adolf Hitler e Benito Mussolini tinham uma retórica cativante, capaz de citar fatos históricos de séculos e milênios anteriores, capaz de discorrer sobre a situação financeira mundial, sobre política, geografia, história, economia, engenharia, etc e tal.

Eram capazes de falar durante horas a fio e de quase hipnotizar alemães e italianos com suas lendas urbanas movidas a ódio e preconceito.

Bozo é diferente. É incapaz de falar ou de discursar por mais de 5 minutos sobre qualquer assunto que seja. Possui uma burrice em grau nunca antes visto na história da humanidade, uma ignorância que se jacta pelo fato de ser única, colossal e inalcançável.

O fato do Bozo ser mais burro e tosco que um rabanete diz menos sobre ele e mais sobre quem o elegeu.








Recordar é viver


Abaixo 21 notícias sobre o envolvimento dos Bolsonaros com as milícias do Rio de Janeiro e outros "rolos" que o clã participou:
1) 2003: Jair Bolsonaro, no Congresso, defende milícias e grupos de extermínio;

2) 2007: Flávio Bolsonaro defende legalização das milícias;

3) 2008: Flávio Bolsonaro na ALERJ durante a votação para instauração da CPI das milícias, após dois repórteres do jornal O DIA serem barbaramente torturados por milicianos na Favela do Batan: “Sempre que ouço relatos de pessoas que residem nessas comunidades, supostamente dominadas por milicianos, não raro é constatada a FELICIDADE dessas pessoas que antes tinham que se submeter à escravidão, a uma imposição hedionda por parte dos traficantes e que agora pelo menos dispõem dessa garantia, desse direito constitucional, que é a SEGURANÇA PÚBLICA. Façam consultas populares na Favela de Rio das Pedras, na própria Favela do Batan, para que haja esse contrapeso também”;

4) 2011: A juíza Patrícia Acioli é assassinada com 21 tiros no Rio por milicianos. Flávio Bolsonaro, após a morte, vai ao twitter e difama a magistrada;

5) 2015: A juíza Daniela Barbosa é agredida por milicianos durante uma inspeção no Batalhão Especial Prisional durante uma inspeção no Rio. Flávio Bolsonaro sai em defesa dos agressores;

6) 2015: Flávio Bolsonaro foi o único dos 70 deputados da ALERJ que votou contra a CPI dos Autos de Resistência, que visa apurar possíveis fraudes nas mortes perpetraras por policiais. A CPI surgiu após um vídeo mostrar PMs mexendo na cena do homicídio de um homem na favela da Providência, na Zona Norte do Rio. As imagens mostram os policiais colocando uma arma na mão de dele após ser assassinado;

7) 2015: José Padilha expõe que deixou o Brasil após ameaças de morte sofridas em razão do filme Tropa de Elite 2, que escancara o problema das milícias e sua relação com o poder público;

8) 2018: Jair Bolsonaro, em campanha à presidência, defende milícias que atuam no Rio e diz que “naquela região onde a milícia é paga, não tem violência”;

9) 2018: Flávio Bolsonaro faz campanha com família ligada ao jogo do bicho, organização que que se fortificou justamente durante a Ditadura (especula-se que bicheiros do segundo escalão se tornaram milicianos);

10) 2018: Marielle é assassinada. Forte suspeita de envolvimento de milicianos e políticos. Silêncio na família Bolsonaro;

11) 2018: Policiais que integram a campanha de Bolsonaro são presos na Operação Quarto Elemento, que investiga a atuação de milicianos que praticavam extorsões. Os dois PMs presos são irmãos de Valdenice de Oliveira, a Val do Açaí, assessora e tesoureira do PSL;

12) Dois candidatos do partido de Bolsonaro quebram uma placa de homenagem à Marielle e posam sorrindo, junto ao Witzel. No mesmo evento, os candidatos falam que vão "DECAPITAR AQUELES VAGABUNDOS DO PSOL". Flavio Bolsonaro defende a atitude dizendo que a "placa era ilegal".

13) Ministério Público do Rio de Janeiro afirma ter colhido provas de que uma milícia de São Gonçalo teria atuado em favor de um dos candidatos de Jair Bolsonaro à ALERJ, o coronel Fernando Salema (PSL);

14) Organizadora do "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" é agredida no Rio de Janeiro;

15) Clã Bolsonaro é eleito e jornalista diz que quem postou "Marielle presente" estará fora do governo;

16) COAF revela que Fabrício, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, fez movimentação atípica de R$ 1,233 milhão entre 2016 e janeiro de 2017. O ex PM já cometeu pelo menos 10 homicídios;

17) O COAF descobriu que, além do lote de 1,2 milhão de reais, passaram também pela conta corrente do assessor de Flávio Bolsonaro 5,8 milhões de reais nos dois exercícios imediatamente anteriores.

18) Novo relatório do COAF aponta Flávio Bolsonaro recebeu R$ 96 mil em 50 depósitos fracionados. Ele alega que o dinheiro vivo é fruto da venda de um imóvel;

19) É revelado que Queiroz, antes de ir para o Albert Einstein, se escondeu na favela de Rio das Pedras, dominada pela milícia;

20) Flávio Bolsonaro empregou mãe e mulher de chefe do Escritório do Crime em seu gabinete, suspeitos de assassinarem Marielle.

21) Flávio Bolsonaro foi o único parlamentar que votou contra a concessão da medalha Tiradentes à Marielle.







Fontes:

Gênio total


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Num domingo caseiro o casal deitado numa confortável e aconchegante rede estendida na varanda conversa amenidades, de repente o marido saiu-se com essa:

- A dor de uma pancada nos ovos é muito maior que a do parto. A esposa pergunta:

- Ah, você já sentiu a dor do parto, você já teve bebê? Ele retruca:

- Não. Nunca tive nem sei que algum homem tenha tido. Mas, durante toda minha vida tenho escutado mulheres que já tiveram filhos dizer: 
"Quero ter outro"!
Mas, nunca ouvi um cara que levou uma porrada nos ovos dizer: 
"Quero outra"
Caso encerrado.
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Vergonha alheia






Depois das penúltimas revelações sobre o envolvimento da Famiglia Bolsonaro com milícias do Rio de Janeiro estou aguardando ansiosamente que as pessoas que gravaram o vídeo acima, gravem outro agora.

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O Brasil não pode ser governado por um miliciano, por Joaquim de Carvalho

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Um presidente que vivia no meio de marginais. A frase, dita pelo jurista Afrânio Silva Jardim, ecoa quando se assiste ao vídeo com o discurso de Jair Bolsonaro em Davos.
Olhos congelados, expressão de um homem frio, repetindo frases de efeito, para uma plateia mundial.
“Ele me dá medo”, resumiu o Prêmio de Economia (2013) Roberto Shiller. “O Brasil é um grande país e merece alguém melhor”, disse também. “Eu terei que ficar longe do Brasil”, acrescentou.
Ao mesmo tempo em que formadores de opinião como Shiller e a imprensa internacional definiam Bolsonaro exatamente como ele é — sinistro —, no Brasil as notícias colocavam não só Flávio, mas também o pai, alguns palmos abaixo na lama.
A família Bolsonaro enriqueceu na política com um discurso em que elogiava a ditadura e torturadores, e, ao mesmo tempo, abrigava criminosos em gabinetes públicos.
Um abrigo que não se resumia a homenagens ou discursos, mas envolvia dinheiro público também.
A mãe e a mulher de Adriano Magalhães, ex-capitão do Bope e suspeito de liderar o “Escritório do Crime”, eram assessoras de Flávio Bolsonaro.



Também a irmã de dois PMs presos sob a acusação de darem cobertura a extorsionários, recebiam do orçamento público, por nomeação do filho do presidente, na época deputado estadual.
Ao mesmo tempo, Flávio e o pai defendiam  de suas tribunas os milicianos, que, ao contrário do que ele dizem, não são bem-vistos nas comunidades, pela truculência e por cobrar por serviços que deveriam ser públicos.
No passado recente, o Brasil teve um sociólogo e um torneiro mecânico na presidência.
Agora, quando se olha para a figura de Bolsonaro discursando para a elite econômica do planeta, o que se vê é a imagem de um miliciano.
Um miliciano que tem respaldo do Exército e do juiz Sergio Moro, como muito bem definiu o ator José de Abreu.
Pode-se dizer muita coisa sobre isso, exceto que não se sabia que seria assim.
Na última eleição, o confronto era entre civilização e barbárie.
A velha imprensa sabia quem era Bolsonaro, mas preferiu não aprofundar questões delicadas, como a relação com as milícias.
Mostrar Bolsonaro exatamente como ele é significava jogar água para o moinho de Fernando Haddad, o candidato do Lula.
A figura de Bolsonaro evoca gritos de dor, gemidos, sangue, cadáveres encontrados na periferia ou em vielas de comunidade, no rastro deixado por homens que servem a uma organização que aceita receber dinheiro para matar seres humanos.
O “Escritório do Crime” desmontado ontem pelo Ministério Público fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Mas há outros escritórios do crime em pleno funcionando, nos palácios mais bem protegidos.
Urge desmontar estes também, para que o Brasil possa voltar a receber personalidades como o Prêmio Nobel de Economia de 2013.
Um presidente brasileiro não pode despertar medo.
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Depoimento de Fábio Assunção sobre a música que fala do seu problema




"Oi Gente... eu não pretendia tornar esse assunto público por vários motivos, mas a imprensa resolveu comentar e os meninos foram bem generosos fazendo o video deles explicando nosso acordo sobre a música Fabio Assunção. 
Antes de qualquer coisa eu preciso falar com as pessoas que passam pelo mesmo problema que eu, cada um está nesse momento em um estágio, mas nossa natureza é a mesma. Eu não endosso, de maneira nenhuma, essa glamourização ou zueira com a nossa dor. Minha preocupação é com você que sente na pele a dificuldade e a complexidade dessa doença. Minha vontade é que você tenha sempre um diálogo aberto e encontre um lugar de afeto com sua família, amigos e com a sociedade brasileira e assim merecer respeito e direito a um tratamento digno. 
Jamais me passou pela cabeça censurar a arte do autor e seus intérpretes, mesmo quando vi o tamanho e o sucesso que a música alcançou. Somos artistas e torço muito para que vocês conquistem cada vez mais fãs. Conheço também a luta do artista no Brasil e torço para que vocês prosperem. Mas não censurar não significa que não existe aqui uma oportunidade de conscientizar. 
15% das pessoas do mundo tem problemas de adicção. É muita gente sofrendo por não conseguir controlar suas compulsões e eu acho importante lembrar a todos que isso não tá escrito na certidão de nascimento. Todo mundo começa do mesmo jeito. Achando que tudo bem. E pode não terminar tudo bem. 
Foi pensando nisso q eu, minha equipe de comunicação e o corpo jurídico que me atende, decidimos entrar em contato com os meninos e tornar essa história um ato propositivo de ajuda a quem precisa e de conscientização geral. 100% dos valores arrecadados com a música serão doados para as instituições A e B que vamos informar posteriormente como um ato irmanado entre quem sente essa dor e quem tem voz para ampliar a conscientização. 
Nós não somos super heróis. Cuide de você, cuide de quem você ama, cuide dos seus amigos nas festas. Seja responsável pelo todo. Lembrem q eu aqui respeito a zueira, amo a brincadeira, mas quero todo mundo bem, forte, feliz e consciente de seus atos e de sua vida. A luta é essa. Tamo junto. @gabrielbartz @brunomagnatareal"
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Josias de Souza: enquanto Flávio afunda, Jair se escora em Moro



"Os acontecimentos da penúltima hora está tatuado de cinismo, hipocrisia. No Brasil, o caso que envolve o senador Flávio Bolsonaro passou rapidamente do estágio de escândalo para fase do escárnio. Em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro, alheio ao derretimento da imagem do seu primogênito, lamenta de ter herdado "o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica". Imprensado estre as desculpas marotas e esfarrapadas do filho e o cinismo do pai, o ex-juiz Sérgio Moro empresta sua respeitabilidade e sua ainda boa imagem para serem utilizadas por espertos..." 

- Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br

Será que não foi sejumoru que quis ser experto demais e se deu mal? 
Acho que foi isso que aconteceu.

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Helena Chagas: caso Queiroz subiu de patamar

Não foi um bom dia para o Planalto. O discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum de Davos frustrou as expectativas que haviam sido jogadas lá em cima pelo mercado e pela mídia (quem mandou?). Foi considerado curto e raso. Curiosamente, porém, este foi o menor problema. Por aqui, a temperatura do caso Queiroz — que está virando caso Flávio — voltou a subir com a revelação de que a mãe e a mulher de um ex-PM acusado de chefiar forças da milícia ilegal do Rio trabalharam no gabinete de Flávio, o filho 01 de Bolsonaro. A crise subiu de patamar.
Nunca antes na história desse país viu-se desgaste semelhante no entorno presidencial apenas 22 dias depois da posse. Ainda que a ala militar do governo venha a ser bem sucedida na estratégia de isolar o presidente e o governo dos vazamentos e revelações que aparecem diariamente, colocando Flávio em situação cada vez mais vexatória, vai ficar difícil blindar totalmente o próprio Bolsonaro.




(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
Filho é filho, e ninguém de fora consegue cortar esse tipo de laço. No caso específico, trata-se de um filho político, nascido e criado sob a sombra do pai, com quem partilhava eleitores, discurso político e assessores, como a filha de Fabrício Queiroz que trabalhou também para Bolsonaro. Fabrício, investigado por movimentação suspeita em sua conta — os R$ 1,2 milhão apontados antes agora já seriam R$ 7 milhões — assumiu também a responsabilidade pela contratação da família do miliciano.
A esta altura, porém, não faz tanta diferença assim saber de quem foi a ideia de contratá-las, já que elas trabalharam no gabinete do hoje senador eleito na Alerj, onde o ex-PM Adriano Magalhães da Nobrega chegou, nos bons tempos, a ser condecorado e homenageado por iniciativa de Flávio Bolsonaro. A crise parece longe de acabar.

Caso Queiroz/Bolsonaros: unha e carne

Na entrevista do procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, na segunda-feira, 21/01, talvez mais sintomático do que todas as explicações que ele quis dar sobre a ação legal do Ministério Público estadual fluminense, tenha sido perguntas que deixaram de ser respondidas.

Gussem, por exemplo, aos 273 minutos da entrevista (como poderá ser visto abaixo, onde publicamos o vídeo com a íntegra da mesma). alegou impedimento para responder sobre possíveis vínculos da família Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro. A pergunta, feita por este Blog, gerou certa surpresa entre alguns jornalistas presentes.

Não leram, nem sequer tomaram conhecimento das informações de Luís Nassif, no JornalGGN, em Xadrez do fim do governo Bolsonaro. No seu artigo, Nassif levanta alguns fortes indícios das ligações dos Bolsonaros com as milícias que dominam diversas comunidades no Rio. Cita o caso da Operação Quarto Elemento a qual, "deflagrada no dia 25 de abril de 2018 pelo Ministério Público Estadual, destinou-se a desbaratar a maior milícia do estado, que atuava na Zona Oeste do Rio".

Nela, como lembrou, foram presas 43 pessoas. Diz ainda que "o maior negócio da quadrilha era a extorsão" e acrescenta que entre os presos estavam "os irmãos gêmeos, PMs Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, que atuavam como seguranças de Flávio Bolsonaro na campanha de 2018. Flávio defendeu-se tratando-os apenas como voluntários sem maiores ligações. Fotos no Twitter desmentiam, mostrando intimidade ampla dos Bolsonaro – pai e filho – com os irmãos".

Antigas relações – Este envolvimento dos Bolsonaros com as milícias já era conhecido e divulgado. Foi, por exemplo, noticiado pelo O Estado de S.Paulo em 5 de setembro de 2018, na reportagem de Constança Rezende: Policiais presos em operação no Rio participaram de campanha de filho de Bolsonaro. À época, porém, a preocupação maior era barrar a candidatura petista.

Coincidentemente, na mesma segunda-feira, menos de duas horas depois de Gussem se recusar a falar sobre as possíveis ligações com milícias, Lauro Jardim, em sua coluna em O Globo, anunciava: Queiroz se escondeu na favela de Rio das Pedras. A nota lembrou o domínio da área por milicianos:

"Queiroz se abrigou numa casa na favela de Rio das Pedras, também na Zona Oeste. É a segunda maior favela da cidade e dominada da primeira à última rua pela milícia mais antiga do Rio de Janeiro." (o grifo é do original).

Na manhã desta terça-feira (22/01), o mesmo O Globo noticiou a Operação Os Intocáveis, desencadeada pelo MPRJ e pela polícia civil fluminense na comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. Entre os presos estão "ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes".

Segundo a reportagem, "os presos são integrantes da milícia mais antiga e perigosa do estado". Trata-se da favela Rio das Pedras, "dominada da primeira à última rua pela milícia mais antiga do Rio de Janeiro", como noticiou Jardim.

Em 2004, Flavio Bolsonaro propôs Moçao de Apoio ao capitão PM Ronald, preso nesta terça-feira como chefe de milicia no RioDefesa e homenagem – Novamente o jornal foi obrigado a lembrar passagens em que os Bolsonaros se envolveram com milicianos, defendendo-os e os homenageando. Consta do site do jornal: " Alvos de operação, milicianos foram homenageados por Flávio Bolsonaro em 2003 e 2004". O texto dos jornalistas Chico Otávio e Vera Araújo explica:

"Os dois principais alvos da Operação Intocáveis , o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, foram homenageados, em 2003 e 2004, na Assembleia Legislativa do Rio por indicação do deputado estadual Flávio Bolsonaro. O parlamentar sempre teve ligação estreita com policiais militares".

Em outra reportagem do jornal – Flávio Bolsonaro empregou mãe e mulher de chefe do Escritório do Crime em seu gabinete -, os repórteres Bruno Abbud, Igor Melo e Vera Araújo relatam:

"Flávio Bolsonaro empregou até novembro do ano passado a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega , tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime, organização suspeita do assassinato de Marielle Franco. O policial, alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira, é acusado há mais de uma década por envolvimento em homicídios".

Silêncio providencial – Sem a menor dúvida que se escudar no segredo de justiça do Caso Queiroz/Bolsonaro decretado por Fux no malfadado pedido apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro, foi uma excelente estratégia para Gussem. Permitiu que se calasse sobre assunto espinhoso, como as investigações em torno das milícias no Rio e o declarado envolvimento da família do hoje presidente da República com as mesmas. Ao menos na posição de defensores dela. Mas será apenas esta?

Na entrevista de segunda-feira, Gussem fez questão de deixar claro, logo no início, que "o Ministério Público não tem vinculação com nenhum segmento político. O Ministério Público é defensor da ordem jurídica e do regime democrático. Essa é nossa missão constitucional".

Talvez sua intenção foi rebater acusações e insinuações, por parte não apenas do deputado estadual e senador eleito, Flávio Bolsonaro, como ainda pelo vice-presidente Hamilton Mourão e outros bolsomitos de que estaria ocorrendo uma perseguição ideológica, através do Caso Queiroz/Bolsonaro.

O procurador-geral de Justiça do Rio fez questão de rebater todas essas insinuações, inclusive da ilegalidade na coleta dos dados relacionados às movimentações financeiras de Fabrício Queiroz e do próprio Flávio Bolsonaro. Tudo foi feito dentro da lei.

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