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Estilo

Serra que, no segundo governo FHC, mandou para S. Luís do Maranhão mais de 100 policiais federais para flagrar a entrega de contribuição financeira para a campanha de Roseana Sarney, até um dia desses, pagava a jornalistas para acusarem Aécio Neves de drogado e espancador de namorada, até obrigá-lo a não se candidatar a presidente. Agora, ele subsidia a cloaca do jornalismo brasileiro para ejacular imundícies contra a honradez conhecida de Cid e Ciro Gomes. 
Se a velha imprensa golpista está toda com ele, a blogosfera denuncia os bons negócios de sua filha, seu genro e um primo de sua intimidade. 
Belíssimos negócios os deste clã tucano.
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Saudades de 64


Momento máximo da loucura da campanha eleitoral. A mídia insiste na tese de que o governo Lula e o PT tem um projeto autoritário e pretendem calar a imprensa “livre’ (embora seja incapaz de apontar um caso concreto nos últimos oito anos de tentativa de restrição à liberdade de expressão). Ao mesmo tempo, parte da mídia se associa aos militares para defender sua suposta autonomia ameaçada. Ou não é isso que se pode concluir sobre o seminário marcado para a quinta-feira 23 na sede do Clube Militar, no Rio de Janeiro? Intitulado “A democracia ameaçada: restrições à liberdade de expressão”, o debate reunirá Reinaldo Azevedo e Merval Pereira, entre outros.
Da última vez que a mídia juntou-se aos militares em nome da “liberdade e da democracia”, deu no que deu: 21 anos de ditadura, com todos os seus custos à sociedade e à própria imprensa. Na mesma quinta 23, movimentos sociais farão um ato em São Paulo contra o que chamam de “mídia golpista”. O evento paulista já mereceu diversas críticas nos meios tradicionais de comunicação, que apontam um aparelhamento por parte do PT cujo intuito seria limitar o trabalho intrépido da “imprensa livre”.
O “debate” no Clube Militar, área de recreação de oficiais saudosos dos tempos da repressão, não mereceu nenhum registro. Muito menos críticas. É a imparcialidade de sempre.
Sergio Lirio

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Ocultação de cadáver

A GmC esconde a derrota de José Serra em São Paulo

Sôfrega na busca de escândalos que comprometam a candidatura do governo na reta final das eleições, a mídia demotucana é o protagonista do maior escândalo desta campanha: a omissão do noticiário, e dos colunistas, diante daquele que é um dos fatos políticos mais expressivo do isolamento demotucano nesta disputa presidencial. O fato é que a fragorosa derrota de Serra para Dilma tem um de seus alicerces mais sólidos no bastião nacional do tucanato, o Estado de SP e nele, no coração político do país, a capital, São Paulo. 
Aspas para o Valor desta 3º feira: 
"...A campanha de Serra trabalhava com a hipótese de ganhar em São Paulo por uma diferença entre 4 e 6 milhões de votos. A lógica era a vitória de Alckmin sobre Lula no primeiro turno das eleições de 2006, quando o "Chuchu" impôs uma vantagem de 3,8 milhões de votos sobre um presidente da República abalado pelo episódio dos "aloprados", mas ainda assim favorito para vencer no primeiro turno. Nos cálculos tucanos, uma vitória por 5 milhões de votos seria o suficiente para compensar a soma da eventual diferença em favor de Dilma no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Já no comitê de Dilma considerava-se uma vitória, se o PSDB vencesse por uma diferença de até 2, 2,5 milhões e meio de votos. Hoje as pesquisas desenham um quadro com uma diferença que caminha para os dois milhões de votos em favor de Dilma". Esfarelam com esses resultados dois argumentos 'justificadores' utilizados pelo dispositivo midiático para caramelar de jornalismo a desenvolta campanha pró-Serra
a) que ele representaria a excelencia administrativa -algo de que os administrados parecem discordar; 
b) que Serra só está sendo derrotado por conta do 'uso da máquina' --uso este que, se existe, encontra equivalencia generosa na máquina estadual operada pelo tucananto paulista, sem evitar a derrota acachapante. Só hoje, em parcimoniosas 18 linhas na coluna de Monica Bergamo os dados são detalhados: Datafolha no Estado de São Paulo: Dilma 42% X Serra, 34%. Na capital, São Paulo,a derrota tucana é ainda mais expressiva: Dilma,46% X Serra 31%. 
Humilhado em seu próprio terreiro, Serra continua tendo na Folha um prestimoso moleque de recado para pressionar Aécio a lhe dar mais espaço no horário eleitoral mineiro. 
A ' traição ' de Aécio, que esconde Serra ou omite seu nome em santinhos e na propaganda da tevê, é a nova explicação do padrão Frias de jornalismo para a derrota do seu candidato neste pleito. Um caso clássico de ocultação de cadáver no quintal da própria casa.
apoia ato no Sind. dos Jornalistas, dia 23, contra o golpe

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Formadores de opinião?...

Estadão e O Globo investem contra Lula, o governo e o PT nos seus editoriais do dia. Um direito indiscutível a expressar e difundir suas opiniões, ainda mais que se trata de opiniões críticas e não louvadoras. A liberdade de imprensa é sempre em primeiro lugar o direito a expressar opiniões contrárias ao poder, qualquer seja este. Como o principio numero um da democracia é o direito a organização, expressão e manifestação das minorias.
Esse direito que os jornais exercem, sem nenhum assomo de restrição, configura uma conquista essencial do povo brasileiro, obtida após 21 anos de regime militar.
Ninguém questiona o papel da imprensa em apontar problemas, irregularidade ou desmandos. O que se questiona é a tentativa de utilizar essas denúncias, algumas aparentemente consistentes e outras não, para proceder a ilações visando objetivos eleitorais.
Ninguém questiona o direito dos jornais a opinar livremente e manifestar sua oposição ao governo ou a sua política. O que se questiona é a manipulação político-eleitoral por parte de alguns veículos de comunicação ou de alguns articulistas, sem assumir abertamente suas posturas.
Concordar obrigatoriamente com o conteúdo desses editoriais seria uma pretensão ditatorial do pensamento único, que ninguém poderia tolerar, a começar pelos próprios autores dos mesmos. Por isso o debate do seu conteúdo é tão importante, quanto o direito ao dissenso que eles comportam e reivindicam.
Esse é meu intuito com estas remarcas à seguir.
Estadão escreve: “Mas a verdade é que o paladino dos desvalidos nutre hoje uma genuína ojeriza por uma, e apenas uma, categoria especial de elite: a intelectual, formada por pessoas que perdem tempo com leituras e que por isso se julgam no direito de avaliar criticamente o desempenho dos governantes”.
A acusação dirige-se ao Lula e não tenho procuração para responder em nome dele. Mas me sinto interpelado pela pretensiosa arrogância contida nessa frase. Dedicando como muitos outros um tempo considerável a leituras, julgo-me no direito de avaliar criticamente a atuação não só dos governantes, mas de todos os atores da política nacional, incluída a imprensa. Pretender, porém, que a elite intelectual é exclusivamente aquela que se identifica com a oposição ao governo, recusando aos intelectuais que com o governo e o PT se identificam este rótulo, constitui uma pretensão inaudita. E não me consta que Lula manifeste particular ojeriza contra todos os intelectuais e sim seu desacordo com os que criticam virulentamente seu governo. Ele pode ter razão ou não. Mas não é um direito dele poder discordar? Porque os editorialistas doEstadão não estariam sujeitos a críticas?
Na afirmação do editorial do Estadão há também outra pretensão, a de considerar que os que são informados, os que leem, são os únicos em condições de avaliar criticamente o desempenho dos governantes.
Não faço da ignorância uma virtude, mas em democracia o principio é que versados em letras ou não, professores ou camponeses do Sertão, todos podem avaliar seus governantes.
O que o editorial embute é a ideia que a avaliação positiva da maioria da população ao governo Lula é produto de sua falta de leitura, de sua ignorância e por isso seria uma massa acrítica sujeita a manipulação. Para confortar essa tese, recusasse aos intelectuais partidários do governo, a etiqueta. Estadãopretende assim ser o detentor do pensamento intelectual, suprimindo dos que com sua orientação discordam do campo dos que trabalham e elaboram ideias, leem e se informam, como os outros. A argumentação do Estadão não é original e já estava presente nos pensadores oficiais das velhas monarquias para justificar o voto censitário, ou o próprio absolutismo real.
O editorial do Globo também crítica o presidente Lula e suas declarações sobre o papel de certos jornais. Segundo O Globo, Lula defende uma conceição autoritária da imprensa, “segundo a vulgata ideológica dos intelectuais orgânicos do lulopetismo, a imprensa é um instrumento de manipulação da sociedade”. A vulgata agradece ser reconhecida como parte da intelectualidade, mesmo carimbada de orgânica, porem, recusa a grosseira deformação de suas posições. A imprensa deve ter um comportamento ético e isento no tratamento da notícia, essa é a exigência da “vulgata lulopetista”. E não parece ser a opinião do editorial do Globo.
Para O Globo, o Brasil não pode pretender que sua imprensa tenha os mesmos padrões da imprensa Europeia, por exemplo. Segundo o editorial“Trata-se de outro equívoco tentar comparar a postura da imprensa brasileira diante de governos, candidatos e legendas com a de países onde práticas democráticas são seguidas há séculos e existem partidos enraizados na sociedade por gerações”.
Que nos diz O Globo com essa frase? Que na ausência de partidos enraizados na sociedade, a imprensa no Brasil deve ter um comportamento de substituição das funções deles? Mas precisamente, foi essa a acusação feita por Lula. Segundo o presidente “alguns jornais e revistas se comportam como se fossem um partido político…”.
O Globo confirma, mas justifica pela precariedade de nossos partidos e práticas democráticas, que a imprensa tenha uma postura engajada politicamente em favor de determinados governos, candidatos e legendas?
O editorial acrescenta “É gigantesca também a dificuldade de Lula e companheiros entenderem que veículos de comunicação podem não defender partidos e candidatos, mas princípios, e, em função deles, criticar ou elogiar partidos e candidatos”.
A identificação com a campanha da oposição é assumida aqui como subproduto da defesa de “princípios” que a levariam a elogiar “partidos e candidatos”. Ninguém nega esse direito do jornal O Globo manifestar publicamente sua identidade de princípios com este ou aquele candidato ou partido. Deveria faze-lo abertamente e não disfarçado no noticiário.
Assumindo assim, quase que abertamente, o papel de “formador de opinião”em prol de determinados princípios concordantes com os de alguns candidatos e partidos, O Globo pretende que esse papel de “formador de opinião” seja um monopólio da imprensa. O jornal não aceita que esse monopólio lhe seja contestado.
Lula não pretende e nunca pretendeu que a opinião pública seja ele e o seu governo, como subrepticiamente o editorial pretende. O “nos” utilizado no seu discurso em Campinas é representativo do, “vocês população brasileira”, vocês povo. Ele convocou à população a ser sua própria “formadora de opinião”, a recusar esse monopólio que descaradamente O Globo arroga para si no editorial.
Ser sua própria formadora de opinião implica ter a capacidade de analisar criticamente as informações, separar o joio do trigo, ouvir o contraditório e forjar assim sua opinião.
Porque algum democrata veria inconveniente nesse processo de formação da consciência cidadã? Não são esses os princípios mesmos que dão todo o sentido à liberdade de informação e de imprensa?

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A última luta contra a diatadura

Ficou excelente, Miguel! Sintetizou o que nos motiva.
 
Estou "botando bloco na rua", espalhando pela internet. Solicito a todos que forem vendo esse tópico, faça a disseminação e convoque para o ato de mais tarde.
 
Sds
Sergio Telles

Em 21 de setembro de 2010 04:39, Miguel do Rosário <migueldorosario@gmail.com>escreveu:
A julgar pelos editoriais, a imprensa brasileira se acha uma vítima trêmula e indefesa, pronta para ser devorada pelo bicho papão totalitário. Claro que há o constrangimento de ter apoiado a ditadura, contra o mesmo bicho papão, mas se ele (o papão) não existia antes e mesmo assim justificou-se um golpe de Estado, não é tão difícil inventar novamente o mesmo inimigo; dessa vez não exatamente para dar um golpe, mas algo mais fácil, como queimar um candidato e eleger outro. Considerando que esses jornais transformaram-se em poderosos conglomerados econômicos à sombra do regime militar, pode-se especular que nossa batalha contra os desmandos desses grupos consiste na última luta dos brasileiros contra o fascismo que pendurou nossa liberdade e nossas esperanças num pau de arara.

Como empresas privadas, os jornais têm liberdade para defender ou atacar seja quem for, mas a Constituição ficaria grata se evitassem desrespeitar o direito dos indivíduos à honra e à privacidade e, sobretudo, se se esforçassem em conter seus ódios pessoais e tratassem as instituições democráticas e seus representantes com um mínimo de decoro e respeito. Não pedimos isenção. Ao contrário, pedimos honestidade em declarar sua preferência partidária, como fazem os jornais norte-americanos, o que ajudaria os leitores a separar notícia de opinião e entender melhor o que está lendo.

Conhecemos a imprensa de outros países e francamente não observamos em lugar nenhum do mundo um engajamento partidário tão enlouquecido e agressivo como vemos no Brasil.

A imprensa de fato tornou-se um quarto poder, mas à diferença dos outros poderes, goza de uma liberdade quase selvagem. Pode incentivar as pessoas a tomarem remédios que não precisam, espalhar informações falsas sobre partidos, destruir a reputação de inocentes, pressionar juízes a emitir ordens de prisão (ou de habeas corpus), desestabilizar governos... E quando setores da sociedade, como as associações de medicina, por exemplo, iniciam debates para criar leis que regulamentem o uso de informações sobre saúde, os grupos de mídia não apenas se recusam a dialogar como lançam pesadas acusações contra os que desejam o debate. Eles se pretendem intocáveis. A liberdade de imprensa converte-se, portanto, em objeto de luxo de uso exclusivo de meia dúzia de proprietários de jornais e tv.

Não temos ilusão quanto aos defeitos de nossa classe política e seus representantes, mas também não nos iludimos quanto à perseguição seletiva praticada por uma imprensa desde sempre identificada com ideais conservadores - e portanto com os partidos afinados com esses ideais.

Protestamos, em suma, contra hábitos sinistros que estão se arraigando em nossa imprensa, como fazer acusações sem provas e prejulgar pessoas e instituições de maneira açodada, desrespeitando o princípio da presunção da inocência. Com seu poder, a mídia consegue intimidar inclusive juízes, produzindo outra aberração contra a democracia, que é obstruir o direito de todo cidadão ou empresa de ter um julgamento isento e livre, longe das paixões políticas.

Protestamos, principalmente, contra a tentativa de interferir no processo eleitoral, através da criação de factóides que vão parar diretamente, às vezes no mesmo dia, na página de alguns candidatos. Denúncias devem ser feitas, claro, mas embasadas num mínimo de provas e fundamentos lógicos. Os escândalos que pipocam não nascem da intenção louvável de aprimorar o funcionamento da máquina pública, e sim do desejo mal disfarçado de produzir estragos políticos no adversário da vez.

Enfim, quando vemos a mídia engajada em campanhas partidárias, e ainda lançando suspeitas de que há forças querendo censurá-la ou silenciá-la (o que é mentira); e, para culminar, participando de seminários no Clube Militar, como o que deverá acontecer dia 23 de setembro deste ano, intitulado "Democracia Ameaçada", muitos cidadãos começam a se questionar, preocupados, se haveria alguém imaginando um golpe, seja um violento, com uso de armas, seja um "pacífico", como fizeram em Honduras no ano passado, onde o presidente eleito foi preso pelo exército e conduzido para fora do país. Todos, incluindo o golpe contra Chávez, em 2002, tem algo em comum: a cumplicidade entre oposição conservadora e corporações midiáticas.

Falamos apenas dos jornais. Quanto à mídia televisiva, os fatos são muito mais graves, porque são concessionárias de serviço público, e há leis que proibem a veiculação de material entendido como propaganda partidária.

Quando chamamos a imprensa de golpista, portanto, referimo-nos não só a seu papel fundamental na preparação do golpe de 64 e na consolidação política do regime militar, como também no esforço constante, até hoje, para derrubar ou eleger governantes a partir de artifícios nada éticos de manipulação da notícia.

Reiteramos nosso apreço pela liberdade de imprensa e de expressão, mas observamos que estas liberdades não são direitos exclusivos dos donos de jornal: elas também valem para o leitor, que não deve ser enganado; e para o jornalista, que deveria ter direito a trabalhar sem se submeter aos caprichos ideológicos do patrão.

Por fim, convidamos a todos a se libertarem do vício triste de pensar com a cabeça alheia, e a conhecerem a blogosfera política, onde se trata a informação com muito mais profundidade: é verificada, checada, depois conferida novamente, revirada de todos os lados, discutida, rechaçada, e de novo aceita; e onde, principalmente, respeita-se a inteligência do leitor e procura-se fazer com que ele a use efetivamente, pensando politicamente por si mesmo.

Somos os representantes da edição fluminense de uma articulação nacional, os Blogueiros Progressistas, ou seja, de esquerda, e nossa luta mais importante, nas últimas semanas, tem sido desmontar as manipulações midiáticas que visam confundir e influenciar o eleitorado, deturpando a vontade popular.

Mais informações no blog http://rioblogprog.blogspot.com

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“Folha” vira a FOX de Dilma

Nos EUA, Barack Obama pendurou o guiso no gato já há algum tempo. Lá, a assessoria do presidente colou na FOX o rótulo de “braço midiático do Partido Republicano”.
Nessa segunda-feira, o jornal da família Frias teve o seu dia de FOX. Dilma bateu pesado na “Folha”. É o troco, depois de dias e dias de uma campanha unilateral. Aliás, são meses de deturpações e cobertura enviesada. Começou lá atrás, com a ficha falsa na primeira página. Seguiu com a manchete tosca sobre o aumento da conta de luz “por culpa de Dilma” (tão tosca que fez a “Folha” ir parar nos trendtopics do twitter, como exemplo mundial de manipulação).
Nas últimas duas semanas, diante do aturdimento de Serra – incapaz de traçar uma linha para sua campanha – a velha mídia assumiu o comando da oposição. Cumpriu-se, assim, na prática, o que Judith Brito (presidenta da ANJ – Associação Nacional dos Jornais) já havia vaticinado: “a imprensa é o verdadeiro partido de oposição no Brasil.”
O clima de confrontação, criado pela direita, aproxima-se muito do que vemos na Venezuela. Como escrevi aqui, a venezuelização do Brasil vem pela direita: quem escolheu o confronto não foi Lula, mas Serra (com seu discurso no Clube Militar, falando em “República Sindicalista”) e a velha mídia.
Já escrevi nesse humilde blog que a imprensa tem , sim, o dever óbvio de investigar e denunciar. Não vejo nada de errado nisso. A situação absurda, no Brasil, é que as denúncias são sempre unilaterais. Só existem escândalos federais no Brasil, há quase 8 anos. O ímpeto investigativo dos jornais não se volta – jamais – contra os tucanos. Explica-se: os tucanos garantem polpudos recursos para a velha mídia, com a assinatura de jornais para as escolas paulistas.
A velha mídia tenta criar um “Mar de Lama” contra o lulismo. Como Lacerda fez contra Vargas em 54.
Naquela época, o único contraponto era o “Última Hora”, jornal de Samuel Wainer. Hoje, os “blogs sujos” cumprem – de forma ainda limitada, mas efetiva  - o papel de contraponto. Nem isso Serra gostaria de ter. Queria toda a mídia pra ele.

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Editorial Carta Maior

Serra já tentou todas as máscaras; de neo-lulista a sucessor de Alvaro Uribe no comando da direita latino-americana. Fez-se passar por vítima e depois caluniou com sofreguidão. Não parou de cair nas pesquisas mas, sobretudo, algo que os isentos comentaristas fingem não ver, a forma arestosa como faz política, encharcada de falsidade quase colegial, inspira cada vez mais repulsa, mesmo entre seus pares. 
Serra tem 32% de rejeição, contra 27% de apoio nos levantamentos do complacente instituto de pesquisas da família Frias, cuja aderência à campanha demotucana não é mais objeto de discussão. 
Serra vai receber a extrema-unção política dia 3 de outubro ou em seguida, no 2º turno. 
O conservadorismo nativo sabe que ele é um fósforo queimado. 
Jamais será cogitado novamente como um líder aglutinador. 
A exemplo de certos colunistas e veículos, porta-vozes da direita e da extrema-direita nativa, Serra sabe que perdeu o bonde da história e quer vingança. 
Eles já teriam disparado a bala de prata se ela existisse. Não conseguiram uma. Resta-lhes o método da saturação. Expelir diariamente acusações, calúnias, falsas denúncias, insinuações, preconceitos, mentiras. Requentar velhos temas, criar uma nuvem de ilações descabidas. Recriar, enfim, o artifício udenista de um mar de lama em torno do governo, do PT, de Lula e Dilma na esperança de que, ao menos, sua derrota seja também uma derrota da democracia. Quem sabe capaz de reproduzir no país uma classe média de vocação golpista, a exemplo do que a direita conseguiu na Venezuela. 
Serra, os petizes da Veja, os aliados espalhados na mídia demotucana em geral, não têm o talento de um Carlos Lacerda. Nem a coragem dos golpistas que íam às ruas apregoar abertamente a derrubada de governos. O que eles possuem de mais perigoso no momento é a consciência de que não têm mais nada a perder. 
Derrotados, pior que isso, desmoralizados como incompetentes entre seus próprios pares, atingiram aquele ponto em que são capazes de qualquer coisa. 
Faltam três semanas para as eleições. 
A barragem de fogo vai se intensificar. 
Contra o jogral da mídia pró-Serra, o Presidente Lula terá que usar todo o peso de sua liderança popular para consumar a vitória das forças democráticas contra uma direita disposta a se transformar em carniça para incomodar até depois de morta.

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Dilma rebate Serra

Dilma rebateu hoje as criticas que Serra fez ontem, quando disse: " ou ela não é capaz ou é cúmplice..."

Nem uma coisa, nem outra. Sabe por quê? Não acredito que alguém saiba tudo o que está acontecendo na sua própria família. E também não acredito que alguém saiba tudo o que acontece no governo. Até porque eu tenho visto que o presidente da Dersa [Desenvolvimento Rodoviário S/A], que ele (Serra) nomeou, sumiu com R$ 4 milhões da campanha dele.

Dilma  também negou as acusações que a Folha  [Rolha] de São Paulo  fez hoje sobre irregularidades no RS.

Eu queria fazer um protesto veemente da imparcialidade do jornal "Folha de S. Paulo". Eu fui julgada em todos os anos pelo Tribunal de Contas do Estado: em 1993, 1994, 1995, 2000, 2001 e 2002. Todas as minhas contas foram aprovadas, e essa informação não está na matéria. A reportagem chega ao ponto de me acusar de ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009 (com o governo). É a única acusação de futuro que eu já vi na vida. Ou seja, a minha responsabilidade é sobre dez anos depois. Que história é essa? Eu quero ver se, em algum momento da matéria, ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. É parcial, é de má fé - afirmou .

Que democracia é a desta gente?

Que democracia é a que a OAB, ANJ e alguns orgãos de imprensa defendem?...
Que democracia é esta que colunistas, jornalistas e editorialistas de Tvs, rádios, jornais e revistas podem acusar, denunciar, caluniar, difamar e o ofendido, o acusado não pode critica-los, revidar?...
Que democracia é a dessa gente?...
Julgam-se acima do bem e do mal?...
Intocáveis?...
Paladinos da moral e ética?...
Minha ideia de democracia é bem diferente da GmC!
Defendo o direito de responsávelmente eles publicarem denúncias é mais que um direito deles é um dever. Mas que assumar suas responsabilidades. E que sejam punidos quando caluniarem, difamarem a honra aleia e a justiça conceda o direito de resposta da vitima no mesmo espaço ocupado pela denúncia.
Acho também que os meios de comunicação deveriam assumir que apoiam candidatos e não ficarem posando de imparciais. Porém, isso diz respeito a vontade deles, não podemos obriga-los a assumirem posições. Se querem ficar em cima do muro...
É direito deles!...
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Eliane Cantanhêde, a tiririca da oposição

A articulista da Folha entra no picadeiro para gritar que pior que está, fica. Ela esta tiririca perante a provável vitória de Dilma. Coberta das velhas e coloridas palavras do antigo anticomunismo, proclama a eleição de Dilma um risco para a imprensa (livre, certo), para os militares e para os costumes.

Sim, isso mesmo, para ela pior que está, fica; se Dilma vencer. Para a imensa maioria do povo brasileiro a continuidade é necessária porque melhor que está, nunca esteve. Mas devemos respeitar os que assim não pensam.
Com a sutileza de um elefante em loja de porcelana, Eliane agita o suposto perigo para nosso modo de vida, ocidental e cristão, atualizado na linguajem opositora post-moderna: “Caso Dilma seja eleita, terá os ventos a favor na economia, o Congresso às suas ordens e poderá usar e abusar de seus poderes, baixando o centralismo democrático para (ou contra) a imprensa, a área militar e os costumes”, proclama Eliane à beira da crise de nervos.
O perigo vermelho, o fantasma que percorre as redações é o “projeto político” do PT. Parece que o medo de Regina Duarte, em lugar de se dissipar, virou pânico.
Pelo mesmo motivo que em 2002, a derrota de Serra e do PSDB, incita em alguns o recurso à palhaçada e apelam ao discurso das senhoras de Santana, aos slogans das Marchas pela família. Com a diferencia que hoje esse palco esta vazio. Nem a opinião pública, nem as instituições, nem os militares, nem os empresários e nem sequer a maioria da imprensa e dos jornais, presta ouvidos ao grito histérico de uma parte da tucanada as vésperas de ser depenada.
Nem ela mesma acredita no que escreve, para tentar angariar algum votinho em favor da oposição. Talvez seja isso o que distingue Eliane Cantanhêde de Tiririca. Ele reconhece que não sabe para que serve ser deputado. Eliane pretende saber para que serve o jornalismo.
Mas não é jornalismo o que ela prática.
Uma pena á serviço de um tucano em pena, não pode ser confundido com a nobre função do jornalista. Não existe enigma nas motivações de Eliane, o disfarce já não mais engana ninguém.
Após 8 anos de governo Lula todos sabem o que esperar de um governo petista. Para o 4% que consideram este governo ruim ou péssimo, será a continuidade desse desastre. Para os que consideram o governo Lula ótimo e bom, será continuar na mesma linha. O que não significa necessariamente repetir os mesmos erros, mas tentar avançar nas suas realizações. Se em 2002 podia existir uma certa incógnita sobre como seria um governo do PT, hoje com os oito anos de experiência o que menos existe é dúvidas sobre isso.
Já o mesmo não pode se dizer de José Serra. A maioria parece pensar que ele representa o passado dos 8 anos de FHC, mas ele procurou dizer que gostaria representar a continuidade do presente. O enigma dessas duas caras, Eliane o esclarece. O que ela escreve é o que Serra pensa. É o que FHC diz, no conforto de não ser candidato e o que Eliane transcreve, no conforto de ser articulista da Folha.
O resultado eleitoral que se perfila provocará uma revoada nesse ninho oposicionista. A vitória da continuidade obrigará a muitos aggiornamentos.
A oposição deverá passar a limpo suas escolhas e responder aos novos desafios. Uma parte abandonara o método de ficar apelando e se o processo for positivo ressurgirá com maior credibilidade. Mas antes, deverá se afastar de seus cães raivosos. Os eleitores parecem dispostos a injetar uma boa dose de vacina Pasteur no rebanho oposicionista.
Aproveita Eliane, a vacinação é gratuita.
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