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Repúdio e Solidariedade

    Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio a arbitrária e inverídica revisão histórica contida no editorial da Folha de S.Paulo do dia 17 de fevereiro de 2009. Ao denominar ditabranda o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais. Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história política brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo ditabranda e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964.     

    Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a Nota de redação, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta as cartas enviadas a Painel do Leitor pelos professores Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S.Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis a atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante as insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.     

    Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro.

    Assinam:

    Antonio Candido, professor aposentado da USP
    Margarida Genevois. Fundadora da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos
    Goffredo da Silva Telles Júnior, professor emérito da USP
    Maria Eugenia Raposo da Silva Telles, advogada
    Andréia Galvão, professora da Unifesp
    Antonio Carlos Mazzeo, professor da Unesp
    Augusto Buonicore, doutorando da Unicamp
    Caio N. de Toledo, professor da Unicamp
    Cláudio Batalha, professor da Unicamp
    Eleonora Albano, professora do IEL, Unicamp
    Emir Sader, professor da USP
    Fernando Ponte de Souza, professor da UFSC
    Heloisa Fernandes, socióloga
    Ivana Jinkings, editora
    Marcos Silva professor titular da USP
    Sérgio Silva, professor da Unicamp
    Patricia Vieira Tropia, Universidade Federal de Uberlandia
    Paulo Silveira, sociólogo 

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Repúdio e Solidariedade

    Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio a arbitrária e inverídica revisão histórica contida no editorial da Folha de S.Paulo do dia 17 de fevereiro de 2009. Ao denominar ditabranda o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais. Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história política brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo ditabranda e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964.     

    Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a Nota de redação, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta as cartas enviadas a Painel do Leitor pelos professores Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S.Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis a atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante as insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.     

    Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro.

    Assinam:

    Antonio Candido, professor aposentado da USP
    Margarida Genevois. Fundadora da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos
    Goffredo da Silva Telles Júnior, professor emérito da USP
    Maria Eugenia Raposo da Silva Telles, advogada
    Andréia Galvão, professora da Unifesp
    Antonio Carlos Mazzeo, professor da Unesp
    Augusto Buonicore, doutorando da Unicamp
    Caio N. de Toledo, professor da Unicamp
    Cláudio Batalha, professor da Unicamp
    Eleonora Albano, professora do IEL, Unicamp
    Emir Sader, professor da USP
    Fernando Ponte de Souza, professor da UFSC
    Heloisa Fernandes, socióloga
    Ivana Jinkings, editora
    Marcos Silva professor titular da USP
    Sérgio Silva, professor da Unicamp
    Patricia Vieira Tropia, Universidade Federal de Uberlandia
    Paulo Silveira, sociólogo 

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