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Ciro de Troia, por Joaquim Xavier


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Soa inacreditável, a quem considera Ciro Gomes um dos baluartes do combate ao golpismo no Brasil, sua entrevista à revista Carta Capital. Trechos da conversa já estão disponíveis na rede. Em alto e bom som. 

Como de costume, Ciro Gomes deixa de lado meias-palavras: a candidatura Lula é uma fraude, o PT armou uma grande farsa para enganar a população, pois sabe que Lula não pode ser candidato. Qualquer pessoa medianamente informada sabe disso, conclui ele. 

Estarrecedor. Tanto quanto o argumento esgrimido em seguida. Para Ciro, a culpa disso é do próprio PT, que impulsionou a aprovação da lei da ficha limpa. Agora degusta o próprio veneno. 

Um porta-voz da direita feroz não faria melhor. O problema é que Ciro sempre se apresentou como soldado da fileira oposta à da quadrilha do Jaburu. Aparentemente, deu meia-volta, ou mais uma volta, embora tente manter a imagem de redentor do país. 

Seus novos argumentos não param de pé, sob o ponto de vista das forças progressistas. O primeiro ponto, e de longe o mais importante, que Ciro minimiza ou simplesmente ignora: antes de se falar de ficha limpa, o fato crucial é que Lula foi condenado de modo farsesco, sem provas, sem evidências, sem documentos nem atos determinados. 

Lula, Cavalo de Troia, por Ion de Andrade

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Assistimos perplexos, indignados e tristes a uma prisão de Lula ambientada numa revoltante “normalidade” autoritária. Deveria ele ter resistido? Deveria ter buscado o exílio?

As pesquisas eleitorais, recém-publicadas dão conta de que Lula continua na dianteira, folgado, ganhando no primeiro turno e revelam também o outro lado da medalha dessa sua estratégia pessoal de entregar-se pacificamente à “justiça”. Parecia, e foi inaceitável para muitos, dar-se como um “presente” à Polícia Federal... Mas, o que só Lula via naquele momento tenebroso é que se entregava como um presente de grego.
Na Folha do domingo 15 de abril o jornalista Josias de Sousa, possivelmente conhecedor das pesquisas eleitorais com riqueza de detalhes, ofereceu a chave de leitura: estava “preocupado” com a perda de votos do PT para outras candidaturas e aconselhava a Lula que apontasse, o quanto antes, para quem o sucederia...
Josias de Souza é um desses jornalistas que devem ser lidos para se pensar o oposto, por ele, a quem agradeço, enxerguei algo que até aqui não tinha visto com clareza: Moro deu a Lula um palanque invencível.