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Temer alcança seu governo ideal

Mudanças aperfeiçoam identificação entre ministério de Temer e seu chefe, por Janio de Freitas

Subornáveis e subornadores sintam-se avisados: além de dinheiro sujo em "uma única mala" não provar crime, a Polícia Federal enfim enturmada com Michel Temer traz outra colaboração, pela voz autorizada do seu novo diretor, Fernando Segovia. De agora em diante e não necessariamente por incluir mala, ter a posse, como portador ou como depositário, de dinheiro com procedência e finalidade ilegais não sugere à PF haver corrupção. Apesar de parecerem restritas à PF, são decisões componentes de demonstrações de que Temer alcança o seu governo ideal.
As negociações para troca de ministros visam aperfeiçoar a identificação entre o ministério e seu chefe. Carlos Marun na articulação política, agindo dentro da Presidência, com cargos de todos calibres e verbas de todos milhões para negócios em seu balcão, pode ser uma escolha quase perfeita. Trata-se de um dos braços direitos de Eduardo Cunha mais colados ao então deputado. Defini-lo com alguma precisão é tarefa só possível para Sergio Moro, que pode dizer e fazer o que queira sem risco algum, no Brasil de hoje. O atual articulador político, Antonio Imbassahy, nem ao menos está pendurado na Lava Jato. Marun pode olhar Temer, Moreira, Padilha, Jucá e outros no mesmo nível.
A indicação de Marun confirma, também, a reviravolta nas relações entre Temer e Eduardo Cunha, aqui mesmo notada quando o prisioneiro passou, há pouco, da longa ameaça de expor fatos sobre Temer para a repentina proteção ao velho companheiro. Aí tem coisa, se observado que, na altura da escolha de Segovia, Eduardo Cunha rejeitava, até com rispidez, a hipótese de delação premiada: "Nem pensar!".
Outra reaproximação contribuiu para mais aperfeiçoamentos do governo. Rodrigo Maia, que cumpria com retidão o papel de presidente da Câmara, em respeito à Constituição e ao regimento, e em relação objetiva com o Planalto e com os partidos, passa a agir como integrante do governo. Pior, como componente do círculo de Temer, pondo-lhe a presidência da Câmara a seu serviço.
Já com as novas características, Maia é um dos indicadores do deputado Alexandre Baldy para o Ministério das Cidades. Uma figura, como os repórteres Ranier Bragon e Letícia Casado têm exposto na Folha, com vínculos muito apropriados para incorporar-se ao grupo de Temer.
Se essas mudanças trazem melhoria ao dispositivo de vale-tudo político, a substituição na Polícia Federal cuida dos problemas ainda complicados de Temer na área policial-judicial. Não só do seu caso, ainda pendente de um inquérito e sujeito a delatores problemáticos, mas do seu círculo palaciano.
Bom pagador, Fernando Segovia quitou-se literalmente à vista com Temer. O que disse foi suficiente para um esboço pessoal. Há mais, porém, na presença de Temer para prestigiar Segovia em sua posse. Temer só teria tal atitude se dotado de certezas sobre as disposições, manifestadas ou aceitas, do delegado em assuntos do seu interesse como pessoa e como político. Esse interesse tem mais faces do que as já conhecidas, mas, ainda assim, seu maior alvo é esse mesmo que logo nos ocorre.
Ministros do Supremo Tribunal Federal, procuradores imparciais da República, delegados da PF isentos —eles que se preparem. Porque o restante do país está dormindo.***


Tereza Cruvinel - As ligações perigosas da Delta em São Paulo

O empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, o bicheiro Carlinhos Cachoeira e outros “operadores” do esquema de corrupção liderado pela construtora só não estão no recesso do lar porque faltam tornozeleiras eletrônicas no mercado.  A Operação Saqueador, diferentemente da Lava Jato, não vê motivos para mantê-los presos até que firmem acordos de delação.  A operação investiga desvios de R$ 370 milhões em obras do DNIT (federais) e do Parque Aquático do Rio (estaduais).  Outra coisa que se estranha, no meio investigativo hoje tão amplo no Brasil, é que a Operação não tenha mirado também as obras realizadas pela Delta para o governo do Estado de São Paulo na era tucana, que beiram o valor de um bilhão de reais. O empresário Adir Assad, preso em São Paulo na quinta-feira, seria o operador político do braço paulista da Delta.
Entre o primeiro mandato de Alckmin e o atual, que teve pelo meio o curto governo de José Serra, que renunciou para disputar a Presidência, os contratos com a Delta somaram, em valores corrigidos,  nada menos que R$ 943 milhões.  A empreiteira de Fernando Cavendish firmou  27 contratos com o governo estadual paulista nesse período, travando relacionamento formal com gigantes estatais como a  Desenvolvimento Rodoviário S.A. (DERSA), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Ronaldo Caiado - Líder do Demo - foi financiado por Carlinhos Cachoeira

Em artigo demolidor " Ronaldo Caiado: Uma voz à procura de um cérebro", publicado hoje (31/03) no Diário da Manhã, o ex-senador Demóstenes Torres diz que o líder do Dem foi financiado por Carlinhos Cachoeira nas eleições de 2002, 2006 e 2010. 

Afirma:

  • Ronaldo fazia sim parte dos amigos de Carlinhos Cachoeira e que Ele (Caiado) "Rouba, Mente e Trai"
Acusa:


  • O senador Agripino Maia de ter se beneficiado do "esquema goiano" 
Sugere:
  • "Siga o dinheiro"
E o MPF - Ministério Público Federal -, já deu um pio ou está esperando o Demóstenes Torres envolver um petista na delação?

Cachoeira não teve a mesma sorte

Deu na rolha o jornal que apoiou a ditadura. O bicheiro-bandido Carlinhos Cachoeira foi detido em Anápolis após se recusar a fazer o teste de bafômetro. Ele não teve a mesma sorte do senador do Rio de Janeiro, digo, de Minas Gerais, que em 2010 também foi parado pela polícia e se recusou a fazer o teste, mas foi liberado para não pegar mal. A Folha continua tratando o bicheiro-bandido como empresário. Pode? Leia a íntegra http://wp.me/p2vU7H-391

Jornalismo a Al Capone


O que é mais incrível não é a Folha de S.Paulo mandar uma repórter “enviada especial” a Goiânia para cobrir o casamento de um mafioso com uma mulher indiciada por chantagear um juiz federal para tirá-lo da prisão, e sequer citar esse fato.

Carlinhos Cachoeira, vocês sabem, tem trânsito livre na imprensa brasileira.Dava ordens na redação da Veja, em Brasília, e sua turma de arapongas abastecia boa parte das demais coirmãs da mídia na capital federal.

Andressa, a noiva, foi indiciada por corrupção ativa pela Polícia Federal por ter tentado chantagear o juiz Alderico Rocha Santos.

Ela ameaçou o juiz, responsável pela condução da Operação Monte Carlo, com a publicação de um dossiê contra ele. O autor do dossiê, segundo a própria? Policarpo Jr., diretor da Veja em Brasília.

Mas nada disso foi sequer perguntado aos pombinhos. Para quê incomodar o casal com essas firulas, depois de um ano tão estressante?

O destaque da notícia foi o mafioso se postar de quatro e beijar os pés da noiva, duas vezes, a pedido dos fotógrafos.

No final, contudo, descobre-se a razão de tanto interesse da mídia neste sinistro matrimônio no seio do crime organizado nacional.
Assim, nos informa a Folha:

“Durante o casamento, o noivo recusou-se a falar sobre munição que afirma ter contra o PT: 

‘Nada de política. Hoje, só falo de casamento. De política, só com orientação dos meus advogados’.”

É um gentleman, esse Cachoeira.
por Leandro Fortes

"Compra de votos" e "honorários legítimos"

A MCLG, investigada por participar do esquema de Carlos Cachoeira pagou R$ 5 milhões para sua defesa. 

A empresa fez dois pagamentos - um de R$ 3,3 milhões para o escritório Márcio Thomaz Bastos Advogados e outro de R$ 1,6 milhão para Cavalcanti e Arruda Botelho Advogados, que dividiu o caso com Bastos. 

A revelação é da repórter Andreza Matais para a Folha de S. Paulo

Thomaz Bastos afirmou ter recebido "honorários legítimos". Ele advogou de março a julho deste ano para Carlinhos Cachoeira. 

Editora Abril, Policarpo e Cachoeira um trio afinado


O blog reproduz trechos de áudio da Operação Vegas que comprovam a íntima relação do diretor da Veja, Policarpo Junior, com o Carlinhos Cachoeira.


Dadá: tem que fuder o Lula. tem que fuder o barbudo!

por Marcelo Auler
Em um dos vídeos apreendidos na casa de Adriano Aprígio, ex-cunhado do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, comemora o envolvimento de petistas no chamado Escândalo dos Aloprados.
Em setembro de 2006, às vésperas do início da propaganda eleitoral na televisão, petistas foram presos em um hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão. Com o dinheiro pretendiam comprar um dossiê que supostamente envolvia o tucano José Serra - então candidato à presidência da República - com o desvio de verbas do orçamento destinadas à compra de ambulâncias. O escândalo prejudicou Lula, que concorria à reeleição e esperava ganhar no primeiro turno, o que não aconteceu.
O vídeo apreendido, já periciado pela Polícia Federal, mostra uma conversa entre o jornalista Mino Pedrosa e Dadá, o araponga que atendia à quadrilha do bicheiro. Pedrosa relata que o PSDB armou a história do dossiê e o "PT caiu nela".
O araponga vibra e comemora: "Tem que f..... o Lula! Tem que f..... o barbudo!

Cachoeira manda recado para redações do Rio e SP

A 1ª providência tomada pelo corrupto e corruptor Carlinhos Cachoeira depois de ser enjaulado pela PF foi enviar recados para redações de vários meios de comunicações, principalmente do eixo Rio-São Paulo.

Ele tranquilizou os cúmplices dizendo que não iria reivindicar os benefícios da delação premiada. Também não seria um homem-bomba. Desde claro, que os comparsas do pig  não o abandonem.

Para não investigar as ligações criminosas dela com Demóstenes-Cachoeira, a Veja vem de "mensalão"


É mais do que sintomático o comportamento da Veja, cuja matéria capa desta semana tenta tirar os holofotes das gravíssimas denúncias em torno do esquema criminoso comandado pelo contraventor e empresário Carlos Cachoeira, com tentáculos em esquemas de governo e no qual estão envolvidos políticos de diversos partidos, muito especialmente os da oposição.

Para desviar o foco das investigações e da mobilização pela instalação de uma CPI no Congresso Nacional, a Veja vem com a tese de que o PT quer usar a CPI para investigar as ligações entre Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, hoje sem partido) e outros políticos para encobrir o chamado “escândalo do mensalão”. E para que os envolvidos não sejam julgados.

Nada mais falso. Eu sou réu neste processo e sempre disse que quero ser julgado para provar a minha inocência. O que a Veja quer fazer, secundada por outros veículos da grande mídia, é transferir ao PT o seu modus operandi de jogar poeira nos olhos dos leitores para turvar a realidade, desviar o foco e anestesiar os fatos para construir a pauta política que lhe convém. No caso, tenta, desde 2005, quando eclodiu o escândalo do uso de recursos de caixa dois para pagar dívidas de campanha de partidos da base do governo Lula, transformar o crime eleitoral em crime político de compra de votos de congressistas em matérias de interesse do governo. E segue ignorando os autos do processo.

Pressão aos juízes

O que ocorre agora é mais um movimento dessa campanha, centrada na pressão aos juízes do STF para um julgamento político do “mensalão”, no lugar de um julgamento baseado em fatos e provas. Nada de novo, com o agravante de que, ao trazer o escândalo do “mensalão” para o centro dos debates tentando atropelar o julgamento do processo, tem claramente o interesse de confundir o público e tirar os holofotes do escândalo da ligação de Cachoeira com o senador Demóstenes, e da cadeia de interesses dela decorrente.

Só para lembrar: o caso do mensalão emergiu dentro do escândalo Cachoeira-Demóstenes pelo fato de o ex-prefeito de Anápolis, Ernani José de Paula, ter denunciado que a gravação de entrega de propina nos Correios em 2005 – que deu origem à CPI dos Correios e ao mensalão – foi patrocinada pelo esquema de Cachoeira.

Na esteira dessa gravíssima denúncia de relações e contaminação da máquina pública por interesses privados e criminosos, uma triste constatação. A de que alguns órgãos de imprensa, onde se destaca a Veja, pretensa guardiã da ética e bons costumes das elites, serviram-se de informações engendradas no esquema criminoso de Cachoeira para produzir matérias denuncistas. Que fatídica aliança! Com esta matéria de capa, a Veja tenta livrar sua própria pele e escamotear seus métodos de fazer jornalismo que atentam contra a ética da profissão; em suma, contra a democracia.
por Zé Dirceu

Frase do dia

Por mais que o Pig tente transferir o esquema do Cachoeira para o PT é uma ação desde já fracassada,
Joel Neto

Pig não conhece Cachoeira

Nada como começar o dia bem, lendo o malabarismos verbais escritos pelos jorna-listas do Pig. Tentam de todas as maneiras possíveis e inimagináveis passar a mensagem encomendada pelos barões da mídia que o governo é que tem mais a perder com a CPMI do DEMÓstenes Cachoeira. Fazem Perrilos, piruetas, acrobacias para esconder debaixo da cachoeira de lama as relações carnais entre a Veja e o bicheiro [por enquanto só sabemos do Policarpo]. Mas, com certeza irão aparecer outros tantos. Aposto que dá lista dos que escrevem para o Dantas não falta nenhum.

O que mais me diverte?...é a completa incapacidade da tucademopiganalhada não poder fazer nada para que Dilma seja beneficiada pelas revelações da CPMI. Pode aparecer qualquer pessoa do governo que esteja envolvido com o esquema do contraventor e ela sai livre, leve e solta como a presidente que não aceita maracutaias no seu governo. Demite e vai prá galera rssssss.

É, para um poste...até que plana bem.

kkkkkkkkk

Buenos dia turxma dos 5%. 

Pig em pânico

O Editorial do O Globo: " Todos correm riscos com a CPI de Cachoeira ", é um primor de canalhice e hipocrisia. Cita partidos políticos, Executivo, Judiciário e empresários que temem o que pode ser revelado na CPMI. Mas, sobre a relação unha e carne entre o bicheiro e o Pig, alguma palavra? Nenhuma! Confira abaixo como age esta corja tucademopiganalhagolpista:

Todos correm riscos com a CPI de Cachoeira (Editorial)

O Globo
Diversos aspectos do escândalo surgido do relacionamento entre Carlos Augusto Ramos, o bicheiro Carlinhos Cachoeira, e o senador Demóstenes Torres (GO), ex-DEM, justificam a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) entre Senado e Câmara.
O principal deles é que não se trata apenas de vasculhar o trabalho subterrâneo de lobby executado por Demóstenes, símbolo em ruínas da ética e dos bons costumes, e o bicheiro.
O que surge da apuração da Polícia Federal na Operação Monte Carlo é uma rede, tudo indica de grande extensão, tecida por Cachoeira para capturar favores e ter influência junto a empresários, políticos e com ramificações, ao que parece, nos três Poderes.
A CPI é de fato o melhor instrumento para se tentar jogar luz nesses porões, pelo poder que tem de quebrar sigilos e tomar depoimentos.
É preciso, afinal, investigar o mais grave caso conhecido de infiltração do crime organizado nas instituições. Ele ainda não é capaz de rivalizar com ocorrências italianas de contaminação da política pelas máfias locais, mas pode ser catalogado na mesma categoria.
Todos os partidos resolveram apoiar a comissão. Seria difícil o Congresso não ter esta reação diante do teor das revelações sobre os pluripartidários contatos de Cachoeira.
Mas, como em toda CPI, a situação tentará atingir a oposição e vice-versa. E como estilhaços devem atingir quase todas as legendas, melhor — raciocina-se — participar da CPI.
Pode animar o PT que o governador de Goiás, base de Cachoeira, Marcondes Perillo, seja tucano. E, como já foi avisado que era impossível não cruzar com o bicheiro pelo menos em espaços sociais, esperam-se revelações de ecléticos contatos de Cachoeira.
Mas na primeira leva de contaminados pela proximidade com o bicheiro, além de um deputado também tucano (Carlos Alberto Leréia), está um petista (Rubens Otoni) e outro do PP, base do governo (Sandes Junior).
O potencial de estragos é tamanho que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), já teve de afastar o chefe de gabinete, Cláudio Monteiro, também apanhado pelos grampos da PF em conversas comprometedoras com a turma do bicheiro.
Até no gabinete da ministra Ideli Salvatti já houve mal-estar, com a revelação da proximidade entre o chefe de Assuntos Federativos da pasta, Olavo Noleto, do PT goiano, e Wladimir Garcez, considerado o principal auxiliar do bicheiro.
Tudo isso antes de a CPI ser instalada. Por enquanto, o PT segurou Noleto.
Prometem-se momentos de especial tensão. Até pelo tempo que Carlinhos transita nos subterrâneos da política. Lembremo-nos do vídeo gravado em 2002 em que ele é achacado por Waldomiro Diniz, então presidente da Loterj, futuro assessor de José Dirceu na Casa Civil do governo Lula.
Naquela época, já existiam intensas negociações, com a participação do PT, para a legalização do jogo, em particular bingos e caça-níqueis, especialidade dos neobicheiros como Carlinhos.
Ao ser divulgado o vídeo, em 2004, pela “Época”, foi abortada uma operação para o Congresso abençoar a jogatina. Mas este objetivo continua a ser perseguido.
Volta-se a lembrar a antiga regra das CPIs: sabe-se como começa, não se sabe como termina.
Se os desdobramentos desagradarem ao Palácio, o governo, com sua maioria, esvaziará as investigações, como já fez algumas vezes. Será um desfecho ruim, pois a CPI de Cachoeira pode ajudar na faxina da vida pública, com dedetizações em todos os partidos.

Abre o jogo Cachoeira


Por Carlos Chagas

                                               Nem a CPI mista conseguirá iluminar todas as teias da rede de corrupção armada por Carlinhos Cachoeira em diversos estados e no Distrito Federal. Suas proporções são desconhecidas e envolvem políticos, partidos e governantes de diversos matizes. Governistas e oposicionistas tremem de medo diante das revelações que a investigação da Polícia Federal acumulou e que fatalmente servirá de roteiro para deputados e senadores.
                                             
O primeiro depoimento na CPI terá forçosamente que ser do próprio bicheiro, assessorado por um dos maiores criminalistas do país, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Pela lógica, Carlinhos Cachoeira será aconselhado a falar o menos possível, quem sabe apenas nome, idade e endereço. Escapar da prisão parece sua primeira preocupação, mas também inocentar cúmplices como o senador Demóstenes Torres e esse monte de funcionários federais e estaduais envolvidos e relacionados com ele. Alguns afastados, outros afastando-se, claro que também serão ouvidos. Sem exceção, buscarão eximir-se de qualquer culpa na liberação de contratos, tráfico de influência, recebimento de propinas e sucedâneos.
                                           
As gravações da Polícia Federal, com autorização do Judiciário, servirão como peça  principal  para as indagações parlamentares, ainda que cada senador ou deputado deva  atenuar a situação de correligionários e atormentar adversários. Será nesse particular que a CPI poderá contribuir para esclarecer aspectos da lambança orquestrada à sombra do poder público.
                                              
Carlinhos Cachoeira é a bola da vez, como já foram PC Farias, Delúbio Soares, Marcos Valério e outros. Se resolvesse abrir o jogo para evitar previsíveis punições futuras, prestaria grande serviço à causa do combate à impunidade. Obviamente, só no dia em que os elefantes voarem.
                                               
Em suma, a CPI é necessária na tentativa de elucidação dessa nova maracutaia nacional,  ainda que as reuniões paralelas do Conselho de Ética do Senado venham a ser mais profícuas, na medida em que poderão chegar à cassação do mandato de Demóstenes Torres.

Jorna-listas unidos outra vez

A algum tempo atrás listei os nomes de 8 jorna-lista do DVD. Eles escreviam tudo que pudesse beneficiar o bandiqueiro e melar a Operação Sathagraha. Os ditos sujos estão em ação novamente, agindo da mesma forma que outrora. Agora fazem tudo que podem para livrar o DEM, a Veja e demais Piguistas que se banharão nas águas imundas do Cachoeira. Prestem atenção no que escrevem sobre o caso Demóstenes e digam se eu não tenho razão.

Os nomes destes Jorna-lista Taqui confiram

PT faz mobilização por CPMI do Cachoeira

Rui Falcão - presidente nacional do PT -, conclama que centrais sindicais, partidos políticos que defendem o combate a corrupção e movimentos populares se mobilizem contra o que chamou de "operação abafa" que visa impedir a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para desvendar o escândalo Carlinhos Cachoeira. 
Ele começa sua fala dizendo que está em operação nesse momento "uma verdadeira operação abafa, uma tentativa de setores políticos e veículos de comunicação que tentam a qualquer custo impedir que se esclareça plenamente toda a organização criminosa montada por Carlinhos Cachoeira em conluio com o senador Demóstenes Torres, que já se afastou com DEM na tentativa de isolar o partido do escândalo". Assista.

O inferno astral da oposição


O episódio Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), que revelou as relações do senador de oposição com uma rede ligada ao chefe, o bicheiro Carlos Cachoeira, por Nextel, acresceu vantagens a uma situação que já era favorável ao governo Dilma Rousseff. A presidenta foi presenteada com uma conjuntura particularmente boa ao projeto de trazer as relações com os aliados parlamentares para termos mais republicanos.

A eleição de Dilma, sacramentada pelo apoio de um presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que deixava o poder com uma popularidade ímpar, deu a ela uma ampla maioria parlamentar, composta por um arco imenso de apoios partidários atraídos para o seu palanque pela estrela de seu antecessor. Ampla maioria, porém pouco sólida. Contudo, as tentativas de "enquadramento" da presidenta pelos aliados têm falhado, pois o governo tem folga aritmética para jogar mais pesado com parceiros incômodos. Ao longo da reforma ministerial que se arrastou por alguns meses, Dilma conseguiu, enfim, escolher auxiliares entre os quadros dos partidos aliados sem engolir prato feito de indicações, e manter nos ministérios uma estrutura profissional que pode prescindir do ministro, caso ele seja alvejado por denúncias.

O caso Demóstenes reduz, por seu lado, a força de uma oposição que, embora minoritária nos governos Lula, teve uma farta cobertura da mídia tradicional e o apoio de figuras-chave de outras instituições (como Justiça, polícias e bancadas de oposição). Esses atores políticos mantiveram um noticiário ofensivo quase 365 dias por ano e erigiram para a opinião pública um cenário constante de crises. E colheram êxito na construção de factóides que mantiveram o governo petista na defensiva, no plano institucional, por quase todos os oito anos de Lula.

O mais novo escândalo enfraqueceu essa estratégia e reduziu quase a pó a já minoria oposicionista. A crise política envolvendo um dos seus deve eliminar, de fato ou de direito, o DEM do quadro partidário. O partido já havia perdido boa parcela de suas bancadas para o PSD de Gilberto Kassab e terminou de ser demolido com a exposição à execração pública de seu mais midiático integrante. Esquálida, a legenda de Agripino Maia (RN) tem como alternativa apenas a incorporação ao PSDB – o partido que foi criado, em 1987, para ocupar o espaço da social-democracia, terminará o seu percurso inexorável rumo à direita abraçado com ACM Neto.

Quanto mais a oposição encolhe, menos efetiva se torna a pressão dos partidos tradicionais aliados ao governo por mais espaço no governo. A crise política encenada pelos aliados insatisfeitos, que obstruíram votações no Congresso, terminou com pontos a favor de Dilma. Os partidos tradicionais governistas estão insatisfeitos com o estilo da presidenta, mas, sem dúvida, ficar no governo ainda é muito mais vantajoso do que se arriscar num bloco de oposição desacreditado. E, desgaste por desgaste, ele é, sem dúvida, muito maior no Legislativo do que no Executivo, em grande parte porque ele foi estimulado pela própria oposição nos dois mandatos de Lula: com dificuldade de desmoralizar um presidente com alta popularidade, a oposição atacou o governante pelo flanco partidário (tanto o PT como os aliados venais do governo) com representação parlamentar. 

A estratégia de bater sem o necessário cuidado de enquadrar todo o Legislativo nas práticas republicanas - lembrando os termos da discussão colocados pelo hoje governador Tarso Genro em 2005, no episódio do chamado mensalão -, inclusive os próprios partidos de oposição, fragilizou a instituição como um todo. Hoje,a crise definitivamente é do Legislativo e dos partidos políticos.

Por estratégia do governo ou falta de estratégia da oposição, os fatos deixaram a presidenta à margem da crise partidária. E, para os próprios partidos aliados, sobrou pouca margem de manobra para pressionar o governo. A iniciativa de Dilma de trazer para a negociação parlamentar os governadores, acenando com a mudança no indexador das dívidas públicas dos Estados, retirou o debate federativo da área de pressão dos partidos políticos. Os governadores são os principais interessados nesse debate - embora o desafogo dos Estados tenha também o efeito de liberar dinheiro desses entes federativos para investimentos, colocando-os na roda dos esforços governamentais para aquecer a economia e atenuar os efeitos da crise internacional.

Em época de eleições, e sem espaço de barganha no Legislativo, os partidos estão dirigindo seus esforços por maiores espaços na coalizão federal para os palanques municipais. São Paulo é o principal alvo dessa briga. Os partidos estão retardando ao máximo os acordos eleitorais com o PT da capital paulista porque esta é a disputa mais valorizada pelo partido de Lula e Dilma. Os acordos eleitorais têm mais importância para o governo e o PT neste momento do que as lides parlamentares. Retardar os entendimentos em São Paulo pode dar mais cacife do que bloquear a pauta de votações do Congresso.

Embora nas eleições municipais a motivação eleitoral seja quase paroquial, os partidos andam nelas mais do que um degrau na definição das coligações federais que ocorrem dois anos depois, nas eleições presidenciais. Esse parece ser o raciocínio do PSB. Hoje, o partido é o único, dentro da base de apoio parlamentar, que tem explicitamente um nome à disposição para voos mais longos, inclusive presidenciais: o governador Eduardo Campos, que aproveitou todas as possibilidades de financiamento federal para dar velocidade ao crescimento de Pernambuco, colocando a agenda desenvolvimentista em paralelo com a agenda social do Bolsa Família. 

O PSB tem valorizado o seu passe para apoiar o candidato do PT à prefeitura da capital, Fernando Haddad. A reticência do partido em relação a uma aliança com o PT de Lula não traz apenas a digital do diretório do PSB paulista que, contra o grupo da deputada Luiza Erundina, tende mais à José Serra (PSDB) que a Haddad. Traz a digital principalmente de Campos. Com a virada do PSD para Serra, o PSB é o aliado que mais interessa ao PT. O partido de Campos tem uma grande oportunidade de transformar um simples apoio eleitoral em instrumento para aumentar a sua importância no governo Dilma e, em consequência, o seu cacife para voos mais altos em 2014, com a Presidência, se Dilma tiver perdido popularidade até lá, ou a vice, desbancando do lugar o até agora aliado preferencial do governo, o PMDB. 

A maré está boa para o Campos: ele tem o que interessa para o governo, que é a possibilidade de apoiar Haddad e livrá-lo do isolamento, e é o único partido à esquerda no quadro partidário em franco crescimento. Pode ser um aliado mais conveniente a um governo de esquerda, ou uma “Terceira via”, se tudo der errado para o governo petista.
por Inês Nassiff

Veja: Cachoeira já afogou Civita

O deputado federal de Pernambuco - Fernando Ferro [PT] - vai pedir convocação de Roberto Civita - dono da Veja - para depor na CPMI do caso Demóstenes Cachoeira.


A CPI deve mesmo ser instalada. Houve acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado, para que seja criada Comissão Mista – com representantes das duas casas.
Importante: a CPI tem força legal para pedir ao Supremo todos os autos do processo. O STF decretou sigilo do caso. 

Correm em Brasilia boatos de que, além do diretor da “Veja”, haveria outros jornalistas da chamada grande imprensa citados nos autos. Ou seja: mais gente se banhou na cachoeira. Estranhamente, a Globo tinha solicitado acesso aos autos. Interesse jornalístico? Ou medo? No mesmo dia, o site CartaMaior também pediu acesso à íntegra do processo. O que fez o Supremo? Fechou tudo.

Agora, a CPI pode lançar luz sobre tudo que está lá. A situação mais complicada, não resta dúvida, é a da editora Abril. Há 8 anos, a “Veja” abre espaço para todo tipo de “operação” jornalística. Colunistas fanfarrões e irresponsáveis (um deles até fugiu do Brasil) chafurdam na lama, repórteres são “obrigados” (!) a provar teses malucas (como a de que o PT trouxe dinheiro de Cuba em caixas de whisky, para ajudar na campanha de Lula), e a revista abre espaço para capas lamentáveis – como aquela em que Lula levava um chute no traseiro, ou aquela outra (“barriga” monumental) em que a Veja comemorava a queda de Chavez em 2002, no momento exato em que o presidente da Venezuela debelava o golpe e voltava ao poder nos braços do povo.

Essa foi a “obra” dos comandados de Bob Civita. A cereja no bolo é a relação promíscua com Cachoeira. Bob Civita corre o risco de virar um Murdoch. A “Veja” se banhou na Cachoeira, com mais de 200 telefonemas. A “Veja” também teria-se abastecido com arapongas de Cachoeira para criar o “Mensalão”? Foi o que disse o ex-prefeito de Anapolis a PH Amorim, na Record.

Hoje,  Hildegard Angel lembra o que Bob Jefferson disse, em sua defesa ao STF: o “Mensalão” não era bem um mensalão. Era o que? ”Força de expressão”?
E agora?

Eu diria que, dos dois Bobs, Jefferson está em melhor situação. Bob Civita é quem corre risco de se afogar na cachoeira de lama para onde a Veja  tentou arrastar o Brasil.

As carpideiras do Pig choram por Demóstenes Cachoeira


Do Balaio do Kotscho

Abandonado pelos seus pares do DEM e do que restou da oposição parlamentar no Congresso Nacional, o ainda senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) só encontra apoio em alguns setores da imprensa e agora joga todas as suas fichas no Judiciário, pois sabe que não tem como escapar da cassação do mandato. É tudo só uma questão de tempo.

Chega a ser comovente o empenho de alguns jornalistas em variadas mídias para separar o Demóstenes AC (Antes de Cachoeira), o implacável combatente contra a corrupção, do Demóstenes DC (Depois de Cachoeira), como se isso fosse possível.

Ligações estranhas

Perguntas feitas pelo internauta Ivani Ribeiro a espera de respostas. A CPMI do Cachoeira responderá satisfatoriamente a ele e demais que fazem estas e outra tantas perguntas? Confira abaixo as indagações:

  • Porque duas operações de grande envergadura envolvendo crime organizado caíram exatamente nas mãos de um mesmo ministro cujas decisões na apreciação e julgamento destes fatos causou surpresa no próprio mundo jurídico?
  • Porque o senador Demóstenes e o ministro do STF Gilmar Mendes tiveram envolvimento nestes mesmos dois episódios. Satiagraha que foi prejudicada pela denúncia do "grampo sem áudio" e agora no caso da operação "Monte Carlo"?
  • Porque tendo concluído o inquérito do "grampo sem áudio" que tal grampo não existia, o ministro Gilmar não "chamou as falas" o senador Demóstenes e a revista Veja que declarou que tinha as tais fitas de gravação?
  • Porque o delegado da Polícia Federal Onésimo de Souza está envolvido com José Serra na época ministro da saúde, quando prestou serviço ao ministério como "araponga" e agora na operação "Monte Carlo" cujos tentáculos chegam à denúncia do chamado "mensalão"?
  • Porque o policial Jairo Martins de Souza e o sargento Dadá estão envolvidos na denúncia do mensalão, na operação "Monte Carlo" e foram da equipe de investigação de parte da operação "Satiagraha?
  • Porque esses envolvidos em crimes de escutas iligais são sempre aqueles que "passam" estas escutas ilegais para a revista "Veja", com os mesmos objetivos espúreos e criminosos, e a revista repercute mesmo tendo indícios que são denúncias falsa, direcionadas e criminosas?
  • Porque o procurador geral Roberto Gurgel "sentou" no ionquérito de tão graves denúncias desde 2009?
  • Qual a relação, que envolveu escutas telefônicas patrocinadas por alguns dos mesmos envolvidos em todas elas, entre a operação " Lunus", das escutas que originaram o "mensalão", e agora a operação"Monte Carlo", e  José Serra aparentemente um dos grandes beneficiados por elas? A desistência da candidatura de Roseana Saney, enfraquecimento do governo e atrasar a CPI  da "Privataria Tucana"
  • Porque o silêncio do procurador De Grandis, do juíz De Santis,  de Protógenes, de Paulo Lacerda, que foram achacados pela imprensa no episódio "satiagraha"?
Essas são algumas das inúmeras dúvidas que se originam deste mesmo grupo de pessoas envolvidos  em várias operações aparentemente com os mesmos objetivos; auferir lucros, paralisar as instituições democráticas do país e enfraquecer inquéritos e processos legais.