O Editorial do O Globo: " Todos correm riscos com a CPI de Cachoeira ", é um primor de canalhice e hipocrisia. Cita partidos políticos, Executivo, Judiciário e empresários que temem o que pode ser revelado na CPMI. Mas, sobre a relação unha e carne entre o bicheiro e o Pig, alguma palavra? Nenhuma! Confira abaixo como age esta corja tucademopiganalhagolpista:
Todos correm riscos com a CPI de Cachoeira (Editorial)
O Globo
Diversos aspectos do escândalo surgido do relacionamento entre Carlos Augusto Ramos, o bicheiro Carlinhos Cachoeira, e o senador Demóstenes Torres (GO), ex-DEM, justificam a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) entre Senado e Câmara.
O principal deles é que não se trata apenas de vasculhar o trabalho subterrâneo de lobby executado por Demóstenes, símbolo em ruínas da ética e dos bons costumes, e o bicheiro.
O que surge da apuração da Polícia Federal na Operação Monte Carlo é uma rede, tudo indica de grande extensão, tecida por Cachoeira para capturar favores e ter influência junto a empresários, políticos e com ramificações, ao que parece, nos três Poderes.
A CPI é de fato o melhor instrumento para se tentar jogar luz nesses porões, pelo poder que tem de quebrar sigilos e tomar depoimentos.
É preciso, afinal, investigar o mais grave caso conhecido de infiltração do crime organizado nas instituições. Ele ainda não é capaz de rivalizar com ocorrências italianas de contaminação da política pelas máfias locais, mas pode ser catalogado na mesma categoria.
Todos os partidos resolveram apoiar a comissão. Seria difícil o Congresso não ter esta reação diante do teor das revelações sobre os pluripartidários contatos de Cachoeira.
Mas, como em toda CPI, a situação tentará atingir a oposição e vice-versa. E como estilhaços devem atingir quase todas as legendas, melhor — raciocina-se — participar da CPI.
Pode animar o PT que o governador de Goiás, base de Cachoeira, Marcondes Perillo, seja tucano. E, como já foi avisado que era impossível não cruzar com o bicheiro pelo menos em espaços sociais, esperam-se revelações de ecléticos contatos de Cachoeira.
Mas na primeira leva de contaminados pela proximidade com o bicheiro, além de um deputado também tucano (Carlos Alberto Leréia), está um petista (Rubens Otoni) e outro do PP, base do governo (Sandes Junior).
O potencial de estragos é tamanho que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), já teve de afastar o chefe de gabinete, Cláudio Monteiro, também apanhado pelos grampos da PF em conversas comprometedoras com a turma do bicheiro.
Até no gabinete da ministra Ideli Salvatti já houve mal-estar, com a revelação da proximidade entre o chefe de Assuntos Federativos da pasta, Olavo Noleto, do PT goiano, e Wladimir Garcez, considerado o principal auxiliar do bicheiro.
Tudo isso antes de a CPI ser instalada. Por enquanto, o PT segurou Noleto.
Prometem-se momentos de especial tensão. Até pelo tempo que Carlinhos transita nos subterrâneos da política. Lembremo-nos do vídeo gravado em 2002 em que ele é achacado por Waldomiro Diniz, então presidente da Loterj, futuro assessor de José Dirceu na Casa Civil do governo Lula.
Naquela época, já existiam intensas negociações, com a participação do PT, para a legalização do jogo, em particular bingos e caça-níqueis, especialidade dos neobicheiros como Carlinhos.
Ao ser divulgado o vídeo, em 2004, pela “Época”, foi abortada uma operação para o Congresso abençoar a jogatina. Mas este objetivo continua a ser perseguido.
Volta-se a lembrar a antiga regra das CPIs: sabe-se como começa, não se sabe como termina.
Se os desdobramentos desagradarem ao Palácio, o governo, com sua maioria, esvaziará as investigações, como já fez algumas vezes. Será um desfecho ruim, pois a CPI de Cachoeira pode ajudar na faxina da vida pública, com dedetizações em todos os partidos.
Acho que Briguilino está com sério problema de leitura e interpretação de textos.
ResponderExcluirVeja o parágrafo final do artigo: Se os desdobramentos desagradarem ao Palácio, o governo, com sua maioria, esvaziará as investigações, como já fez algumas vezes. Será um desfecho ruim, pois a CPI de Cachoeira pode ajudar na faxina da vida pública, com dedetizações em todos os partidos.
O que nós que lutamos pela ética e combatemos a corrupção no Brasil queremos é que a CPI de Cachoeira ajude na faxina da vida pública, com dedetização em todos os partidos.
O que o artigo diz é que assim que começarem a surgir os podres do PT, e eles vão aparecer, o governo vai enterrar a CPI.
Tenho certeza que você Laguardia não tem problemas de leitura nem interpretação de textos, distorce o que escrevo de propósito. Assim como o Pig que siquer cita a ligação umbilical entre Cachoeira e a Veja. Mas, o que fazer cada um age como quer.
ResponderExcluirBriguilino
ExcluirComo você não lê Veja, não viu que no penúltimo número este assunto foi sim tratado pela própria revista.
O que eu quero é que a CPI do Cachoeira não fique limitada a Demóstenes Torres, Agnelo Queiroz e outros, mas que investigue tudo.
O que não pode acontecer é ficar lixo varrido para baixo do tapete como o caso de Erenice Guerra, Fernando Pimentel, Antônio Palocci, Orlando Silva, Ideli Salvati, José Sarney, Renan Calheiros, e tantos outros que Dilma varreu para baixo do tapete impedindo que investigações amplas e transparentes acontecessem.