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Leandro Fortes Tiraram uma presidente honesta para instalar essa pocilga

Um governo podre, corrupto, comandado por uma quadrilha cujo chefe acha normal um ministro encaminhar um assunto espúrio para ser resolvido pela AGU.

Tiraram uma presidenta eleita para instalar essa pocilga.

Em nome de quê?

De nada. De nada que preste, bem entendido.

Somente para manter o negócio falido da mídia em pé, para engordar banqueiros e entregar as reservas do pré-sal a multinacionais.

Para acabar com direitos e instaurar a cleptocracia em nome da família, de Deus e de toda essa gente abjeta e ignorante que se vestiu de verde e amarelo para fingir que era contra a corrupção.

Não era, e todo mundo sempre soube disso.

Era só ódio de classe, de gênero, racismo, intolerância e fascismo.

O lixo que uma mídia ignóbil e uma classe média analfabeta política revolveram nas ruas. 

E chegamos a isso: um Congresso venal, um Judiciário lamentável e um governo de corvos e abutres.

Viramos, depois de um sonho de nação ascendente, um País de merda.

Leandro FortesSobre o Autor: Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital.

Fim de Temer: Direta já! por Jeferson Miola

No comunicado sobre a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, surge cristalino o artifício usado por Michel Temer – encampado pelo ministro Eliseu Padilha e pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil Gustavo Rocha [indicado para o cargo por Eduardo Cunha] – para patrocinar os interesses imobiliários do agora ex-ministro Geddel Vieira Lima.

No item 3 do comunicado, consta que "o presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal".

Está claro que o conflito era entre o interesse imobiliário privadíssimo do Geddel e a postura técnica e ética do ex-ministro Calero, que validou o procedimento administrativo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [IPHAN].

Não era, portanto, um conflito político-administrativo que justificasse a arbitragem e, menos ainda, a interferência do presidente usurpador para favorecer Geddel.

Temer sugeriu "a avaliação jurídica da AGU" para salvar o interesse imobiliário do Geddel que havia sido contrariado na esfera técnica do IPHAN, e assim poder transferi-lo para a AGU, "porque a ministra Grace Mendonça teria uma solução".

Para tanto, Marcelo Calero teria de contrariar a decisão técnica do IPHAN e determinar a remessa do processo à AGU, sob o pretexto bizarro de "divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal". Calero, contudo, optou pela renúncia ao cargo de ministro.

Com as explicações dadas no comunicado, Michel Temer acabou confessando pelo menos dois crimes tipificados no Título XI [Dos Crimes Contra a Administração Pública] do Código Penal brasileiro:

- "Artigo 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário" [advocacia administrativa]; e 

- "Artigo 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função" [tráfico de influência, redação dada pela Lei 9127/1995].

As penas para tais crimes são, respectivamente, de detenção de três meses a um ano e multa; e de reclusão de dois a cinco anos e multa. No tráfico de influência, a pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário –segundo Calero, Geddel foi "contundente": "não gostaria de ser surpreendido com qualquer decisão que pudesse contrariar seus interesses".

O governo golpista Michel Temer chegou ao fim da linha; está inviabilizado e desmoralizado. Em média, um ministro cai por mês por corrupção, e quase todos os remanescentes são citados e implicados em denúncias de corrupção, porém protegidos pela seletividade da Lava Jato, do MP e do Judiciário.

O governo golpista está causando a maior recessão da história do Brasil, com desemprego atingindo 25% da população economicamente ativa jovem. O terrorismo econômico e político criado no país por Cunha, Aécio, Temer, Padilha, FHC, Serra, PMDB, PSDB, DEM, PTB, PP, PSB, PSD etc para ambientar o golpe de Estado, fugiu ao controle e adquiriu uma gravidade muito superior à capacidade de reversão por este governo ilegítimo e impopular. A atividade econômica está paralisada, o PIB decresce e a dívida pública aumenta.

O único caminho para Temer é o da renúncia, abrindo espaço para a realização de eleições diretas já. A parceria nos negócios do Geddel faz dele um personagem ainda menor que a caricatura que já era. Ele não reúne condições políticas, éticas e legais para continuar ocupando o cargo usurpado da Presidente Dilma com o impeachment fraudulento. O Brasil não terá a confiança e o respeito do mundo com ele no comando.

A oligarquia golpista dá sinais de que pretende arrastar o cadáver do governo até 2017, para então remover Temer do cargo e eleger um sucessor indiretamente pelo Congresso, onde tem maioria, mesmo que esta irresponsabilidade leve o Brasil ao abismo.

Os crimes cometidos por Temer são mais que suficientes para a abertura de um processo de impeachment – este sim, ao contrário da farsa contra Dilma, com sólido fundamento jurídico. A situação dramática do país, entretanto, exige uma solução urgente. É fundamental realizar-se eleição presidencial imediatamente, para que o povo escolha um governo com legitimidade e apoio social para recuperar o Brasil.

O país não agüenta esperar o encerramento de um processo demorado de impeachment. A incerteza política agravará sobremaneira a crise atual. A única contribuição positiva que Temer poderia dar neste momento grave seria a renúncia, para a convocação de eleições diretas já!

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