Bolsas de pós-graduação estão sem reajuste desde 2013; bairro de Fortaleza tem um dos aluguéis mais caros do Brasil; Capital cearense tem 100% dos testes de Covid-19 negativos pela 1ª vez; a tradição dos 'cemitérios de anjinhos' no Ceará e outros destaques desta quarta-feira (21).
Meios de financiamento de pesquisas e de permanência no ambiente acadêmico, as bolsas de pós-graduação – mestrado e doutorado – da Capes (o principal órgão de fomento de pesquisa no Brasil) estão sem novo reajuste há 9 anos.
Desde março de 2013, o valor permanece o mesmo: são R$ 1,5 mil para estudantes de mestrado e R$ 2,2 mil para doutorandos. Levando em conta a corrosão do poder de compra neste período e ajustando os valores das bolsas para o cenário atual, é como se mestrandos recebessem R$ 858 e, os doutorandos, R$ 1.258 – ou seja, 57% do valor original.
Deste modo, a Associação Nacional de Pós-Graduandos calcula que, apenas para corrigir as perdas inflacionárias nesse intervalo, os valores das bolsas atualmente deveriam ser em torno de R$ 2,4 mil para mestrandos, e de R$ 3,6 mil para doutorandos.
Perder um bebê no parto ou pouco tempo depois do nascimento era uma dor recorrente para mães cearenses, principalmente até o século XX, devido à desnutrição e vulnerabilidade a doenças que agora são evitáveis com vacinas. Os pequenos, sem oportunidade de viver, eram vistos de forma especial pela fé e enterrados em espaços sagrados: os "cemitérios de anjinhos".
Em meio ao sofrimento dos pais, os anjinhos são considerados como membros da família enviados ao céu para interceder por quem fica.
Os sepultamentos de anjinhos aconteciam em espaços comunitários ou até mesmo no quintal de casa e permanecem erguidos em diversos municípios do Ceará mesmo sem receber novas covas. São cemitérios formados a partir das crenças sobre a conexão entre o mundo físico e espiritual por meio das tradições orais.