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China não habilita mais frigoríficos brasileiros


- Agredida pelo irresponsáveis do desgoverno Bolsonaro a China dá o troco bem ao seu estilo, diplomaticamente. Primeiro recusa mais habilitações, depois diminuirá gradativamente a compra da carne "ideológica" brasileira -

O serviço sanitário da China recusou a proposta feita pelo Ministério da Agricultura do Brasil para autorizar mais frigoríficos do país a exportar carnes ao país asiático, conforme três fontes consultadas pelo Valor.

A China lidera as importações de carnes do Brasil. No ano passado, gastou US$ 2,5 bilhões com as compras dos produtos brasileiros e, com isso, representou 17% da receita total de US$ 14,7 bilhões das exportações de carnes, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. 

A decisão da China frustra grandes frigoríficos como JBS, Marfrig e Minerva, que demonstravam otimismo com o resultado da visita feita por técnicos sanitários do país asiático em novembro do ano passado. Na ocasião, os chineses visitaram dez abatedouros de aves e bovinos.

No segmento, havia esperança de que as habilitações fossem até mais numerosas do que o total de plantas visitadas. Pequim chegou a sinalizar que as visitas serviriam como amostragem para as autoridades sanitárias do país apreciarem uma lista de mais de 70 abatedouros que estavam em processo mais avançado para a habilitação.

Economia: carne bovina, soja e frango




Enquanto Bolsonaro se ajoelha para lamber os pés de Trump e receber suas ordens, a vida real mostra a cara. O presidente estadunidense comemorou em rede social (Twitter) o eminente acordo comercial com a China.

A gigante mundial acena com a possibilidade de comprar 30 bilhões por ano destes três produtos, dos Estados Unidos (comprava do Brasil).

A compra de 10 bilhões de soja já está garantida e o governo dos EUA comemora.

A submissão do capitão ao civil yanque começa a dar resultados, Resultados positivos para os produtores dos EUA e negativo para os brasileiros.

Tá achando ruim? Faz gesto de arminha que passa.

Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um lado
Vida que segue...

Exportação de carnes cai a pouco mais de hum milésimo

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De sessenta e três (63) milhões de dólares exportados por dia, antes da Operação carne fresca deflagrado por irresponsáveis da PF - Polícia Federal -, o setor está exportando (por enquanto) setenta e quatro mil. Pergunto:
Quando as empresas começarão a demitir funcionários?
A estrela da PF que cometeu esse papelão será demitido ou promovido?
Deixe sua opinião nos comentários. 

Economia: É a crise!

Balança comercial do agronegócio brasileiro tem superávit comercial de 8,1 de dólares em Julho

Jornal GGN - A balança comercial do agronegócio fechou o mês de julho com um superávit de US$ 8,1 bilhões, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento.
Ao longo do período, as exportações do agronegócio atingiram o montante de US$ 9,61 bilhões, o que representou um crescimento de 3,3% em relação aos US$ 9,30 bilhões negociados no mesmo mês do ano anterior, além de uma participação de 41,7% no total das vendas externas brasileiras no período. No que se refere às importações do agronegócio, houve queda de 0,5% em comparação a julho de 2013, atingindo-se a cifra de US$ 1,51 bilhão.
No período, o principal setor da pauta exportadora foi o complexo soja, com vendas de US$ 3,94 bilhões (-0,3%) e embarque de 7,44 milhões de toneladas (+0,8%), representando 41% do total das exportações do agronegócio. O principal item do setor foi soja em grãos, com incremento de 3,0% sobre o mês anterior e valor negociado de US$ 3,15 bilhões. O quantum exportado foi de 6,04 milhões de toneladas, com expansão de 6,8%. As vendas do farelo de soja chegaram a US$ 657 milhões (-14,6%), com a comercialização de 1,25 milhão de toneladas do produto (-21,8%). Já o óleo de soja foi responsável por uma receita de US$ 131 milhões (+7,9%) e pelo embarque de 146 mil toneladas (+20,3%).
Os dados mostram que, apesar de o ingresso financeiro e da quantidade vendida continuarem elevados, o comércio de soja iniciou uma desaceleração, já que os embarques do produto costumam concentrar-se nos meses de maio e junho.
O segundo principal setor exportador do mês de julho foi o setor de carnes, com o valor de US$ 1,66 bilhão e crescimento de 14,0% em relação ao mesmo período de 2013. Já em quantidade, o incremento foi de 5,7% para as 586 mil toneladas comercializadas. Com a receita de US$ 772 milhões e aumento de 13,9%, a carne de frango foi o principal produto do setor no mês. Houve aumento também tanto na quantidade exportada (+9,4%) quanto no preço médio do produto (+4%).
Em seguida, destacou-se a carne bovina, com a cifra de US$ 690 milhões (+19,7%) e 145 mil toneladas embarcadas (+9,2%), além de valorização de 9,6% no preço médio do produto no mercado internacional. Completando as exportações do setor, a carne suína gerou um montante de US$ 139 milhões (+10,8%), enquanto a carne de peru apresentou queda de 56,0% em relação a julho de 2013, com vendas externas de US$ 19 milhões.
O complexo sucrolacooleiro foi o terceiro principal setor exportador do mês, com US$ 1,05 bilhão em vendas e embarque de 2,56 milhões de toneladas. A receita das exportações é 11,3% inferior à de julho de 2013, enquanto o embarque caiu 0,7%. Segundo nota do Ministério da Agricultura, houve queda de 10,7% no preço médio cobrado no mercado internacional. O açúcar foi o principal item comercializado, com 94,5% das vendas do setor em julho de 2014, e contribuiu com US$ 996 milhões (+3,3%) e 2,49 milhões de toneladas exportadas (+8,3%).
Os outros itens de destaque na balança agrícola foram os produtos florestais e o café. Nos produtos florestais, as vendas somaram US$ 882 milhões, crescendo 6,5%, e os embarques atingiram 1,46 milhão de toneladas, 13,2% mais que em julho do ano passado. Papel e celulose lideraram as vendas do grupo, com ganhos de US$ 652 milhões, 4,7% superiores aos de 2013, e embarques de 1,15 milhões de toneladas, 17% maiores que no ano passado.
Já no setor cafeeiro, a receita com as exportações totalizou US$ 583 milhões, 65,2% acima do registrado em julho de 2013, para 174 mil toneladas comercializadas, 42% mais que no ano passado. De acordo com o Ministério da Agricultura, o preço médio atingiu US$ 3.340 por tonelada, com alta de 16,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
No que se refere às importações do agronegócio realizadas em julho de 2014, os principais produtos adquiridos no mercado externo foram trigo (US$ 202 milhões); papel e celulose (US$ 176 milhões); pescados (US$ 97 milhões); lácteos (US$ 46 milhões); e borracha natural (US$ 46 milhões).

Economia

É a crise
A Vale exportou 7% a mais no 1º bimestre; Vendas da Petrobrás crescem 42,2% 

André Magnabosco - Agência Estado
 
A Vale, maior exportadora do Brasil, faturou US$ 3,855 bilhões com vendas externas no primeiro bimestre de 2014, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O volume é 6,96% superior ao negociado no mesmo período do ano passado. A Petrobrás, segunda do ranking, ampliou as exportações em 42,23% no período, para um total de US$ 1,755 bilhão (menos da metade do volume exportado pela Vale)
 
Quando considerados apenas os números de fevereiro, a diferença na variação registrada pelas duas companhias cai. As exportações da Vale tiveram alta de 3,08% em relação ao segundo mês de 2013 e atingiram US$ 1,857 bilhão. As vendas externas da Petrobrás cresceram 10,87%, para US$ 960,3 milhões. Ainda assim, a Vale exportou quase duas vezes o volume vendido pela Petrobrás no mês.
Com esse resultado, o déficit comercial da Petrobrás fechou o primeiro bimestre em queda na comparação com o mesmo período de 2013. Graças à combinação de alta das exportações e retração das importações, o déficit da estatal encolheu 14,8% no período.
Frigorífico. A terceira colocada do ranking mensal divulgado pelo Mdic, ao fechamento do primeiro bimestre, foi a JBS, com exportação total de US$ 684,1 milhões. O volume representa uma expansão de 36,78% em relação ao acumulado do primeiro bimestre de 2013. A concorrente BRF ficou na quarta colocação, com US$ 604,6 milhões exportados no bimestre, uma retração de 20,84% em relação ao mesmo período do ano passado.
A petroquímica Braskem ficou na quinta posição, com a venda de US$ 547,2 milhões, expansão de 23,06% em igual base comparativa, segundo o Mdic. Os números consideram apenas a venda feita pela empresa levando em consideração um único CNPJ. No caso da Petrobrás, por exemplo, o levantamento abrange as negociações da Petróleo Brasileiro SA Petrobrás, não considerando assim as vendas de outras empresas do grupo, caso da Petrobrás Distribuidora SA. O braço de distribuição da Petrobrás aparece na 28ª colocação do ranking bimestral.
O ranking dos dez maiores exportadores conta ainda com a Cargill, com vendas de US$ 487,4 milhões no bimestre (queda de 8,70% sobre o mesmo período de 2013); Bunge, com US$ 422,1 milhões (-18,21%); Samarco, com US$ 399,9 milhões (-14,27%); Copersucar, com US$ 378,1 milhões (-16,74%); e Thyssenkrupp, com US$ 321,9 milhões (+0,21%).
A Embraer continua fora da lista das dez maiores exportadoras do País. Ela ocupa a 12ª posição, atrás da CBMM. A fabricante de aeronaves exportou US$ 313,4 milhões entre janeiro e fevereiro, uma retração de 18,34% em relação ao mesmo bimestre do ano passado.
Papel e Celulose. Fibria e Suzano Papel e Celulose, as duas maiores exportadoras do setor de papel e celulose, continuam na lista dos 20 maiores do País. A Fibria exportou US$ 257,2 milhões no bimestre, uma expansão de 10,58% ante 2013. A Suzano negociou US$ 239,1 milhões no mesmo período, um incremento de 12,85% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.
As duas companhias ocuparam a 18ª e a 19ª posição do ranking, atrás de empresas como Louis Dreyfus (13ª), Statoil (14ª), Seara (15ª), CSN (16ª) e Caterpillar (17ª). A Raízen Energia fecha a lista das 20 maiores exportadoras do País.

do Escrevinhador - a diferença entre jornalismo e discurso panfletário

O Porto de Mariel, construído em Cuba em parceria com o Brasil, gerou polêmica nos últimos dias. O BNDES investiu US$ 802 milhões para o porto. Mais US$ 290 milhões serão destinados para a zona especial de desenvolvimento de Mariel.
A comentarista Rachel Sheherazade, apresentadora e comentarista do Jornal do SBT, fez duras críticas aos investimentos do governo. Jornalista brilhante, especialista em todos os assuntos, fez um comentário dura: “Parece que está sobrando dinheiro no Brasil, porque não tem limite a generosidade do governo com os estrangeiros”.
No final do comentário, a especialista em comércio internacional pergunta: “Por que financiar um porto em Cuba quando se os nossos portos estão sucateados e abandonadas?”
Heródoto Barbeiro, apresentador do Jornal da Record News, mais humilde, abriu mão de fazer comentários conclusivos e convidou para o programa um diretor da Fiesp, Thomaz Zanotto, para saber a opinião dos industriais.
Apesar de não serem tão sábios como a comentarista do SBT, os industriais têm interesses econômicos concretos e podem tecer avaliações sobre o assunto…  O diretor da Fiesp destacou que, o porto foi construído por empresas brasileiras, que forneceram também 80% dos materiais e equipamentos envolvidos na obra.
“Existe um interesse estratégico. O Brasil é um país sul-americano e tem bastante inserção na região. A inserção econômica do Brasil no Caribe ainda é pequena e pode melhor muito. E o porto é uma oportunidades para isso”, disse.
A sábia apresentadora do SBT, com seu discurso ideológico, precisa ter cuidado, para não passar a imagem de que é boneco de ventríloquo dos blogueiros “fofos” da Veja…
Heródoto Barbeiro, por sua vez, fez jornalismo e entrevistou um diretor da Fiesp, que apresentou informações relevantes sobre as vantagens para as empresas do Brasil investirem no porto.
Veja os vídeos: Aqui

Fernando Pimentel: o que a balança comercial revela


A despeito das análises negativas, o Brasil nunca exportou tanto quanto no último biênio. Alguns produtos tiveram recorde de exportação
O Brasil fechou 2012 com exportações da ordem de US$ 242,6 bilhões -o segundo melhor resultado da série histórica- e um superavit de US$ 19,4 bilhões, a despeito do agravamento da crise econômica internacional.
No entanto, foi a queda de 34,8% do saldo positivo da balança comercial na comparação com 2011 que concentrou a atenção dos analistas, impedindo que se enxergasse muitos outros aspectos do bom resultado de 2012.
Bom resultado? Sim, e vejamos por quê. Antes de tudo, em nenhum outro biênio, o Brasil exportou tanto quanto nos últimos dois anos.
Em 2012, mantivemos o patamar elevado de exportações atingido em 2011, ano de recorde das nossas vendas externas. É preciso lembrar que já em 2011 tínhamos aumento de 27% em relação ao ano de 2010. Ou seja, a queda de 5,3% das exportações em 2012 tem que ser vista no contexto de um patamar muito elevado no ano anterior.
A corrente de comércio de 2012 foi a segunda maior da série histórica, com o registro de que 82% do que o Brasil importou no ano passado foram insumos e bens de capital, ou seja, alavancas para o crescimento econômico.
É sabido que as importações -dentro de parâmetros leais- contribuem para a competitividade da indústria brasileira e para as próprias exportações do país. Prova disso é que na lista dos cem maiores importadores brasileiros em 2012, 94 também exportaram.
Pode ter passado despercebido o fato de que, entre todas as categorias, as exportações de manufaturados apresentaram a menor queda (-1,7%). Em outras palavras, a venda de manufaturados evitou uma queda maior nas exportações em 2012.
Num ano marcado pela crise externa, o Brasil bateu recorde de exportação de produtos como ônibus, bombas e compressores, motores e geradores elétricos. Também as exportações de aviões cresceram 21% em relação a 2011.
Não se pode ignorar o impacto da crise internacional -e, em particular, da queda de preços de commodities- sobre o nosso comércio exterior. Obviamente, não se trata de negar a redução do superavit, mas um simples exercício aritmético permite concluir que, mantidos os preços do minério de ferro praticados em 2011, só as exportações dessa commodity teriam agregado US$ 10,3 bilhões ao resultado de 2012.
Essa diferença teria elevado nosso saldo aos quase US$ 30 bilhões de 2011, praticamente zerando a queda das exportações.
Notem que outros países exportadores de commodities minerais experimentaram quedas relevantes em seus saldos. De janeiro a outubro, a Austrália registrou perdas de 63%. No Chile, a queda foi de 72% entre janeiro e novembro.
Convém ainda um comentário sobre a Argentina. Apesar de persistirem dificuldades administrativas para exportadores brasileiros, poucos analistas notaram que a maior parte da queda das vendas está relacionada ao desaquecimento da economia do país vizinho e do efeito preço de alguns produtos: minério de ferro (-43%), combustíveis (-71%), aviões (-100%), energia elétrica (-39%) experimentaram queda significativa apenas por motivos relacionados à situação econômica da própria Argentina e do mundo.
Num cenário em que o mundo ainda se ressente dos efeitos da crise, pode-se considerar claramente positivo o resultado das exportações brasileiras em 2012, que, repito, atingiram o segundo maior valor da série histórica. Uma leitura da realidade que não leve em conta as variáveis aqui mencionadas certamente não conta toda a história.
Em 2013, o início de recuperação da economia internacional, combinada aos resultados de medidas adotadas pelo governo brasileiro para aumentar a competitividade da indústria nacional, decerto vai produzir efeitos positivos sobre o nosso comércio exterior.
Agora é trabalhar para mais um ano de bons resultados.

Importação e Exportação


Desde 3ª feira, o Brasil determina que os importadores sejam obrigados a pedir licenças de importação não automáticas, só concedidas depois de análises técnicas do governo. O processo de importação, nesses casos, pode demorar até 60 dias.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), a reação do governo brasileiro é uma resposta a Argentina, que tem dificultado a entrada de nossos produtos em seu mercado. De acordo com a entidade, o Brasil tem 2,5 mil máquinas agrícolas paradas nos pátios das alfândegas daquele país.

Mas, não são só os produtos automotivos brasileiros que aguardam a liberação não automática na Argentina. Até ovos de Páscoa fazem parte de uma lista de produtos que sofrem restrições naquele país. Para piorar, recentemente, a relação de produtos nossos que não precisavam de licença prévia para entrar lá passou de 400 para 600 itens.

Três recados foram dados

Como os automóveis de passageiros representam quase 1/4 das mercadorias vindas de lá para cá a decisão brasileira pretende ser um recado duro à Argentina. Não é de hoje que estes atritos comerciais estão em pauta entre os dois países.

A Folha de S. Paulo traz reportagem hoje ressaltando que a presidenta Dilma Rousseff em três ocasiões mandou comunicados à Casa Rosada, queixando-se da retenção de produtos brasileiros nas alfândegas do país. Neles, a nossa presidenta expressou sua “grave preocupação” com o andar das negociações.

Todo o apoio à atitude do governo brasileiro de ter mão firme com a Argentina - e com todo país que venha a discriminar nossas exportações. No caso do nosso vizinho cisplatino, é particularmente grave o fato de estar se recusando a qualquer tipo de negociação. E ele ainda reage classificando como "intempestiva" a decisão brasileira! Não tem como não retaliar. Assim é a vida.

Economia e Desenvolvimento

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Fernando Nogueira da Costa 



Os defensores da hipótese de que houve continuísmo da política econômica  do Governo FHC no Governo Lula argumentam que se manteve o mesmo “tripé” baseado no regime de metas de inflação, que garantiu a estabilidade inflacionária, a política fiscal com meta de superávit primário, que garantiu a solvência da dívida, e o regime de câmbio flutuante, que enfrentou os choques externos. Isto é apenas a aparência da realidade.

Na essência, determinado regime de política econômica se estabelece sempre através da combinação de apenas quatro instrumentos básicos: política monetária e/ou de crédito, política fiscal, política cambial e grau de mobilidade do capital. Como pode se estabelecer quatro hipóteses quanto à abertura comercial-financeira do país – economia fechada (ou imobilidade absoluta), reservas de mercado, mobilidade imperfeita, mobilidade perfeita –, a análise combinatória entre esses instrumentos resulta em dezesseis situações possíveis. Elas se distinguem em termos de eficácia para alcançar o equilíbrio externo com simultâneo crescimento da renda e do emprego, ou, se houver inflação de demanda, recessão econômica para buscar a estabilidade dos preços.

Modelo keynesiano de Macroeconomia Aberta deduz que a política fiscal expansiva é ineficaz para retomar o crescimento com câmbio flexível e forte mobilidade de capital, condições atualmente necessárias para obter relacionamento proveitoso com o resto do mundo. Sugere também que a opção, nessas condições, deve ser por política fiscal mais rígida e política de crédito expansiva. Este último instrumento-chave de política econômica não foi utilizado nos dois mandatos de FHC. A preocupação maior era controlar a demanda agregada e sanear os bancos públicos, preparando-os para futura privatização.

Apesar da flagrante melhoria de seu desempenho, a economia brasileira opera com arranjo ineficiente, combinando taxa de juros reais muito altas e taxa de câmbio apreciada. Para se alcançar a eficiência econômica, é necessário observar se não há outros usos possíveis para os recursos produtivos que aumentem o grau de satisfação da sociedade. Na atual conjuntura, as exportações e as importações estão, respectivamente, abaixo e acima do que seria economicamente eficiente. Se o volume de importações está excessivo, há perda de bem-estar para a sociedade com alguns recursos empregados na indústria exportadora sendo desocupados.

No debate sobre o que virá de novo em termos de política econômica, possivelmente, em Governo Dilma, surgiram duas propostas para iniciar o processo de transição para novo arranjo com taxa real de juros menor e moeda nacional menos apreciada. A primeira seria constituir maior coordenação entre as políticas fiscal e monetária. Apesar de garantir solvência, a atual política fiscal tem caráter nitidamente pró-cíclico, já que o aumento da receita, em momentos de forte crescimento, incentiva aumentar as despesas, pressionando a demanda agregada e forçando o Banco Central a ser mais duro com a política monetária. A segunda proposta é manter o superávit primário em 3,3% do PIB como meta da política fiscal rígida, de maneira que até o final do primeiro mandato da Dilma o déficit nominal seja zerado. Segundo estimativas do Ministério da Fazenda, assim seria viável a dívida pública cair para 28,7% do PIB em 2014.

O uso contra-ciclo de instituições financeiras públicas via política de crédito com recursos para-fiscais expõe ainda mais esse problema de coordenação. Além do mais, conjuntura de retomada de crescimento e juro real elevado gera forte entrada de recursos externos, apreciando a moeda nacional.

A proposta é a de retomar instância coordenadora mais ampla, como era antes o Conselho Monetário Nacional (CMN) com a participação dos ministros da Economia (Fazenda, Planejamento, MIDC, Trabalho, Agricultura, dirigentes dos bancos públicos federais e do Banco Central do Brasil), para coordenar a execução da política fiscal, cambial, monetária e de crédito. Assim, retiraria da política monetária (ou de juros) todo o ônus de garantir a estabilidade, muitas vezes freando quando a política fiscal e a de crédito aceleram. O Banco Central passaria a ter meta de inflação e também meta de crescimento, decididas de maneira coordenada por essa instância do Governo. Os diversos instrumentos de política econômica teriam seu planejamento orientado por política realmente desenvolvimentista ou, se for o caso, estabilizadora.

As autoridades monetárias não devem, nem podem, escapar da responsabilidade por obter também resultados macroeconômicos reais. Uma razão é política: o Banco Central não pode desprezar objetivos altamente valorizados pela sociedade à qual serve. Outra razão é econômica: seus dirigentes não podem esperar por vida fácil, administrando regras mecânicas, independentemente das condições econômicas vigentes e prospectivas.

Os economistas neoliberais defendem a tese de que o Banco Central deve ser independente para alcançar a meta apenas em relação à inflação. Adversários dessa posição acham que quem deve definir o objetivo de toda a política econômica não é o Banco Central, mas sim o governo eleito.

A questão da independência do Banco Central está mais afeita ao plano da ação da política econômica. Não deve haver qualquer limitação regulamentar ou institucional que, nas crises graves, coloque obstáculo à ação discricionária. Na realidade, o debate regra versus política discricionária é a respeito de quanto de autoridade deve ser delegada ao formulador de política monetária. 

A recente política brasileira de estabilização inflacionária demonstrou que ter Banco Central independente não é nem condição necessária nem suficiente para combater a inflação. Para o sucesso dessa política, houve sim necessidade de política macroeconômica abrangente e coordenada, envolvendo política de abertura comercial e financeira, política fiscal, política de rendas, política cambial e política de juros, em condições internacionais propícias ao acúmulo de reservas internacionais e à taxa de câmbio favorável às importações.



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Ceará produz morango na Serra

Festa no Agronegócio: 
Fruticultores cearenses estão plantando e colhendo morangos na serra da Ibiapaba. Este colunista saboreou o morango cearense e pode testemunhar que ele é semelhante - em tamanho, cor e sabor - ao que é produzido no Sul do País. É muito provável que, dentro de três anos, o Ceará incluirá o morango na sua pauta de exportação de frutas. Gol!
Egídio Serpa
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Brasil - 6º em potencial de crescimento


O Brasil está entre os 10 países emergentes com maior capacidade de acelerar seu ritmo de crescimento e se desenvolver. A conclusão é de um estudo feito por economistas do Banco Asiático de Desenvolvimento.
O estudo considera quatro características principais - e algumas divisões das mesmas - na pauta de exportações: sofisticação; diversificação; características únicas e potencial de vender outros produtos com vantagem comparativa para o exterior.
Do cruzamento dessas informações, do período entre 2001 e 2007, surgiu o Índice de Oportunidades.
“A ideia do índice é que no longo prazo a renda de um país é determinada pela variedade e sofisticação dos produtos que ele faz e exporta e pela acumulação de novas capacidades para desenvolver outros produtos”, disse Jesus Felipe, economista do ADB e coordenador do estudo, à Folha.
Entre os 130 países em desenvolvimento analisados, o Brasil aparece em sexto lugar, atrás de China, Índia, Polônia, Tailândia e México.
O Índice de Oportunidades é inspirado em trabalhos de economistas como Ricardo Hausmann e Dani Rodrik, de Harvard, que mostram que a composição da pauta exportadora de um país influencia sua capacidade de crescimento e desenvolvimento.
Segundo Felipe, os países que estão bem posicionados no índice são aqueles que conseguiram ampliar e diversificar suas pautas de exportações em produtos mais elaborados (como máquinas e químicos).
“A China desenvolveu uma obsessão por industrialização. No caso do Brasil, as políticas de substituição de importações do passado ajudaram a construir capacidades para desenvolver certas vantagens comparativas.”
Dentre as categorias analisadas, o Brasil se destaca em diversificação da pauta de produtos sofisticados e potencial para desenvolver novos bens exportáveis.
A existência de uma grande variedade de produtos competitivos no setor de máquinas também ajuda a explicar a boa colocação do Brasil no ranking.

BOAS POLÍTICAS
Na conclusão do estudo, os economistas ressaltam brevemente que uma boa colocação não é garantia de sucesso. Dizem que “boas políticas e incentivos importam”.
Em estudo de 2008 sobre o Brasil, o próprio Hausmann disse que o crescimento do Brasil vinha sendo “surpreendentemente baixo”, considerando que o país tem uma pauta exportadora sofisticada para sua renda. Esses dois fatores combinados tendem a resultar em alta expansão econômica.
Em entrevista recente à Folha, Hausmann reforçou o ponto. Disse que o Brasil poderia ter uma posição de maior destaque no comércio global. Mas que esse potencial é prejudicado por políticas inadequadas que têm levado a uma excessiva valorização do real, criando o risco de desindustrialização.
“A Samsung por exemplo é uma empresa muito grande no Brasil, mas é coreana. Não há muitas “Samsungs brasileiras”. Há a Vale e a Petrobras, mas o Brasil não conseguiu sustentar um modelo de crescimento industrial que leve uma variedade maior de empresas globais”, disse Hausmann.
Para Ernesto Lozardo, professor de economia da FGV, o Brasil tem as condições necessárias para continuar se transformando em uma economia de “competências comparativas”. Mas ressalta que “a produção e a vocação” do país não se concentram em commodities.
O peso crescente de produtos básicos -e o correspondente declínio dos manufaturados- na pauta de exportação brasileira tem estado no centro do debate econômico atual.

ÉRICA FRAGA – FOLHA SP

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De casas a copa algumas desonerações

Lula assinou ontem uma medida provisória que reduziu alguns tributos. Veja algumas das providências: 

1Casas populares: Ampliou-se de R$ 60 mil para R$ 75 mil o preço máximo dos imóveis financiados pelo programa do Minha Casa, Minha Vida com direito a isenção de tributos.

Entram na desoneração o PIS-Cofins, a CSLL e o Imposto de Renda. Vigora imediatamente. Vale para os contratos já assinados.

2Copa: Concedeu-se às empresas que executarão obras de construção e reforma de estádios para a Copa de 2014 isenção tributária para materiais, bens e serviços.

Nessa conta entram PIS-Cofins, IPI e II. O governo estima que, até o ano da Copa, a renúncia fiscal vai somar algo em torno de R$ 350 milhões.

3Autopeças: Criou-se um calendário para a eliminação do desconto de 40% do II (Imposto de Importação) para autopeças.

O desconto será eliminado gradativamente, em quatro etapas, até ser eliminado, em maio de 2011. Já em agosto, cai de 40% para 30%.

Os maiores beneficiários serão os fabricantes nacionais de peças para automóveis.

4Inovação tecnológica: Empresas que investirem na pesquisa de novas tecnologias serão estimuladas com a desoneração de Imposto de Renda e CSLL.

O estímulo vai cobrir projetos voltados à tecnologia da informação, energias renováveis, nanotecnologia, biotecnologia, saúde e área social.

5Estímulo à exportação: Hoje, ao importar insumos para a fabricação de produtos destinados à exportação, o empresário dispõe de isenção do Imposto de Importação.

O produto é tributado depois de pronto, no ato da exportação. Com a medida provisória, o exportador ganhará um crédito no mesmo valor do imposto, para a aquisição de novos insumos.

Embora sujeita ao crivo do Congresso, a medida provisória entra em vigor imediatamente. Se sofrer alterações no Legislativo, os ajustes são feitos a posteriori.

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Governo Lula resgata ZPEs

O presidente Lula está ampliando o número de Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) e tomando medidas para que saiam do papel as criadas nos governos José Sarney (1985-90) e Itamar Franco(1992-94). 

Pelo menos quatro ZPEs devem estar em condições de começar a operar até o fim do ano. 

Entre elas, uma em Alagoas e outra no Maranhão, reivindicadas respectivamente pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP).

O resgate do programa por Lula tem um simbolismo político.


O candidato do PSDB a presidente, José Serra, sempre foi um crítico desse modelo de industrialização. 

Já a candidata do PT, Dilma Rousseff, apoiou publicamente sua retomada. 
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Eximbank será uma realidade

O governo pretende anunciar amanhã um pacote de incentivo às exportações, cujo desempenho tem preocupado economistas e empresários. O conjunto de medidas, que estava sendo finalizado ontem pelos técnicos do Ministério da Fazenda, deve incluir a redução do prazo de devolução de créditos de PIS-Cofins, um sistema de incentivo às empresas inscritas no Simples e a criação de um banco para financiar exportações, o Eximbank, discutida há mais de 20 anos.

O pacote, que vem sendo negociado há cinco meses entre os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, aguarda apenas o aval do presidente Lula. O governo queria anunciá-lo no mês passado, mas houve divergências entre Mantega e Jorge. A preocupação era evitar gastos excessivos com incentivos. Uma das medidas será a redução do prazo para devolução de créditos de PIS-Cofins acumulados pelos exportadores. Hoje, esse prazo chega a até cinco anos. O novo limite deverá ficar entre 45 e 90 dias.

BC aumenta juros (selic)

Taxa básica subiu 0,75 ponto, para 9,5% ao ano; segundo o Copom, alta é resultado de pressões inflacionárias

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu aumentar em 0,75 ponto percentual o juro básico, para 9,5% ao ano. E a primeira alta em 19 meses.

O Brasil continua tendo os maiores juros reais do mundo (descontando-se a inflação). Com a alta na taxa, o real deverá se valorizar ainda mais diante do dólar.

A decisão de elevar os juros, unânime, visou "assegurar a convergência da inflação à trajetória de metas", segundo nota do Copom divulgada depois da reunião.

Desde março, as projeções de mercado para a inflação têm sido revisadas para cima. Nos últimos 12 meses, ela ficou em 5,1%, acima do centro da meta oficial, 4,5%.

Nesta semana, a Folha revelou que o presidente do BC, Henrique Meirelles, defendeu uma "paulada" nos juros durante conversa com o presidente Lula.

A taxa básica do BC serve só de referência; na prática, os juros da economia são bem maiores.

Nos EUA, o Fed decidiu manter os juros perto de zero "por longo tempo".



Traduzindo:
O BC do Brasil faz a festa dos agiotas nacionais e internacionais.


Inunda o país de dólar e prejudica as exportações.


Corja!



Refinarias, o novo desafio da Petrobras



Para quem ainda não se convenceu de todas as vantagens estratégicas de que o controle da exploração das reservas de petróleo do pré-sal fique nas mãos do estado brasileiro, através do controle das operações pela petrobras, é bom ler a matéria que o Estadão publica hoje, afirmando que a tendência [e de que o Brasil logo se torne um exportador de petróleo bruto.
A matéria informa, corretamente, que a capacidade de refino de petróleo no Brasil está no limite e que as refinarias hoje em construção não são capazes de processar o volume de petróleo que virá da nova jazida, nem foram planejadas para o tipo de óleo que se encontrou no pré-sal. Continua >>>

Exportação não é tudo

“Poucos atentam para isso, mas a China é menos dependente do exterior do que se imagina. As exportações chinesas não desempenham papel de principal motor da economia.O que verdadeiramente impulsiona hoje são os investimentos em ativos fixos e o consumo interno, incluindo gastos residenciais e públicos."

"O grande mito de que exportações líquidas são o principal motor do crescimento tem sido cada vez mais refutada diante do agravamento da crise mundial e consequente retração do mercado mundial."

"Em 2008, elas contribuíram com apenas 0,5 ponto porcentual para o aumento do PIB e, no primeiro semestre de 2009, essa contribuição foi negativa em 2,9 pontos. Impulsionados pelo pacote de estímulo, aumentou consideravelmente a contribuição do investimento fixo para o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2009, com 6,2 pontos ante 4,3 pontos em 2008. Já o peso do consumo interno foi de 3,8%."

"A China tornou-se o principal parceiro comercial brasileiro, ultrapassando os EUA pela primeira vez, atesta Rodrigo Maciel. E tudo indica que poderemos continuar assim nos próximos trimestres. É uma oportunidade única, num mercado mundial deprimido."

Rodrigo Tavares Maciel, secretário executivo do Conselho Empresarial Brasil-China

Aonde estão agora os críticos e especialistas que tanto bateram na política externa do governo do presidente Lula?

Vencendo a poeira

Na poeira da crise, montadoras do Brasil recuperam todo o mercado interno, mas prdem metade do mercado interno. Os brasileiros estão mesmo de carros novos, saltitando nas lombadas da crise. Que crise? 

As vendas no mercado interno, de janeiro a maio, registraram empate técnico com o resultado recorde do mesmo período no ano passado: 1,150 milhão de unidades licenciadas aqui. Em maio, 9 em cada 10, com motor flex, inveja do mundo.

As exportações desde janeiro caíram pela metade, na buraqueira da crise. 

Mesmo assim, as montadoras estão conseguindo segurar o nível de emprego, em 120 mil funcionários, corte de apenas 5% sobre maio do ano passado.

Viva o mercado interno. 
Joelmir Beting

Commodities em alta

A Bolsa de Valores fecha maio com valorização de 42% no ano. E o petróleo não fica atrás: desde janeiro, já está 46% mais caro no mundo. 

Na faixa de US$ 66 o barril, maio termina em alta de 32%, a maior elevação mensal em dez anos. Tradução: se os combustíveis no Brasil não ficaram mais baratos até agora, não vão ficar mais. 

E nas commodities agrícolas, é festa no interior.

As cotações dos nossos principais produtos agrícolas de exportação encerram maio com elevação acumulada no ano de 13% no milho, 17% no café, 24% no suco de laranja, 28% na soja, 29% no algodão e 37% no açúcar. Bom para quem produz, ruim para quem consome.

Conclusão: para as commodities minerais, metálicas e agrícolas a crise já passou. E foi tarde.