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SERES INVISÍVEIS

Quem nunca imaginou o que é olhar para um pessoa e não ver o ser humano que vive nela provavelmente dará a este post a mesma importância que dispençamos ao moradores de rua.

As chuvas amazônicas são mais copiosas tão logo as luzes coloridas se acedem anunciando a chegada do Natal.

E vão quase até que essas luzes se acendam novamente no ano subsequente.Isso equivale dizer que na Amazônia o inverno, o período das grandes chuvas, dura o ano todo, praticamente.

É quando chove que me mais vem a mente os que não tem a sorte de ter um lar, de um teto que os acolha e proteja.
Os moradores de rua são esses seres.

Tragados pela vida.Expelidos pela sociedade.
Cada um com a sua história pessoal.
Em comum, a dor da indiferença que os torna invisíveis, sem presente nem futuro.

A degradação da dignidade humana não faz distinção de sexo nem idade e conduz impiedosamente às masmorras da miséria homens e mulheres de todas as idades.

Dados da Unesco apontam que de cada 100 moradores de rua 82 são homens e mais da metade desse total tem entre 25 e 44 anos.

Ou seja, são homens e mulheres com plena capacidade de desenvolverem sua força de trabalho, mesmo porque 74% deles sabem ler e escrever.

Quando damos aquelas moedinhas ao flanelinha que “guardou’ o nosso carro é possível que estejamos olhando na cara de um morador de rua.
Existem pessoas que dão todos os “cinco centavos” que tem na bolsa porque as moedas “incomodam” e não se importam com a quantia oferecida.
O que importa mesmo é verificar, depois, se o “guardador”, além da sua flanela, não usa uma outra “ferramenta de trabalho” que lhe dê acesso ao interior do veículo.

Que coisa horrível!

Para grande parte da sociedade não se deve olhar um flanelinha sem que dele se desconfie.

Ou seja, muitos tem em mente que nem um flanelinha é digno de confiança.
A pesquisa da Unesco não diz que temos de confiar nem nos flanelinhas nem nos moradores de rua.

A Unesco revela que 70,9% dos moradores de rua desempenham alguma atividade remunerada e que desses, 14,1% são flanelinhas, 27,5% juntam material reciclado, enquanto os demais são distribuídos em ativiaddes que vão desde a construção civil à serviços de limpeza e estiva.
O que se descobre é que nem todo flanelinha é um morador de rua.

E vice-versa.

E que, de forma alguma, é justo que se estigmatize o morador de rua o tendo como ladrão, um perigo à sociedade.

Perigo quem oferece é a própria sociedade.
O perigo de excluir e por à margem milhares de cidadãos e cidadãs, adultos, jovens e crianças.

O morador de rua se esconde, portanto, atrás de uma atividade qualquer, ainda que esta seja a prostituição, o desejo silencioso de viver dignamente, de ser alguém, de crscer como pessoa, de ter uma pessoa para amá-la e ser por ela amado, ter um lar ao invés das marquises e viadutos que os abrigam nas noites geladas de inverno nas cidades brasileiras.

O que os moradores de rua almejam é que sejam vistos.
Vistos como seres que, mais do que solidariedade, necessitam da ação do Estado para lhes trazer de volta a sociedade com dignidade.

No dia 23 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto criando a política nacional para população de rua.

Pode ser o início da efetiva promoção dos direitos humano, civis, políticos, econômicos e sociais dessa população.

Vamos ver...

Boletim Carta Maior - 03/01/2010

Caso não visualize esse email adequadamente acesse este link

 
Boletim Carta Maior - 3 de Janeiro de 2010 Ir para o site
 

 
 
A longa despedida da ditadura militar no Brasil
 
O Brasil precisa se livrar da ditadura militar, mas não antes de dissecá-la e neutralizar-lhe as sementes. Os militares de hoje não podem ser obrigados a defender gente como o coronel Brilhante Ustra, o carniceiro do DOI-CODI de São Paulo, nem o capitão Wilson Machado, vítima mutilada pela própria bomba que pretendia explodir, em 1º de maio de 1981, durante um show de música no Riocentro, onde milhares de pessoas comemoravam o Dia do Trabalho. Um Exército que dá guarida e, pior, se orgulha de gente assim não precisa de mais armamento. Precisa de ar puro.
O artigo é de Leandro Fortes.

> LEIA MAIS | Política | 03/01/2010
 
"Queremos Uruguai cheio de engenheiros, filósofos e artistas"
O presidente eleito do Uruguai, José "Pepe" Mujica, reuniu-se com um grupo de intelectuais em dezembro de 2009 e fez alguns pedidos a eles: que contagiem todo o povo uruguaio com o olhar curioso sobre o mundo, que está no DNA do trabalho intelectual, e com o inconformismo. Mujica propõe também uma revolução na educação. "Escolas de tempo completo, faculdades no interior, ensino superior massificado. E, provavelmente, inglês desde o pré-escolar no ensino público. Porque o inglês não é idioma falado pelos ianques; é o idioma com o qual os chineses conversam com o mundo. Não podemos ficar de fora".
> LEIA MAIS | Internacional | 30/12/2009
 
O ano do Brasil – e do presidente Lula
Dificilmente poderia ter havido ano mais auspicioso para o Brasil. Isso esteve claro nos momentos finais da conferência de Copenhague. Obama chegou atrasado, perdeu o bonde da História e, esnobado pelo presidente chinês Wen Jiabao (que se fez representar por gente de escalão inferior em reuniões de que Obama participava) invadiu como um penetra a sala onde se reuniam Brasil, África do Sul, Índia e China, o BASIC. Foto e relato do New York Times retrataram o quadro insólito em Copenhague. Obama entrou sem ser convidado. “Vou sentar ao lado do meu amigo presidente Lula”, disse. O artigo é de Argemiro Ferreira.
> LEIA MAIS | Política | 29/12/2009
• Jornal Le Monde elege Lula como o Homem do Ano
• Beto Almeida: Lula, o mundo e a mídia
 
 
Quem tem medo do Lula?
Quem tem medo do filme “Lula, filho do Brasil”? Opinem o que acham do filme. Eu abro com a minha. - 01/01/2010

 
Colunistas
 
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Falando do futuro (Pindorama, em 2345)
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José Luís Fiori
O debate da política externa: a moral internacional e o poder
Ao receber o Nobel da Paz, Obama recorreu às idéias de São Agostinho e de Santo Tomás de Aquino sobre a legitimidade moral das "guerras justas". Ao fazer isso, retomou a tese medieval de que existiria uma única moral internacional, situada acima de todas as culturas e civilizações. - 31/12/2009
 
Flávio Aguiar
O pósanticontra muitoantespelocontrário-Lula
Uma das chaves da propaganda anti-Dilma é a de que o cavaleiro conservador que entrar na liça não será um “anti-Lula”, mas sim um “pós-Lula”. Olhando-se para esse comportamento da nossa direita na frente externa, vê-se logo que isso é um fraseado sem pé nem cabeça. - 29/12/2009
 
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A direita e o suplício de Papai Noel
O título de “Homem do Ano em 2009", concedido a Lula pelo Le Monde, representou " o suplício de Papai Noel" para um jornalismo que se esmerou, com textos de contornos cada vez mais nítidos, em servir como porta-voz das forças mais reacionárias da sociedade brasileira. - 30/12/2009
 

 
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