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A realidade nua e crua


Os desembraguinhos do trf4 para condenar Lula foram lebres velocíssimas.
Depois de terem aumentado a pena do ex-presidente voltaram a serem o que sempre foram, tartarugas.
Corja!

Desembraguinho de Moro nega visita de Ciro a Lula


Compadre, capitão-do-mato e puxa-saco de Sejumoro negou visita de Ciro Gomes, Carlos Lupi e André Figueiredo a Lula. Segundo o desembagrinho João Pedro Gebran Neto, autor da decisão, não é direito líquido e certo de amigos a visitação a um preso, não cabendo o mandado de segurança. O verme frisou que tal requerimento poderia ser feito apenas por familiares e em situações excepcionais.

Deixa estar, a máfia jurídica-midiática não perde por esperar...o cipó de aroeira sempre volta no lombo de quem mandou dar. É apenas questão de tempo, pouco tempo.
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Desembraguinhos do trf4 antecipam data da execução de Lula

Os três (03) desembargadores do trf4 - Tribunal Regional Federal da 4ª região -, João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e Victor Laus, anteciparam para manha do dia 26/03, a sessão que votará os embargos infringentes apresentados pela defesa do ex-presidente Lula. A aposta é que todos embargos serão rejeitados por unanimidade - que surpresa -. Com isso a prisão poderá ser decretada no mesmo dia.

Enquanto isso Sérgio Moro sinaliza que o dinheiro arrecado pelo triplex que era de Lula, para condena-lo, poderá ir parar nas contas da OAS. 

Samba de loiro doido? 

Não!

Samba de canalhas da quadrilha de Curitiba.

: <p>Desembargadores Gebran, Paulsen e Santos Laus - da esquerda para direita</p>
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A pergunta que não quer calar

Por que Sérgio Moro, a força-tarefa da lava jato (Dallagnol & Cia) e os desembragunhos do trf4 não querem ouvir Rodrigo Tacla Duran, culpa no cartório?

Para acusar Lula ou qualquer outro petista eles escutam até cachorro.

Corja!

Brasil 247 - A oitava turma do TRF-4 irá julgar hoje, às 13:30 horas, dois pedidos feitos pela defesa do ex-presidente Lula que pedem um habeas corpus contra duas decisões do juiz federal Sérgio Moro que impediram o depoimento do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran, que vem fazendo denúncias sobre irregularidades da Lava Jato.

: <p>Tacla e Moro</p>
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Se togados podem, por que delegado não?


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Se juizecos e desembraguinhos adiantam votos, por que Segovia, diretor-geral da Polícia Federal não?

A PF vive um envelhecimento precoce. Isso é uma contradição num órgão que teve os quadros renovados e abriga, sob o ponto de vista da formação acadêmica, profissionais de excelente formação. Aliás, não fosse assim não estariam lá. Mas, boa formação acadêmica está longe de configurar sintonia com as grandes questões nacionais, sobretudo quando confrontadas com a conjuntura internacional. Boa formação acadêmica está longe de significar consciência social, sintonia e empatia com os problemas de um país, que a própria PF está ajudando a destruir, empunhando a bandeira do moralismo de ocasião. Qualquer delegadinho vaidoso ou desavisado pode devastar uma grande empresa e fazer despencar suas ações pelo mundo afora.
Boas escolas estão no rol dos privilégios das “elites”, das classes média alta ou remediada. Desse modo, na base de meu mundo é minha história (a recíproca é verdadeira), profissionais “bem formados” correm o risco de tentar fazer prevalecer, na leitura de fatos, os valores impregnados e inerentes àquela classe social. Valores já enfocados neste espaço, até com alusões irônicas do mestre Ariano Suassuna e suas histórias de quem já viajou ou não para a Disneylândia. Ego, ego, ego. É tanto ego na PF, ao ponto de não ser possível por fim às disputas por chefias, às buscas por zonas de conforto, em detrimento da atividade fim da instituição. É como se o trabalho investigativo tivesse importância menor. Muitas vezes parece que escrever brilhantes laudas de juridiquês soa mais importante do que um substancioso plano operacional.
Entre fogueiras de vaidades, uma entrevista para a televisão e dois minutos de fama, ao mesmo tempo em que faz cócegas no ego de uns provoca inveja em outros. Ressalvadas as exceções, é sob essa perspectiva que se formam grupos na procura de espaço. Na busca de equilíbrio, entidades de classe tentam promover debates entre candidatos ao comando da PF. Sinalizam com alguma democracia interna, muito embora, externamente, querendo ou não a indicação venha a ser política. A propósito, o impostor Temer ignorou os tais debates e indicou para o cargo quem bem ele quis, contribuindo para contaminar a já combalida imagem da instituição. Com todo respeito pessoal ao indicado, é o que se deduz das ceninhas exibidas pela mídia.
Enquanto a credibilidade da Farsa Jato cai, a consciência do golpe se consolida no imaginário social e a instituição dá sinais de bancarrota. Quando parecia caminhar para uma história dignificante que excelentes profissionais pretendiam construir, surge o aquilo deu nisso.
O fato é que a Polícia Federal está sem comando. Com razão ou não, onde já se viu, numa instituição regida pela disciplina e hierarquia, um furdunço desses? Que história é essa de subordinados afrontando seu comandante da forma como o vêm fazendo? Estarei eu querendo defender o espantalho do Temer? Certamente não. Mas há algo de errado nas grotescas cenas que a sociedade vem assistindo. O diretor da PF vive tropeçando em seus subordinados, pois grande maioria não o queria no posto. Sofre do mesmo mal de seu padrinho (o usurpador da faixa presidencial) que a maioria dos brasileiros pede que caia todos os dias - seja em passeatas, feiras livres ou blocos de Carnaval.
De qualquer forma, o homem do Fora Temer está lá e fez um jogo de cena inicial. Futucou o Ministério Público Federal, sugerindo que iria entrar na briga corporativista de sua categoria. Aqui, ali, membros do MPF fazem indevidas interferências no trabalho de delegados. A PEC 37, menina dos olhos dos delegados, foi vendida para sociedade pelo Ministério Público como “a PEC da corrupção”, com apoio da TV Globo. A PEC foi detonada nas ruas pelos Black Blocs e por um bando de alienados que mais tarde virou pato – já foram até ridicularizados no enredo da Escola de Samba Paraiso do Tuiuti.
A facilidade e descaramento com os quais Temer usou dinheiro público para comprar votos para destruir direitos sociais, não parecem ser a mesma para dobrar a PF. Os delegados querem autonomia, sob uma óptica deles e só deles, em nível muito fora do alcance de entendimento da sociedade. Querem uma autonomia que depende do Congresso Nacional ladrão, que em troca de votos comprados derrubou a Presidenta Dilma. O mesmo parlamento com o qual a PF se aliou no golpe, sabendo que iria entregar o país ao mesmo homem que hoje tentam caçar. Querem uma autonomia que, sob a percepção dos políticos corruptos, seria a criação de mais um monstro contra eles. Já pensou o Brasil repleto de Dalagnols inimputáveis pegando nos pés deles?
A autonomia pretendida só pode vir por lei, mas Temer, tentando fazer gracinha com os delegados, inventou de dar ou deu por meio de portaria administrativa. Como tudo tem estado na onda de moralismo de conveniência, Temer deu de bandeja autonomia de conveniência. Trata-se de uma autonomia para servidores com o perfil descrito no curso deste texto, hoje comandados por um delegado que desde o dia de sua posse, tenta minimizar as acusações contra o traidor de Dilma.
A PF tem um diretor geral fruto do golpe. Um diretor que vem demonstrando ter um conhecimento de causa que não deveria ter. Coisas que a PF só vai refletir quando se der conta de que houve mesmo um golpe no país e que sua contribuição para ele foi definitiva. Só vai entender, quando se der conta do significado de estar com seu reajuste salarial pendurado numa liminar judicial. Quando perceber a cara de jeton barato e provisório desse reajuste num “grande acordo nacional com o supremo e tudo”.
Sim, o diretor da PF fala demais. Entretanto, se juizecos, desembargadores e ministros do “Supremo” adiantam criminosamente votos e posicionamentos, o comandante daquela instituição se sentiu no direito de também dizer o que pensa. Está tudo em casa, ora bolas!
por Armando Coelho Rodrigues Neto ***


A ratazana moro imita os gatos


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Como é de conhecimento público o gato quando faz merda, cuida de enterrar. A decisão de Sérgio Moro mandar leiloar o triplex é de certa maneira isso, esconder a merda, inibir a catinga que ele, seus quadrilheiros de Curitiba e embarguinhos do trf4 fizeram. Quanto a decisão da juíza de penhorar o apartamento para pagar credor da OAS, não vem ao caso. Quem pensa que é essa sujeitinha, diz o cafetão do lupanar jurídico nacional.
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Leiam abaixo o artigo do jornalista Mauro Santayana

Os olhos do mundo e o terceiro ato

Desmascarado no mundo inteiro depois da repercussão alcançada pelo caso Lula para leitores de jornais como o Le Monde e o New York Times, o Juiz Moro, com a justificativa de devolver aos cofres públicos a fantástica soma representada pelo apartamento mais falado do Guarujá – e a pressa de “acabar” com as evidências – pediu o fim da penhora do imóvel para pagamento de dívida pela OAS, justamente determinada pelo TJDF – que equivale ao reconhecimento de que o imóvel pertence, claramente, à construtora – com o seguinte texto, que resgata fielmente a velha estratégia goebbelsliana de que a repetição constante de uma inverdade acaba transformando-a exatamente no oposto:
“A omissão do recolhimento do IPTU pela OAS Empreendimentos, proprietária formal, ou pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, proprietário de fato, coloca o imóvel em risco, com a possibilidade de esvaziamento dos direitos de confisco da vítima, no caso uma empresa estatal e por conseguinte com prejuízo aos próprios cofres públicos”.
Ora, a aparente conclusão de um fato não diminui a sua infâmia, apenas a evidencia.

Julgamento de Lula foi uma farsa, um ‘reality show’ orquestrado, diz Werner Becker,

Em uma entrevista concedida ao Sul21 em março de 2016, o advogado Werner Becker advertiu que o país estava vivendo então um clima muito parecido com o que antecedeu o do golpe de 1964, que derrubou o governo João Goulart. “Ouço gente dizendo que desta vez não vai ser assim. Em 64 também se dizia ‘desta vez não vai ser assim’”, afirmou na época. Quase dois anos depois, Werner Becker concedeu nova entrevista ao Sul21, lembrando o que disse em 2016: “Não quero ser profeta do acontecido, mas há dois anos, em uma entrevista que concedi para vocês, previ tudo isso que está acontecendo agora. E ainda vem muita coisa por aí”.
Nome histórico da resistência contra a ditadura, Werner Becker defendeu dezenas de presos políticos nos tribunais militares e militou pela redemocratização do Brasil. No último dia 24 de janeiro, ele assistiu todo o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Tribunal Regional Federal da 4a. Região. E não gostou nada do que viu: “No dia 24 de janeiro tivemos uma sessão de “reality show” no TRF4, onde ficou bem estampada a farsa. Houve a montagem de um espetáculo, orquestrado com absoluta antecedência. Ouvindo todos os votos, como eu fiz questão de ouvir, fica muito clara a farsa e a hipocrisia”.
Citando Marx, o advogado diz que o julgamento foi mais um capítulo do golpe em curso no Brasil. “Estamos repetindo agora, como farsa, a tragédia de 64. Lula vai ser preso, Aécio fica no Senado e o Temer na presidência da República. Ainda vem mais coisa por aí. Lembre-se que, depois de 64, veio 68 e 69, veio o AI-5. Na época, ninguém achava que aconteceria o que aconteceu. Agora também ninguém achava que eles iriam fazer o impeachment da Dilma e deflagrar o golpe. Ninguém achava que iriam acabar prendendo o Lula. As elites brasileiras não permitem qualquer avanço social. O resultado está aí”.
“Para tentar corrigir seu ato falho, antecipando o voto da turma e, portanto, do vogal, ele (Paulsen) disse expressamente que estava usando o plural majestático”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
por Marco Weissheimer

Sul21: Qual sua avaliação sobre o julgamento do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal da 4a. Região?
Werner Becker: Eu digo, em primeiro lugar, que o golpe prossegue. Estamos repetindo 1964. Lembro uma frase das mais conhecidas de Marx: a história acontece como drama e se repete como farsa. No dia 24 de janeiro tivemos uma sessão de “reality show” no TRF4, onde ficou bem estampada a farsa. Houve a montagem de um espetáculo, orquestrado com absoluta antecedência. Ouvindo todos os votos, como eu fiz questão de ouvir, fica muito clara a farsa e a hipocrisia. O desembargador Victor Laus, no último voto, diz que deixou de fazer o voto por escrito porque queria expungir dúvidas para tomar a sua decisão. Não é verdade. O revisor presidente já tinha antecipado o voto de toda a turma no seu voto.
Sul21: Está falando do desembargador Leandro Paulsen?
Werner Becker: Sua majestade Leandro Paulsen já tinha antecipado quando, no final de seu voto, falou em nome da turma, antecipando a condenação. Para tentar corrigir seu ato falho, antecipando o voto da turma e, portanto, do vogal, ele disse expressamente que estava usando o plural majestático. É ridículo se não fosse triste. O desembargador confundiu a cadeira de presidente com um trono e a toga com um manto real. Tenho cinqüenta anos de advocacia e nunca vi ninguém dizer que estava se expressando no plural majestático. É que o arbítrio vai crescendo e subindo para as cabeças e as pessoas do arbítrio começam a se sentir absolutamente impunes, como sua majestade, sentada na cadeira de presidente. Ele deixou de lado e desprezou as normas fundamentais mais conhecidas do Direito Processual Penal. Com uma arrogância majestática fez um relambório oral de platitudes recitadas com sisudez, no reality show que foi o julgamento. Outra pérola desse reality show foi proferida pelo desembargador Laus, para quem, se Lula está sendo julgado, alguma coisa ele fez.
O importante a destacar é que essa farsa que aconteceu no TRF4 é mais uma etapa do golpe. Ainda vem mais coisa por aí. Não quero ser profeta do acontecido, mas há dois anos, em uma entrevista que concedi para vocês, previ tudo isso que está acontecendo agora.
Sul21: Naquela ocasião, o senhor disse que estávamos vivendo um clima muito parecido com o do período que antecedeu o golpe de 64…
Werner Becker: Estamos repetindo agora, como farsa, a tragédia de 64. Lula vai ser preso, Aécio fica no Senado e o Temer na presidência da República.
Sul21: O senhor acha que Lula será preso?
Werner Becker: Pretendem, né? A decisão do dia 24 foi a de prisão. Os próximos acontecimentos, fatos e pressões do movimento social podem até evitá-la, mas essa é a pretensão do golpe: a prisão e o afastamento de Lula, não só do momento atual como da história política da República. É o que penso. Por isso tomei a liberdade de mandar uma carta aberta à sua majestade Leandro Paulsen para que ao menos tenha um surto de humildade e, como eu escrevi, vá no próximo carnaval para a avenida do bom senso e diga: afinal, que rei sou eu?
Sul21: Em 1964, o Judiciário também teve um papel importante na consolidação do golpe contra o governo constitucional de João Goulart. Que comparação é possível fazer com a atuação do Judiciário hoje?
Werner Becker: Em 64, os militares, para evitar a hipocrisia e a farsa, avocaram para si, para a Justiça Militar, o julgamento dos chamados subversivos. Como agora o momento é de farsa, elegeram o poder togado como executor da política golpista. Evidentemente é uma política golpista. Eles nem estão preocupados com a Reforma da Previdência. Eles já conseguiram reformar a CLT e retirar direitos e prerrogativas dos trabalhadores. Era isso o que queriam, o resto é pano de fundo.
Sul21: A Reforma da Previdência, se vier, é lucro, em todos os sentidos…
Werner Becker: Isso. Se vier é lucro. Vivemos hoje um processo de difamação das lideranças populares. Tentaram fazer isso em 64 com o Brizola, mas a imagem dele permanece hoje como objeto de admiração popular. Certamente isso vai acontecer com o Lula também. A história pode ter retrocessos mas, no longo prazo, ela acaba indo para frente. É mais um golpe que o Brasil está vivendo. Já estou acostumado a viver com eles. Só que, agora, ele se repete como farsa e como ridículo.
“A imaginação deles é cada vez maior. Lembre-se que, depois de 64, veio 68 e 69, veio o AI-5. Na época, ninguém achava que aconteceria o que aconteceu”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Sul21: Como o senhor avalia a capacidade de resistência a esse golpe?
Werner Becker: Não sei avaliar direito. Os meios de comunicação evoluem cada vez mais e são mais insidiosos. Pode durar anos ou décadas. Neste momento, não estou sentindo uma mobilização popular que me deixe otimista. Mas ainda tem tempo para isso e ainda existem restos de indignação para resistir. Confio que, ao menos, possamos impedir o pior.
Sul21: O que seria o pior?
Werner Becker: Não sei exatamente. A imaginação deles é cada vez maior. Lembre-se que, depois de 64, veio 68 e 69, veio o AI-5. Na época, ninguém achava que aconteceria o que aconteceu. Agora também ninguém achava que eles iriam fazer o impeachment da Dilma e deflagrar o golpe. Ninguém achava que iriam acabar prendendo o Lula. As elites brasileiras não permitem qualquer avanço social. O resultado está aí. É importante, neste momento, que aqueles que se achavam triunfantes em definitivo façam sua autocrítica. A luta não tinha terminado com a chegada ao governo. O PT chegou ao governo mas nunca chegou ao poder. A prova é que teve que fazer os acordos que fez com gente como Temer, Collor, Maluf e outros desta elite podre brasileira. Chegar ao governo não quer dizer chegar ao poder. Ao chegarem ao governo, esqueceram que isso era apenas uma etapa para chegar ao poder.
Sul21: O senhor foi advogado de presos políticos na ditadura e hoje já está se pronunciando de novo contra o que considera ser arbitrariedades e irregularidades cometidas pelo Judiciário. Outros advogados estão fazendo isso também. O que pode ser feito neste terreno?
Werner Becker: Há uma questão importante que quero deixar assinalada aqui. Eu não estou nem discutindo a decisão judicial do dia 24 de janeiro. O que eu estou apontando é a farsa e a hipocrisia que marcou esse julgamento. Foi mais uma etapa do processo do golpe que agora se repete como farsa. Aqueles que participaram daquela farsa no TRF4 podiam, ao menos, ter o senso de ridículo.
Sul21: Considerando o papel desempenhado pelo Judiciário em 1964 e hoje, o que se pode dizer sobre a evolução da Justiça e do Direito no Brasil?
Werner Becker: Houve alguns avanços que o golpe de 2016 está fazendo retroagir. Por eles, nós vamos voltar a 64 e, se for possível, um pouco antes. Alguns, inclusive, querem voltar ao período da escravidão. Não estou exagerando. Basta ver o decreto presidencial que tentava restabelecer a escravidão no Brasil. Não sou eu que digo, o próprio Supremo Tribunal Federal se manifestou dizendo que escravidão, não.
Sul21: Na sua avaliação, em que medida o Supremo tem espaço e capacidade, hoje, para deter esse processo do golpe?
“Eu espero que o Supremo tenha, ao menos, mais recato”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
 Werner Becker: Eu espero que o Supremo tenha mais recato. O Supremo tem que explicar, por exemplo, que história é essa de dizer que se enganaram e distribuíram a questão da filha do Roberto Jeferson para o Gilmar Mendes? Que engano é este? Está bem claro que a atribuição regimental era da presidente. Não se deu nenhuma explicação. Quem é que se enganou? Como é que se enganou? Por que se enganou? Ficou tudo por isso mesmo. Eles têm que explicar como são feitos os sorteios e como as questões que mais interessam caem todas na mão do Gilmar (Mendes). Quais são as balizas deste sorteio? Ninguém sabe. O Supremo tem uma história no Brasil e se espera que ele zele para que as coisas, ao menos, transcorram com mais pudor.
Sul21: O senhor tem medo do que pode vir pela frente?
Werner Becker: Claro que tenho medo. Só um irresponsável não tem medo da força e do que são capazes de fazer as elites brasileiras contra quem contraria algum de seus interesses. Mas quero repetir Vinícius de Moraes, no poema ‘A morte de madrugada’, em homenagem a Garcia Lorca: eu sei que ele teve medo, mas sei que não foi covarde. Todos nós devemos ter medo, mas não podemos nos acovardar.




Henfil e o meu julgamento


Atualizando Henfil

Desembraguinho: Lula, você está envolvido na roubalheira dos governos tucanos?

Lula: Não!

Desembraguinho: Mas, o helicóptero apreendido com mais de meia tonelada de cocaína é teu?

Lula: Não!

Desembraguinho: Mas, pelo menos você tem um apartamento em Paris onde fica quando vai para lá.

Lula: Não!

Desembraguinho: Também nunca ameaçou o primo de morte, nem recebeu malas de dinheiro da JB S?

Lula: Não!

Como combinado entres os desembraguinhos, eles ratificaram a sentença do empregadinho dos EUA, Sérgio Moro. Logo, logo o chefe da quadrilha de Curitiba viaja para receber a recompensa.
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