Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

por Delúbio Soares


Com relação à matéria publicada pela revista Época envolvendo meu nome, cabe esclarecer: 

ela é mentirosa, sem fundamento na realidade, profundamente leviana e sem qualquer respeito aos leitores da revista ou à verdade dos fatos.


Poesia

Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro, teu sorriso puro, a tua graça animal.
Canto porque sou homem. 
Se não cantasse seria somente um bicho sadio embriagado na alegria da tua vinha sem vinho.
Canto porque o amor apetece. 
Porque o feno amadurece nos teus braços deslumbrados. 
Porque o meu corpo estremece por vê-los nus e suados.
Eugénio de Andrade



Penteados modernos

[...] ou coisas esquisitas?
Posted: 27 Apr 2011 05:35 AM PDT











Posted: 26 Apr 2011 12:30 PM PDT












Maquiagem

Não cometa estes erros primários


1º: Olhos "anos 80"
Maquiagem dos olhos bem exagerada, com uma sombra bem marcada de cores vibrantes e quase até a sobrancelha te faz lembrar dos anos 80? Pois bem, melhor guardar o seu estojinho de sombras coloridíssimas para outra ocasião mais festiva.  
Sombra anos 80 - Foto Getty Images
O maquiador Alexandre Krizek afirma que nada melhor do que denotar modernidade e sofisticação. "Por isso cuide para que sua maquiagem fique bem esfumada, sem manchas ou marcas", diz.

A escolha da cor da sombra depende muito do feito que você quer dar a seus olhos. Quem tem olhos muito pequenos e quer aumentá-los deve escolher uma cor clara para o côncavo e escura para fora.

Se, ao contrário, você quer deixar seus olhos menores, use os tons de marrom, que fica bem suave. Em uma produção para noite, pode se fazer bem preto, sempre passando o lápis dentro do olho.

Para olhos muito juntos, a dica é passar um tom clarinho na parte interior da pálpebra e esfumar a parte de fora com um tom mais escuro. Para olhos separados, opte por uma sombra de tonalidade escura em toda pálpebra.  
lábios grudentos - Foto Getty Images
2º: Base de cor diferente 
Rosto com uma camada muito espessa de base, o chamado reboco, ou a diferença da cor entre o rosto e o pescoço, a chamada máscara, é para assustar mesmo. Super bronzeada ou pálida igual fantasma, não importa a impressão ruim, a cobertura da pele deve estar o mais natural possível.

Mas Krizek dá a dica e diz que para não errar na escolha da cor da base, faça um teste aplicando uma pequena quantidade do produto na maçã do rosto. "Se ficar invisível, aposte no tom escolhido". Outra dica é o tipo da base: opte pela versão oil-free, livre de óleo, para evitar a aparência de pele oleosa.

3º: Lábios grudentos 
Nem o moço mais apaixonado do mundo é capaz de relevar uma boca melecada. O glossfoi feito para dar brilho, apenas, não para ficar escorrendo e grudando. Krizek conta que o melhor é optar por um produto fino e leve, aplicado em pouca quantidade. 
Blush Palhaço - Foto Getty Images
4º: Dente sujo de batom
Ainda mais quando o batom é de uma cor forte, como vermelho, vinho ou marrom, por exemplo. O truque é redobrar a atenção e sempre, sempre conferir no espelho quando for passar o batom. "Vale a pena também 'limpar' os dentes com um lenço de papel ou com os dedos limpos", afirma Alexandre.

5º: Blush estilo "palhaço"
blush serve para conferir uma aparência mais saudável e iluminada. Mas é importante aplicar do jeito certo. Fazer o estilo palhacinha, com dois círculos marcados nas bochechas, vai detonar o visual.

Para evitar esse transtorno, Krizek conta que o ideal é esfumar bem o produto com auxílio de um pincel específico para essa finalidade. Faça movimentos ascendentes indo das maçãs do rosto em direção as têmporas. "Cuide para não deixar muito escuro ou manchado. Se quiser um look com cara de praia, troque o blush por um pó de efeito bronzeador", diz Krizek. 
Rímel - Foto Getty Images
6º: "Cara de reboco"
Exagerar na base, corretivo e pó é um erro comum. Na ânsia de corrigir todas as possíveis imperfeições, muitas mulheres acabam exagerando nesses produtos. O resultado é uma pele empelotada, com cara de massa corrida mesmo.

Krizek explica que a base líquida é a mais leve e não deixa o rosto com um aspecto pesado. "Aplique o pó compacto com pincel para não deixar a maquiagem espessa e nem carregada", diz.

7º: Exagerar no rímel 
Vale a pena aplicar várias camadas de máscara para cílios para dar mais impacto ao visual, desde que você tome cuidado para que não fique com a cara de Emília. Os cílios grudados uns nos outros fazem voe perder toda a força do olhar.

Cílios cheios de bolinha do rímel também afasta de perto qualquer pretendente. Fora que você ainda corre o risco de sofrer com as pálpebras borradas no fim do encontro, no maior estilo panda. O maquiador explica que, se o que você quer é um cílio longo e bem definido, prefira sempre uma máscara alongadora, que deixará o efeito desejado e usando uma quantidade menor do produto. 
Batom - Foto Getty Images
8º: Super lábios 
Muitas mulheres querem aparentar ter a boca maior e acabam usando lápis labial fora do contorno dos lábios, ou mesmo desenhando "lábios novos" com batom. A chance de isso dar muito errado é gigante e todo mundo percebe que você "borrou" a produção.

Para parecer que tem lábios maiores, experimente usar o lápis labial no contorno dos lábios, não fora deles. E cuide para o lápis ser do mesmo tom do seu batom. Passar um pouco de gloss no centro da boca para dar volume também ajuda. Outra alternativa são os produtos com efeito pump, que tem essa função.

9º: Sobrancelhas 
Alexandre Krizek explica que sobrancelhas arredondadas denotam muita descontração e alegria, por isso alguns homens podem não levar a mulher muito a sério. Já as sobrancelhas caídas aparentam uma expressão mais triste. E você precisa estar radiante no seu encontro, não? 
Sobrancelhas mais escuras que o cabelo também ficam estranhas e carregam o visual. Até envelhece. Afinal, não dá pra ser loira e ter a sobrancelha preta.

Se você descolore os cabelos aproveite para descolorir um pouco a sobrancelha também, para não ficar tão destoante.

Opte sempre por sobrancelhas bem depiladas e simétricas. "O formato que está na moda são as arqueadas! Se tiver alguma falha, corrija-a com um lápis para sobrancelhas da mesma cor dos pelos", diz o maquiador. 

por Brizola Neto

O economista Paulo Nogueira Batista Jr, publica um artigo hoje em que, delicadamente, chama de “pensamento grupal” o que mereceu o nome – fora de moda, hoje – de pensamento único.
Diz ele:

Nas últimas semanas, tivemos um exemplo extraordinário de pensamento grupal – a forte reação do mercado à decisão do Banco Central de aumentar em “apenas” 0,25 ponto percentual a taxa básica de juro. Se bem percebi daqui de longe, foi uma unanimidade ululante. O aumento foi considerado “insuficiente” para o controle da inflação, indício de fraqueza do BC e até mesmo da sua suposta subordinação ao “desenvolvimentismo” que domina o Ministério da Fazenda.Fantástico. Quem ouve esse coro de especialistas e financistas e não tem acesso a certas informações básicas pode ficar completamente desorientado. Na realidade, entre os bancos centrais de economias emergentes, o do Brasil está entre os que reagiram mais rapidamente, em termos de política de juros, ao risco de aquecimento. Desde abril de 2010, a meta para a taxa Selic passou de 8,75% para 10,75% no final do ano. No governo atual, os aumentos continuaram, com a taxa alcançando 12% depois da última decisão do Copom”.
E essa, acrescenta ele, é uma taxa gorda, pra rentista nenhum botar defeito. Dá o triplo da taxa real de juros de qualquer país do mundo, mostra ele, assinalando que, de 40 grandes economias, hoje 36 praticam taxas negativas – isto é, os juros públicos são menores que a inflação.
Então, o que é a política financeira que o “pensamento único” defende para o Brasil, tão original quanto a jaboticaba, que só dá aqui?
Acho que se compõe de três fatores.
O primeiro, o crônico “subalternismo” de nossas elites e das camadas intelectuais que a elas aderem, porque reproduzem com elas o mesmo tipo de atitude.  Quem não tem, nem digo a capacidade, mas ao menos o desejo de pensar por sua própria cabeça, repete o que ouve, com a genialidade do papagaio.
O segundo, o poder avassalador e a natureza homogênea de nossa mídia – um monolito que é apenas triscado pelas exceções na imprensa, como o próprio artigo de Nogueira Batista e a blogosfera independente – que trabalha exclusivamente sob a ótica do capital e, mais, sob a visão de que a prosperidade brasileira é a prosperidade colonial, que depende de sermos agradáveis, disponíveis e dóceis às metrópoles – e a metrópole é o capital, nem mesmo as economias centrais, que agem diferente do que suas lições nos apregoam.
E o terceiro é o fato – bom e ruim, ao mesmo tempo – de sermos um país tão vasto, tão rico e tão capaz que, mesmo sangrado impiedosamente, é capaz  não apenas de sobreviver como de,  mesmo com pequenas e pífias defesas, agigantar-se.
Então, o pensamento grupal a que se refere Nogueira Batista é mesmo, como ele próprio diz, o pensamento – e a defesa dos interesses – da “turma da bufunfa” e dos satélites tecnocráticos e midiáticos que gravitam em torno dela. E é difícil fugir do poder de atração deste “buraco negro” da inteligência econômica, que a tudo devora, como um vórtice.
As razões do lobo se autoconstróem e, se deixarmos nossos pensamentos e atos seguirem por sua lógica, seremos sempre a presa a ser devorada.
Não tenho muita esperança de que se forme, espontaneamente, uma corrente majoritária de pensamento econômico fora desta “ordem mundial”, que tem duas regras diferentes para os dois personagens da fábula.
A nossa sorte é que, de um lado, passamos a ter governos que, mesmo sem romperem com ela abruptamente, deixaram de balir como cordeiros e, já agora, procuram dizer que ela faliu em seus próprios pressupostos, pois o lobo mal dá conta de se manter de pé.

Charges

Padim Serra e cia



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VOCAÇÕES (conto curto)

Quando Paulinho era pequeno, queria ser bailarino e seus pais o desencorajaram, porque era coisa de viado. Logo depois, quis ser cabeleireiro, mas seus pais não deixaram porque era coisa de viado. Passado algum tempo quis ser estilista, mas seus pais não permitiram porque era coisa de viado.

Paulinho cresceu, é viado e não sabe fazer merda nenhuma.

Casamento Real

[...] e na lua de mel?
Charge

Fundadores do YouTube compram Delicious

Os fãs do Delicious, serviço de bookmarking online,  ficaram nervosos após um suposto vazamento de informação há quatro meses de que o seu proprietário, o Yahoo, poderia estar encerrando suas atividades como parte de um plano de racionalização de custos.
Para se esquivar das críticas, o Yahoo rapidamente tratou de tranquilizar os usuários do site de que estava tentando encontrar uma nova “casa” para o Delicious ao invés encerrá-lo.
Na quarta-feira, o Yahoo afirmou ter conseguido encontrar um comprador – uma equipe conduzida por Chad Hurley e Steve Chen, co-fundadores do YouTube. A sua aquisição é um movimento surpresa da dupla, que deixou discretamente o YouTube um ano após ele ter sido comprado pelo Google há cinco anos , por 1,65 bilhões de dólares.
“Estamos animados para trabalhar com esta comunidade fantástica e levar o Delicious a uma nova etapa”, disse Hurley, que é presidente-executivo da AVOS, a nova empresa proprietária do Delicious. “Nós vemos uma grande oportunidade para simplificar a forma com que os usuários guardem e compartilhem conteúdos descobertos em qualquer lugar da Internet.”
John Matheny, vice-presidente sênior de comunicações e comunidades do Yahoo, afirmou em comunicado que “falamos com vários interessados ​​na aquisição do site, e escolhemos Chad e Steve com base na sua paixão e visão única para o Delicious”.
O Yahoo não revelou o preço de venda. A mudança da propriedade é esperada para ocorrer em julho.
Os usuários precisam se inscrever em novas contas quando o serviço for migrado para a nova empresa. Seus bookmarks públicos e privados serão mantidos durante a transição e transferidos para as novas contas.
O Yahoo adquiriu o Delicious em 2005, como parte de uma série de compra que incluiram o serviço de compartilhamento de fotos Flickr. No entanto, o Delicious foi pouco utilizado pelo Yahoo.
O retorno de Hurley e Chen ao mundo da Internet foi noticiado pela imprensa especializada como uma  “volta às suas raízes.”
“Eles estão sendo agressivos na formção de um time de classe mundial para assumir o desafio de construir o melhor serviço de descoberta de informações na Web”, afirmaram em comunicado.

Informações sobre o netbook com o Chrome OS vazam na rede

Chrome OS

Um e-mail vazado pela equipe de desenvolvimento do sistema operacional Chrome revelou as supostas configurações do próximo netbook a trazer o OS. Apelidado de "Alex", o netbook será produzido pela sul-coreana Samsung e trará uma tela de 10 polegadas com resolução de 1280 x 800 pixels.

Além disso, o computador deve trazer um processador Atom N550 dual-Core de 1.5 Ghz da Intel,  2GB de memória RAM e uma unidade de armazenamento SSD P4 da SanDisk, com capacidade ainda desconhecida. Outros detalhes do aparelho incluem Bluetooth, Wi-Fi, Ethernet, 3G e webcam.

Rumores apontam para a apresentação do netbook dentro de duas semanas, durante a feira de tecnologia Google I/O, que acontece nos dias 10 e 11 de maio, na Califórnia, Estados Unidos.

Durante a apresentação do Chrome OS, em dezembro de 2010, o Vice-Presidente da Gerência de Produtos da empresa, Sudar Pichai, anunciou que a Acer e a Samsung poderiam ser os primeiros parceiros de hardware a fornecerem aparelhos com o sistema, em meados de 2011.

REPASSANDO: TIPOS DE HOMENS NA ERA DA INFORMÁTICA!

HOMEM ANTIVÍRUS - Vive vasculhando a sua vida pra ver se acha algum podre.

HOMEM E-MAIL - Todo dia tem algo a dizer, mas 90% é lixo.

HOMEM NO-BREAK- Quando você precisa ele até te dá uma força, mas só por 10 minutos.

HOMEM DISQUETE - Está ultrapassado há anos, mas você ainda insiste em usá-lo.

HOMEM IMPRESSORA EM REDE - Você pensa que ele é só seu, mas volta e meia você encontra outra pessoa usando.

HOMEM IMPRESSORA MATRICIAL - Faz mais barulho do que serviço.

HOMEM HELP DO WINDOWS - Nunca responde às suas perguntas, e quando responde não é o que você queria ouvir. Isso quando não responde com outra pergunta.

HOMENS INTERNET - Aqui no Brasil, são os homens de difícil acesso.

HOMEM PROVEDOR - Está sempre ocupado demais para te ouvir.

HOMEM WINDOWS - Todo mundo sabe que não presta, mas ninguém vive sem ele.

HOMEM EXCEL- Dizem que faz muitas coisas, mas você só o utiliza para as quatro operações básicas.

HOMEM WORD - Tem sempre uma surpresa reservada pra você (geralmente ruim) e não existe ninguém no mundo que o compreenda totalmente. Corresponde a mais ou menos 99% dos homens do mundo.

HOMEM VÍRUS - Também conhecido como MARIDO, quando você menos espera ele chega e se instala. Se você tentar desinstalar vai perder alguma coisa, se não tentar perde tudo.

HOMEM MOUSE - Só funciona quando é arrastado e apertado.

HOMEM PAPEL DE PAREDE - Não serve para nada, mas é bonitinho.

por Arthur Virgílio ex-líder do PSDB no Senado

O PSDB se perde em brigas internas e, por isso, se mostra incapaz de fazer oposição focada e densa.

Divide-se em grupos, cada um com seu candidato presidencial preferido, como se a eleição de 2014 fosse amanhã e não tivesse adversário a enfrentar. O clima está longe de ser promissor ou construtivo.
Dilma Rousseff é refém da crise fiscal que fez Lula popular e a elegeu Presidente. Não toma atitudes fortes contra a valorização do real, que ameaça desindustrializar o País, porque dólar desvalorizado facilita importações e impede inflação ainda mais explosiva que a de hoje. E porque precisa de fortes entradas de dólares para cobrir o rombo das contas externas.
Daí os juros elevados. Medidas “meia-boca”. Imobilismo.
O governo anunciou cortes orçamentários de R$50 bilhões, que não realizará, e repassa mais R$55 bilhões, recolhidos no mercado a juros pesados, para o BNDES emprestar a grandes empresas a juros subsidiados. Corte mesmo só em itens como o combate ao trabalho escravo.
A “mágica” se esgotou. ¼ da renda das famílias vai para pagamento de dívidas. Idosos pendurados no crédito consignado.
Nada de reformas. A fisiologia corre solta. Há Ministros debochados. E Ministérios demais.
A máquina incha. Cargos para a companheirada, esbofeteando quem fez concurso e não será chamado. Desiludindo quem pretende submeter-se a concursos que não serão convocados.
Quatro meses de gestão e nada. Prato cheio para uma oposição coesa e fraterna. Não importa o número. O PT contava com oito senadores e poucos deputados, mas conseguia mobilizar forças da sociedade para enfrentar o governo Fernando Henrique, que é, aliás, o grande nome das oposições. Sua figura mais lúcida e generosa.
Tinha razão Tancredo. Presidência é destino e não promoção burocrática. O PSDB deveria ter predestinados a menos e companheiros humildes a mais. Poderia estar encurralando um governo nascido de estelionato eleitoral, que não tem saída econômica fácil: se correr o bicho pega, se ficar bicho come.
Mas está encurralando a si mesmo no jogo de egos. Parece o Partido Democrata dos EUA, especializado em perder eleições para os Republicanos.

Maconha

Tá ficando ‘legal’

A maconha é uma dos milhares de plantas que chegaram ao Havaí pela ação humana. Isso não seria nada de extraordinário, mas como a maconha não é uma planta comum...

Aqui a maconha é ilegal, mas vem sendo descriminalizada. Leis favoráveis ao seu uso vêm sendo aprovadas nos últimos 20 anos, de maneira que o hiato entre a lei do Estado e a prática da sociedade está diminuindo.
O Havaí se tornou o primeiro Estado no mundo moderno a produzir maconha industrialmente. Isso mesmo: aqui há projetos econômicos com a Cannabis Sativa. Mas atenção! Especialistas salientam que a variedade industrial da maconha contém apenas 1% de THC, e a variedade usada para ‘lazer’ contém de 3% a 20%.
Não sei se 1% é insuficiente para o ‘lazer’, mas o que separa o veneno do remédio é a dosagem, certo?
A maconha tem inúmeras aplicações na indústria e sua autorização se deve também à necessidade de melhorar a economia do Havaí.
Dizem que por volta de 1820, o rei havaiano também já recolhia impostos sobre a maconha, antes de o arquipélago vir a fazer parte dos EUA, quando ela se tornou ilegal.
Como em outros lugares, a maconha aqui também é usada medicinalmente, e um paciente pode conseguir autorização para, inclusive, plantar maconha da mesma forma que se pode plantar ervas e folhas para chás medicinais.
Outra é a visão do Ministério Religioso do THC, que a usa como sacramento, um sinal da graça divina, que aproxima criatura e criador.
Sim, o Ministério do THC aqui é algo tão sério quanto as religiões hebraica, mulçumana, rastafári e cristãs, que também fazem, ou já fizeram, uso do THC como sacramento, segundo diz o Reverendo Roger Christie, líder do Ministério e que está preso por distribuir maconha para os fiéis e recolher o dízimo.
Há um ano à espera de seu julgamento, Roger, um homem muito respeitado em sua comunidade, é uma pedra no sapato da legislação federal americana. Os juízes estão hesitantes em julgar seu caso, que envolve questões como a liberdade do culto religioso versus distribuição de uma substância (ainda) ilícita.
Em defesa do honesto Reverendo Roger, não seria correto pensar que se a maconha serve como remédio para o corpo também poderia servir como remédio para a alma?
De material para a indústria, a remédio e agora à substância santa, a maconha está ganhando espaço na sociedade, aumentando o debate sobre sua legalização.
Alguns pensam que isso vem para corrigir o erro de quando a maconha foi criminalizada no século passado.
Outros, no entanto, preferem acreditar que as únicas coisas que deveriam fazer fumaça no Havaí seriam os milhares de carros e a cratera fumegante do vulcão Kilauea.
 Thiago Chacon

Hoje me veio a lembranca Roberto Campos

[...] Quase ninguém mais fala dele e ate mesmo [nesse espaço, repleto de economistas], quase não leio qualquer referencia a esse que foi talvez o maior defensor das politicas neoliberais no Brasil, ou talvez por isso mesmo eh que ninguém aqui o reverencia. Eu devo confessar que gostava muito de ler seus artigos na Folha, no tempo em que ele quase me convenceu que o neoliberalismo iria salvar a humanidade do Apocalipse e do HIV. Acontece que os neoliberais foram justamente os que levaram muitas economias ao Armageddon. O que Bob Fields diria hoje? Mudaria seu pensamento pra tentar acomodar os fatos, ou sublimaria os fatos? De todo modo, seria enriquecedor ver os malabarismos de um intelectual ultrapassado ao tentar se equilibrar na corda da historia. Por sinal, existe um sociólogo por ai tentando fazer o mesmo.

por Zé Dirceu

Eleição de Rui Falcão é uma solução natural e mostra unidade do PT
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A eleição, por unanimidade, pelo Diretório Nacional do PT do deputado Rui Falcão para a presidência do PT não é apenas uma prova da unidade do partido neste momento, mas uma solução natural. Rui era o primeiro vice-presidente, foi eleito na chapa majoritária e já exerceu a presidência do PT na década de 90; foi presidente do Diretório Municipal de São Paulo, deputado estadual por vários mandatos, líder da bancada, hoje é o primeiro secretário da Assembléia de São Paulo. Na gestão de Marta Suplicy, não assumiu o mandato de deputado federal para continuar ajudando a então prefeita, no cargo de secretário de Governo.

Rui militou na política desde a juventude. Estivemos juntos no PCB, depois na dissidência estudantil. Quando fui preso em Ibiúna, Rui já militava na Var Palmares, preso, torturado, foi condenado há vários anos de prisão e cumpriu pena no Rio Grande do Sul. O conheci logo depois do golpe militar de 64, já era jornalista, trabalhava no Notícias Populares. Durante 10 anos foi diretor de redação da Exame, diretor do Sindicato de Jornalistas de São Paulo, como eu é advogado, sempre trabalhou além de estudar e militar.

Tenho com ele uma longa militância e amizade. Começamos juntos no PT e dirigimos com Devanir Ribeiro, José Cicoti e Djalma Bom, Alípio Freire, José Machado, Janete Pieta, Eder Sader, José Álvaro Moises, entre outros, a primeira Executiva do PT de São Paulo. Apesar de anos de militância em tendências diferentes no PT, sempre tivemos uma amizade, que me orgulha, nunca foi afetada. Ao contrário do que dizem, não tive participação na sua indicação, mas como todos, votei com prazer e sentimento de alegria no seu nome para substituir ao nosso Zé Eduardo Dutra, que renunciou ao mandato pelas razões que expôs na reunião. 

Rui sabe que não será tarefa fácil substituir Dutra, que foi eleito e exercia a presidência com total apoio do partido e da nossa presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, mas também sabe que pode contar conosco e com nosso apoio, começando pelo do Lula e da nossa Presidenta.

Açude Trussu

Deve sangrar de hoje para manhã o açude Trussu, localizado em Iguatu, um dos mais importantes do Ceará. 
Hoje o reservatório amanheceu com 99% de seu volume máximo, faltando apenas 9 centímetros para sangrar.
De ontem para hoje choveu na região. Em Iguatu foram 71 milímetros. 
O Trussu tem capacidade para 301 milhões de metros cúbicos e é usado para o abastecimento de água da população de Iguatu, a maior cidade do Centro-Sul do Ceará. É previsto ainda o uso do açude para abastecer cidades próximas quando necessário.
Dados da Cogerh
Ao todo no Ceará, neste sábado, há 41 açudes sangrando. Outros 17 reservatórios estão com mais de 90% de seu volume máximo.

por Conceição Lemes

Definitivamente, entrou para o  lixo da história a carta aberta do ex-deputado José Carlos Aleluia à Universidade de Coimbra contra a concessão do título de doutor honoris causa ao ex-presidente Lula. Demonstração inequívoca de mesquinhez, dor-de-cotovelo, inveja.  Preconceito de classe explícito.
Recebeu repúdio quase unânime dos leitores do Viomundo. Com certeza um dos posts mais comentados de 2011: 425 comentários.  Entre eles, este:

Casamentos

[...] e enlances

A notícia da semana no front internacional não foi o casamento do príncipe e da plebeia em Londres, mas outro enlace: o anunciado entre Hamas e Fatah na Palestina. Enquanto a família real britânica cuida de refazer os laços com o velho glamour — se a Casa de Windsor sobreviver ao Príncipe Charles sobreviverá, acho, a qualquer coisa —, as facções palestinas têm outro desafio: encontrar para seus liderados o caminho que leve a um país viável e reconhecido.

Num certo sentido o problema colocado à família real britânica e à liderança palestina é o mesmo: provar-se relevante para seu povo.

A missão de Fatah e Hamas é menos complicada, pois não há alternativas.

Sem os reis, príncipes e nobres, os súditos de Sua Majestade poderiam virar-se perfeitamente com a República. Já têm Parlamento, governo, tudo que é necessário. Um bolo sem a cereja continua sendo um bolo.

Para os palestinos, porém, não há opção realista fora do Hamas e da Fatah. A alternativa seriam uns grupúsculos alqaedianos, uma turma do mundo da lua. Ou então a absorção pela Jordânia e pelo Egito.

Mas deixemos em paz a família da rainha. O abacaxi levantino é mais importante e mais sensível. Toda vez que alguém ali ensaia um passo no sentido da lógica e da racionalidade acaba reavivando esperanças.

A reconciliação dos líderes é boa notícia para quem, como eu, torce para os palestinos alcançarem a plena emancipação nacional.

Será uma notícia melhor ainda se — e quando — a liderança palestina provar que está preparada para ir além e, efetivamente, criar seu Estado.

Por que os palestinos não têm ainda um país? Por uma razão singela: por não terem aceitado até hoje a decisão da ONU de 1948 que dividiu a área entre o Jordão e o Mediterrâneo, entre uma nação árabe e uma judia.

Foi uma decisão na época razoável. Foi apoiada pelos Estados Unidos, pela União Soviética e pelo Brasil. A potência colonial da área, o Império Britânico, absteve-se.

Foi razoável porque olhou a realidade. Já havia na prática um Estado Judeu funcionando. Aliás, a atual Autoridade Palestina inspirou-se, nos anos recentes, nesse fato histórico para concluir que o único caminho para ter um Estado é construí-lo.

Tem sido a tarefa do primeiro-ministro da AP, Salam Fayyad.

Todas as pesquisas recentes apontam que a maioria dos palestinos se inclina pela solução de dois países, um para cada povo. O que não impediria haver no futuro judeus morando na Palestina, assim como hoje árabes moram em Israel.

Num contexto de paz até o debate sobre os chamados assentamentos perderia importância. Quem está, por exemplo, disposto a investir tempo e energia discutindo a minoria de franceses que moram na Alemanha, ou a minoria de argentinos que moram no Brasil?

Seria nonsense, desde que franceses e alemães, ou brasileiros e argentinos, tomaram um belo dia a decisão estratégica de viver em paz ao lado do outro.

Há feridas decorrentes da remoção de populações? Nada que não possa ser resolvido com investimento, e com a multiplicação de oportunidades de educação e emprego. E com realismo.

O Brasil, por exemplo, é um país de imigrantes brancos e negros numa terra originalmente de índios. Essa circunstância histórica é razão para políticas públicas compensatórias, não para os brasileiros cogitarem de apagar o Brasil do mapa como forma de reparação.

O foco do impasse entre Israel e Palestina não está na ausência de soluções técnicas, ou na falta de suficiente energia intelectual dispendida. A encrenca reside neste detalhe: reconhecer o direito do outro à emancipação nacional ali mesmo, naquela terra.

A partir daí as soluções serão quase naturais.

Sem isso, a alternativa sempre será a guerra. Tem sido a escolha preferida pelo lado árabe. O resultado? Derrotas e recuos que a retórica não é capaz de disfarçar.

Mas nada impede que continuem tentando.

A esperança dos belicistas agora busca refúgio na possibilidade de o Irã alcançar a construção de armas nucleares e fazer com elas o que gerações de políticos árabes rejeicionistas não conseguiram.

Vai dar certo? Cada um tem sua opinião, mas um caminho assim representaria mais risco para a sobrevivência nacional iraniana — e palestina — do que propriamente para Israel.

por Carlos Chagas


O DEMOCRATAS ACUSA O PALÁCIO DO PLANALTO DE ARTICULAR O PSD.

Grave denúncia foi formulada pelo presidente do Democratas, senador José Agripino. Para ele, vem sendo articulada no palácio do Planalto a criação do novo partido liderado pelo   prefeito Gilberto Kassab.  A intenção do governo seria desconstruir a oposição, atingindo o seu partido e, também, o PSDB. Como reação, o senador pelo Rio Grande do Norte passou a admitir a hipótese da fusão do DEM com os tucanos, ainda que com a ressalva da necessidade de consultas prolongadas às bases de ambos.

Falar em palácio do Planalto e em governo constitui um eufemismo para designar Dilma Rousseff. Porque se verdadeira a denúncia, não há como argumentar que ela  não sabia de nada e que tudo se passa sem o seu conhecimento.

Vem então a pergunta: para que a presidente da República se empenharia em enfraquecer ainda  mais uma oposição  debilitada? Ou, no reverso da medalha: de que adiantaria ao governo  dispor de mais alguns deputados e senadores na base oficial, se há número mais do que suficiente para não sofrer derrotas no Congresso?

José Agripino chama de trânsfugas seus ex-companheiros do DEM já de malas prontas para o PDS. Reconhece o impacto que está sendo a debandada de perto de 30 deputados, sem esquecer o governador de Santa Catarina e provavelmente dois senadores. Daí o contra-ataque que seria a união com o PSDB, tanto faz se denominada de fusão ou de incorporação. Significativa foi a adesão do ex-presidente Fernando Henrique ao casamento das duas legendas, ainda que a maioria dos tucanos rejeite qualquer mudança de sigla.