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Mais uma “delação premiada” que sai pela culatra

por Fernando Brito
Pega pela leitura atenta da Folha feita por meu amigo Antonio Mello, sobre a compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso: o “vale-voto” e em dólar . De fato, #issomudaojogo.




O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PE), ex-presidente do PP, está em cana, flagrado na Lava Jato, e, como virou moda, já se candidatou a sua delação premiada, que dá ao criminoso o direito de ter a pena bem reduzida e ainda ficar com uns gordos caraminguás que tenha recebido de propina.

Corrêa já fez sua delação ao PGR e aguarda a homologação pelo STF. No entanto, como também é praxe na Lava Jato, trechos da delação vazaram, dessa vez para a Folha.

Segundo o delator, Augusto Nardes, o probo ministro do TCU que condenou as chamadas pedaladas fiscais de Dilma, origem do pedido de impeachment da presidenta, recebia mesada do também ex-presidente do PP José Janene, já falecido.

Corrêa também diz que Andréa Neves, irmã do candidato derrotado Aécio Neves, era operadora financeira dos tucanos. Ou seja, uma espécie de central de distribuição de verbas de corrupção do PSDB.

Mas, principalmente, o ex-presidente do PP dá uma informação até então desconhecida de como se deu a compra da emenda da reeleição do Hipócrita Mor Fernando Henrique Cardoso.

O deputado vendido e em seguida o senador idem, após o voto favorável à emenda, recebia um bilhetinho do dono do Itaú Olavo Setúbal que dava ao corrupto o direito de se dirigir ao doleiro mais próximo para receber a bufunfa combinada pela venda do voto que o eleitor lhe deu.

Como disse a presidenta, os moralistas sem moral vão caindo um a um.

PS. De quebra, a delação de Correa mostra que a nomeação de Paulo Roberto Costa foi fruto de uma chantagem política sobre Lula, que nomeou o indicado pelo PP, não pelo PT, tentando conseguir apoio na Câmara para aquilo que o povo o elegeu para fazer: governar.
no Tijolaço

Um golpe e nada mais

por Wladimir Safatle
A crer no andar atual da carruagem, teremos um golpe de Estado travestido de impeachment já no próximo mês. O vice-presidente conspirador já discute abertamente a nova composição de seu gabinete de "união nacional" com velhos candidatos a presidente sempre derrotados. Um ar de alfazema de República Velha paira no ar.

O presidente da Câmara, homem ilibado que o procurador-geral da República definiu singelamente como "delinquente", apressa-se em criar uma comissão de impeachment com mais da metade de deputados indiciados a fim de afastar uma presidenta acusada de "pedaladas fiscais" em um país no qual o orçamento é uma mera carta de intenções assumida por todos.

Se valesse realmente este princípio, não sobrava de pé um representante dos poderes executivos. O que se espera, na verdade, é que o impeachment permita jogar na sombra o fato de termos descoberto que a democracia brasileira é uma peça de ficção patrocinada por dinheiro de empreiteiras. Pode-se dizer que um impeachment não é um golpe, mas uma saída constitucional. No entanto, os argumentos elencados no pedido são risíveis, seus executores são réus em processos de corrupção e a lógica de expulsar um dos membros do consórcio governista para preservar os demais é de uma evidência pueril. Uma regra básica da justiça é: quem quer julgar precisa não ter participado dos mesmos atos que julga.

O atual Congresso, envolvido até o pescoço nos escândalos da Petrobras, não tem legitimidade para julgar sequer síndico de prédio e é parte interessada em sua própria sobrevivência. Por estas e outras, esse impeachment elevado à condição de farsa e ópera bufa será a pá de cal na combalida semi-democracia brasileira.




Alguns tentam vender a ideia de que um governo pós-impeachment seria momento de grande catarse de reunificação nacional e retomada das rédeas da economia.

Nada mais falso e os operadores do próximo Estado Oligárquico de Direito sabem disto muito bem. Sustentado em uma polícia militar que agora intervém até em reunião de sindicato para intimidar descontentes, por uma lei antiterrorismo nova em folha e por um poder judiciário capaz de destruir toda possibilidade dos cidadãos se defenderem do Estado quando acusados, operando escutas de advogados, vazamento seletivo e linchamento midiático, é certo que os novos operadores do poder se preparam para anos de recrudescimento de uma nova fase de antagonismos no Brasil em ritmo de bomba de gás lacrimogêneo e bala.

Uma fase na qual não teremos mais o sistema de acordos produzidos pela Nova República, mas teremos, em troca, uma sociedade cindida em dois.

O Brasil nunca foi um país. Ele sempre foi uma fenda. Sequer uma narrativa comum a respeito da ditadura militar fomos capazes de produzir. De certa forma, a Nova República forneceu uma aparência de conciliação que durou 20 anos. Hoje vemos qual foi seu preço: a criação de uma democracia fundada na corrupção generalizada, na explosão periódica de "mares de lama" (desde a CPI dos anões do orçamento) e na paralisia de transformações estruturais.

Tudo o que conseguimos produzir até agora foi uma democracia corrompida. A seguir este rumo, o que produziremos daqui para a frentes será, além disso, um país em estado permanente de guerra civil.

Os defensores do impeachment, quando confrontados à inanidade de seus argumentos, dizem que "alguma coisa precisa ser feita". Afinal, o lugar vazio do poder é evidente e insuportável, logo, melhor tirar este governo. De fato, a sequência impressionante de casos de corrupção nos governos do PT, aliado à perda de sua base orgânica, eram um convite ao fim.

Assim foi feito. Esses casos não foram inventados pela imprensa, mas foram naturalizados pelo governo como modo normal de funcionamento. Ele paga agora o preço de suas escolhas.

Neste contexto, outras saídas, no entanto, são possíveis. Por exemplo, a melhor maneira de Dilma paralisar seu impeachment é convocando um plebiscito para saber se a população quer que ela e este Congresso Nacional (pois ele é parte orgânica de todo o problema) continuem. Fazer um plebiscito apenas sobre a presidência seria jogar o país nas mãos de um Congresso gangsterizado.

Em situações de crise, o poder instituinte deve ser convocado como única condição possível para reabrir as possibilidades políticas. Seria a melhor maneira de começar uma instauração democrática no país. Mas, a olhar as pesquisas de intenção de voto para presidente, tudo o que a oposição golpista teme atualmente é uma eleição, já que seus candidatos estão simplesmente em queda livre. Daí a reinvenção do impeachment.
na Folha de São Paulo

PF, MPF, Mídia, Moro e as farsas para entregar o país




As planilhas da Odebrechet com 316 nomes de políticos e partidos que receberam dinheiro da empreiteira estavam com Sérgio Moro há hum mês. A PF, o MPF e Moro não vazaram, por que, para que?...garantir que PMDB e Psdb fechassem final para golpear a democracia, derrubando a presidente Dilma Rousseff, sem que haja um único crime que ela tenha cometido.

A divulgação das planilhas, na terça-feira 22 de Março com mais de trezentos nomes financiados pela empresa, foi mais uma das tantas farsas de Sérgio Moro.

Vamos aos fatos>>>

Moro e as farsas para incendiar o país, por Jeferson Miola

na Carta Maior

As planilhas estavam com Moro há um mês. Ele não as vazou antes para permitir o fechamento de acordo entre o PMDB e o PSDB para o golpe final contra Dilma

A divulgação, na terça-feira 22 de março, das planilhas com mais de 200 políticos financiados pela Odebrecht, foi uma nova farsa do juiz Sérgio Moro para esconder o fracasso de um plano golpista que teve de ser abortado.

Aos fatos:

1. estas planilhas estavam em poder do juiz Moro há um mês. Elas foram obtidas no dia 22 de fevereiro, por ocasião da 23ª fase da Lava-Jato, denominada "Acarajé";

2. Moro não as vazou antes para permitir o fechamento de acordo entre o PMDB e o PSDB para o golpe final de derrubada da Presidente Dilma. A divulgação dos nomes de políticos que estão na linha de frente do golpe naturalmente inviabilizaria a empreitada golpista;

3. com o crescimento do apoio popular ao governo e a reversão de vários abusos da Lava-Jato, o plano ficou comprometido, e então Moro ficou com a batata-quente na mão: a única lista que não tinha sido vazada, por ser justamente aquela que implica os generais do golpe;

4. Moro usou a blitz feita na Odebrecht no dia 21 de março para divulgar como novidade e confundir como descoberta da ação, as listas que na verdade já estavam em seu poder desde o dia 22 de fevereiro. O sigilo da lista, decretado de maneira surpreendente algumas horas depois, é apenas cortina de fumaça e diversionismo;

5. se especula que, com o espalha-merda dos nomes de políticos, Moro tente favorecer uma nova saída golpista: salvam-se todos os políticos citados – muitos dos quais corruptos e envolvidos na corrupção da Petrobrás – às custas da expiação da inocente sobre a qual não pesa nenhuma acusação, que é a Presidente Dilma.

O condomínio jurídico-midiático-policial domina a iniciativa política no país. O sistema político brasileiro está esfarelado, virado de cabeça para baixo, e o país paralisado. Tanto o Poder Executivo como o Legislativo são coadjuvantes no xadrez político controlado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato.

Governo e Congresso estão de mãos atadas. Quando tentam agir, suas iniciativas são surpreendidas e neutralizadas por ardis jurídicos e policiais. A anulação da posse do ex-Presidente Lula na Casa Civil, que é parte desta realidade, interdita o esforço da Presidente Dilma de recompor a estabilidade política e institucional para recuperar o crescimento.

O Brasil é refém de um jogo maquiavélico que assume características fascistas com a destruição do ordenamento jurídico que fere mortalmente o Estado Democrático de Direito.

O juiz Sergio Moro é um incendiário, um personagem maligno determinado a destruir o país para concretizar sua obsessão justiceira de eliminar inimigos ideológicos.

A continuidade dele à frente da Lava-Jato pode ser funcional à lógica golpista do condomínio jurídico-midiático-policial, mas é um fator de enorme instabilidade e crise que mergulha o país no caos e na violência.

Embaixada da Itália desmoraliza Veja

Em menos de 24 horas mais uma mentira da revista Veja foi detonada. A peça de ficção, a suposta fuga de Lula para Itália, dada como notícia na capa do panfletinho é "inverídica" diz a Embaixada do país.

A ultima edição da revisteca agora inventou que Lula e família cogitam pedir asilo político. Segundo o "detrito da mará baixa" (royalts para Paulo Henrique Amorim), a Itália teria sido escolhida porque a família do ex-presidente tem dupla cidadania.

Abaixo a nota da Embaixada da Itália:
Em relação à matéria "O plano secreto" publicada na última edição da revista Veja, a Embaixada da Itália declara:
1. As informações referentes à Embaixada e às supostas conversas do Embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas.
2.Relativamente ao evento no Palácio do Planalto, a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é o Embaixador Trombetta, como pode-se constatar facilmente. O EmbaixadorTrombetta estava sentado, junto a todos os demais embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático.
3. Na conversa telefônica citada, foi dito ao jornalista que não se queria comentar fatos que, no que tange à Embaixada, eram e são totalmente inexistentes.

Resistência democrática contra abusos e ilegalidades da lava jato






"Após dois anos de espetáculo judicial, assiste-se a um despertar da consciência democrática da sociedade brasileira, a mesma que no passado produziu momentos inesquecíveis de resistência a movimentos autoritários", afirma o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasilia, sobre a recente sequência de mobilizações ocorridas em vários pontos do país, que defende o ex-presidente Lula, denuncia a tentativa de golpe contra Dilma Rousseff e aponta os abusos do juiz Sergio Moro; "Ao atingir com brutalidade o mais popular presidente da história -- ainda hoje e por larga margem, confirma o Datafolha  -- a Lava Jato deu a seus adversários um conteúdo popular que não possuíam", ressalta.
Leia mais>>>
Também leia: FHC, Nardes, irmã de Aécio Neves e dono do Itaú citados em delação premiada

Delator cita Fhc, Nardes, irmã de Aécio Neves e dono do Itaú

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Personagem com mais de 40 anos de vida parlamentar, o ex-deputado Pedro Corrêa, do PP, fez delação premiada que cita vários personagens da oposição; ele menciona, por exemplo, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou a emenda da reeleição com apoio do banqueiro Olavo Setúbal, do Itaú, já falecido; em outro ponto, Corrêa menciona que Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), é uma das operadoras financeiras dos tucanos; ele disse ainda que Augusto Nardes, ministro do TCU responsável pelo parecer das chamadas "pedaladas fiscais", também recebia mesada; seus depoimentos ainda não foram homologados pelo Supremo Tribunal Federal. Também leia: Moro num país tropical

Banda Hétera canta sátira Sérgio Moro num País Tropical