Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Estrelas e Cometas



Existem pessoas Estrelas e pessoas Cometas.
Os Cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.
As Estrelas permanecem. Assim como o Sol. Passam anos, milhões de anos, e as Estrelas permanecem.
Há muita gente Cometa. Gente que passa pela nossa vida apenas por instantes. 
Gente que não prende ninguém e a ninguém se prende.
Gente sem amigos, gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença.
Importante é ser Estrela. Estar junto. Ser luz, calor, ser vida.
Amigo é Estrela. Podem passar anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. O coração não quer enamorar-se de Cometas, aqueles que apenas atraem olhares passageiros.
Ser cometa é ser companheiro por instantes, explorar os sentimentos humanos, ser aproveitador das pessoas e das situações.
Solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica, todos passam. Há necessidade de se criar um mundo de Estrelas.
Para podermos contar com elas, senti-las como luz e calor.
Assim são os amigos, Estrelas na vida da gente. São aragem nos momentos de tensão e luz nos momentos de desânimo.
Ser Estrela nesse mundo passageiro, nesse mundo cheio de pessoas Cometas, é um desafio.
Mas acima de tudo, uma recompensa. Recompensa de ter sido luz para muitos amigos, calor para muitos corações e acima de tudo, saber que nascemos e vivemos, e não somente existimos.

Autor desconhecido 

Oito Bons Presentes Que Não Custam um Centavo



 PRESENTE ESCUTAR... Mas você deve realmente escutar. Sem interrupção, sem distração, sem planejar sua resposta. Apenas escutar. 

O PRESENTE AFEIÇÃO... Seja generoso com abraços, beijos, tapinhas nas costas e aperto de mãos. Deixe estas pequenas ações demonstrarem o amor que você tem por família e amigos. 
O
O PRESENTE SORRISO.... Junte alguns desenhos. Compartilhe artigos e histórias engraçadas. Seu presente será dizer, "Eu adoro rir com você." 

O PRESENTE BILHETINHO... Pode ser um simples bilhete de "Muito obrigado por sua ajuda" ou um soneto completo. Um breve bilhete escrito à mão pode ser lembrado pelo resto da vida, e pode mesmo mudar uma vida. 

O PRESENTE ELOGIO... Um simples e sincero, "Você ficou muito bem de vermelho", "Você fez um super trabalho" ou "Que comida maravilhosa" faz o dia de alguém. 

O PRESENTE FAVOR... Todo dia, faça algo amável. 

O PRESENTE SOLIDÃO... Tem momentos em que nós não queremos nada mais do que ficar sozinhos. Seja sensível à esses momentos e dê o presente da solidão ao outro. 

O PRESENTE DISPOSIÇÃO... A maneira mais fácil de sentir-se bem é colocar-se à disposição de alguém, e isso não é difícil de ser feito. 


Desconheço o autor. 

Hotel espacial




Orbital Technologies
Estação espacial
A partir de 2016 você poderá adicionar mais um lugar para visitar durante as férias: o espaço. Pelo menos é isso que promete uma empresa russa, que tem planos de construir um hotel para até sete pessoas observarem a Terra lá de cima, segundo o Daily Mail.

Chamado de CSS (Commercial Space Station, ou Estação Espacial Comercial, em tradução livre), o hotel terá uma superfície de 20 metros quadrados e espaço para até sete pessoas se hospedarem ao mesmo tempo. O transporte para o local será feito através da nave russa Soyuz.

O preço não será para qualquer um. Cinco dias no espaço custarão US$ 100 mil por pessoa, mais cerca de US$ 500 mil pela viagem até a estação.

do Olhar Digital

O paralelo [Instituto] Lula

A instalação esta semana do Instituto Lula, uma espécie de Presidência da República para chamar de sua, com mais ministros da Casa e assessores diretos do que tem a presidente de direito, além de um Conselhão de intelectuais e assessores, entre eles dois ministros de fato em dupla jornada, revigorou a constatação que volta e meia chacoalha a pasmaceira político-empresarial: Lula, e não Dilma, concorrerá à Presidência em 2014.
No registro do cenário de segunda-feira o presidente se curva levemente na fotografia para dar uma impressão de que se trata de um escrete do qual é apenas o artilheiro. O disfarce, porém, revelou mesmo um Ministério completo, em pose e formação.
Todos os gestos do ex-presidente são óbvios: denotam decisão e objetivo, campanha aberta para suceder Dilma Rousseff. Na verdade, campanha continuada, permanente, como tem feito há anos, para eleger-se. Portanto, claro está que Lula trabalha para manter acesa a chama do seu eleitorado ao longo desses próximos três anos e meio.

Melhor cenário para ex é Dilma dar-se por satisfeita até 2014
Teoricamente, o ex-presidente vai usar o seu Instituto para promover andanças pelo mundo fazendo palestras, em especial para levar sua experiência à África e à América do Sul. E também para, em matéria de atividade político-eleitoral, ajudar candidatos do PT às disputas municipais de 2012. Até vai, como já foi, mas são atividades singelas demais, que seguem no automático, diante da imensa capacidade da estrutura política que montou. Lula instituiu, na verdade, o governo paralelo, uma Presidência para o ex passar o interregno.
Recebe políticos em romaria, alguns telefonam para seus líderes do Congresso da fila de espera do gabinete de Lula, outros procuram presidentes de partidos para conseguir com ele uma audiência. Mantém os laços com a aliança de partidos que o apoiaram e quer que permaneçam unidos na perspectiva do futuro poder. Alimenta as relações que estreitou com empresários que tiveram excelente trânsito no seu grupo. Procura, ele próprio, os governadores. E, palanque máximo, pede a eles uma agenda para si nos Estados.
Na coreografia da semana passada, por exemplo, Lula conseguiu que Sergio Cabral, governador do Rio, e Pezão, o vice que chefia o governo, organizassem um grande encontro no Estado, para o qual levaram os aliados, deputados, senadores, secretários. Lula presente, houve uma reclamação estridente da presidente Dilma do começo ao fim. Em outro evento da mesma semana, sem a presença física de Lula, o governador de Brasília, Agnelo Queiroz, reuniu os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, os presidentes do Senado e da Câmara, e a choradeira contra o governo federal e a presidente, os grandes ausentes não convidados à catarse, dominou a reunião. Um relatório completo foi dado a conhecer ao governo paralelo, cujas preocupações centrais vão ao encontro das preocupações centrais dos Estados: dinheiro para a Copa, dinheiro para o PAC.
Lula vai também se metendo de corpo e alma no governo de direito, sem maiores constrangimentos, não só para evitar a dispersão da base aliada, insatisfeita com o estilo da presidente, mas para manter seus ministros nos postos e tratar, caso algum deles caia em desgraça, de emplacar o substituto. Foi o que ocorreu no Ministério da Defesa.
O grande plano estratégico do ex-presidente lhe exige, porém, alguma delicadeza na tática. Na avaliação que fazem alguns de seus próximos aliados na atual empreitada, não interessaria a Dilma ou a Lula explicitar a disputa, isso os fragilizaria. Melhor, para os dois, fazer o discurso do projeto único.
Por mais que a história dos dois personagens desautorize a constatação, não haveria, segundo os aliados, acerto preliminar entre Lula e Dilma para que ela abra mão da sua reeleição permitindo a volta do ex. Acham mesmo que se ela estiver bem, vai querer disputar, e tem arsenal para isso.
Ela teria toda uma base de apoio no Congresso que segue o esquema de poder formal, teria seus ministros que trabalhariam para ela continuar no governo e eles também, teria o poder real e a caneta para levar adiante o projeto. E, claro, está construindo uma agenda própria, diferente da do ex-presidente e até, em alguns casos, em conflito com ele, como seria o caso da das ações de combate à corrupção, que acabam por aproximá-la mais de um eleitorado da classe média e até mesmo da mídia, dois grupos de quem o ex-presidente guardou distância. É o tipo de agenda que, comenta um de seus aliados próximos, a fortalecem, a diferenciam de Lula e a levam a adquirir instrumentos para a reeleição.
O poder, nas análises desse grupo, tem uma vocação, uma vida própria, e ninguém que detenha um mandato de presidente da República vai passá-lo adiante sem razão forte, mesmo que seja para devolvê-lo a quem lhe possibilitou obtê-lo. Isto significa que para Lula voltar, teria que haver uma situação excepcional. Na marra, seria impossível. Uma questão a conferir.
Se estiver à época apropriada com um razoável grau de aprovação do seu desempenho e uma aceitação razoável do governo, a presidente Dilma não seria impedida por Lula de tentar a reeleição. “Seria uma violência inominável, chocaria a vida política, as instituições, o eleitorado”, comenta um analista desta delicada equação apontando as dificuldades para tirá-la do palanque no caso de sucesso. Se, por outro lado, o governo Dilma não estiver dando certo, estará aberto para Lula o espaço da candidatura. Há, contudo, mais duas questões a considerar.
Se Dilma estiver mal, será em razão de crises econômicas e políticas com reflexos no desempenho do governo. Difícil uma situação que debilita a criatura não respingar no criador. Ele será sempre o responsável por ela, o contágio será inevitável.
Lula está em campanha, há uma grande evidência de que cava sua candidatura com garra e as dificuldades, por sua estreita relação com a presidente, como se tem visto, não o impedem de ser ousado e barbarizar. O melhor cenário para ele seria Dilma dar-se por satisfeita com um mandato exitoso. A alternativa, não tão boa assim, é o ex-presidente conseguir convencer Dilma, pela persuasão e sem agredir o eleitorado, a não disputar um novo mandato apesar do bom desempenho.
 por Rosângela Bittar 
E-mail rosangela.bittar@valor.com.br

Compra da Motorola por a Google

"Essa compra da Motorola pelo Google não teve nada a ver com patentes. A verdade é que durante a faculdade os amigos do Lary tinham Motorola - Star Tak e ele não tinha grana pra comprar um -...
Então hoje, só de sacanagem, ele comprou a Motorola"  

Delubio Soares escreve sobre a Marcha da Margaridas

 A marcha das mulheres trabalhadoras rurais recebeu o nome de MARCHA DAS MARGARIDAS em homenagem à ex-líder sindical, Margarida Maria Alves. Ela foi assassinada em 1983, na porta de sua casa, por latifundiários do Grupo Várzea, na cidade de Alagoa Grande, Paraíba.
 
Margarida Maria Alves era Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Ela obteve grande destaque na região por incentivar os trabalhadores rurais a buscarem na Justiça a garantia dos seus direitos protegidos pela legislação trabalhista. Promovia campanhas de conscientização com grande repercussão junto aos trabalhadores rurais que, assistidos pelo Sindicato, moviam ações na Justiça do Trabalho, para o cumprimento dos direitos trabalhistas, como carteira de trabalho assinada, 13º salário e férias.

Exemplo de luta e coragem
À época do assassinato de Margarida Alves, foram movidas 73 reclamações trabalhistas contra engenhos e a Usina Tanques. Um fato inusitado, em função da então incipiente democracia brasileira, e que gerou grande repercussão. Em conseqüência disso, Margarida Alves passou a receber diversas ameaças. Eram "recomendações" para que ela parasse de criar "caso" e deixasse de atuar no Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A despeito disso, Margarida Alves não escondia que recebia outras ameaças. Pelo contrário, tornava-as públicas, fazendo questão de respondê-las. Um dia antes de morrer, Margarida Alves participou de um evento público, no qual falou dos recados que vinha recebendo. Em seu último discurso, registrado em fita cassete, Margarida denunciou as ameaças que vinha sofrendo e disse que preferiria morrer lutando a morrer de fome.
Margarida se tornou um símbolo de força, de garra, de coragem, de resistência e luta. Um exemplo e um estímulo com grande força mobilizadora. Cada mulher trabalhadora rural se inspira em Margarida Alves para resistir, lutar contra as formas de discriminação e violência no campo, qualificar, mobilizar e participar das lutas por igualdade de gênero, por justiça e paz no campo. 
O espírito de luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais encontrado em Margarida foi o principal motivo de seu assassinato. Margarida não morreu, suas pétalas se espalharam e florescem a cada dia, se multiplicando num imenso jardim.

Trajetória histórica
Após a realização de três grandes marchas, as mulheres trabalhadoras do campo e da floresta retomam o amplo processo de mobilização para a construção da MARCHA 2011.
Em cada uma das três marchas, realizadas nos anos de 2000, 2003 e 2007, a plataforma política e pauta de reivindicações focalizou questões estruturais e conjunturais e aquelas específicas das trabalhadoras do campo e da floresta, todas buscando a superação da pobreza e da violência e o desenvolvimento sustentável com igualdade para as mulheres.

Resultados da Marcha das Margaridas – 2000/2003/2007
A Marcha 2000, realizada durante o governo FHC, teve um forte caráter de denúncia do projeto neoliberal, mas as trabalhadoras rurais também apresentaram uma pauta de reivindicações para negociação com o governo. Grande parte dessas reivindicações voltou a integrar a pauta das marchas seguintes, realizadas nos anos 2003 e 2007 sob o governo Lula, em que foram obtidas maiores conquistas.
Atualmente, após a realização de três grandes marchas, as trabalhadoras do campo e da floresta podem contabilizar algumas conquistas, embora haja muito por construir em termos de políticas estruturantes e políticas públicas para as mulheres.
Trabalho e Previdência Social
 
Conheça as principais conquistas das Marchas das Margaridas:
-    Documentação, acesso a terra, apoio às mulheres assentadas e políticas de apoio a produção na agricultura familiar
-    Criação do Programa Nacional de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural – PNDMTR
-    Fortalecimento do PNDTR com ações educativas e unidades móveis em alguns estados
-    Titulação Conjunta Obrigatória – Edição da Portaria 981 de 02 de outubro de 2003
-    Revisão dos critérios de seleção de famílias cadastradas para facilitar o acesso das mulheres a terra
-    Edição da IN 38 de 13 de março de 2007 – normas para efetivar o direito das trabalhadoras rurais ao Programa Nacional de Reforma Agrária, dentre elas a prioridade às mulheres chefes de família.
-    Capacitação de servidores do INCRA sobre legislação e instrumentos para o acesso das mulheres a terra
-    Formação do Grupo de Trabalho (GT) sobre Gênero e Crédito  e a Criação do Pronaf Mulher
-    Criação do crédito instalação para mulheres assentadas
-    Declaração de Aptidão ao Pronaf  em nome do casal
-    Ações de Capacitação sobre Pronaf – Ciranda do Pronaf e Capacitação em Políticas Públicas
-    Inclusão da abordagem de gênero na Política Nacional de Ater e da ATER para Mulheres
-    Apoio ao protagonismo das mulheres trabalhadoras nos territórios rurais
-    Criação do Programa de Apoio a Organização Produtiva das Mulheres
-    Apoio para a  realização de Feiras para comercialização dos produtos dos grupos de mulheres
Manutenção da aposentadoria das mulheres aos 55 anos
Representação na Comissão Tripartite de Igualdade de Oportunidades do Ministério do Trabalho

Saúde
- Implementação do Projeto de Formação de Multiplicadoras(es) em Gênero, Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos em convênio com o Ministério da Saúde
- Reestruturação do Grupo Terra responsável pela construção da política de saúde para a população do campo.

Educação
- Criação da Coordenadoria de Educação do Campo no MEC.

Enfrentamento à Violência
- Campanha Nacional de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta
- Criação e funcionamento do Fórum Nacional de Elaboração de Políticas para o Enfrentamento à – Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta
- Elaboração e inserção de diretrizes na Política Nacional de  Enfrentamento à Violência contra as mulheres voltadas para o atendimento das mulheres rurais
Em 2011, as margaridas marcham por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade. A Marcha tem ainda, as seguintes razões:
-    Denunciar e protestar contra a fome, a pobreza e todas as formas de violência, exploração, discriminação e dominação e avançar na construção da igualdade para as mulheres;
-    Atuar para que as mulheres do campo e da floresta sejam protagonistas de um novo processo de desenvolvimento rural voltado para a sustentabilidade da vida humana e do  meio ambiente;
-    Dar visibilidade e reconhecimento à contribuição econômica, política e social das mulheres no processo de desenvolvimento rural;
-    Contribuir para a organização, mobilização e formação das mulheres do campo e da floresta;
-    Propor e negociar políticas públicas para as mulheres do campo e da floresta.
Eixos Temáticos – Plataforma política 2011
-    Biodiversidade e democratização dos recursos naturais – bens comuns
-    Terra, água e agroecologia
-    Soberania e segurança alimentar e nutricional
-    Autonomia econômica, trabalho, emprego e renda
-    Saúde pública e direitos reprodutivos
-    Educação não sexista, sexualidade e violência
-    Democracia, poder e participação política

 

 



A presidente Dilma e a guerra que se anuncia

O movimento era previsível e as razões óbvias, mas não deixa de ser perturbadora a investida dos grandes grupos midiáticos ao governo da presidenta Dilma Rousseff, depois de um curto período de risível persistência de elogios e salamaleques cujo único objetivo era o de indispô-la – e a seu eleitorado – com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Digo que era um movimento previsível não apenas por conta do caráter ideologicamente hostil dos blocos de mídia com relação a Dilma, Lula, PT ou qualquer coisa que abrigue, ainda que de forma distante, relações positivas com movimentos sociais, populares e de esquerda. A previsibilidade da onda de fúria contra o governo também se explica pela transição capenga feita depois das eleições, um legado de ministros e partidos de quinta categoria baseado numa composição política tão ampla quanto rasa, e que, agora, se desmancha no ar.

No instantâneo, o tiro de largada

Assim, pode-se reclamar da precariedade intelectual da atual imprensa brasileira, da sua composição cada vez mais inflada de jornalistas conservadores, repórteres raivosos e despolitizados, quando não robotizados por manuais de redação que os ensina desde a usar corretamente o hífen, mas também como se comportar num coquetel do Itamaraty. Mas sobre a indigência do comportamento da base aliada, é tudo verdade, como também é verdade que, ao herdar de Lula essa miríade de ministros-jabutis colocados na Esplanada dos Ministérios, Dilma aceitou iniciar o governo com diversos flancos abertos, a maioria resultado da aliança com o PMDB, e se viu obrigada a fazer essa tal "faxina" pela mídia, embora se negue a admiti-lo, inclusive em recente entrevista à CartaCapital.

Dilma caminha, assim, sobre a mesma estrada tortuosa do primeiro ano do primeiro mandato de Lula, quando o ex-operário chegou a crer, cegado pela venda de inacreditável ingenuidade, que as grandes corporações de mídia nacionais, as mesmas que fizeram Fernando Collor derrotá-lo, em 1989, poderiam ser cooptadas somente na base do amor e do carinho. Dessa singela percepção infantil adveio a crise do "mensalão", a adoção sem máscaras do jornalismo de esgoto nas redações brasileiras, a volta do golpismo como pauta de reportagem e a degeneração quase que absoluta das relações entre o poder público e a imprensa.

Em 2010, agregados ao projeto de poder do PSDB e de seu cruzado José Serra, os grupos de mídia formaram um único e poderoso bloco de oposição e montaram um monolítico aríete com o qual tentaram derrubar, diuturnamente, a candidatura de Dilma Rousseff. Não fosse a capacidade de comunicação de Lula com as massas e a conseqüente transferência de votos para Dilma, essa ação, inconseqüente e, não raras vezes, imoral, teria sido vitoriosa. Perdeu-se, contudo, na inconsistência política de seus líderes, na impossibilidade de comparação entre os dois projetos de País em jogo e, principalmente, na transfiguração final – triste e patética – de Serra num fundamentalista religioso, homofóbico e direitista, cuja carreira política se encerrou na melancólica e risível farsa da bolinha de papel na careca.

Ainda assim, Dilma Rousseff foi comemorar os 90 anos da Folha de S.Paulo, sob alegada conduta de chefe de Estado, como se não tivesse sido o jornalão da Barão de Limeira o primeiro condutor do circo de mídia montado, em 2010, para evitar que ela chegasse à Presidência. Foi a Folha que publicou, na primeira página, uma ficha falsa da então candidata, com o intuito de vendê-la como fria guerrilheira de outrora, disposta a matar e seqüestrar inocentes, sequer para lutar contra a ditadura, mas para implantar no Brasil uma ditadura comunista, atéia e, provavelmente, abortista. O fim da civilização cristã no Brasil. Dilma sobreviveu à tortura e à prisão, mas não conseguiu escapar dessa armadilha, e foi lá, comemorar os 90 anos da Folha. Agora, instada a fazer a tal "faxina", talvez esteja recebendo um salutar choque de realidade.

O fato é que o embate entre as partes, haja ou não uma Lei dos Meios, nos moldes da legislação argentina, não é só inevitável, mas também inadiável. A presidenta reluta, naturalmente, em iniciar um conflito entre a lei e os meios de comunicação, não é por menos. Ela sabe o quanto foi dura e a ainda é a vida dos colegas vizinhos da Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e Paraguai com os oligopólios locais. Faz poucos dias, um jornalista brasileiro, encastelado numa dessas colunas de horror da imprensa nativa, chamou a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de "perua autoritária", em resposta a leitores que lhe enviaram comentários indignados com um texto no qual ele a acusava, Cristina, de usar o próprio luto (o marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morreu em outubro do ano passado) para fins eleitorais. Implícito está, ainda, a questão do machismo (a "faxina" da nossa presidenta), ou melhor, a desenvoltura do chauvinismo, ainda isento de freios sociais eficazes.

Tenho cá minhas dúvidas se o mesmo jornalista, profissional admirado e reconhecido por muitos, teria coragem de se referir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como "pavão engabelado", apenas para ficar na mesma alegoria do mundo animal atribuída a Cristina Kirchner, por ter posado de pai amantíssimo ao assumir, 18 anos depois, a paternidade de um filho da jornalista Miriam Dutra, da TV Globo – e, aos 80 anos, descobrir que caiu no golpe da barriga. Passou dois mandatos refém da família Marinho por conta de um menino que não era dele. Algum comentário sarcástico nas colunas e blogs da "grande imprensa" a respeito? Necas de pitibiriba. Com a presidenta argentina, mulher que enfiou o dedo na cara de um grupo midiático "independente" que sustentou uma ditadura nazista, responsável pelo assassinato de 20 mil pessoas, o colunista, contudo, se solta e se credencia a nos fazer rir.

Duvido que Cristina Kirchner fosse ao aniversário do Clarín.





O Congresso Nacional libera TV a cabo para telefônicas

O princípio básico da nova lei é simples e saudável:
Quem distribui (telefônica) não produz conteúdo (Globo).
Quem produz conteúdo (Globo) não distribui (telefônica).
A lei transforma tudo em empresa de Comunicação.
Onde se encaixam também os provedores de acesso à internet (UOL).
Assim, teremos a seguinte situação, muito interessante.
A Globo vai ter que fechar o Globo.com e o G1.
Porque não pode distribuir e produzir conteúdo ao mesmo tempo.
O UOL – que sustenta os jenios da Folha (*) – também vai.
Porque ele ou é provedor de acesso ou de conteúdo.
E, na pág. B4, da mesma Folha, o Ministro Paulo Bernardo avisa que as telefônicas poderão dar acesso à internet, sem precisar de provedor.
Ou seja, o UOL perde do novo.
Duas vezes.
Os colonistas da Folha vão ficar impossíveis.
O projeto que o Senado aprovou vai à sanção da Presidenta.
Os filhos do Roberto Marinho e do seu Frias só têm uma saída.
Contratar o escritório do Dr. Sergio Bsrmudes e sua consultora, Elena Landau.

O Dr. Bermudes não perde uma !


Paulo Henrique Amorim

Governados por cegos e irresponsáveis - Leonardo Boff


Image
Afunilando as muitas análises feitas acerca do complexo de crises que nos assolam, chegamos a algo que nos parece central e que cabe refletir seriamente. As sociedades, a globalização, o processo produtivo, o sistema econômico-financeiro, os sonhos predominantes e o objeto explícito do desejo das grandes maiorias é: consumir e consumir sem limites.

Criou-se uma cultura do consumismo propalada por toda a mídia. Há que consumir o último tipo de celular, de tênis, de computador. 66% do PIB norteamericano não vem da produção, mas do consumo generalizado. As autoridades inglesas se surpreenderam ao constatar que, entre os milhares que faziam turbulências nas várias cidades, não estavam apenas os habituais estrangeiros em conflito entre si e pessoas dos guetos, mas universitários, ingleses desempregados, professores e até recrutas. Era gente enfurecida porque não tinha acesso ao tão propalado consumo. Não questionavam o paradigma do consumo, mas as formas de exclusão dele.

No Reino Unido, depois de M.Thatcher, e nos USA, depois de R. Reagan, como em geral no mundo, grassa grande desigualdade social. Naquele país, as receitas dos mais ricos cresceram nos últimos anos 273 vezes mais do que as dos pobres, nos informa a Carta Maior de 12/08/2011. Então, não é de se admirar a decepção dos frustrados face a um “software social” que lhes nega o acesso ao consumo e face aos cortes do orçamento social, na ordem de 70% que os penaliza pesadamente. 70% do centros de lazer para jovens foram simplesmente fechados.

O alarmante é que nem o primeiro ministro David Cameron nem os membros da Câmara dos Comuns se deram ao trabalho de perguntar pelo porquê dos saques nas várias cidades. Responderam com o pior meio: mais violência institucional. O conservador Cameron disse com todas as letras:”vamos prender os suspeitos e publicar seus rostos nos meios de comunicação sem nos importarmos com as fictícias preocupações com os direitos humanos”. Eis uma solução do impiedoso capitalismo neoliberal: se a ordem, que é desigual e injusta, o exige, se anula a democracia e se passa por cima dos direitos humanos. Logo, no país onde nasceram as primeiras declarações dos direitos dos cidadãos.

Se bem repararmos, estamos enredados num círculo vicioso que poderá nos destruir: precisamos produzir para permitir o tal consumo. Sem consumo, as empresas vão à falência. Para produzir, elas precisam dos recursos da natureza. Estes estão cada vez mais escassos e já dilapidamos a Terra em 30% a mais do que ela pode repor. Se pararmos de extrair, produzir, vender e consumir não há crescimento econômico. Sem crescimento anual, os países entram em recessão, gerando altas taxas de desemprego. Com o desemprego, irrompem o caos social explosivo, depredações e todo tipo de conflitos. Como sair desta armadilha que nos preparamos a nós mesmos?

O contrário do consumo não é o não consumo, mas um novo “software social” na feliz expressão do cientista político Luiz Gonzaga de Souza Lima. Quer dizer, urge um novo acordo entre consumo solidário e frugal, acessível a todos, também aos demais seres vivos e os limites intransponíveis da natureza.

Como fazer? Várias são as sugestões: um “modo sustentável de vida” da Carta da Terra, o “bem viver” das culturas andinas, fundada no equilíbrio homem/Terra, economia solidária, bio-sócio-economia, “capitalismo natural”(expressão infeliz) que tenta integrar os ciclos biológicos na vida econômica e social, e outras.

Mas, não é sobre isso que falam quando os chefes dos Estados opulentos se reunem. Lá se trata de salvar o sistema que veem dando água por todos os lados. Sabem que a natureza não está mais podendo pagar o alto preço que o modelo consumista cobra. Já está a ponto de pôr em risco a sobrevivência da vida e o futuro das próximas gerações. Somos governados por cegos e irresponsáveis, incapazes de dar-se conta das consequências do sistema econômico-político-cultural que defendem.

É imperativo um novo rumo global, caso quisermos garantir nossa vida e a dos demais seres vivos. A civilização técnico-científica que nos permitiu níveis exacerbados de consumo pode pôr fim a si mesma, destruir a vida e degradar a Terra.

Seguramente, não é para isso que chegamos até a este ponto no processo de evolução. Urge coragem para mudanças radicais, se ainda alimentamos um pouco de amor a nós mesmos.

Receita de torta de morango com chocolate branco

A ordem dos fatores não modifica o resultado final

Ingredientes

  • 1/2 Xícara(s) margarina
  • 1 Xícara(s) farinha de trigo
  • 1/2 Xícara(s) de Maizena®
  • 1 Unidade(s) gema
  • 1 Colher(es) de sopa açúcar
  • 2 Colher(es) de chá essência de baunilha
  • 1/2 Xícara(s) Maizena®
  • 3 Xícara(s) leite
  • 1/2 Xícara(s) açúcar
  • 1/2 Embalagem chocolate branco picado (160 g)
  • 1 Caixa(s) morangos fatiados
  • 1/2 Embalagem chocolate branco ralado (160 g)
  • À gosto filme plástico para embrulhar
  • À gosto farinha de trigo para enfarinhar

Modo de preparo

  1. Em uma tigela média junte a margarina, farinha de trigo e o amido de milho Maizena®. Misture. Acrescente a gema, o açúcar e a essência de baunilha. Misture e amasse delicadamente com a ponta dos dedos até obter uma massa homogênea. Modele no formato de uma bola, embrulhe em filme plástico e reserve na geladeira por 15 minutos.
  2. Preaqueça o forno em temperatura média (180ºC).
  3. Em uma superfície seca e enfarinhada, abra a massa na espessura de 0,5 cm. Forre o fundo e a lateral de uma fôrma desmontável (24 cm de diâmetro). Leve ao forno médio por 20 minutos ou até dourar. Retire do forno e reserve até esfriar.
  4. Recheio: Em uma panela média, dissolva o amido de milho Maizena® no leite, junte o açúcar e cozinhe em fogo médio, mexendo sempre, até ferver e engrossar. Acrescente o chocolate e misture até obter uma consistência homogênea. Reserve até amornar.
  5. Montagem: Coloque o recheio reservado sobre a massa, distribua as fatias de morango uma ao lado da outra e finalize polvilhando o chocolate ralado. Leve à geladeira por 1 hora e sirva gelada.
  6. Variação: Se preferir misture ao creme meia xícara (chá) de chantili.

A fé permanece

[...] mas a atração das organizações religiosas diminui.

1. As pesquisas de opinião no Brasil têm mostrado um número expressivo de pessoas que respondem que não têm religião. Estudos que vêm sendo feitos, mostram que estes não são ateus. Acreditam em Deus, têm fé, rezam e oram pedindo proteção. As pesquisas mostram que 70% dos Evangélicos cumprem as obrigações religiosas com sua Igreja. No caso dos Católicos são 35% os praticantes.
          
2. Pesquisa mostra que, entre 2003 e 2009, fatia de fiéis que dizem não ter vínculo institucional saltou de 4% para 14%. A intensidade exata do fenômeno só será conhecida quando saírem dados de religião do Censo de 2010. No entanto, para especialistas consultados pela Folha, a pesquisa, feita a partir de amostra de 56 mil entrevistas, é suficiente para dar boas pistas do movimento. Para o pesquisador Ricardo Mariano da PUC-RS, o fenômeno se explica pelo crescimento do individualismo.
          
3. No caso dos Evangélicos há que registrar que um dos dois grandes líderes da revolução protestante no início do século 16 foi Calvino. Este orientava que os seus seguidores deveriam ter fé, ter relações diretas e pessoais com Deus, mas não estar em nenhuma organização religiosa protestante. Os calvinistas é que foram institucionalizando suas Igrejas. Na Alemanha, todas as Igrejas podem receber seus dízimos diretamente do imposto de renda declarado pelos fiéis. Essa proporção nos últimos anos vem caindo de forma sensível.

A crise do capitalismo


Povo nas ruas: não no Brasil...



Tive o prazer de entrevistar esta semana, na Record News, Plinio de Arruda Sampaio e o jornalista e cientista político Igor Fuser. O assunto: a crise do capitalismo e as insurreições de rua que chegaram ao Chile e à Inglaterra.
Igor lembrou um dado irônico: Inglaterra, com Thatcher, e Chile, com Pinochet, foram os pioneiros do neoliberalismo no fim dos anos 70 e início dos 80. Comandaram a onda de privatizações, desregulamentação e ataques aos sindicatos que depois se espalhou pelo mundo. Claro que a queda do “socialismo real”, no início dos 90, deu o empurrão final: os capitalistas perderam o medo! Sem a alternativa do socialismo, tornavam-se desnecessárias as concessões que ao longo do século XX o Capital fora obrigado a fazer ao Trabalho.
Os anos 80 e 90 foram o auge do ultracapitalismo.
Agora, é a volta do cipó de aroeira! A crise viceja no Chile e na Inglaterra. Estudantes chilenos querem Educação pública! Ingleses querem um Estado que não seja só “mãe dos banqueiros”.
Plinio lamentou que a onda de protestos ainda não tenha chegado ao Brasil. “Aqui, domina a cultura do favor”, disse o ex-presidenciável pelo PSOL. E lembrou que parte do povão tem o sentimento de “gratidão” em relação a Lula, pelas políticas sociais que tiraram milhões da miséria.


Não concordo com Plinio nesse ponto. Lula fez algo importante. Criou a base de um mercado consumidor gigantesco e independente. Mas, como já foi lembrado por tanta gente, Lula não ajudou a politizar a sociedade. A tal classe C que ascende cultiva em boa parte os valores do individualismo e do consumo.


 Quem sou eu pra ”condenar” aqueles que sonham com (e conseguem) uma TV nova ou um carro comprados no crediário? É fácil torcer o nariz quando já se tem isso tudo. Na verdade, o problema não é o consumo. Mas a falta de debate, que deixou a agenda dominada por valores conservadores (como vimos na campanha eleitoral em que aborto virou tema central).


Mas Lula ainda travava algum debate com a direita: nas comunicações, na economia, na questão das relações internacionais, na Cultura. Dilma parece ter caminahdo ainda mais ao centro. Dilma parece disposta a cumprir a promesa de reduzir a miséria ainda mais. E só. 


O que atrapalhar esse plano (modesto) ela vê como acessório. E abre mão.
Mas acho que a esquerda (seja ela petista, psolista, comunista, socialista ou outros “istas” por aí) faria melhor se, em vez de seguir reclamando da “despolitização” legada pelo PT, tentasse construir uma nova agenda.
O Plinio e outros por aí cumprem o digno papel dos combatentes que não abaixaram suas bandeiras. Acho que é um papel importante, diante do abandono das bandeiras de esquerda por tantos petistas.

Essa nova agenda não precisa “negar” o lulismo. Ao contrário. Deveria partir das conquistas e dos avanços do lulismo, para estabelecer um novo programa.

Enquanto a economia cresce, isso tudo pode parecer bobagem. Dilma e o PT “oficial” (que faz acordos com as teles e veta aumento pra aposentado) seguirão nadando de braçada – fora uma ou outra crise fabricada pela oposição midiática.

Mas a crise mundial vai bater aqui no Brasil, mais forte do que em 2008. E aí os setores organizados, os petistas que não abdicaram de reformar a sociedade (e são muitos, talvez a maioria), os sindicalistas, os movimentos sociais, enfim a base tradicional da esquerda terá que se perguntar: vamos  tentar salvar o capitalismo à brasileira – de juros nas alturas e concesões sociais? Ou vamos apostar num programa alternativo?
Leia a matéria completa »

Tibum no Mundo: Não participe do Concurso da Natura Nature

[...] é uma imbecilidade monumental a ideia de uma mundo composto apenas por agua [ou fosse qualquer outro elemento]. A riqueza da natureza consiste exatamente na diversidade.

Fico a imagina quanto ganhou o " gênio " que convenceu a empresa bancar um besteira desta.
Olá, JOEL

Natura Naturé convida crianças
entre 3 e 10 anos a mostrarem como
seria um mundo todinho feito de água.

  Certificado de Autorização Caixa n° 3-0440/2011



Trocado de vagão

A presidente da República não tem por que ceder agora na trilha que ela escolheu para se relacionar com a base governista. Se decidir recuar correrá o risco de precisar doravante pedir licença aos aliados até para escolher o cardápio do Alvorada.

Mas Dilma Rousseff não pode prescindir da base, pois tem pelo menos mais três anos e meio de governo. Sem contar a possível campanha pela reeleição. Já que a presidente se movimenta como candidata a tal.

Inclusive pelo contraste que imprime com o período do antecessor e padrinho. Para quem a conta do rearranjo governamental anda pesada.

Administrar a tensão com os aliados vai exigir sintonia fina e sangue frio. O segundo quesito não parece faltar, ainda que a presidente não esteja imune a escorregadas.

Como quando diz que não se move em função do publicado na imprensa.

Fora a operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo, nasceram do trabalho jornalístico as encrencas que vêm permitindo à presidente agarrar o manche do governo dela.

A fala talvez tenha sido uma gentileza, um gesto em direção a aliados preocupados. O ritual útil de falar mal de um adversário histórico, para adicionar alguma coesão às próprias fileiras. Vai saber...

Dilma está no jogo em vantagem. Se abrir mão da base não é opção para ela, renunciar aos espaços governamentais tampouco é alternativa para a base. E no fim das contas quem nomeia e demite é ela.

Então a base precisará, certa hora, compor com o Planalto. Com Dilma Rousseff, a única possuidora da caneta que desembaraça verbas e cargos.

Por isso deve-se olhar com alguma cautela a agitação nestes dias cheios de novidades.

Uma novidade foi o apoio da ala que, na falta de expressão melhor, poderia ser chamada de setor independente dentro dos partidos da base do governo no Senado.

A coisa tem lá sua dose de “não é o que parece”, pois o grupo de senadores está mais para oposição do que para governo. Já é quase uma dissidência. E ninguém consegue governar apenas ou principalmente apoiado por dissidências.

Trocar o establishment senatorial por esse grupo tampouco é possibilidade realista.

No cabo de guerra, Dilma tem outro trunfo: não se ter proposto uma pauta agressiva de reformas legislativas. Precisa pouco do Congresso.

Só não pode deixar a situação sair do controle, como aconteceu no Código Florestal na Câmara dos deputados. Quando o Palácio do Planalto construiu cuidadosamente a derrota, por desconsiderar a correlação de forças.

Dilma precisa aprovar a renovação da DRU (a desvinculação parcial de receitas, que permite mais flexibilidade orçamentária) e talvez goste de fazer avançar algum arremedo de reforma tributária.

Só. No mais, é governar. No caso de Dilma, cumprir as metas no avanço na infraestrutura nacional. Será (ou não) a marca do governo dela, um bolo cuja cereja são as obras da Copa do Mundo de 2014.

Daí que a presidente avance com apetite no controle da máquina. Num caso trocou o ministro (Transportes), noutros vem deixando os titulares, por enquanto. Mas privados de poder real.

Dependentes da clemência presidencial.

E o Congresso? Há alguns cenários. No mais desfavorável, a rebelião da base permitirá ao Parlamento enfileirar uma sequência de gastos amalucados, para inviabilizar o governo.

No mais favorável, daqui a pouco as coisas se ajeitam. Pois é melhor sair da primeira para a segunda classe do que ser expelido para fora do trem.

Pelas razões expostas ao longo desta coluna, e mesmo que a verdade esteja -como sempre- num ponto intermediário, tende a prevalecer a segunda opção.

A não ser que Dilma se mostre ruim de serviço para além da conta. Muito além. 
por Alon Feurwerker

Pai matou a filha e ainda foi para o velório

 Genoir Luís Bortoloso, 47, confessou que matou a filha Ketlin Bortoloso, 18, estudante de educação física, em Gaurama (RS), no último dia 11, segundo ele para "resolver a situação" - não pagar pensão e abocanhar um seguro de R$ 200 mil que o beneficiava!

O pistoleiro Jair Rivelino Satornino, contratado por R$ 10 mil, R$ 500 de entrada, alega que seu revólver travou após o segundo tiro e o pai disparou mais quatro tiros em Ketlin! Foi a segunda tentativa de assassinato, a mando do pai, que há dois anos "teria contratado o mesmo pistoleiro, dizendo que ela era uma 'namorada' que o traía, que disparou em Ketlin e no irmão, na saída da escola, mas os tiros só a feriram na perna e no abdome. Era um caso sem solução até a prisão de Genoir".

Falam que a atual mulher de Genoir "não se dava bem com a garota e ameaçara separar-se". O delegado Olinto Gimenes declarou: "O valor da pensão alimentícia estaria causando dificuldades para o casal; e Genoir chegou a ser preso quatro vezes por falta de pagamento". Matou a filha e ainda foi ao velório, onde foi preso e confessou o crime.