Amigos são como músicas você já percebeu?


Eles entram na vida da gente e deixam sinais.
Como a sonoridade do vento ao final da tarde.
Como os ataques de guitarras e metais presentes em
cada clarão da manhã.

Amigo é a pessoa que está ao seu lado e você vai
descobrir, olhando no disco do olhar.

Procure escutar:Amigos foram compostos para serem ouvidos,
sentidos, compreendidos, interpretados.

Para tocarem nossas vidas com a mesma força do
instante em que foram criadas, para tocarem suas
próprias vidas com toda essa magia de serem músicas.

E de poderem alçar todos os vôos, de poderem
cumprir todas as notas, de poderem cumprir, afinal, o
sentido que a eles foi dado pelo compositor.
Amigos são pessoas como VOCÊ.
Amigo têm que fazer sucesso...
Mesmo que não estejam nas paradas;
Mesmo que não toquem no rádio...

                                                                           Autor: (Desconhecido)

Mais de 130 representantes de países estarão presentes na posse da Dilma

A cerimônia de posse da presidente eleita Dilma Rousseff já tem confirmada a presença de representantes de mais de 130 países. De acordo com o Itamaraty, até esta quinta-feira 12 chefes de Estado anunciaram que participarão do evento, além de 12 chefes de governo. Nove vices, 23 ministros de Estado e 76 embaixadores também devem acompanhar a cerimônia, que acontece a partir das 14h de sábado.

A posse da primeira mulher ao cargo de presidente do Brasil vai contar com a presença da secretária de Estado amerciana, Hillarry Clinton. A presidente da Argentina confirmou no início da semana que não participará do ato. Nesta quinta-feira, o chanceler Héctor Timerman informou que Cristina Kirchner não virá ao Brasil por motivos pessoais. "É um ano complicado (para Cristina). É a primeira festa (de fim de ano) que ela passa sem o companheiro", disse Timerman, em alusão ao marido da presidente, o ex-chefe de Estado argentino, Néstor Kirchner, falecido em outubro.

A posse de Dilma Roussef começa com um desfile em carro aberto na Esplanada dos Ministérios, saindo da Catedral de Brasília em direção ao Congresso, onde ela faz seu primeiro discurso como presidente. Em seguida, Dilma subirá a rampa do Palácio do Planalto, onde receberá a faixa das mãos de Luiz Inácio Lula da Silva. No parlatório, ela realizará um discurso para o público que estará na Praça dos Três Poderes. Depois, vai para um coquetel com autoridades estrangeiras no Palácio Itamaraty, com início previsto para as 19h.

Chefes de Estado já estão no País

O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, e o primeiro-ministro da Jamaica, Bruce Golding, viajaram nesta quinta-feira para Brasília para acompanhar a posse de Dilma. Durante sua visita, Colom deve reunir-se com o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar da obtenção de um crédito de US$ 400 milhões para a construção de uma estrada desde a cidade guatemalteca de Tecún Umán, na fronteira com o México, até Pedro de Alvarado, na fronteira com El Salvador.
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Linha doida

Espanto, e enorme, causou-me consultar os cardápios de diversos restaurantes, ao longo de nossa cidade, e constatar o quase que completo desaparecimento ou desfiguração de nossa genuína culinária. Consultei um de meus botões - especialista em "o chefe sou eu, veja o meu uniforme" - e o tal botão alertou-me para o fato de ser pós-moderno é, antes de tudo, realizar uma releitura.

Meu caro, (ajeitando a gravata), usar, num "Peixe à delícia", maisena em vez de creme de leite fresco, é, mais que ousadia, é, a rigor, uma instalação, viu?

Eu hein?... Quem não pode com o pote, não pega na rodilha! Somos ou não somos o centro do mundo? Por que, então, preservar cores e sabores? Será o Benedito?! - Aí o tal botão recolheu-se a uma de suas casas, deixando-me um livro de culinária mineira. Não lhe entendi o gesto. Também quem me mandou ter tão-somente o Diploma do Curso de Datilografia?

O Terra

Maior empresa de internet da América Latina, fará a cobertura em tempo real, ao longo de todo o próximo sábado, das cerimônias de posse de Dilma Rousseff, a primeira mulher presidente do Brasil, e dos governadores do Distrito Federal e dos 26 Estados brasileiros. Com narração ao vivo o dia inteiro e correspondentes nas 27 unidades da federação, o internauta acompanhará todos os detalhes das posses em texto, fotos e vídeo.

A cobertura começa já na madrugada de sábado, com as posses dos governadores do Acre, Tião Viana, do Amapá, Camilo Capiberibe, e do Maranhão, Roseana Sarney. A partir das 13h30, o Terra transmite ao vivo a cerimônia de posse de Dilma, diretamente do estúdio do Jornal do Terra.

Dilma desfilará em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para em seguida fazer o juramento à Constituição no Congresso Nacional e receber a faixa presidencial no Palácio do Planalto. Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia Política, irá comentar o momento histórico.

O Terra irá transmitir também a posse do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin. A cerimônia começa às 10h de sábado, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O governador assinará o compromisso constitucional junto com seu vice, Afif Domingos, e receberá as honras militares da Polícia Militar. Os festejos continuam no Palácio dos Bandeirantes até as 13h.

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Sebrae do Ceará formaliza 30 mil empreendedores individuais

Para Carlos Cruz, presidente do Sebrae Ceará, 2010, que termina amanhã, foi marcado por 3 importantes avanços.
 
"O primeiro foi na área da formalização dos empreendedores individuais. O Sebrae cearense incluiu-se entre os cinco primeiros do Brasil, atraindo para a atividade formal - aquela que cumpre o que mandam as leis e os regulamentos - 30 mil micro e pequenos empresários. Esse contingente passou a usufruir, entre outros benefícios, do crédito bancário, dos financiamentos concedidos pelas instituições que incentivam o uso da tecnologia e da oportunidade de vender para organismos dos três níveis do Governo, sem esquecer a sua inclusão social que lhes abriu a perspectiva previdenciária".

"O segundo avanço foi a internacionalização dos negócios dos micro e pequenos empreendimentos cearenses. Trata-se de uma utopia, da qual eles já se apropriaram e para a qual caminham, buscando sua inserção no comércio exterior". "E terceiro avanço, foi a desmistificação da inovação. Os micro e pequenos tinham medo da palavra inovação. Pensavam que era algo obrigatoriamente ligado à Microsoft. Eles já descobriram que inovar é, por exemplo, trocar uma máquina de costura antiga por uma nova, reduzir custo. Foi um grande ano para nós".

Contagem regressiva

- O fim está próximo.
- E o início também.
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Artigo semanal de Delúbio Soares

Os ventos da história

"O destino humano é uma tremenda ironia"

Luis Buñuel

 Quis o destino que a história do Brasil, tão cheia de caprichos quanto generosa, nos reservasse para a virada de 2010, um de seus capítulos mais belos. Importa pouco ou nada importa se muitos ficaram pelos caminhos da luta para que pudéssemos vivê-lo. Pelo Brasil e por seu povo, todo e qualquer sacrifício compensa e, por mais dura que seja sua provação, será pouco diante da grandeza de nossa gente e de seu merecimento.

 Impossível não se emocionar com a beleza desse instante da vida nacional. Depois de seguidas derrotas e de tanto esforço, o operário metalúrgico, o migrante nordestino, o menino pobre e ex-engraxate, o filho carinhoso de Dona Lindú, o que foi atacado impiedosamente por não ter diploma e por seus tropeços gramaticais, realizou um governo que está no coração do povo, registrado em página memorável de nossa história, elogiado pelo mundo e quebrando paradigmas e recordes. Passará a faixa presidencial para uma mulher, nossa primeira presidenta.

 Com o jeito dos mineiros e o ímpeto dos gaúchos, exigente e incansável, executiva competente e visionária, Dilma Rousseff chega à presidência da República sem medo e sem ódio. Ela não tem tempo de olhar para trás. Os que torturaram o corpo da jovem idealista não atingiram o espírito da mulher guerreira e determinada. Mãe e avó, Dilma chega ao Planalto com o compromisso histórico de continuar o mais bem-sucedido dos governos que o Brasil já conheceu e de mostrar ao mundo o talento e a garra da mulher brasileira.

 O filho da mulher humilde e lutadora, que fugiu da seca e da fome do sertão nordestino em busca de uma vida melhor para uma penca de filhos, passa o comando de nosso país à filha do homem que deixou a fria Bulgária para encontrar no Brasil a oportunidade de trabalhar, tornar-se empresário de sucesso e constituir família. Dois destinos tão diferentes e tão iguais, que se encontram num momento maior da história de nosso país! Duas histórias tão diversas e tão coincidentes que se entrelaçam por conta da ironia do destino, dos desígnios insondáveis do universo e da vontade inapelável do povo! São os ventos da história, os que afastam do caminho dos povos o que não lhes é necessário e aproxima pedras e sonhos na construção do amanhã.

 Teria pensado em ser presidente do Brasil o menino retirante, recém chegado da então paupérrima Garanhuns à fervilhante São Paulo, no instante mágico e dramático em que sua adorada mãe recusou-se a entregá-lo em adoção por caridosa senhora de classe média, visivelmente incomodada com a pobreza daquela família sem pai? O menino pobre tornou-se presidente da República e não são poucos o que o acham o maior de todos os que tiveram a oportunidade de governar o Brasil.

 Por 28 dias torturada barbaramente, tendo seu corpo violado por chutes, pancadas e choques elétricos, a jovem mineira de família abastada e que se entregara à luta contra a mais cruel e brutal de todas as ditaduras que seu país conheceu, teria vislumbrado o momento em que, por decisão de 55 milhões de compatriotas seus, anos depois, não teria seu corpo coberto por feridas, mas pela faixa presidencial? Que os soldados de seu país não a teriam por prisioneira torturada, mas por comandante suprema das Forças Armadas? Que os que se oporiam a ela, na mais sórdida campanha eleitoral já assistida pelos brasileiros, seriam derrotados de forma eloqüente? A jovem idealista e sofrida chegou à presidência de seu país e seu povo lhe deposita imensa esperança e lhe destina confiança imensa na capacidade de trabalho e sabida competência.

 Que grande dia esse, em que na virada de um ano para outro, com o mapa social, político, econômico e humano do país absolutamente mudado para melhor, o filho do pobre e a filha do rico, o operário e a doutora, Lula e Dilma, por obra dos ventos da história e da grandeza de nosso povo, protagonizam um dos momentos mais belos de nossa história!

 Que imenso orgulho de meu país, de meu povo e da história que, juntos, estamos escrevendo.

www.delubio.com.br

www.twitter.com/delubiosoares

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10 biografias

Que não estavam no scripit de 2010

1. Geisy Arruda
Vestida para causar, de Fabiano Rampazzo, conta como a estudante paulista fez de um quase linchamento o trampolim para a fama. Depois de ser expulsa em 2009 da faculdade por ter ido à aula de minissaia, ela posou nua, virou estrela de TV – e, segundo seu biógrafo, símbolo do feminismo.

2. Lady Gaga
Apesar do êxito, a vida pessoal de Lady Gaga permanece nebulosa. Lady Gaga – A revolução do pop tenta esclarecer mistérios sobre a cantora e explicar sua corrida ao estrelato.

3. Susan Boyle
A cantora que virou estrela pop mesmo perdendo um concurso na televisão ganhou neste ano três biografias, além de duas autobiografias, com a ajuda de redatores ventríloquos.

4. Fernando Torres
No livro Torres, el niño: my story, só editado no Reino Unido, o jogador de 26 anos narra um triunfo às avessas: antes da Copa do Mundo, era a esperança da seleção espanhola. Foi campeão, o.k., mas no banco de reservas.

5. Kim Kardashian
Kardashian konfidential conta a ascensão da modelo e de suas irmãs Kourtney e Khloe. As três são estrelas de um reality show. Kim virou símbolo da empresária astuta, pronta para derrotar as beldades concorrentes.

6. Justin Bieber
A biografia do astro de 16 anos não traz grandes revelações – talvez por falta de material. Além de descrever sua trajetória, o livro traz revelações “vitais”, como seu filme preferido e a importância da mãe em sua carreira.

7. Barack Obama
O jornalista David Remnick escreveu em menos de seis meses as 720 páginas de A ponte: vida e ascensão de Barack Obama. Isso com o presidente americano na metade do mandato. Cedo demais? “A história dirá”, disse Remnick a ÉPOCA.

8. Narciza Tamborindeguy
A socialite carioca conta em Ai, que absurdo! episódios recentes e surreais de sua vida: como um amigo rico lhe roubou um iPhone e o que fez para se livrar de uma goteira em sua cobertura.

9. Cleópatra
A historiadora Stacy Shiff virou best-seller com Cleopatra: a life. O livro retrata a rainha egípcia como a única mulher a ter um papel político fundamental na Antiguidade.

10. José Alencar
A jornalista Eliane Cantanhêde assina José Alencar, a saga de um brasileiro. Conta a trajetória do empresário mineiro que se tornou vice-presidente da República e luta há anos contra o câncer.

Porque um documentário sobre a formação de atletas em Cuba

Apesar dos limites econômicos, não há paralelo em investimentos nos esportes associados a saúde



Veja também o rascunho da proposta de abertura do documentário, clicando em http://www.youtube.com/watch?v=FnPU00j8AEY

Alunos-atletas que se destacam nas escolas básicas são
selecionados para as escolas superiores de alto rendimento, desde os 10

 anos de idade,  onde estudam em regime de internato e,
além das aulas curriculares,  treinam 4 horas por dia

 

Cuba é uma ilha cercada de esportes por todos os lados. Ou Cuba é uma República federativa de esportes. Exageros à parte, as duas definições cabem muito bem nesse país caribenho de 11 milhões de habitantes, que emergiu na década de sessenta como a maior potência olímpica da América Latina – e uma das maiores do mundo - , apesar do impiedoso bloqueio econômico comandado pelos Estados Unidos, que a obriga a racionar seus alimentos básicos desde 1961. A transformação de Cuba num arquipélago de escolas voltadas para o esporte e de ensino esportivo em centenas de praças se deu dentro do conjunto de medidas para criar "o homem novo", incorporando a ele uma capacidade de resistência provada ao longo de meio século. Antes de ganhar sua primeira medalha em jogos olímpicos nesse novo ambiente, em 1964, o país que também investia o que tinha e o que não tinha no crescimento cultural de sua população, já não lembrava o que era um troféu: o último em competições olímpicas mundiais fora ganho em 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos. Fora dessa competição, só em outra conseguira duas minguadas medalhas – 1900, em Paris. Para que Cuba pudesse exibir hoje o número recorde de 187 medalhas, contando apenas as conquistadas em jogos olímpicos mundiais, o governo revolucionário tomou uma decisão de natureza defensiva – utilizar o esporte como primeira terapia preventiva na área da saúde. 


Em 1961, quando criou o seu instituto nacional de esportes, Cuba sofria com a emigração para os EUA de mais da metade dos seus 6 mil e 500 médicos, que faziam parte de uma elite voltada para a clientela privada.


Enquanto buscava ajuda em profissionais da América Latina e redirecionava a sua medicina – hoje respeitada no mundo inteiro – Cuba teve que fazer um criativo dever de casa. Pelos cálculos dos Estados Unidos, a que estava atrelada desde a independência no final do século 19, a ilha rebelde não resistiria a cinco anos de bloqueio implacável. Toda sua atividade econômica tinha como matriz o vizinho do norte e não haveria como sobreviver racionalmente com o corte de seus suprimentos.


Passados 50 – e não 5 anos – a ilha teimosa se apresenta ao mundo com índices de saúde superiores, em alguns casos, aos das grandes potências, com um padrão educacional de primeiro mundo e com a exuberância de seus triunfos nas praças de esportes. Isso, apesar de apertos monumentais, como os que se seguiram ao colapso da União Soviética e do bloco socialista que funcionavam como válvulas de escape providencial. Foi a compra de petróleo na Rússia, a partir de 1961, que garantiu o seu suprimento, ante o boicote norte-americano. Em 1989, 85% do comércio exterior cubano se processava com o bloco que desmoronou com a "Perestroika" de Gorbachev e o muro de Berlim.


Com a mudança brusca nos países socialistas da Europa, em 1989, Cuba teve que adotar medidas excepcionais a partir de setembro de 1991, que incluíam apagões de até 14 horas diárias e a compra de 1 milhão de bicicletas na China. Um mês antes, em agosto de 1991, como estava compromissado, Fidel Castro recebeu 4 mil 119 atletas para os 11º Jogos Pan-Americanos, que deram prejuízo à já combalida economia cubana, devido ao boicote comandado pelos EUA, que queriam mudar a sede. As redes de televisão e poderosos patrocinadores não tomaram conhecimento do evento, em que Cuba surpreendeu mais uma vez, ao classificar-se em primeiro lugar, com 265 medalhas – sendo 140 de ouro – superando os Estados Unidos, que obtiveram 130 medalhas de ouro entre as 352 conquistadas. Nessa competição, o nosso Brasil ficou em quarto lugar, com 21 medalhas de ouro entre as 79 conquistadas. 


No ano seguinte, ainda sob o impacto das mudanças no leste europeu, Cuba confirmou sua performance, apesar das medidas de restrição impostas pelo período especial: classificou-se em 5º lugar nos 25º jogos olímpicos em Barcelona, obtendo 31 medalhas, entre as quais 14 de ouro. Ficou atrás apenas do bloco de países da antiga União Soviética, que ainda disputaram como se fossem uma única nação, dos Estados Unidos, da Alemanha unificada e da China, desta por duas medalhas de ouro. Nessa competição, o Brasil, segundo país latino-americano na ordem de classificação, ficou em 25º lugar, com apenas duas medalhas de ouro e uma de prata. México e Peru obtiveram uma medalha de prata; Argentina e Colômbia, uma de bronze.


Na 12ª edição dos jogos pan-americanos, em 1995, na cidade de Mar Del Plata, Argentina, Cuba confirmou seu poderio olímpico, ao classificar-se em segundo lugar com 112 medalhas de ouro, de um total de 238. Os anfitriões ficaram em quarto, com 40 ouros, somando ao todo 159. O Brasil ficou em sexto, com 18 ouros, de um total de 82 medalhas.


Em 1996, nos jogos olímpicos de Atlanta, mesmo em meio ao sacrifício, Cuba manteve-se como o país latino-americano melhor posicionado. Classificou-se em oitavo lugar, com 9 medalhas de ouro, de um total de 25. O Brasil ficou em 25º lugar com 3 medalhas de ouro de um total de 15, mantendo-se como o segundo latino-americano. Equador e Costa Rica tiveram uma medalha de ouro. Os demais do continente ficaram na rabeira.


Cuba confirmou sua liderança latino-americana nos jogos pan-americanos de Winnipeg, Canadá, em 1999, colocando-se em segundo lugar à frente dos anfitriões; nas olimpíadas de Sidney, Austrália, em 2000; no pan-americano de Santo Domingo, em 2003; nas olimpíadas de Atenas, em 2004, no pan-americano do Brasil, em 2007. Nas olimpíadas de Pequim, em 2008, com uma delegação reduzida, teve apenas 2 medalhas de ouro, contra 3 do Brasil, somando 11 de prata e 11 de bronze, contra 4 de prata e 8 de bronze, do Brasil.
A superação das dificuldades é acrescida de outro elemento de pressão: formadas por amadores, nos quais o Estado investe desde lactantes, as equipes cubanas são rotineiramente assediadas por empresas especializadas na sedução dos seus atletas. Aqui, nos jogos pan-americanos de 2007, dois boxeadores cederam a uma promessa de contrato de uma empresa alemã e, mais recentemente, em 2009, quatro jogadores de basquete pediram asilo na Espanha após um amistosa nas Ilhas Canárias, expediente totalmente fora de propósito, porque nenhum deles sofria perseguição política em seu país – antes, pelo contrário: o que eles almejavam mesmo era faturar muitos dólares por conta do que aprenderam a custo zero em seu país.


Conhecer por dentro a saga dos desportistas cubanos não foi difícil. Independente da abertura que se desenha a partir dos últimos três anos, viajar a Cuba é tão fácil como visitar uma cidade brasileira. Qualquer um pode pegar um avião e comprar o visto de entrada por 20 dólares no último aeroporto de embarque para a Ilha. A própria companhia aérea vende o tíquete. Se você esquecer, não tem problema: pode obter o "visto" no Aeroporto de Havana, pagando a mesma taxa.


Daí para ter acesso aos centros de formação de atletas não há mistério, até porque a maioria deles, como na gigantesca Cidade Desportiva de Havana, muitos treinamentos são realizados em espaços abertos.


Mas foi o conhecimento das entranhas do mega projeto esportivo cubano que me permitiu oferecer aos brasileiros e ao mundo o conhecimento dos segredos de uma verdadeira fábrica de campeões olímpicos.


Com esse documentário, ficam as autoridades e povo brasileiro sabendo que poderão fazer bonito nas olimpíadas de 2016, desde que concentrem investimentos na formação de nossos atletas. Afinal, a cada competição internacional, o Brasil tem registrado avanço, apesar da ausência de um projeto estratégico de esportes em nosso país. 

 


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Briguilino


MH - Marciano Hipotético tem vindo seguidamente ao Brasil e sempre sai perplexo com o que vê e ouve por aqui.


Na sua última visita o Lula acabava de ser eleito pela primeira vez, mas ainda não tinha sido empossado. As perspectivas não eram boas. Empresários preparavam-se para fugir em massa do país se suas piores conjeturas sobre o PT no poder se confirmassem. Banqueiros tremiam, temendo estatização sem indenização. Donas de casa escondiam a prataria. Anunciavam-se anos de privação e sacrifício sob o socialismo iminente.

Oito anos depois o MH volta e, para começar, não encontra vaga para estacionar a sua nave. A movimentação de Natal nas ruas e nas lojas é tamanha que o deixa transtornado. Onde está? Certamente não na Grande Cuba preconizada oito anos antes.

MH entrevista pessoas na rua com seu português de novela, aprendido nas ondas da TV, e descobre que a maioria está contente, está empregada, teve dinheiro ou crédito para as compras e julga que as coisas vão melhorar ainda mais.

— Quer dizer que, qui, il socialismo ha funzionato? — pergunta MH, com sotaque do Tony Ramos.

— O sociaque?

A perplexidade de MH aumenta. O Lula foi deposto, será isso? O PT não conseguiu implantar seu programa, a reação venceu e o Lula foi corrido do governo. Que nada, lhe informam. Lula ficou oito anos e ainda escolheu sua sucessora. Sucessora?! Sim, uma mulher. Dilma, ex-ativista política, ideologicamente mais à esquerda do que Lula e que, todos esperam, só completará o seu trabalho de consolidação do capitalismo no Brasil. A esta altura MH decidiu que precisava de um drinque. Entrou num bar e pediu "Amoníaco. Duplo!".

Sempre impressionou muito ao MH a quantidade de siglas de esquerda na política brasileira. Em nenhum outro lugar do mundo há tantas graduações de "esquerda" para se escolher, e tantas já chegaram a ser governo, com ou sem coligações, sem que isto afetasse muito o conservadorismo dominante.

MH pretende desenvolver uma tese, na viagem de volta ao seu planeta. A esquerda brasileira é estilhaçada desse jeito de tanto bater na cidadela do poder real sem conseguir penetrá-la. É uma tese complexa, mas a viagem é longa.

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Anorexia

Morre Isabelle Caro, modelo que lutava contra a doença

Ela era um ícone da luta contra a anorexia. 

A atriz francesa de 28 anos foi alçada à fama ao posar para uma campanha sobre a doença. Seu calvário terminou no dia 17 de novembro. A morte da ex-modelo, no entanto, só foi revelada esta quarta-feira pelo site 20minutes.ch.

Isabelle tornou-se conhecida mundialmente há três anos, quando foi fotografada pelo italiano Oliviero Toscani, famoso por assinar campanhas polêmicas. 

A francesa sofria de anorexia desde os 13 anos. Em 2006, equilibrava seu 1,65m em apenas 25 quilos. 

À época, ela disse que "queria despertar consciências" mostrando o seu corpo, que, murcho, parecia de "uma pessoa mais velha". 

No início de 2010, disposta a enfrentar o distúrbio alimentar, a modelo festejou ter conseguido chegar aos 42 quilos.

O cantor suíço Vincent Bigler, amigo de Isabelle, confirmou sua morte na internet e afirmou que ela permanecera duas semanas hospitalizada por ter sentido algo no pulmão. 

Ele, no entanto, não soube confirmar a causa da morte.

Concurso Cultural

Buscar o sucesso profissional deve ser uma constante na vida

de quem quer alcançar seus objetivos e realizar sonhos.
A Faculdade AIEC quer saber como você busca
o seu sucesso profissional.

Como participar
Inscreva-se no  
Entre para o grupo
Escreva um texto com até 800 palavras ou crie um vídeo com até 2 minutos.
Publique seu texto ou o link do seu vídeo no grupo Buscando Sucesso Profissional.
Envie sua história até dia 08 de janeiro de 2011

Clique aqui e leia o regulamento.

Peito de chester com molho de uvas para começar bem 2011!

Veja um cardápio de dar água na boca
Vital. Unilever
beleza saúde receitas sua casa sua vida blog

Peito de chester com molho de uvas
Peito de chester com molho de uvas
Tempo de preparo:
de 30 minutos a 1 hora

Serve:
3 a 4 porções
Confira
Purê de lentilha com cebolas douradas
Tempo de preparo:
de 30 minutos a 1 hora

Serve:
3 a 4 porções
Confira
Purê de lentilha com cebolas douradas
Arroz com frutas secas
Arroz com frutas secas
Tempo de preparo:
de 30 minutos a 1 hora

Serve:
3 a 4 porções
Confira
Taça ano novo
Tempo de preparo:
de 30 minutos a 1 hora

Serve:
3 a 4 porções
Confira
Taça ano novo
 
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Ex-blog do Cesar Maia

Memória sobre o caso do monstrego da Eletrobrás no centro do Rio de Janeiro

Ex-Blog do Cesar Maia

Cesar Maia

linha

1. Ontem (29), a imprensa divulgou a informação que finalmente a Eletrobrás havia comprado terreno do governo do Estado para construir um monstrengo no Corredor Cultural do Rio. Um absurdo. Abaixo, notas publicadas por este Ex-Blog, meses atrás.

2. (11/01/2010) Edifício da Eletrobrás de 44 andares no Corredor Cultural do Centro do Rio. 1. (Globo, 08) Será no Corredor Cultural no Centro do Rio, na área da Lapa o novo edifício-sede da Eletrobrás de 44 andares. A lei 106 mudou o gabarito na Rua dos Arcos.

3. (ram, 10/01/2010) "Uma lei da prefeitura, altera pela primeira vez, a Lei do Corredor Cultural. Esta previa para a Rua dos Arcos, na Lapa, uma altura máxima correspondente a seis pavimentos. Mas a alteração aprovada irá permitir a construção de um espigão da Eletrobrás no eixo de visada dos Arcos da Lapa. O instituto de previdência dono dos terrenos quer ver suas possibilidades de lucro maximizadas. Os representantes da nova geração de administradores públicos adeptos da gestão de cunho empresarial, se lixam para o dano à imagem da Lapa. A torre proposta pela Eletrobrás trará para o meio da visão dos Arcos da Lapa um imenso elemento vertical, de 133 metros, com 44 pavimentos, que interferirá muitíssimo naquela paisagem. Onde está o IAB -instituto dos arquitetos- e os órgãos de defesa do patrimônio?"

4. (18/01/2010) Mais informações sobre o espigão da Eletrobrás no Corredor Cultural do Centro do Rio. A Eletrobrás, com mil funcionários e uma parte em Brasília, não precisa de um prédio de 44 andares. O que pretendem fazer é comprar o terreno e assinar contrato com construtora, que se ressarciria com aluguel da grande parte das salas que a Eletrobrás não precisa. Este Ex-Blog já publicou na parte de anúncios classificados de jornais, o nome da empresa que -já está acertada- para ser contratada. É uma importante empreiteira do Rio.

5. Carta Aberta à Diretoria da Eletrobrás. Conheça teor completo. Enviada como notificação extrajudicial em mãos, em 20 de janeiro de 2010.

                                                * * *

USO DA INTERNET NA COMUNICAÇÃO DOS GOVERNOS NOS ANOS 2000!

Tese de Marcelo Chimento, publicada na Revista da PUC-SP: "Cesar Maia x Jornal do Brasil: a disputa pelo controle da informação na Era da Internet".

1. Este trabalho analisa a crítica do Jornal do Brasil, em abril de 2008, ao fato de que o prefeito do Rio, César Maia, só responde aos jornalistas por e-mail, chegando a afirmar que "o prefeito sumiu", e a resposta de Maia, para o qual alguns jornais ainda não entendem a Internet como novo meio de comunicação. A tese é que, por trás deste embate, existe uma disputa, com raízes na história da imprensa, pelo controle da informação. Enquanto os jornalistas tentam manter sua hegemonia, o prefeito investe no e-mail e no seu "ex-blog" para atingir públicos específicos e controlar sua exposição na mídia tradicional.

2. No final o JB passou a ser, em 2010, inteiramente virtual.

3. Texto completo de 19 páginas.

                                                * * *

"HUNGRIA AMALDIÇOADA COM UM LÍDER POPULAR DEMAIS"! E, CONTROLE DA IMPRENSA!

(Anne Applebaum-New York Times – UOL, 29) 1. Nos últimos meses, a Hungria deu à Europa outro exemplo de quão frágil pode ser a democracia. Nesta semana, estou escrevendo sobre o resultado das eleições na Hungria. A Hungria é membro da Otan e da União Europeia, um país com partidos políticos ativos e um histórico de 20 anos de eleições livres. Em todos os sentidos que de fato importam, a transição da Hungria do comunismo para a democracia tem sido um sucesso absoluto.

2. Contudo, nos últimos meses, a Hungria deu à Europa outro exemplo de quão frágil pode ser a democracia– mesmo em um lugar onde ela funciona. A Hungria agora está amaldiçoada com um líder que é popular demais e que tem uma maioria ampla demais – e pode mudar as leis para se manter no poder sem nenhuma violência. De fato, quando os autores da Constituição dos Estados Unidos se preocuparam com a "tirania da maioria", eles poderiam ter em mente Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro.

3. Seu partido o Fidesz, controla dois terços do parlamento húngaro. Mas a vitória não era suficiente para Orbán, que usou seus anos fora do poder para tramar sua vingança contra os jornalistas que não o apoiavam, contra formadores de opinião que não votaram nele. Desde que assumiu a função há menos de um ano, ele nomeou um conselho para reescrever a Constituição, privou de fundos o órgão de auditoria nacional, e tirou poderes da Suprema Corte.

4. Mais recentemente, seu parlamento aprovou um conjunto de leis que controlam a mídia: um conselho de mídia novo, dirigido pelo Estado, composto inteiramente de aliados de Fidesz, agora tem o direito de impor multas de até US$ 1 milhão para um jornalismo que ele considere "desequilibrado", seja lá o que isso signifique. O conselho também tem a tarefa de proteger a "dignidade humana", seja lá o que isso signifique. A lei parece procurar controlar não somente a mídia húngara, mas também a mídia disponível aos húngaros na internet ou em qualquer outro lugar.

5. O verdadeiro problema do governo é seu desprezo irrestrito pela "elite liberal" e sua "mídia dominante". Esse problema não é só da Hungria. Imagino que muitos políticos americanos adorariam punir jornalistas "desequilibrados" que se opusessem à "dignidade humana". Mas Orbán deveria saber. Os instintos de querer controlar o que as pessoas devem ouvir, de monitorar o que elas escrevem – esses são instintos da velha esquerda nessa parte do mundo, não da nova direita.

                                                * * *

JORNAL EXTRA (29) INFORMA QUE ONG EXPLÍCITA FOI MAIS UMA VEZ CONTRATADA PELO GOVERNO DO RJ!

1. Em seguida trechos de notas publicadas por este Ex-Blog tempos atrás, e no final matéria no Extra (29/12/2010).

2. (09/05/06. Globo) O Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania (CBDDC), que no ano passado recebeu R$ 105,6 milhões do governo do estado, repassou parte dessa verba a cooperativas ligadas a doadores da pré-campanha do PMDB.

3. (10/05/06) Duas das instituições relacionadas a doações para a campanha peemedebista prestaram serviços ao governo federal. O governo Lula repassou verbas para duas entidades supostamente sem fins lucrativos ligadas a doadores de campanha, (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Treinamento) e CBDDC (Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania).

4. (11/05/06) República da Laranja. (Folha SP) Citada pela ONG CBDDC (Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania) como a empresa contratada para realizar um diagnóstico da situação de hospitais fluminenses, a DM Gestão de Projetos e Negócios nega que tenha feito o serviço. O governo peemedebista pagou R$ 105,6 milhões à ONG em 2005.

5. (04/01/2008) ONG Tenta enganar a secretaria de saúde do Estado do Rio. A ONG que se chamava Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania foi denunciada com sede fantasma em Areal por um repórter da Folha em 2006. Mudou o nome para NUCAS e com esse novo nome venceu uma licitação de mais de 9 milhões de reais do Instituto Vital Brasil. Sua nova sede agora é em Campos. *Edital* -PE/42/2007 \ * Número do registro* 2147400/4080.

6. (Berenice Seara-Extra, 29) No olho do escândalo das ONGs, o Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania (CBDDC)—que já fora chamado de Centro Brasileiro de Defesa da Criança e do Adolescente—mudou o nome para Núcleo de Cidadania e Ação Social (Nucas), e o endereço, da Rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio, para o município de Areal, no Centro-Sul Fluminense. Muita mudança? Pois a organização trocou de nome outra vez— mantendo o mesmo endereço e o mesmo CNPJ—e agora e o Núcleo de Saúde e Ação Social, o Salute Sociale. Com outras ONGs, foi investigada pelo Ministério Público, num processo que culminou com a prisão de 12 pessoas. Já como Salute Sociale—com um nome novinho em folha—recebeu do governo do estado, s6 este ano, quase R$ 6 milhões Uma pesquisa no Sistema Integrado de Administração Financeira de Estados e Municípios (Siafem) revela que, destes, R$ 4,5 milhões foram repassados pelo Instituto Vital Brazil em contratos sem licitação.

7. (Berenice Seara-Extra, 29) O setor que investiga cartéis em licitações, do Ministério Publico Estadual, já esta de posse dos documentos que comprovam o troca-troca e já abriu uma investigação. A denúncia também chegou ao Ministério Publico Federal e a Polícia Federal—já que parte do dinheiro e proveniente de convênios com o Ministério da Saúde.


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Briguilino


FHC, o megalomaniaco mor

Por trás da megalomania ou o Dr. Pangloss tropical 

 Mais do que  megalomania, é remorso,  diria um estudante do primeiro ano de Psicologia. Uma necessidade absoluta de, auto-elogiando-se, tentar  inutilmente demonstrar  que fez o melhor para o país e que não traiu seu eleitorado em 1994. Porque quando Fernando Henrique Cardoso firmou-se como candidato, graças ao apoio do então presidente Itamar Franco, trazia o perfil de um socialista moderado. Era alguém que daria mais alguns passos no rumo da justiça social, que governaria para o andar de baixo e para a classe média, respeitando e até ampliando os direitos trabalhistas e afirmando a soberania nacional.

Não é brincadeira: por isso ele foi votado, em contraposição a um Lula ainda tido como o lobisomem das elites e do mercado. O país queria mudanças, mas dentro da tranqüilidade, sem radicalismos.

Depois, foi o que se viu. A farsa da flexibilização, que o candidato jamais admitiu em campanha. O desmonte dos direitos sociais fixados na Constituição, a  quebra dos monopólios essenciais à nacionalidade e a entrega pura e simples de nossa economia ao estrangeiro. Mais  as  privatizações, boa parte com dinheiro público,  dos fundos de  pensão, do BNDES, do Banco do Brasil e similares.

Tudo isso era o oposto do que o Brasil esperava, mas,  como o andar de cima entrou em orgasmo  financeiro, ampla campanha de propaganda ofuscou a perplexidade e a indignação nacional. O campeão do socialismo transmudou-se em tirano do neoliberalismo sem que seus eleitores nada pudessem fazer.

Nem  se fala, hoje, do golpe sujo da reeleição comprada a dinheiro vivo, muito menos do uso da máquina pública para garantir-lhe mais um mandato.

O resultado aí está: de forma compulsiva, FHC não perde um dia sem aparecer na mídia, buscando travestir a História e mostrar-se como quem mudou o Brasil, conforme ainda esta semana declarou num programa de televisão. Chegou a dizer, “sem falsa modéstia”, que o país era um, antes dele, passando a ser outro, depois.  Nesse particular pode ter razão: outro que ele transformou em  paraíso dos especuladores e inferno do trabalhador e dos assalariados de pequena renda, sem falar nos miseráveis cujo número  multiplicou-se.

Vendo as coisas  mudarem nos anos Lula, ainda que nem tanto na economia, o ex-presidente passou a exaltar o que realizou de pernicioso como se tivesse sido a base do que o sucessor realizou de benéfico para a população carente. Um artifício de raciocínio digno do Pinóquio, no qual ninguém mais acredita.

Assim estamos quando o ex-presidente começa a trocar o  alvo de suas invejas. Do Lula, está passando para Dilma, a quem acusou de não terminar raciocínios, não entendendo o que ela quer dizer. Deve-se, essa oclusão, a estar utilizando um tipo novo de óculos, no caso, de um dr. Pangloss dos trópicos...