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Blablarinagem do dia

[...] ainda assim existem dúvidas a respeito da crescente produção do pré-sal. A influência do etanol desobstaculiza a importância das direções preferenciais no sentido da sustentabilidade progressista transversalitária. Com clareza, não desafirmo que o proalcool será ressuscitado no meu governo.


Luis Nassif - o meu Cândido -, os usineiros e candidatos a presidente para chamar de seu

Hoje o jornalista publicou o artigo: 


Uma crítica sobre o tratamento dispensado ao setor pelo governo federal. Como é do feitio dele - com argumentos consistentes e diplomacia -. Mas, na minha humilde opinião pode ser assinada por qualquer usineiro. Pois de fato, não passa de: 

"No momento queremos mais e mais e mais subsídios para encher nossos bolsos. Na hora que o preço do açúcar ou do álcool estiverem em alta e o governo queira "controlar", um pouco que seja, para a gente não explorar o consumidor, gritaremos, exigiremos em alto e bom som que o Estado não interfira, não atrapalhe a "iniciativa privada". Deixe assim mesmo, o "deus mercado" resolve todos os problemas".

Desse artigo o que extraio? Eu, nada!
Mas, como sempre os usineiros useiros e vazeiros deste discurso e prática, serão adotados pelos candidatos de oposição. Meninos bestas doces e melados de bufunfa dos cofres da viúva, desde que Cabral chegou por aqui.

O comentário que fiz lá no Nassif Online:

É assim que desde a chegada de Cabral os usineiros são useizos e vazeiros em dizer e fazer. Na hora que interessa - sempre - eles reclamam do governo, quando interessa vender o que lhes dá mais lucro - seja alcool ou açúcar -. Uma hora exigem que o governo não interfira na "livre iniciativa". Na outra pedem incentivo. Desse jeito quem não enche as burras?
Sinceramente, tem hora que meu "Cândido"....

Etanos brasileiro incomoda o G8

por Carlos Chagas


Nossos avozinhos são historicamente conhecidos pela lógica implacável. Ninguém esquece a história do turista brasileiro que, dirigindo pelo interior de Portugal, perdeu-se e indagou de um  camponês se aquela estrada seguia para Lisboa. A resposta foi seca: “não senhor”.  O carro seguiu mais cem  metros e o turista encontrou uma placa indicando o caminho da capital. Irritado, voltou para protestar contra o péssimo informante, que retrucou haver dito a verdade: “a estrada não vai para Lisboa, meu senhor. A estrada fica aqui. Quem vai para Lisboa são os automóveis...”

Pois até em Portugal anda tudo de pernas para o ar, inclusive a lógica. O atual presidente da União Européia, o português Durão Barroso, exige  garantias de que o Brasil não plante cana de açúcar na Amazônia, e também protesta porque  estamos substituindo a cultura de grãos pela matriz do etanol.
                                                    
Ora, pois, pois. Pela lógica, o ônus da prova cabe a quem acusa, não ao acusado. Perde o raciocínio luso sua maior característica, certamente por malandragens econômicas, já que o etanol brasileiro contraria os interesses do tal G-8, clubinho dos países  mais ricos do planeta.

Os ajustes no mercado de álcool

Coluna econômica
Afinal, o Brasil ainda pode aspirar ser líder no mercado global de etanol? A crise recente do produto obriga a uma série de mudanças no modelo.
Como lembra Luciano Losekann, do Instituto de Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2007 o governo divulgou estudo que mencionava a possibilidade do Brasil atender com etanol a 5% do consumo mundial de gasolina. Melhorando a tecnologia, poderia chegar a 10% em 2025, produzindo 205 bilhões de litros de etanol no país.
A crise deste ano mudou as perspectivas. Em abril, o preço do etanol hidratado e anidro nas usinas de São Paulo bateram os mais altos valores da série histórico dos últimos 10 anos. Na bolba, o etanol hidratado chegou a 40% a mais do que no mesmo período de 2010, impactando também o preço da gasolina em 15%.reço ao produtor no Estado de São Paulo
Esse movimento especulativo fez com que pela primeira vez, desde o início da era dos veículos flex em 2003, houvesse queda (de 8%) do consumo de álcool hidratado em 2010, em relação a 2009, produzindo um rebuliço no mercado de combustível. A queda no consumo de etanol provocou aumento de 17% no consumo da gasolina.
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Segundo Losekann, alguns fatores conjunturais contribuíram para isso, como a crise financeira mundial e a valorização contínua do Real desestimulando os investimentos em novos projetos. Mas suas preocupações são com os fatores estruturais.
Sua análise concentrou-se nos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e a disponibilidade de cana-de-açúcar para a produção de etanol.
Houve problemas para a safra de 2010/2011. A produção de cana cresceu 3,5% em relação à safra anterior, bastante inferior à média de 9,5% nos cinco anos anteriores.
Mas o problema central foi o desvio da produção para açúcar, estimulado pela alta das cotações internacionais. Houve alta de 7,8% na destinação de cana para a produção de açúcar, contra apenas 0,5% para etanol.
Para a próxima safra, o quadro não melhora. A última estimativa é de crescimento de 2,9% na safra de cana, de 7,7% na parcela destinada ao açúcar e de -0.9% na destinada à produção de etanol.
***
Quando se introduziu o carro flex, julgava-se estar afastado o problema da segurança de abastecimento. O problema foi quando os incentivos para a produção foram carreados para usinas também flex – que poderiam arbitrar entre a produção de álcool e de açúcar.
A queda no consumo de etanol provocou a necessidade de importar 3 milhões de barris de gasolina – o Brasil praticamente tinha interrompido a importação do produto nos últimos anos.
Demorou-se para atuar sobre o percentual de mistura do álcool na gasolina – que permaneceu em 25%. Se tivesse sido reduzida com antecedência, afirma …., teria impedido a pressão altista sobre os preços.
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A decisão de colocar a ANP (Agência Nacional do Petróleo) para regular o mercado de etanol muda o quadro. Espera-se, com isso, que não mais se repitam os problema deste ano.


Etanol

[...] ia baixar na bomba, se Petrobras não força?

Veja o que o Estadão acaba de publicar sobre o preço do etanol.
“O etanol anidro, misturado na proporção de 25% à gasolina, despencou 24,73% nas usinas paulistas nesta semana. No mesmo período, o hidratado caiu 9,11%, de acordo com os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).
O anidro variou de R$ 1,8871 para R$ 1,4162 o litro, em média. Já o litro do hidratado recuou de R$ 1,0651 para R$ 0,9680. Os preços não incluem impostos. Segundo Mirian Bacchi, coordenadora da equipe de responsável pela avaliação, poucos negócios foram feitos com o anidro nesta semana, o que sinaliza o retorno do consumidor para o uso do hidratado, em detrimento da gasolina.
Já a baixa do hidratado é reflexo das quedas nos três primeiros dias da semana, com estabilização do indicador entre ontem e hoje. “Muitos negócios foram feitos com hidratado, o que mostra a retomada do consumo”, disse Mirian.
Pois é. Independente da discussão sobre a carga tributária ser alta – como é aliás, e até mais, nos países mais desenvolvidos – há duas constatações inevitáveis.
A primeira, que não foram os impostos que provocaram os aumentos, pois eles permaneceram na mesma alíquota.
A segunda é que, se a Petrobras não entra rachando vendendo no preço correspondente ao que está caindo no atacado das usinas, quando é que a redução ia chegar aos postos? Se com isso já está demorando, sem isso ia para as calendas… 
Brizola Neto

por Zé Dirceu

A polêmica sobre nossos combustíveis

Simplesmente incompreensível a reação do setor sucroalcooleiro diante do anúncio do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, de que "nos próximos dias ou semanas haverá mudanças na política do etanol no Brasil" e serão adotadas medidas para regular o combustível.

Ora, essas medidas são positivas. Foram determinadas pela presidenta Dilma Rousseff e visam controlar os preços altos e evitar um desabastecimento do produto no mercado. O ministro, inclusive, garantiu que o setor sucroalcooleiro contará com novas políticas que lhe darão instrumentos oficiais - entenda-se, do governo - de apoio para o setor. 

"O governo está disposto a apoiar o setor para que sejam retomados os investimentos que começaram a se tornar difíceis a partir da crise de 2008. Mas, para fazer isso, exige garantia de suprimento e uma série de outras circunstâncias (garantias) que só se obtém por meio da regulação", afirmou o ministro.

Além disso, há a possibilidade do etanol ter um regulamento próprio dos combustíveis - hoje a atividade se situa muito na esfera da produção de açúcar - vinda, por exemplo, via Agência Nacional de Petróleo (ANP). Quanto à taxação do açúcar, o ministro foi claro: o assunto está ainda em discussão (leiam).

Administração

[...] no varejo


Desde que foi privatizada, a Companhia Vale do Rio Doce, hoje simplesmente Vale, é uma empresa privada. Com participação acionária do governo, por meio dos braços estatais deste.

Nas semanas recentes, um acordo entre os acionistas deu na troca do executivo-chefe da Vale. Para chegar ao acordo, cada acionista desembainhou as armas disponíveis. No fim o banco privado achou por bem atender ao desejo do sócio poderoso.

Deu prioridade à convivência frutífera, em vez de se agarrar ao poder absoluto na Vale. Havia outros -e tão significativos quanto- interesses em jogo.

Não sou acionista da Vale, e portanto prefiro não opinar se o presidente deveria ter permanecido ou se a troca foi boa. Afinal, a empresa é privada e, portanto, a administração é assunto dos acionistas.

Consumado o desfecho interno, o debate talvez devesse buscar outro ponto. O que é melhor para o Brasil? A Vale buscar principalmente lucratividade? Ou ajudar a melhorar o valor do produto, a agregar valor, inclusive às exportações?

É um debate complexo. Agora mesmo a Petrobras está às voltas com uma função de duas variáveis. Como atingir as metas de aumento da produção e combinar isso com a desejada participação nacional nos meios produtivos da cadeia do petróleo.

É bom que a Vale exporte minério? É ótimo, ajuda a balança comercial, rende impostos, cria empregos. É bom que a empresa agregue valor ao produto? É excelente, o Brasil precisa disso para ficar menos vulnerável às flutuações das commodities. E o Brasil precisa de mais indústria, não menos.

Onde está então o problema? Ele aparece quando as ideias e declarações de intenções precisam ser concretizadas em atos. A palavra está desgastada, mas o desafio está na gestão.

O que os acionistas querem da Vale? Esse sim é um assunto de dimensão nacional.

Sobre gestão, aliás, os últimos dias na economia transmitem a impressão de um gerenciamento caso a caso, uma administração no varejo. 

O ministério da Fazenda corre atrás do câmbio, sem grande sucesso. O Banco Central trava o cabo de guerra com o mercado financeiro em torno das expectativas para a inflação, com resultados ainda em aberto, na melhor das hipóteses.

Agora é o etanol, e o governo acena com a taxação das exportações de açúcar. Para não faltar o álcool, que até ontem era a salvação da pátria.

Etanol

Governo e produtores de álcool combustível não aprendem
Image
Usina de Açúcar e Álcool
O Brasil já passou por crises semelhantes no abastecimento com repercussão no preço de álcool e o resultado é sempre o mesmo: 
a desmoralização do etanol, desconfiança e abandono do biocombustível pelo usuário, aumento dos preços, perda de competitividade frente a gasolina e descrédito internacional. E vem agora a entidade dos produtores avisar que nos próximos 12 meses as usinas de açúcar e álcool só têm condições de garantir o abastecimento de etanol hidratado - usado nos veículos flex - a 45% da frota de carros bicombustíveis. Continua>>> 

por Carlos Chagas

O ESTADO E O MERCADO

Mais uma evidência de que o mercado não pode ser absoluto nem sobrepor-se ao interesse nacional: o Brasil acaba de importar etanol dos Estados Unidos. Isso  uma semana depois de a presidente Dilma Rousseff haver proposto ao presidente Barack Obama inundar o mercado americano com o nosso etanol.

A explicação é de que a  produção caiu porque os usineiros estão preferindo fazer açúcar, de preço mais compensador no mercado. Vai para o espaço a estratégia tantas vezes anunciada de abastecermos o mundo com energia limpa, alternativa para o petróleo. Prevalece o lucro, acima de tudo. A gente se pergunta onde anda o Estado, ao  qual caberia zelar pelo interesse nacional, acima e além das relações comerciais.

Barak Obama e o pré-sal


Segredo não é o fato de que tanto os Estados Unidos quanto a China vem carreando há  meses dezenas de milhões de dólares para os  cofres da Petrobrás, com base no compromisso de receberem como pagamento  vastas parcelas do petróleo ainda escondido nas profundezas do litoral brasileiro. São contratos a prazo futuro, que  não nos farão perder a soberania dessa  imensa riqueza posta à nossa disposição pela natureza.

O problema é que extrair petróleo nas camadas inferiores custa muito  caro. A Petrobrás dispõe da tecnologia necessária para a operação mas anos ainda vão decorrer até que ela se torne rentável. Nessa hora é que a presença de Barack Obama no Brasil se torna mais do que oportuna. Ele vem disposto a estimular grande aumento da produção de etanol para exportação  ao seu país,  mas poderá sensibilizar-se para uma parceria ainda  maior na exploração do petróleo do pré-sal. Por certo que exigirá compensações, e muitas. Por coincidência, está prevista para abril a ida da presidente Dilma Rousseff à  China. Dá para entender...
Carlos Chagas

States have already retaliated

The Senate extended for another year (until the end of 2011) the import tariff imposed on ethanol, of 54 cents per gallon (equivalent to 3.78 liters), and also the 45 cents per gallon ethanol mixed with gasoline. The decisions have direct impact on our producers because the focus on Brazilian ethanol produced from sugar cane and entering the U.S., a country that produces most of that corn-based fuel.

Besides the value of that benefit, our exporters also pay a fee of nine cents per gallon to sell ethanol to the U.S.. Approved by the U.S. Senate this 4th Monday (yesterday) the measures still must be voted in the House of Representatives them.

But there's more to think and Brazil as not hesitate: you must apply immediately retaliate and go to international courts, to use World Trade Organization (WTO) against the exaggeration of the U.S. trade protectionism. The WTO has even given us win the case when we use against the subsidy that Washington intended to their cotton producers.

The producers of our ethanol is already some time ago asking the Foreign Ministry to start the process of consultations at the WTO and the time is more than suitable for doing so.
L3R ? 3NT40 CL1K4 N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Falam em livre comércio e sobretaxam o etanol brasileiro

O presidente Lula criticou hoje [23/11], em Ribeirão Preto (SP), a sobretaxa que alguns países criam para o etanol brasileiro e o recuo destes nos seus respectivos programas de mistura do etanol no combustível. Segundo Lula, os países desenvolvidos demonstram incoerência entre discurso e ações. 
“Não é possível falar em livre comércio e criar sobretaxa para o etanol brasileiro quando não se cria sobretaxa para outros produtos”, afirmou o presidente, que participou da cerimônia de início das obras do alcoolduto São Sebastião/Paulínia/Ribeirão Preto/Uberaba no terminal terrestre da Transpetro e, em seguida, conferiu os resultados das ações governamentais para o setor sucroenergético [período 2003-2010], em solenidade realizada no Centro de Convenções de Ribeirão Preto.
A disputa no setor, afirmou o presidente, está ficando mais concreta e o Brasil precisa se preparar para competir nesse cenário mais agressivo. Daí a importância dos investimentos da Petrobras no setor.
Em entrevista concedida aos jornalistas após os eventos em Ribeirão Preto [SP] Lula afirmou que é preciso tornar o etanol brasileiro cada vez mais competitivo e, para isso, é fundamental que seu preço não fique acima de 70% do preço da gasolina:
Quando o preço do etanol ultrapassa 70% do preço da gasolina, fica mais econômico usar a gasolina, e todo mundo sabe disso. Então, é importante que a gente crie condições do etanol ficar competitivo, porque é combustível limpo, gerador de empregos e o Brasil precisa mostrar ao mundo que é imbatível na produção desse combustível renovável.
O presidente creditou o bom momento que o País vive à ação conjunta de governo, empresários e trabalhadores nos diversos setores da economia, que vem beneficiando a sociedade como um todo.
O Brasil entra naquele momento de conquistar o século 21 para ser o século do Brasil. Eu dizia no começo do meu mandato: o século 19 foi da Europa, o século 20 foi dos Estados Unidos – e uma parte da China -, e o século 21 pode ser da China, pode ser da Índia, mas será também do Brasil.

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Marina Silva - Sou uma grande solução para o Agronegócio

Marina Silva, afirmou ontem, em entrevista ao programa da Globonews "Míriam Leitão Especial", que é uma grande solução para o agronegócio brasileiro. Marina afirmou que não há divergências entre desenvolvimento e meio ambiente e que quer construir hidrelétricas na Amazônia, mas com uma nova concepção social e ambiental.
— Eu sou uma grande solução para o agronegócio brasileiro. Não me conformo que o governo passou mais tempo gastando com propaganda do etanol em vez de fazer a certificação (ambiental) do produto — disse, ressaltando que o melhor caminho para crescer é respeitando a legislação ambiental.
Marina afirmou que o ideal é ter à frente do Banco Central alguém com um perfil como o do atual presidente do órgão, Henrique Meirelles. A jornalista havia perguntado se ela faria um convite para manter Meirelles no BC, caso fosse eleita. Marina, porém, desconversou e disse que há muitas pessoas competentes no Brasil. A candidata criticou os juros altos.

Etanol tem potencial para ajudar ainda mais no desenvolvimento do Brasil

O etanol pode ter um papel ainda mais importante no desenvolvimento do Brasil, mas o setor precisa enfrentar algumas barreiras como o protecionismo. 


Um relatório do Instituto de Pesquisa Aplicada aponta que o mercado internacional de etanol tem potencial para crescer muito e chegar a 200 bilhões de litros na próxima década. 


Nesse cenário, o Brasil, maior produtor e exportador mundial do produto, pode aumentar a safra atual, de 25 bilhões de litros, e impulsionar ainda mais o crescimento da economia, de acordo o técnico de planejamento e pesquisa do IPEA, Gesmar Santos.

Petrobras invistirá em usinas de alcool

O presidente da Petrobrás Biocombustíveis (PBio), Alan Kardec, informou que a intenção é comprar participações de até 40% em usinas. “Não queremos ser majoritários nem nessas aquisições nem nos novos projetos”, disse. O investimento da estatal ocorre num momento em que a crise financeira internacional acentuou as dificuldades da indústria sucroalcooleira, com ameaça de cancelamento de projetos ou quebra de usinas. O plano da empresa é investir US$ 2,4 bilhões em biocombustíveis entre 2009 e 2013.

Segundo Kardec, a estatal quer participar com, pelo menos, 20% do total do crescimento do setor de etanol no País. “Não é nossa intenção abocanhar uma fatia do mercado existente, mas sim do mercado que vai existir”, disse. Ele afirmou ainda que os processos de aquisição devem ser concluídos até o fim do primeiro semestre. “Estamos loucos para anunciar, mas há um termo de confidencialidade que nos impede.” O executivo fez questão de descaracterizar a decisão como uma operação de socorro às usinas.

“A Petrobrás adiou em dois anos, para 2015, a meta de exportação de 4,75 bilhões de litros de álcool”, disse Kardec, comentando que a crise “arrefeceu os ânimos de alguns investidores” que seriam parceiros da estatal no negócio. “A crise influenciou a cabeça de alguns. Não a da Petrobrás, mas em alguns casos temos de acompanhar o ritmo dos investidores.”

Para o diretor da consultoria Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, a mudança de estratégia da Petrobrás “sinaliza que a estatal quer antecipar a sua produção de etanol”, que seria mais demorada nos chamados projetos “greenfield”, ou seja, de novas usinas. “Nos projetos greenfield a companhia começa do zero, do plantio das mudas de cana”, disse Carvalho. Ele destaca que a Petrobrás precisará de investimento bem menor na aquisição de usinas já prontas.

A crise já provocou, no início do ano, grande queda na colheita de cana-de-açúcar na principal região produtora nacional, o Centro-Sul. A sobra de safra é um dos sinais mais evidentes da desaceleração dos investimentos. Usinas em São Paulo, que tinham início de operação prevista para o primeiro bimestre, não ficaram prontas, e duas dezenas de projetos sofreram corte de verbas em Mato Grosso do Sul.

Kardec reconheceu que a decisão de entrar em usinas de etanol é uma “mudança de estratégia da companhia”. “Antes, pensávamos apenas no mercado internacional e na participação em novos projetos.” Ele admitiu que o processo de reestruturação do setor sucroalcooleiro e as dificuldades enfrentadas por algumas usinas estimularam as compras.

US$ 400 milhões dos US$ 2,4 bilhões previstos para serem investidos em biocombustíveis até 2013 serão desembolsados ainda este ano

Petrobras invistirá em usinas de alcool

O presidente da Petrobrás Biocombustíveis (PBio), Alan Kardec, informou que a intenção é comprar participações de até 40% em usinas. “Não queremos ser majoritários nem nessas aquisições nem nos novos projetos”, disse. O investimento da estatal ocorre num momento em que a crise financeira internacional acentuou as dificuldades da indústria sucroalcooleira, com ameaça de cancelamento de projetos ou quebra de usinas. O plano da empresa é investir US$ 2,4 bilhões em biocombustíveis entre 2009 e 2013.

Segundo Kardec, a estatal quer participar com, pelo menos, 20% do total do crescimento do setor de etanol no País. “Não é nossa intenção abocanhar uma fatia do mercado existente, mas sim do mercado que vai existir”, disse. Ele afirmou ainda que os processos de aquisição devem ser concluídos até o fim do primeiro semestre. “Estamos loucos para anunciar, mas há um termo de confidencialidade que nos impede.” O executivo fez questão de descaracterizar a decisão como uma operação de socorro às usinas.

“A Petrobrás adiou em dois anos, para 2015, a meta de exportação de 4,75 bilhões de litros de álcool”, disse Kardec, comentando que a crise “arrefeceu os ânimos de alguns investidores” que seriam parceiros da estatal no negócio. “A crise influenciou a cabeça de alguns. Não a da Petrobrás, mas em alguns casos temos de acompanhar o ritmo dos investidores.”

Para o diretor da consultoria Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, a mudança de estratégia da Petrobrás “sinaliza que a estatal quer antecipar a sua produção de etanol”, que seria mais demorada nos chamados projetos “greenfield”, ou seja, de novas usinas. “Nos projetos greenfield a companhia começa do zero, do plantio das mudas de cana”, disse Carvalho. Ele destaca que a Petrobrás precisará de investimento bem menor na aquisição de usinas já prontas.

A crise já provocou, no início do ano, grande queda na colheita de cana-de-açúcar na principal região produtora nacional, o Centro-Sul. A sobra de safra é um dos sinais mais evidentes da desaceleração dos investimentos. Usinas em São Paulo, que tinham início de operação prevista para o primeiro bimestre, não ficaram prontas, e duas dezenas de projetos sofreram corte de verbas em Mato Grosso do Sul.

Kardec reconheceu que a decisão de entrar em usinas de etanol é uma “mudança de estratégia da companhia”. “Antes, pensávamos apenas no mercado internacional e na participação em novos projetos.” Ele admitiu que o processo de reestruturação do setor sucroalcooleiro e as dificuldades enfrentadas por algumas usinas estimularam as compras.

US$ 400 milhões dos US$ 2,4 bilhões previstos para serem investidos em biocombustíveis até 2013 serão desembolsados ainda este ano