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Antes tarde do que nunca: PT, enfim, começa a desmontar a farsa de que quebrou o Brasil, por Joaquim de Carvalho


Dilma e Lula em caravana pelo sul. Foto: Ricardo Stuckert

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, divulgou um vídeo em que desmente a falácia de que o PT quebrou o Brasil.
O vídeo é esclarecedor e necessário para rebater a mentira que tem pavimentado o avanço do projeto regressivo da extrema direita. Pena que veio tarde, mas antes tarde do que nunca.

Diz Gleisi: “Que história é esta de que o PT quebrou o Brasil? Essa gente do Bolsonaro fica mentindo o tempo inteiro para justificar o fracasso que ela representa para o país.”
Em seguida, cita dados extraídos do site do Banco Central, consolidados em uma nota técnica feita pela consultoria do Senado.
Ela compara a dívida pública entre os anos de 1994, quando Fernando Henrique se elegeu, e 2015, quando Dilma já era alvo de um movimento golpista que inviabilizou seu governo.
Em 1994, a dívida pública líquida do governo era de 28% do PIB. Em 2002, último ano de Fernando Henrique Cardoso, ela já estava em 60% da soma de todas as riquezas do País.
No final do governo Lula, em 2010, essa dívida correspondia a 38% do PIB. Importante notar que, no governo de Fernando Henrique, a dívida cresceu apesar das privatizações.
O governo FHC teve receita extra, mas torrou o dinheiro com uma política de juros altíssimos.
No governo de Dilma Rousseff, a trajetória de queda da dívida pública se manteve. No final de 2014, a dívida pública correspondia a 32,5% do PIB.
Entre 2003 e 2013, sempre houve superávit primário, como lembra Gleisi.
Em 2014, as receitas começaram a diminuir em razão de uma política agressiva de desoneração fiscal.
Gleisi não diz, mas foi graças a essa política que o desemprego chegou à sua menor taxa histórica, de 4,7%.
Para ajustar as contas, no entanto, o governo tentou em 2015 uma reversão do programa de desonerações, mas não conseguiu.
O Congresso Nacional chegou a devolver uma medida provisória que cortava os incentivos a setores da indústria.
Eduardo Cunha, como presidente da Câmara dos Deputados, liderou o movimento que inviabilizou o governo de Dilma Rousseff.
Já estava em curso o movimento político para criar o ambiente favorável ao impeachment.
São dados objetivos, mas que não são citados pela “turma de Bolsonaro” e pelos comentaristas da Globo, que tentam justificar a necessidade da reforma da Previdência com o lero-lero de que o PT quebrou o Brasil.
O comportamento dos políticos bolsonaristas é compreensível — no jogo do poder, culpam os adversários pelo saco de maldades que carrega.
Cabe ao PT se defender e apresentar dados técnicos convincentes, diante do que é flagrantemente uma mentira.
A omissão — quebrada agora por Gleisi — lembra o comportamento de alguns da esquerda que já elogiaram a Lava Jato, mesmo diante das evidências de que a operação é a fachada de um projeto de poder, que levou Bolsonaro ao governo, sustentado em grande parte por uma aliança que deu a Sergio Moro o Ministério da Justiça.
Já o comportamento dos comentaristas da Globo, sob qualquer ponto de vista, é indefensável. Como jornalistas, deveriam esclarecer melhor o público.
Mas não farão isso, porque desmonta a tese da empresa em que trabalham: a de que era melhor tirar o PT porque os petistas haviam quebrado o Brasil.
A Globo não faz jornalismo, mas lobby, hoje a favor da reforma da Previdência, que é boa para os negócios — garante o superávit para pagamento da dívida pública.
Como locomotiva da velha imprensa, continuará nessa direção.
Cabe ao PT e a outros políticos progressistas — e também à mídia independente — jogar luz na escuridão.
A velha imprensa não fará isso. E a turma de Bolsonaro faz o jogo que lhe interessa, para se manter no poder.
Abaixo, o vídeo de Gleisi Hoffmann:
Publicado originalmente no Diário do Centro do Mundo
Vida que segue

Associação Americana de Juristas reconhece Lula como preso político


A Associação Americana de Juristas publicou nesta quinta-feira (2) uma declaração oficial na qual reconhece Luiz Inácio Lula da Silva como preso político. Organização Não-Governamental com estatuto consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, a AAJ já havia denunciado a perseguição a Lula durante a Assembleia Geral da 39ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, no ano passado. Esta é a primeira vez, no entanto, em que a entidade declara Lula oficialmente como preso político.
A declaração destaca que Lula deixou seu governo com mais de 80% de popularidade e, no ano passado, foi não apenas impedido de concorrer à Presidência como também proibido de dar entrevistas ou de se manifestar publicamente. O documento condena ainda a violação do preceito constitucional da presunção de inocência até o julgamento final do processo.
Para a associação, está demonstrado que a prisão teve motivação política, sem relação com o delito a que Lula foi acusado e que cuja pena pretende “afastar a figura pública de Lula da Silva do processo político nacional”.
E o documento é direto ao afirmar que: “Esses fatos enquadram o caso naquilo que o Conselho da Europa define juridicamente como uma prisão política, e a Anistia Internacional como uma prisão de consciência”.
Leia aqui postagem original em espanhol da Associação Americana de Juristas no Facebook.
Abaixo, a tradução livre do documento:
Declaração da Associação Americana de Juristas reconhecendo Luiz Inácio Lula da Silva como preso político
A Associação Americana de Juristas (AAJ), organização não-governamental com estatuto consultivo nas Nações Unidas, manifesta sua preocupação pelo prolongado encarceramento de Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, ainda que a pena tenha sido reduzida por uma corte superior. Esta condenação foi determinada como consequência de uma acusação produzida em violação do devido processo legal, com prejuízo ao direito da defesa, sem provas, e em um processo dirigido pelo juiz Sérgio Moro. Moro é o atual Ministro da Justiça e foi nomeado tão logo o novo governo entreguista e ultradireitista de Jair Bolsonaro tomou posse, beneficiado nas eleições pelo afastamento de Lula da Silva como candidato presidencial, que tinha ampla preferência nas pesquisas eleitorais.
Lula da Silva deixou seu governo com mais de 80% de aprovação. Em agosto de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral invalidou sua candidatura e lhe proibiu de se manifestar politicamente da prisão, assim como proibiu seu partido de usar sua popular imagem na campanha eleitoral.
É importante assinalar que a Constituição Brasileira garante a presunção de inocência até o julgamento final do devido processo, o que nem sequer se alcançou até o momento.
É evidente que essas condições demonstram uma prisão feita com violação das garantias fundamentais e com motivações claramente políticas, sem guardar relação com um delito que se enquadre em um marco típico penal, com uma duração e penas acessórias que pretendem afastar a figura pública de Lula da Silva do processo político nacional, e assentar as bases para discriminar a outras pessoas de tendências ideológicas distintas por meio de procedimento irregular.
Esses fatos enquadram o caso naquilo que o Conselho da Europa define juridicamente como uma prisão política, e a Anistia Internacional como uma prisão de consciência.
Portanto, a Associação Americana de Juristas declara que Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político e se soma à campanha internacional por sua libertação imediata, participando da campanha “LulaPresoPolítico” para que alcance repercussão internacional ampla. Exortamos as organizações de juristas no mundo a participar desta campanha e a se pronunciar no mesmo sentido.
Assinam:
Vanessa Ramos, presidenta da AAJ Continental
Luis Carlos Moro, secretário geral
Beinusz Szmukler, presidente do Conselho Consultivo da AAJ

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Rir é o melhor remédio



Se o causo aí acima tivesse sido comigo a resposta seria completamente diferente, a começar pelo pinto.

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Mensagem da tarde

" Um dia a gente aprende que nada é meu, teu ou nosso. Tudo é ilusão, porque a única certeza que existe é que mais cedo ou mais tarde a morte vem, nos leva e o resto fica aqui"


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Economia: Golpe contra Dilma produz década perdida

Reuters | Stuckert: <p>dilma economia</p>

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Briguilinas