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Mudar pra quê ?

- Para melhorar o relacionamento.
- E para melhorar o relacionamento, o que tenho de fazer?
- ........................................................................???
- Ah? Diz....Tenho de te tratar mal(?) - na minha opinião -, tem quem goste. Mas?...

Pra melhorar nosso relacionamento, tenho de deixar  te dar bom dia?

Tenho de deixar de dizer te amo?
Tenho de não fazer o que me pede?
Tenho de não fazer o teu prato e te servir?
Tenho de não ser mais Eu?

Desculpa amor, mas isso não é possível.

Josias de Souza, o mancheteiro

Triste o que sucedeu com Neymar: arrancado da Copa por uma joelhada criminosa. Torça-se por uma boa e breve recuperação. Mas abra-se um parêntese: tomado pelo futebol que exibiu nesta sexta-feira, o Brasil pode chegar à final e, até, sagrar-se campeão mesmo sem Neymar.

E eis que, pela primeira vez no Mundial, entrou em campo aquele selecionado eficiente da Copa das Confederações. O resultado foi avassalador: o jogo Brasil 2 X 1 Colômbia acabou nos 15 minutos iniciais. Sim, isso mesmo: nos primeiros 15 minutos da batalha, a seleção já tinha rendido a infantaria liderada pelo garoto James Rodríguez. Que vinha de quatro convincentes vitórias.

O grande destaque do Brasil foi a ausência de grandes destaques. Neymar não brilhou. E isso não teve importância. O conjunto prevaleceu sobre a neymardependência, eis a verdade. Mordidos por terem sido chamados de chorões, os jogadores brasileiros entraram em campo famintos. E investiram em cada lance como se enfrentassem uma picanha com farofa.

Os jogadores de Felipão estavam em todos os lugares ao mesmo tempo. Desintegraram o inimigo com uma marcação asfixiante. Comeram a bola. A despeito do banquete, o primeiro tempo terminou com um magro 1 X 0. Injusto. O Brasil poderia ter enfiado pelo menos mais dois além daquele gol de joelho que Thiago Silva marcou aos 6 minutos.

A partida não teve lances geniais. Mas David Luís roçou as fronteiras da genialidade com a cobrança de falta que resultou no segundo do Brasil. Dois gols de zagueiros! Era como se o acaso quisesse realçar: 1) sem uma equipe, o time fica na dependência do milagre de um craque; 2) Deus existe, mas é muito seletivo na distribuição de milagres; 3) com um pouco mais de suor, pode-se vencer sem lágrimas. Fecha parênteses.

A joelhada desferida em Neymar, pelas costas, merece punição exemplar. O juiz não mostrou um mísero cartão amarelo. Mas cabe perguntar: se uma reles mordida levou a Fifa a punir o uruguaio Luis Suárez com suspensão de nove jogos, multa e banimento do futebol por quatro meses, que penalidade merece Juan Zuñiga, o colombiano que nocauteou Neymar, privando-o da Copa?

Ilimar Franco - Qual mudança?

A oposição navega no desejo de mudança, revelado pelas pesquisas, para fazer seu bolo crescer. 
Mas, ao interpretar essa tendência, Eduardo Campos (PSB) quer se diferenciar de Aécio Neves (PSDB). 
Segundo aliados, Campos deve reproduzir o discurso do PT e pôr em dúvida o compromisso de Aécio com as políticas sociais. 
Ele vai se apresentar como a “mudança segura”, que não ameaça as conquistas sociais.
O Globo 

FHC foi incentivador-mor da Corrupção

Tomem nota:

- A PRIMEIRA, a PRIMEIRA medida do Governo do Farol de Alexandria foi o decreto 1376 de 1995, que extinguiu a Comissão Especial de Investigação da Corrupção, criada no governo anterior, de Itamar Franco que, como se sabe, é o verdadeiro Pai do Plano Real.

- O Farol de Alexandria nomeou o Engavetador Geral da Republica, o Procurador (que não achava nada) Geraldo Brindeiro.

- O Engavetador confeccionou o maior tapete da História. Jogava tudo lá pra baixo ! O tapetão escondia toda a sujeira !, enfatizou Lula.

- Foi pra debaixo do tapetão o SIVAM.

- A Pasta Rosa.

- A compra da reeleição, a mais promíscua, a mais espúria operação de suborno de parlamentares – clique aqui para ler “O Príncipe da Privataria”.

- FHC e o Engavetador engavetaram: 459 inquéritos !

459 inquéritos !

- 149 de deputados.

- 33 de senadores.

- 11 de ministros.

- e quatro contra o próprio FHC.

Tomara que o Arrocho venha de corrupção na campanha.

Tomara !

Ninguém aguenta mais ver o Príncipe da Privataria sob o manto da Moral de da Ética !

O Tartufo !

Em tempo: outro ponto que o professor Lula tem enfatizado em suas aulas ao PT é a questão cronológica.

“23 milhões de brasileiros não eram nascidos em 2003″, quando ele começou a governar.

Logo, é preciso dizer ao Brasil o que era o Brasil deles, dos tucanos.

Por exemplo, lembrou Lula. O ministro da Educação deles (o Paulo Renato de Souza) foi reitor da Unicamp e fez um decreto para proibir o Governo Federal de criar escolas técnicas.

Que o Lula teve que que fazer uma lei  “cassando” o decreto do ilustre Reitor.

E hoje há 6 milhões de brasileiros no Pronatec.

E, em doze anos, ele e Dilma fizeram 375 escolas técnicas, contra 140 nos cem anos anteriores …

Como disse a Dilma, vai ser preciso mostrar , mostrar, mostrar.

Quem mandou não fazer a Ley de Medios, como disse o professor Wanderley: ela colhe o que não semeou.

Em tempo2: acorda, zé !


Paulo Henrique Amorim

Leia Também: A Ofélia da política brasileira não cansa de falar besteiras

Paulo Nogueira - as vidas paralelas de Dirceu e Barbosa


Dois homens que frequentaram nos últimos anos as primeiras páginas iniciaram, nesta semana, uma nova etapa em sua vida.
As fotos falam sozinhas.
É um Joaquim Barbosa reluzente, com ares de estrela de Hollywood, que você vê se despedindo do STF.
Jornalistas se apressaram em tirar selfies ao lado de JB. Seu futuro é previsível. Fora a pensão vitalícia de quase 30 mil reais, a possibilidade de fazer palestras em série com cachês milionários.
Quanto tempo vai demorar até que JB se torne colunista do Globo ou da Folha, comentarista da CBN e da Globonews – todas aquelas coisas, enfim, que alavancam você para a vida de palestrante?
A direita cuida dos seus.
Mas antes de tudo o ócio esplêndido, gasto em parte provavelmente no apartamento de Miami comprado com um expediente para evitar imposto.
A foto do segundo homem é bem diferente. É um Zé Dirceu muito mais magro e claramente abatido que é fotografado a caminho do seu emprego.
Foram sete meses de prisão por um capricho de Joaquim Barbosa, que contrariou uma jurisprudência consagrada para mantê-lo trancafiado.
Sete meses de cadeia deixaram marcas
Sete meses de cadeia deixaram marcas
Neste período de mais de meio ano, enquanto Barbosa fazia coisas como dar um giro pela Europa e ver num camarote a abertura da Copa do Mundo, Dirceu desfrutava o que a mídia chamava de “regalias” da Papuda.
O banheiro, por exemplo, não tem vaso sanitário, apenas um buraco. Mas para a mídia era como se Dirceu estivesse no George 5 de Paris.
Ainda agora é este o tom. Leio no site do Globo que “especialistas dizem que Dirceu debochou” dos brasileiros ao sair da prisão numa Hilux com motorista.
Como ele deveria sair para satisfazer o Globo? Ele deveria ir a pé para o trabalho? Numa perua Brasília 1974? De quatro?
Vou ver quem é o “especialista”. É Bolívar Lamounier, apresentado como “cientista político”, simplesmente. Pobres leitores do Globo. Talvez eles imaginem que Lamounier seja um analista “isento” e não, como é, um antigo militante do PSDB.
O que Lamounier tem a dizer sobre Robson Marinho, de seu partido, mantido há tantos anos no Tribunal de Contas do Estado mesmo sob evidências cabais de contas secretas na Suíça?
Então ficamos assim: o Globo quer que alguém bata em Dirceu e vai procurar esta pessoa no PSDB. Diz que ela é “especialista”, para lhe conferir autoridade. Só não avisa seu leitor de que o “especialista” pertence ao PSDB.
Num certo momento, pouco mais de dez anos atrás, as vidas de Joaquim Barbosa e José Dirceu se cruzaram. Estavam em situação diferente da atual.
Barbosa batalhava, sôfrego, por uma vaga no STF, e Dirceu era um ministro poderoso.
Algum tempo depois, no Mensalão, os papeis tinham mudado. Barbosa era Deus e Dirceu o demônio.
Nos últimos meses, em mais um giro da roda, Barbosa era o homem que podia fazer de Dirceu um presidiário em tempo integral, mesmo sob a reprovação de quase todos os seus colegas de STF – e fez.
Agora, Barbosa parte para um futuro que promete trazer dinheiro e status em grandes quantidades. Dirceu é uma incógnita: como a temporada na prisão o afetou?
Como a posteridade tratará dois homens tão diferentes mas que compartilharam uma mesma história de forma tão intensa?
Representam visões tão opostas que um haverá de aparecer como vencedor e o outro como vencido nos livros de história.
Qual o vencedor, qual o vencido?
Façam suas apostas, amigos.
Tenho a minha.
*Jornalista, fundador e diretor do Diário do Centro do Mundo

Mino Carta - Editorial

Porque escolhemos Dilma

Começa oficialmente a campanha eleitoral e CartaCapital define desde já a sua preferência em relação às candidaturas à Presidência da República: escolhemos a presidenta Dilma Rousseff para a reeleição.
Este é o momento certo para as definições, ainda mais porque falta chão a ser percorrido e o comprometimento imediato evita equívocos. Em contrapartida, estamos preparados para o costumeiro desempenho da mídia nativa, a alegar isenção e equidistância enquanto confirma o automatismo da escolha de sempre contra qualquer risco de mudança. Qual seria, antes de mais nada, o começo da obra de demolição da casa-grande e da senzala.
O apoio de CartaCapital à candidatura de Dilma Rousseff decorre exatamente da percepção de que o risco de uns é a esperança de outros. Algo novo se deu em 12 anos de um governo fustigado diária e ferozmente pelos porta-vozes da casa-grande, no combate que desfechou contra o monstruoso desequilíbrio social, a tolher o Brasil da conquista da maioridade.
CartaCapital respeita Aécio Neves e Eduardo Campos, personagens de relevo da política nacional. Permite-se observar, porém, que ambos estão destinados inexoravelmente a representar, mesmo à sua própria revelia, a pior direita, a reação na sua acepção mais trágica. A direita nas nossas latitudes transcende os padrões da contemporaneidade, é medieval. Aécio Neves e Eduardo Campos serão tragados pelo apoio da mídia e de uma pretensa elite, retrógrada e ignorante.
A operação funcionou a contento a bem da desejada imobilidade nas eleições de 1989, 1994 e 1998. A partir de 2002 foi como se o eleitorado tivesse entendido que o desequilíbrio social precipita a polarização cada vez mais nítida e, possivelmente, acirrada. Por este caminho, desde a primeira vitória de Lula, os pleitos ganham importância crescente na perspectiva do futuro.
CartaCapital não poupou críticas aos governos nascidos do contubérnio do PT com o PMDB. No caso do primeiro mandato de Dilma Rousseff, vale acentuar que a presidenta sofreu as consequências de uma crise econômica global, sem falar das injunções, até hoje inescapáveis, da governabilidade à brasileira, a forçar alianças incômodas, quando não daninhas. Feita a ressalva, o governo foi incompetente em termos de comunicação e, por causa de uma concepção às vezes precipitada da função presidencial, ineficaz no relacionamento com o Legislativo.
A equipe ministerial de Dilma, numerosa em excesso, apresenta lacunas mais evidentes do que aquela de Lula. Tirante alguns ministros de inegável valor, como Celso Amorim e Gilberto Carvalho, outros mostraram não merecer seus cargos com atuações desastradas ou nulas. A própria Copa, embora resulte em uma inesperada e extraordinária promoção do Brasil, foi precedida por graves falhas de organização e decisões obscuras e injustificadas (por que, por exemplo, 12 estádios?), de sorte a alimentar o pessimismo mais ou menos generalizado.
Críticas cabem, e tanto mais ao PT, que no poder portou-se como todos os demais partidos. Certo é que o empenho social do governo de Lula não arrefeceu com Dilma, e até avançou. Por isso, a esperança se estabelece é deste lado. Queiram, ou não, Aécio e Eduardo terão o pronto, maciço, às vezes delirante sustentáculo da reação, dos barões midiáticos e dos seus sabujos, e este custa caro.

El Pais - a Copa mais bonita da História

Quartas de final - por Santiago Solari

Meu primeiro dia livre no Rio de Janeiro foi ontem, depois das oitavas de final. Para relaxar um pouco de assistir a tanto futebol, fui jogar futebol. Caminhei com um amigo na direção sul, até o posto 11, no Leblon. Lá, a 30 metros do posto, vivem os reis do futevôlei. E digo vivem porque jogar futevôlei é o que fazem nessa faixa da praia do nascer ao por do sol, e o que continuam fazendo quando se acende a coluna de luzes abaixo da qual instalaram a quadra. Depois de três horas de observação e busca meticulosa, nos atrevemos a desafiar, em uma quadra de um terço do tamanho da oficial, aos que percebemos que era a dupla mais fraca, com muita diferença entre a Gávea e a Garota de Ipanema. Quando já perdíamos por muitos pontos, uma tentativa desesperada de arremate foi parar na terceira pista da Avenida Delfim Moreira. Nunca vi o tráfego parar de maneira mais brusca. O motorista de um ônibus, o primeiro a frear, me fez sinais pacientes para que a recolhesse (enquanto a fila de carros se amontoava até o Pão de Açúcar) como se em vez de uma bola de praia me tivesse escapado um filho.
Há quatro anos, Claudio Bravo, goleiro do Chile, disse que agarrar aJabulani era “como tentar agarrar uma bola de praia”. Uma forma bastante gráfica de descrever os movimentos imprevisíveis da bola oficial da Copa da África do Sul e sua tendência a mudar várias vezes de direção durante o voo. O jogador que se adaptou mais rapidamente àquela bola foi Diego Forlán, que durante o torneio deixou vários goleiros coçando a cabeça e perguntando como uma vida de treinamentos no cálculo de trajetórias não lhes servia para nada. O fabricante assumiu o problema e passou os últimos quatro anos dedicado a resolvê-lo.
A nova bola, Brazuca, tem costuras mais profundas que a Jabulani e é totalmente coberta por pequeníssimas protuberâncias, como se tivesse acabado de passar as unhas por um quadro-negro. Segundo o doutor Rabi Metha, chefe da seção experimental de aerofísica da NASA, a chave está na “camada de ar muito fina que se forma perto da superfície, já que o comportamento dessa camada de ar é crítico no comportamento da bola” e garante que a Brazuca é muito mais estável em voo e os jogadores poderão manejá-la melhor, quase como uma bola tradicional de 32 gomos”.
Tanta melhoria tecnológica não nos foi de muita ajuda no futevôlei doLeblon, mas até agora deu excelentes resultados na Copa. Já não há arqueiros que se queixem e tampouco vimos trajetórias esquisitas, além de uma falta cobrada por Pirlo, fruto exclusivamente de seu talento e não de defeitos de desenho.
Uma bola mais previsível torna o jogo mais previsível, o que sempre é digno de agradecimentos em um esporte em que boa parte do trabalho do treinador consiste em tentar fazer com o jogo o que a Adidas fez com a bola e o cada um tenta fazer com sua vida: reduzir o nível de arbitrariedade. Ou seja, que uma partida tenha mais a ver com o trabalho em torno de um conjunto de ideias do que com o acaso ou o simples acontecer.
A Espanha
É exatamente isso que explica a beleza desta Copa: uma ideia. Não a bola em si, mas a bola como ideia. A Espanha, que voltou para casa na primeira fase, pode se sentir orgulhosa de seguir viva no torneio por meio da influência de sua escola e seus resultados. A razão mais importante para esta Copa estar sendo até agora mais interessante que as anteriores é que, além dos matizes, dos registros, dos sistemas e das distintas estratégias, a maioria das equipes (com exceção do Irã, Honduras e Grécia) tentam vencer seus rivais por meio do domínio da bola e não da renúncia a ela.
Tal regresso do foco à bola, que cada equipe adapta à sua estrutura e às suas possibilidades, nos está proporcionando a Copa mais aberta, dinâmica, intensa e dramática da história. É também, antes de começarem as quartas de final, a Copa com maior média de gols desde a Copa da Espanha, em 1982, e com menor média de cartões desde a Copa do México, em 1986, e está funcionando como um enorme filtro global: quem não estiver gostando já pode procurar outro esporte porque jamais vai gostar de futebol.
Há outra explicação, menos verificável, que me ocorre para que estejamos vivendo uma Copa fantástica. Não teria a ver com as ideias, nem com o coeficiente aerodinâmico da bola, mas com uma espécie de aprendizagem cultural acelerada, como a que nos obriga a olhar à direita antes de atravessar a rua quando caminhamos por Londres ou a pedir o macarrão al dente logo que pisamos em Roma. Talvez esta Copa seja a melhor de todas simplesmente porque os motoristas de ônibus no Rio de Janeiro têm claro que sempre é preferível um engavetamento a pisar em uma bola de futebol.

Arnaldo Jabor - A Copa do mundo vai mostrar nossa incompetência

Mostrou!
Os grupos de mídia não estão à altura do País
por Luis Nassif Online

A Copa do Mundo desnudou um dos maiores e mais relevantes problemas do país: o déficit de informação.
Talvez tenha sido o maior desastre jornalístico da história, mais do que o episódio das Cartas de Bernardes, o Plano Cohen ou a manipulação inicial sobre o movimento da diretas. Isso porque revelou métodos anti-jornalísticos não apenas para o público mais politizado e bem informado, mas em cima de um tema nacional  – o futebol. E no momento em que as redes sociais já haviam acabado com a exclusividade que a mídia detinha na disseminação de notícias.
O episódio abriu uma enorme brecha na credibilidade dos grupos de mídia, em cima de pontos centrais:
  1. A não confiabilidade das informações.
  2. O fato dos grupos colocarem seus objetivos políticos acima do próprio interesse do país.
A informação correta é elemento central não apenas para a democracia como para o mercado.
Milhares de comerciantes, hotéis, pontos turísticos foram prejudicados pela redução do fluxo internacional provocada pelo terrorismo praticado pelos grupos de mídia em cima de informações falsas.
E, fora da Copa, quais os critérios de análise de políticas públicas?
A política econômica é a de maior visibilidade devido aos indicadores existentes: PIB, contas externas, investimentos públicos e privados, emprego, questões fiscais etc. E nesse item o governo Dilma vai mal.
Mas o governo Dilma não é apenas isso.
Há uma frente social importante, com o Bolsa Família, Brasil Sem Miséria, Luz Para Todos, Brasil Sorriso, Pronatec etc. Nesse campo, as informações são escondidas.

Campos não empolgou o Nordeste como imaginou

Um dos dados mais surpreendentes das últimas pesquisas é o desempenho pífio do nordestino Eduardo Campos na região Nordeste. Hoje, segundo o Datafolha, ele amealha nesse pedaço do mapa 11% das intenções de voto —um índice apenas dois pontos acima dos 9% que obtém em todo o país. Para quem governou Pernambuco por dois mandatos é pouco, admitem até os seus correligionários.
A inanição vira constrangimento quando se verifica que Campos está tecnicamente empatado no Nordeste com o mineiro Aécio Neves, a quem o Datafolha atribui 10%. O sonho de destronar Dilma Rousseff na região virou pesadelo. Cavalgando os programas sociais do governo, sobretudo o Bolsa Família, a candidata de Lula arrasta, hoje, 55% dos votos dos nordestinos.
Nas suas andanças pelos Estados do Nordeste, Campos gosta de recordar que Dilma deve sua eleição aos nordestinos, que lhe presentearam, em 2010, com uma dianteira de 10,7 milhões de votos em relação a José Serra, então candidato do PSDB. “Agora, ela quer levar nossos votos de novo”, disse Campos em recente viagem à Bahia. “Não terá! Dessa vez os nordestinos já têm em quem votar.”
Por enquanto, esse tipo de discurso não colou. Ao contrário. No Datafolha de junho, Dilma obtivera 48% no Nordeste. Na nova sondagem, ela avançou sete casas, estacionando nos 55%. Campos não é o único a lamentar. Aécio também esperava que o candidato do PSB marchasse sobre o eleitorado nordestino do PT, atenuando a vantagem que compensa a fragilidade de Dilma noutras regiões.
Há três meses, quando deixou o governo de Pernambuco, a primeira preocupação de Campos foi a de se instalar em São Paulo. Queria ver e, sobretudo, ser visto no maior colégio eleitoral do país. Dava-se de barato, então, que o Nordeste lhe cairia no colo por gravidade, mercê da grande aprovação que sua gestão tivera em Pernambuco.
No momento, um pedaço do PSB avalia que Campos terá de dispensar mais atenção ao Nordeste, abrigo de 27% do eleitorado do país. Sob pena de perder terreno não para Dilma, mas para o próprio Aécio. Que costurou alianças estratégicas em Estados como Bahia e Ceará.
by Josias de Souza - UOL