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Ética política e empresarial

1. Os sociólogos chamam de patrimonialismo a apropriação privada do Estado, por atos de corrupção de qualquer tipo. Mas isso não basta. O patrimonialismo pode ser subdividido em dois grupos. O primeiro, aquele onde políticos ou funcionários se apropriam de recursos públicos através de abusos nas remunerações, contratações, fantasmas, despesas desnecessárias, contratação de ONGs ou empresas, laranjas, extorsão... É como se a corrupção se desse num círculo fechado dentro dos poderes.

2. O segundo grupo é onde empresas privadas ou mesmo pessoas físicas se apropriam de recursos públicos corrompendo funcionários e políticos. Aí estão as licitações fraudadas, sonegação cumpliciada, sobrepreços, compras fantasmas, favorecimentos para fornecedores e instituições financeiras, acesso privilegiado ao patrimônio público, aprovação de legislações de favorecimento...

3. As duas situações são igualmente condenáveis. No entanto, os escândalos que vão sendo divulgados, independentes de serem de um ou outro grupo, são apresentados, na maioria das vezes, como do primeiro tipo, mesmo que seja um caso claro de ação de corruptores. São inúmeras as situações do segundo grupo, mas a apresentação delas com destaque ao corruptor é uma exceção à regra. E, ninguém tem dúvida, que por mais que os casos do primeiro grupo sejam significativos, o volume de recursos apropriados no segundo caso é muitas vezes maior que no primeiro. Um destaque adequado, em cada caso, ajudaria a inibir a ação dos corruptores, tanto quanto o tem feito no primeiro.

4. Funcionários são demitidos, políticos desmoralizados e até cassados, mas nenhuma grande empresa é excluída das relações com o setor público por inidoneidade. Se ocorresse assim com uma, provavelmente o exemplo ajudaria muito a reduzir a ação de corruptores.
Cesar Maia

Pitaco:
Faltou apenas dizer que o judiciário é na prática cúmplice dos grandes ladrões, - opsss - empresários.

Hino do PIG

A musica é tico-tico-no-fubá

1…2…3…

Eu manipulo cá, eu manipulo lá

Eu manipulo pro governo derrubar

O Lula cai aqui, o Hugo Chávez lá

E a minha grana corrigida vai voltar

Aí omito aqui, aí aumento lá

Distorço tudo pra melhor manipular

O Lula cai aqui, Evo Morales lá

E essa raça vai voltar pro seu lugar.

É Dilma Lá e Ciro cá

Autor - Daci

O louco

No pátio de um manicômio encontrei um jovem com rosto pálido, bonito e transtornado. Sentei-me junto a ele sobre a banqueta e lhe perguntei:
- Por que você está aqui? Ele olhou-me com olhar ironico e me disse:
- É uma pergunta oportuna a tua, e vou respondê-la. Meu pai queria fazer de mim um retrato dele mesmo, e assim meu tio. Minha mãe via em mim a imagem do seu ilustre
genitor. Minha irmã me apontava o marido, o marinheiro, como modelo perfeito para ser seguido. Meu irmão pensava que eu deveria ser idêntico a ele: um vitorioso atleta. E mesmo meus mestres, o doutor em filosofia, o maestro de música e o orador, eram bem convictos: cada um queria que eu fosse reflexo deles, seu vulto, um espelho. Por isso vim para cá. Acho o ambiente sadio...
Aqui pelo menos posso ser eu mesmo.
Anonimo

Sutileza

O caso Sarney-Virgílio é um excelente exemplo para se comparar a sutileza dos profissionais (Sarney) com o amadorismo truculento dos amadores (Arthur Virgilio e seus padrinhos midiáticos).

Há uma situação concreta de hábitos e vícios arraigados no Congresso. Como faziam parte dos usos e costumes, todos se esbaldaram. Como a imprensa decidiu escandalizar seletivamente, seletivamente outros senadores poderiam entrar no imbróglio.

Quando o Estadão iniciou seus ataques seletivos contra Sarney, e Arthur Virgilio fez seus discurso “arrasa(-me) quarteirão” - sem o pronome, criação da Dora Kramer -, criou-se um quadro novo, com novos elementos que teriam que ser pesados pelos dois lados, para saber como agir. É aí que o craque se diferencia do perna-de-pau.

1. O lado do Virgilio usou a tática “arrasa(-me) quarteirão”, de ameaçar espalhar lama para todo lado.

2. Sarney avisou seus pares que a crise é da instituição, que todos praticavam o que, de repente, virou escândalo, mas que ele, Sarney, jamais cometeria a baixeza de sair atirando. Uma coisa é Sarney por cima; outra, é o que se pode esperar de um político humilhado no final da carreira.

A primeira hipótese - Sarney fora - significaria os escândalos na fila de espera. Depois de atingido o objetivo - almoçar Sarney - a mídia iria engolir outros de sobremesa. E os aliados de Sarney e os situacionistas tratariam de vazar os dados sobre o lado contrário.

A segunda hipótese - de Sarney ficando, e fortalecido - significaria instaurar o armistício até que as reformas sejam completadas. Uma possibilidade de interesse tão generalizado, que foi encampada pelo próprio presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

Ou seja, o grande campeão da moralidade, o homem do discurso “arrasa-quarteirão”, Arthur Virgilio, arrasou-se. Mas deixou uma promessa no ar, para os milhões de espectadores, leitores que o viram: vender patrimônio para ressarcir o Senado das despesas de tratamento de sua mãe.

Luis Nassif

Guerra a Lula. Guerra a Dilma

O presidente Lula acusou de golpe a campanha da mídia e da oposição contra a permanência de José Sarney na presidência do Senado e que tem o objetivo de atingi-lo e a seu projeto sucessório. O que os meios de comunicação querem é tisnar a imagem do PMDB de Sarney, ligado ao governo e simpático à candidatura Dilma Rousseff à presidência e mostrar que o PMDB de Michel Temer e Jarbas Vasconcelos, ligado ao governador José Serra, é o partido dos homens sérios, dos puritanos.

Derrotados

A campanha tem voz mais estridente na boca dos senadores, estrepitosamente derrotados no último pleito e que não têm qualquer possibilidade de reeleição. A maioria deles também não escaparia a uma investigação rigorosa sobre seus hábitos políticos. Não da mídia que, esta por exemplo, esconde, sonega aos leitores os escândalos com dinheiro público, ocorridos na primeira secretaria do Senado, porque ocupada por titular do PFL, da oposição. Da mesma maneira que nada registra das denúncias contra tucanos.

Puritanos

Os puritanos do Senado, pelo pouco que a imprensa há publicado, comem, comiam na mesma gamela dos outros. Eram, são apenas poupados pela mídia que só aponta pecados em parlamentares do PT e do PMDB, ligados ao governo.

Primeira secretaria

Repito: por que os senadores não investigam os pecados cometidos na primeira secretaria da casa nos últimos anos por membros do PFL? Eles estão previamente isentos de culpa? Porque a mídia não quer acusar ninguém da oposição.

No tapetão

Os senadores elegem presidente da Casa, colega que respeitam e em quem confiam e, semanas depois, com orquestração da mídia, iniciam campanha para desmoralizá-lo e apeá-lo do posto. Querem que a Casa seja presidida por um tucano, mesmo sem votos? Para fazer o que em benefício deles?

Vícios culturais

A mídia brasileira abre manchetes e escândalos para vícios culturais, garantindo-se a rendosa defesa dos grandes golpes aplicados contra os cofres públicos. Suscita mais indignação nos leitores saber que a filha de FHC recebia sete mil reais, por mês, durante seis anos, do Senado,

sem ir lá, que o fato de a empresa Camargo Correia haver construído, por bilhões, aeroporto, vizinho à fazenda que o ex-presidente, em conluio com o sócio Sérgio Mota, mantinha e que era garantida por forças do Exército, como símbolo da pátria.

Banqueiro generoso

Os empréstimos que o ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, fazia aos pais da pátria, dispensavam pagamento posterior?

Não eram obrigados à quitação? Tanto em dólar quanto em real?
Lustosa da Costa

Pagar o pato resolve?

Tem gente achando que falta aparecer alguém para pagar o pato da crise no senado para que a mesma seja resolvida.

Acho que mais importante é corrigir os erros, abusos, empreguismo, mordomias, corporativismo e punir os culpados.

Fazer uma verdadeira revolução no senado e também na câmara, ou alguém pensa que lá não tem problemas?

Vamos corrigir, exigir transparência total, para que possamos ter orgulho do nosso parlamento.

Na verdade não existe democracia sem parlamento atuante.

A nação exige reformas estruturais e os senadores terão de fazer. Para o bem deles e mais ainda para o bem da instituição e do Brasil.

Sarney, mostre porque quase aos 80 anos você é um político que ainda tem poder. Ou você mostra sua imensa capacidade de se adequar aos novos tempos, ou o povo - não a tucademopiganalha - lhe põe para fora do senado e da vida pública.


Falta quem pague a conta

O que está faltando para o Senado alcançar a porta de saída da crise? Falta achar quem pague a conta. Porque alguém deverá arcar com ela. Não existe almoço grátis, costumam dizer os americanos. E, dado que mais uma vez tal verdade se comprova, o dia de ontem na Câmara Alta foi consumido pela discussão disfarçada em torno disso, de quem se apresentará para honrar a fatura. Ou para quem ela será empurrada.

José Sarney (PMDB-AP) não aceita que a dolorosa caia integralmente no seu cartão de crédito. É o que vem dizendo desde o primeiro discurso da crise, quando defendeu que ela não é dele, mas de todo o Senado. Vista pelo ângulo do bom senso e da justiça, a posição de Sarney é razoável. Mas a justiça e o bom senso não são decisivos na política. O que vale em última instância é a força.

Um líder com a história de Sarney carrega com ele, já naturalmente, muito poder. E Sarney é mais: é o presidente do Congresso Nacional. Só que quando o poder de alguém como ele se esvai, a fraqueza transforma o ex-poderoso em alvo. E Sarney está na mira. Porque não teve força suficiente para evitar a eclosão e o desenvolvimento da crise. E porque sua atual anemia política coloca em risco a segurança de toda a alcateia.

Lutando mais uma vez pela sobrevivência, Sarney ameaça endereçar a conta para Luiz Inácio Lula da Silva. Que trabalha para remetê-la aos senadores do PT. Que por sua vez têm eleição a enfrentar ano que vem. Daí que o PT ensaie reparti-la com Lula e também repassá-la ao Democratas, o partido com cadeira cativa na poderosa primeira-secretaria do Senado, a do dinheiro. Em meio ao passa e repassa do mico, o PMDB sabe que se –e quando– as facas forem atiradas, algumas especiais estarão reservadas aos caciques do maior partido da Casa.

E a coisa não para. Até o carpete do Salão Azul já ouviu falar que o governismo prepara na CPI da Petrobras chumbo grosso, profissionalmente elaborado, contra o PSDB. Por isso também a chance apenas relativa de a investigação emplacar. Mas como ninguém pode garantir no Senado de hoje que a situação amanhã estará controlada, por via das dúvidas todo mundo vai se municiando para a guerra.

Guerras começam assim mesmo. De tanto você se preparar para ela, o inimigo acaba convencido de que você irá atacá-lo. Uma hora o conflito estoura. Pois ninguém vai ficar esperando eternamente pelo primeiro tiro vindo do outro lado. Até agora não há guerra no Senado, só escaramuças. Por isso, todos gostariam de uma solução que evitasse a carnificina. Se necessário, combater-se-ia uma guerra limitada. Mas isso exigirá que alguém tope ir para o sacrifício.

O caminho para tentar abortar a conflagração é oferecer um prêmio à opinião pública. E virar a página. O obstáculo é que nenhum dos potenciais candidatos à degola se conforma com ela. E voltamos ao começo desta coluna. A crise se arrasta. A solução administrativa não é um remédio de fato. Quando um time é rebaixado, por melhor que seja o técnico é remotíssima a probabilidade de ele continuar no cargo. Nem sempre é justo, mas infelizmente a vida é assim.

Bate , bate na porta do céu

O "pobre bate, bate na porta do CÉU", mas ela nunca é aberta, segundo os mandatários desse ambiente nele só entra RICO e artistas da rede Globo.

Para nós pobres sobra bater na porta do "INFERNO", aí com certeza ela será aberta para que possamos tramar como faremos para realizar uma Reforma Agrária de maneira rápida e justa.

O MST tem que bater sistematicamente na porta do "CÉU" quem sabe o porteiro atenderá seus representantes e os encaminhará até o chefe maior, o qual estará sentado em seu reluzente trono com sua bem feita barba branca para dar uns minutos de sua atenção para uma reivindicação da maior importância para milhares de trabalhadores do campo.

Camaradas não desistam, batam, batam se for necessário chutem a porta do "CÉU", não desanimem, bem como não desistam no meio da jornada, pois o homem tem muito tempo disponível para os burgueses do neoliberalismo, quem sabe ele disponibilizará um tempinho.

Marco Antônio Leite