Mostrando postagens com marcador 1º de Maio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1º de Maio. Mostrar todas as postagens

Frase do dia


Seja apoiando Nicolás Maduro ou apoiando Juan Guaidó, eu morro de inveja do Povo venezuelano. Ele é protagonista de sua própria história. Já no Brasil, não tem Povo, tem platéia que aplaude ou vaia de acordo com suas conveniências. Mas não faz parte do espetáculo revolucionário que é escrever sua própria história.
Giovani de Moraes

Vida que segue

1º de Maio de 2019, nada a comemorar


Depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, a reforma trabalhista e agora a proposta de reforma da previdência o país não tem o que comemorar neste 1º de Maio de 2019. 

O cenário do momento é trágico, mais de 13 milhões e quatrocentos mil pessoas "desocupadas" e as perspectivas são péssimas.

O que nos resta é lutar: " a democracia vale a luta".

Vida que segue

1º de Maio

Dia do trabalho ou dia do trabalhador?

O trabalho poupa-nos de três grandes males:
Tédio
Vicio
Necessidade
by Voltaire

"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Pós-verdade ou mentira arcaica?

"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa
"Neste 1º de maio, os trabalhadores do Brasil não têm o que comemorar. Os trabalhadores do Brasil estão entrando no mundo tenebroso do 'pós-emprego' e do 'pós-trabalho'. Estão dando adeus ao trabalho regular, decente e protegido e entrando numa era de trabalho precário, irregular, desprotegido, perigoso e mal pago. Estão se despedindo da CLT e voltando aos tempos da República Velha, quando a 'flexibilidade' e a falta total de proteção eram a regra. Como sempre, a destruição selvagem de direitos é apresentada como algo "moderno" e 'civilizado', que vai 'beneficiar a todos', principalmente os trabalhadores. Trata-se de uma moderna 'pós-verdade'. Ou de uma mentira arcaica"?
Marcelo Zero
Resultado de imagem para dia do trabalhador

Um 1º de Maio levemente favorável ao governo

by Notívago
E não é que deu certo...
No Primeiro de Maio, os vídeos de curta duração com a Dilma fizeram o maior sucesso.
Pela primeira vez o PIG se curvou diante da blogosfera. E a Folha de São Paulo, que publicou os três principais vídeos, onde Dilma falava de salário mínimo, terceirização e diálogo, saiu catando na blogosfera o que a mulher tinha dito de importante. Encontrou e, pasmem!, publicou.
Meus parabéns aos jornalistas do PIG que pela primeira vez recorreram a fontes fidedignas de informação (espero que eles se acostumem). E como os vídeos já se encontravam editados, ficou difícil produzir uma montagem, até porque não havia tempo.
E pela primeira vez tivemos um primeiro de Maio levemente favorável ao governo Dilma.
É  isso aí, Edinho Silva: contra os inimigos juramentados do Brasil só nos resta a Inteligência. Porque pancadaria é com o Beto Rincha, ou melhor, com os governadores do PSDB.

Zé Dirceu: 1º de Maio um marco da luta e da resistência dos trabalhadores

1º de Maio será um marco inicial para a unificação da esquerda brasileira, da construção de um bloco da esquerda que leve em conta sindicatos, movimentos sociais e até partidos políticos que tenham em comum o interesse da defesa da classe trabalhadora, da liberdade e da democracia”.

A declaração é do presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, e foi dada em entrevista ao site da entidade, o que dá o tom das manifestações programadas para esta 6ª feira (amanhã), no Dia do Trabalhador. Os atos, explica Freitas, são contra as forças da “direita conservadora” que “tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos enfrentamento”.

O presidente da CUT pontua que somente esse bloco de esquerda “dará as condições para fazermos o combate e impedir ataques aos nossos direitos”. Freitas aponta a conjuntura singular deste 1º de Maio, quando a classe trabalhadora se vê “sob ataques sem precedentes aos direitos trabalhistas”.

Direita tenta avançar sem levar em conta direitos das minorias e dos trabalhadores

“A direita procura avançar numa visão conservadora de sociedade, preconceituosa, machista e não leva em conta o direito das minorias e nem os direitos trabalhistas”, aponta Vagner ao detalhar as frentes de luta deste ano na data do trabalhador.

Sobre o Projeto de Lei 4330, o da terceirização do trabalho de forma ampla, geral e irrestrita – inclusive da atividade fim das empresas, conforme o aprovado pelos deputados na Câmara – Freitas é categórico: “Vemos o PL 4330, que significa rasgar a CLT, acabar com as férias, com a carteira de trabalho e transformar o trabalhador em alguém precarizado, que ganha menos trabalhando mais”.

Daí a importância deste 1º de Maio no enfrentamento “nas ruas contra esse projeto que unifica toda a esquerda e o movimento sindical numa batalha para não acabar com carteira assinada”. Freitas também destaca nesta entrevista a pressão dos trabalhadores contra as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, do Executivo.

MPs contra trabalhadores são atabalhoadas e inoportunas




“Também nos colocamos contra as MPs 664 e 665, porque elas retiram direitos de pensionistas, de companheiros que trabalharam e precisam do seguro-desemprego. Uma medida inoportuna, atabalhoada e que deveria ser discutida antes em um Fórum Nacional da Previdência Social”, analisa.

Segundo o presidente da CUT, o 1° de Maio deste ano “será uma oportunidade para conversar com mais pessoas sobre o papel que assume esse Congresso conservador, financiado pelos empresários e que além de retirar os direitos trabalhistas, quer emperrar o processo de construção de uma sociedade plural que estamos construindo.”

O líder sindical lembra, ainda, outras conquistas que vem sendo retiradas pelo Congresso conservador, como mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) com a redução da maioridade penal e medidas de ataques homofóbicos.

Paulo Nogueira: Dilma deu uma bofetada na Rede Globo ao rejeitar a tevê no Dia do Trabalho

TV já era
TV já era
Existem problemas reais, e existem falsos problemas.
Falso problema é, por exemplo, Dilma falar ou não por rede de tevê no Dia do Trabalho.
Em plena Era Digital, exigir que Dilma apareça na televisão é uma questão de obsolescência mental.
Vi, sem surpresa, a oposição tentando tirar bovinamente proveito da decisão presidencial de limar a tevê. Aécio pontificou.
Aécio não perde a oportunidade de falar quando poderia ficar quieto. (E, como no caso dos professores do Paraná, de silenciar quando deveria falar.) Renan também nos obsequiou com suas imprescindíveis considerações sobre o gesto de Dilma. Não lembro mais o que Renan disse, mas foi com certeza alguma coisa fascinante.
Essa é a vida.
Mas, com alguma surpresa, vi gente de esquerda também indignada com Dilma.
Aí não faz, simplesmente, nexo.
Tudo que Dilma possa fazer para dessacralizar a televisão entre os brasileiros é bem-vindo, dado o mal que Globo e demais emissoras representam para a sociedade.
Repito: tudo



.
Há uma tradição inercial pró-televisão, e particularmente pró-Globo, que deve ser rompida.
Por que, por exemplo, o último debate para presidente é ainda na Globo?
Os opositores dizem que por trás da decisão de Dilma está um alegado receio de um panelaço.
Ainda que seja esta a motivação: evitar as panelas dos analfabetos políticos. Mesmo assim, o fato, em si, é positivo.
Estamos na Era Digital: é um recado inteligente, mesmo para os paneleiros que se movem sob a manipulação da imprensa e da própria ignorância.
Eu até admitiria pensar duas vezes sobre o tema se Dilma fosse uma mestra da tevê, como Lula, mas definitivamente não é o caso.
De resto, importante, mesmo, é o conteúdo da fala.
Há vários assuntos importantes para os trabalhadores, como a terceirização.
O pronunciamento de Dilma, seja em que plataforma for, é uma chance para ela deixar claro que é contra – visceralmente contra — a terceirização das atividades fim, como querem Eduardo Cunha e seguidores.
Num plano mais sonhador, me ocorre que Dilma poderia também endereçar sua solidariedade, ainda que atrasada, aos professores do Paraná, tratados selvagemente pelo governador Beto Richa.
Veremos o que Dilma dirá.


De toda forma, rejeitar a televisão foi um gesto histórico – um reconhecimento de que são outros os tempos, e uma bofetada bem dada na Rede Globo.

Dilma afirma que medidas econômicas não vão retirar direito dos trabalhadores

Dilma se reuniu com centrais sindicais na véspera do Dia Internacional do Trabalhador. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma se reuniu com representantes de centrais sindicais na véspera do Dia Internacional do Trabalhador. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff garantiu, nesta quinta-feira (30), que todas as medidas que estão sendo tomadas para combater os efeitos da crise internacional na economia brasileira não vão retirar qualquer direito dos trabalhadores. “A crise significou um conjunto de medidas, mas também é importante afirmar que mantivemos direitos trabalhistas, direitos previdenciários e políticas sociais. Mas propusemos ao congresso algumas correções nas políticas de seguridade social para evitar distorções e excessos, não para tirar direitos”, afirma.
As afirmações foram feitas durante reunião com representantes das centrais sindicais, no Palácio do Planalto, na véspera do Dia Internacional do Trabalhador, comemorado no dia primeiro de maio. Em sua fala, Dilma voltou a criticar aspectos do Projeto de Lei 4330, sobre terceirização, que abrem espaço para a transformação dos trabalhadores em pessoas jurídicas, a chamada “pejotização”.
“A regulamentação do trabalho terceirizado precisa manter, do nosso ponto de vista,  a diferenciação entre atividades fim e meio nos mais diversos ramos da atividade econômica. Para nós, é necessária [a diferenciação] para assegurar que o trabalhador tenha a garantia dos direitos conquistados nas negociações salariais. E também para proteger a previdência social da perda de recursos, garantindo sua sustentabilidade”, acrescentou.

#1ºdeMaioFalaDilma




Temos a reforma política e o PL 4.330 - Terceirização - em pauta no Congresso e o Dia do Trabalhador - 1º de Maio - chegando, o que a oposição midiática destaca?...

Que a presidente não vai fazer pronunciamento na data comemorativa dos trabalhadores por temer o "Panelaço"...

Haja paciência, ter medo da zuada de panelas cheias?...

A presidente deve fazer o pronunciamento, deve dizer qual a posição do governo, principalmente sobre o PL 4.330

E sobre o panelhaço em panelas de porcelanas, usadas apenas para aparecer para convidados, Aceita o conselho do Briguilino presidente Dilma Roussef, manda - diplomaticamente -, eles irem pegar avião no aeroporto de Cláudio (MG).

Oraite?







Contra o silêncio de Dilma, por Paulo Moreira Leite




A notícia de que Dilma Rousseff decidiu recolher-se a um silêncio obsequioso no 1º de Maio é preocupante.
Mais do que nunca, em 2015 ela deve uma palavra em defesa dos trabalhadores brasileiros.
A maioria da população, que precisa do salário e outras garantias para pagar as contas do fim do mês, encontra-se, desde o início do ano, sob uma ameaça angustiante sobre suas vidas e seu futuro.
Em curso no Congresso, o projeto de Lei 4330 ameaça arrombar as principais garantias trabalhistas previstas pela CLT, para permitir a contratação de todo tipo de empregado como terceirizado, mesmo aqueles que executam as atividades-fim numa empresa.
É um fato grave, que pode trazer prejuízos sérios e irreversíveis não só nos dias de hoje mas para as futuras gerações.
Eu acredito que Dilma deve manifestar-se sobre isso no 1º de Maio. Pela TV, numa entrevista, numa nota à imprensa, um depoimento a este blog, num comício, o que for.
E tenho certeza de que será um gesto positivo para seu governo.



O principal argumento para defender o silêncio presidencial parece esperto mas é errado.
Consiste em dizer que o governo encontra-se numa etapa delicada de reconstrução política após os lamentáveis tumultos e desencontros de toda natureza que marcaram a posse. Não seria conveniente, assim, uma manifestação capaz de gerar polêmica e criar obstáculos ao consenso político.
Ao se manifestar no 1º de maio, diz o raciocínio, a presidenta corre o risco de estimular a reação dos milhares de paneleiros que foram à rua nos dias anteriores aos protestos de 15 de março, que exibiam faixas que pediam impeachment e até golpe militar e que se tornaram mais silenciosos nas últimas semanas.

Eu acho uma visão perigosa. Primeiro, porque os adversários do governo não fazem silêncio por motivos cívicos mas porque o comando do PSDB se dividiu — ninguém sabe por quanto tempo — a respeito do impeachment.
Ao abandonar uma tradição política criada por Getúlio Vargas, padrinho do universo de resistência popular que levou Lula e Dilma ao Planalto, o saldo será entregar um espaço político fundamental — a rua — aos adversários. Sem luta e sem disputa.

Eu acho que o efeito político do silêncio pode ser oposto: elevar a confiança de quem está disposto a lutar de todas as maneiras para derrubar o governo. Outro efeito será aumentar o desânimo daqueles que dão apoio a Dilma, num dos patamares mais baixos da história.
O principal argumento favorável a uma manifestação de Dilma no 1º de maio é básico.
Permite abrir caminho para uma reconciliação com aquela imensa parcela de brasileiros que permitiu sua recondução ao Planalto, na campanha presidencial de 2014 e de lá para cá tem se mostrado distante do governo e até descontente.
Se não fizer isso, vamos combinar, seu governo terá chance zero de estabilidade política para tomar qualquer iniciativa política relevante pelos três anos e oito meses que tem pela frente.

No momento mais difícil da campanha, Dilma Rousseff assumiu o compromisso (“nem que a vaca tussa”) de defender os direitos dos trabalhadores de qualquer ameaça futura.
Fico me perguntando qual a teoria de psicanálise política permite ao governo acreditar que, menos de seis meses depois, ela poderia beneficiar–se pelo silêncio após um compromisso tão solene.



Por razões facilmente compreensíveis — trata-se de uma mudança que prejudica quatro em cinco assalariados — a causa contra o PL 4330 está se tornando um movimento popular e crescente. Não só ganha força no Senado, onde avalia-se que o projeto dificilmente será aprovado como saiu da Câmara, mas também entre lideranças sindicais.
Compromisso de campanha de Eduardo Cunha, o PL 4330 chegou a ser embrulhado, inicialmente numa versão benigna, a de que iria regulamentar os 12 milhões de trabalhadores já terceirizados e lhes dar garantias que hoje não possuem.
Descobriu-se, mais tarde, uma outra realidade. Caso venha a ser aprovado, o principal efeito do PL 4330 será colocar o emprego de 48 milhões de trabalhadores que hoje são contratados no quadro interno das empresas em situação de risco. Eles poderão ser substituídos por terceirizados, passando a receber salários 25% mais baixos para cumprir uma jornada de trabalho 3 horas mais longa. Conforme estimativa divulgada pelo jornal Valor Econômico, caso o PL 4330 venha a ser aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta, o número de terceirizados pode passar para 24 milhões apenas no primeiro ano da lei, podendo-se prever novas transferências de regime nos anos posteriores.
Não é preciso ser um crítico muito perspicaz do sistema capitalista para reconhecer um elemento básico de seu manual de funcionamento: as empresas buscam toda e qualquer oportunidade para abater seus custos e elevar seus lucros.
“É assim que a coisa funciona,” afirma Ricardo Patah, presidente da UGT, que abandononou o condomínio das entidades aliadas da terceirização, onde se encontrava inicialmente, para engajar-se no combate ao PL 4330, numa decisão que produziu uma mudança radical na relação de forças entre defensores e adversários da mudança no movimento sindical.
Com 1300 entidades filiadas, a UGT é a terceira maior central sindical do país. Ao colocar-se num movimento que a CUT lidera desde o início, isolou a Força Sindical na campanha pelo 4330.
Outro aspecto condenável do projeto de lei é seu caráter elitista. Ao liberar a contratação de funcionários de empresas diferentes para exercer múltiplas atividades no mesmo lugar, para um mesmo fim, a proposta irá transformar o local de trabalho num ambiente com privilegiados e excluídos.
Aqueles selecionados para integrar o quadro próprio formarão um núcleo especial com direito a ganhos e confortos na primeira classe, ao lado de uma massa com com direitos precários. Os prejuízos para movimentos de caráter reivindicatórios, nessa situação, serão óbvios e evidentes — dificultando a luta cotidiana por conquistas e pequenas melhorias no local de trabalho.
Não faltam boas razões para condenar um projeto como este, vamos combinar.

Olimpíadas 2012: a imagem do Brasil até agora


Diego Hipólito chorando e pedindo desculpas aos seus patrocinadores. É a imagem destas olimpíadas, do lado do Brasil.
Dinheiro de patrocínio – às vezes público - jogado no imediatismo e em pessoas específicas não melhora o nível esportivo e, por tanto, a imagem do Brasil. Se o atleta perde, é dinheiro fora. Se ganha, também é jogado o dinheiro fora, pois o sucesso é passado à comunidade nacional como um assunto individual, de quem quer surgir na vida correndo ou lutando e, espera-se, no máximo, que surja mais um talento individual. Quando fica mais velho vira comentarista esportivo e o dinheiro de patrocínio é apostado em outro “cavalinho”.
Como esticar o sucesso de determinadas nações? Principalmente pelo planejamento e a visão nacional do assunto.
Se o mesmo dinheiro da Caixa, Petrobrás e do BB, entre outros, fosse canalizado para as universidades federais, por exemplo, poderiam ser construídos centros esportivos públicos (pois as universidades são públicas), com estádios, piscinas, quadras, etc., campeonatos universitários - em nível nacional – amadores, em dezenas de atividades “olímpicas”, caça de talentos pelas próprias universidades nos colégios da região, incentivos e becas de estudo aos bons esportistas da comunidade, associando esporte, nação e educação numa única equação.
Por isso o sucesso dos EUA. Enquanto isso, a geração da Marta passou o seu tempo esperando que o mundo profissional, via CBF, tornasse viável a sua atividade de futebol feminino. Acredito que um campeonato feminino de futebol universitário seria melhor, pois geraria a base e o interesse das gerações em determinados esportes, para aí sim, passarem ao “profissional” quando o ambiente profissional achar interessante.
Deste modo o Estado atua como indutor e trabalha no ambiente amador do esporte, que tantas satisfações tem dado a muito países socialistas e, também nos EUA, onde o ambiente universitário dá cobertura a todos estes esportes.

por Alexis

O Dia do Trabalhador

por Delúbio Soares 


Desde que milhares de trabalhadores norte-americanos saíram às ruas de Chicago, em 1886, protestando contras as más condições de trabalho e exigindo uma jornada de oito horas contra o regime de quase servidão que os oprimia e os explorava, o 1º de maio tornou-se o “Dia do Trabalhador”. Em verdade, todos os dias devem ser consagrados aos que põe em movimento a máquina do mundo, aos trabalhadores dos campos, das cidades, do comércio, das indústrias, da educação, do serviço público. Nada jamais substituirá a força do trabalho.

 No Brasil das primeiras décadas do século passado, o 1º de maio era comemorado nos sindicatos que nasciam nas grandes cidades, ainda sem nenhuma expressão, mas reclamando direitos num país onde sequer legislação trabalhista existia ou os direitos elementares dos trabalhadores eram respeitados pelo capital. Somente com o advento da revolução liberal de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas ao poder e após derrotar o levante da elite reacionária paulista em 1932, configurou-se o quadro político-institucional que permitiu o reconhecimento dos direitos e garantias dos trabalhadores brasileiros.

Com Getúlio, a carteira assinada e a legislação trabalhista. Com Jango, o 13º salário. Com Lula, a emancipação social. Três grandes presidentes que trataram a classe trabalhadora com o respeito que ela merece.

Antes de Getúlio a massa trabalhadora era tratada com desdém e autoritarismo, num quadro desumano onde um trabalhador das fábricas, do comércio, da agricultura ou doméstico era demitido depois de décadas de trabalho e saia para a rua com as mãos abanando, vazias, sem qualquer indenização ou amparo, após labutar em regime assemelhado à escravidão. Os que criticam o saudoso Estadista, centram suas críticas na suposta inspiração de nossas leis trabalhistas na célebre ‘Carta del Lavoro’ da Itália de Mussolini. Mas omitem que o grande Ataturk, o fundador da rica e democrática Turquia de hoje, também nela se inspirou para modernizar as relações de trabalho em seu país. E no Portugal pré-Salazar, e na França democrática e em vários outros países do hemisfério norte, ela serviu de legislação trabalhista embrionária. Era, verdadeiramente, malgrado sua origem ideológica, um avanço para países onde os trabalhadores eram tratados (ou maltratados, melhor dizendo) de forma abusiva e sem o reconhecimento de qualquer direito, por mínimo que fosse.

Com o advento do 13º salário, projeto de lei do senador trabalhista Aarão Steinbruch prontamente sancionado pelo presidente João Goulart, uma nova vitória para a classe trabalhadora, com substantivo aumento de seus ganhos salariais e a reafirmação de seus direitos inalienáveis.

Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma década de decadência econômica e de atraso social, quando o neoliberalismo representado pelo governo da coalizão PSDB/DEM esforçou-se por “sepultar a Era Vargas”, o que pode ser traduzido como “retirar ao máximo os direitos dos trabalhadores e entregar as riquezas nacionais ao capital especulativo”, os trabalhadores voltaram a ser respeitados e foram beneficiados pela maior mobilidade social que se tem notícia: 40 milhões de brasileiros deixaram as classes D e E em direção à classe média. Passaram a ganhar mais, consumir mais, morar melhor, construir, adquirir bens duráveis, viajar, comer e estudar como antes não tinham condições de fazer. Uma revolução social pacífica e democrática, que sepultou um Brasil injusto e excludente e deu lugar à jovem potência que emerge no século 21 diante do olhar de admiração e respeito das demais Nações.

Há muito a ser feito e o governo de Dilma Rousseff continua a obra gigantesca de Lula. Mas é imprescindível recordar o achatamento salarial a que todos foram submetidos nos governos que precederam a chegada do PT e dos partidos da base aliada ao poder. O tratamento desrespeitoso destinado aos aposentados, chamados de “vagabundos” por Fernando Henrique Cardoso. A humilhação permanente a que foram submetidos os funcionários públicos, tratados como inúteis e discriminados, quando na verdade são patrimônio nacional. Tudo isso, felizmente, mudou.

Lula recebeu um país falido e desmoralizado, onde o salário mínimo era de apenas R$ 200, deixando-o em R$ 510 ao final de seu mandato, com um aumento real de 155%, contra os pouco mais de 80% do governo tucano. Os números não mentem: os trabalhadores brasileiros ganharam um aumento real de quase o dobro se compararmos o governo Lula com o de FHC!

A chaga do desemprego foi extirpada, com o soerguimento da economia nacional, com o aumento de nossas exportações, com a absorção de mão-de-obra em todos os setores: indústria, comércio, agricultura e serviços. Há o pleno emprego em várias categorias profissionais ou em segmentos da economia. As filas de desempregados em busca de poucas vagas oferecidas é imagem cinzenta de um passado cuja volta não permitiremos.

Os trabalhadores estão mais conscientes e mais organizados, em seus sindicatos e suas centrais sindicais, ouvidos com respeito pelo governo de Dilma Rousseff e cientes de seu papel histórico na construção do grande país em que nos tornamos. A luta não tem fim, só continuidade. E ela se confunde com o futuro de um país que tanto amamos e que é fruto da força, do talento, da garra e do espírito de luta de seu valoroso povo trabalhador.

Viva o 1º de maio! Viva o trabalhador brasileiro!