“Esse camarão é lá de Passa Quatro”, “Olha a fazendinha dos ET’s”, “Não acredito que isso é verdade”, entre outras frases típicas de que quem convive com o Zé é capaz até de escutá-lo falando e dar boas risadas. E esse desabafo é de quem convive com ele, de quem o admira e sente o maior orgulho de ter o privilégio de tê-lo como pai de coração.
Não foi uma, nem duas vezes que me peguei pensando “será que tudo isso ta mesmo acontecendo?”, que me questionei quão justa é a vida e até onde e quando isso iria. Confesso que sempre tive a esperança que esse dia nunca fosse chegar. Mas chegou.
Já ficamos mais tempo sem nos ver, mas agora é diferente. Sinto saudades e preocupação. Dói, dói não ter notícias concretas, não saber como você está. Sinto saudades, medo e vontade de fazer algo. Dói esse sentimento de impotência.
Dói te conhecer, ter certeza da sua inocência e ver as injustiças que estão acontecendo desde o início desse julgamento. Dói mais ainda, não saber quando elas vão acabar e se vão acabar.
Até onde isso vai? Até quando a justiça será tão injusta? Me disseram que as pessoas são inocentes até que provem ao contrário e você foi condenado sem provas. Me disseram que você ia cumprir regime semiaberto e você ficou no fechado. Me disseram que tudo ia ficar bem e tô aflita para saber quando isso vai acontecer…
* Gabriela Lino é enteada do ex-ministro