Homens XII

Os  homens são como a  nevasca, 
não  sabemos quando chega,  quantos centímetros terá  e quanto tempo vai  durar.
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Blog do Charles Bakalarczyk: Sobre democracia social

Blog do Charles Bakalarczyk: Sobre democracia social: "Nobberto Bobbio, pensador italiano Assim como os judeus fazem com o Tanakh, os cristãos com a Bíblia Sagrada e os mulçumanos com o Alcorão,..."

UTweet! do Briguilino

Vejam que legal o UTweet! uma ferramenta online que cria um vídeo dos tweetes de qualquer um. Para criar o vídeo basta você colocar o nome do usúario do twitter e clikar em GO! 

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Homens XI

Os  homens são como o  Toddy, 
muito  anuncio para pouco resultado.

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"A gente acaba" se BNDES não financiar grandes empresas, diz Conceição Tavares

A economista Maria da Conceição Tavares defendeu ontem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) das críticas que vem recebendo por subsidiar empréstimos a grandes grupos com dinheiro do Tesouro. Segundo ela, o banco age assim para que as empresas se tornem competitivas na etapa atual de internacionalização do capital. "Senão, a gente acaba", disse a economista, homenageada pelo Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento pela passagem do seu 80º aniversário. Conceição Tavares começou sua vida profissional no BNDES, com a elaboração do Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek. 
Luciano Coutinho, presidente da instituição, reforçou a defesa do banco e considerou a homenagem à economista um momento especial e oportuno, já que na ocasião também estava sendo lançado um livro sobre a história do BNDES, coordenado por Conceição e intitulado "Os anos dourados do desenvolvimento - 1952 a 1980".

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Atualizar a pedagogia face ao mundo mudado


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Leonardo Boff

Séculos de guerras, de confrontos, de lutas entre povos e de conflitos de classe nos estão deixando uma amarga lição. Este método primário e reducionista não nos fez mais humanos, nem nos aproximou mais uns dos outros e muito menos nos trouxe a tão ansiada paz. Vivemos em permanente estado de sítio e cheios de medo. Alcançamos um patamar histórico que, nas palavras da Carta da Terra, “nos conclama a um novo começo”. Isto requer uma pedagogia, fundada numa nova consciência e numa visão includente dos problemas econômicos, sociais, culturais e espirituais que nos desafiam.

Esta nova consciência, fruto da mundialização, das ciências da Terra e da vida e também da ecologia nos está mostrando um caminho a seguir: entender que todas as coisas são interdependentes e que mesmo as oposições não estão fora de um Todo dinâmico e aberto. Por isso, não cabe separar mas compor, incluir ao invés de excluir, reconhecer, sim, as diferenças mas também buscar as convergências e no lugar do ganha-perde, buscar o ganha-ganha.

Tal perspectiva holística vem infuenciando os processos educativos. Temos um mestre inolvidável, Paulo Freire, que nos ensinou a dialética da inclusão e a colocar o “e” onde antes púnhamos o “ou”.  Devemos aprender a dizer “sim” a tudo aquilo que nos faz crescer no pequeno e no grande.  

Frei Clodovis Boff acumulou muita experiência trabalhando com os pobres no Acre e no Rio de Janeiro. Na esteira de Paulo Freire, entregou-nos um livrinho que se tornou um clássico: “Como trabalhar com o povo”. E agora face aos desafios da nova situação do mundo, elaborou um pequeno decálogo daquilo que poderia ser uma pedagogia renovada. Vale a pena transcrevê-lo e considerá-lo pois nos pode ajudar e muito.

1.”Sim ao processo de conscientização, ao despertar da consciência crítica e ao uso da razão analítica (cabeça). Mas sim também à  razão sensível (coração) onde se enraizam os valores e de onde se alimentam o imaginário e todas as utopias.

2. Sim ao “sujeito coletivo” ou social, ao “nós” criador de história (“ninguém liberta ninguém, nos libertamos juntos”). Mas também sim à subjetividade de cada um, ao “eu biográfico”, ao “sujeito individual” com suas referências e sonhos.

3. Sim à “praxis política”, transformadora das estruturas e geradora de novas relações sociais, de um novo “sistema”. Mas sim também à “prática cultural” (simbólica, artística e religiosa), “transfiguradora” do mundo e criadora de novos sentidos ou, simplesmente, de um novo “mundo vital”.

4. Sim à ação “macro” ou societária (em particular à “ação revolucionária”), aquela que age sobre as estruturas. Mas sim também  à ação “micro”, local e comunitária (“revolução molecular”) como base e ponto de partida do processo estrutural.

5. Sim à articulação das forças sociais sob a forma de “estruturas unificadoras” e centralizadas. Mas sim também à articulação em “rede”, na qual por uma ação decentralizada, cada nó se torna centro de criação, de iniciativas e de intervenções.

6. Sim à “crítica” dos mecanismos de opressão, à denúncia das injustiças e ao “trabalho do negativo”. Mas sim também às propostas “alternativas”, às ações positivas que instauram o “novo” e anunciam um futuro diferente.

7. Sim ao “projeto histórico”, ao “programa político” concreto que aponta para uma “nova sociedade”. Mas sim também às “utopias”, aos sonhos da “fantasia criadora”, à busca de uma vida diferente, em fim, de “um mundo novo”.

8. Sim à “luta”, ao trabalho, ao esforço para progredir, sim à seriedade do engajamento. Mas sim também à “gratuidade” assim como se manifesta no jogo, no tempo livre, ou simplesmente, na alegria de viver.

9. Sim ao ideal de ser “cidadão”, de ser “militante” e “lutador”, sim a quem se entrega, cheio de entusiasmo e coragem, à causa da humanização do mundo. Mas também sim à figura do “animador”, do “companheiro”, do “amigo”, em palavras pobres, sim a quem é rico de humanidade, de liberdade e de amor.

10. Sim a uma concepção “analítica” e científica da sociedade e de suas estruturas econômicas e políticas. Mas sim também à visão “sistêmica” e “holística”da realidade, vista como totalidade viva, integrada dialeticamente em suas várias dimensões: pessoal, de gênero, social, ecológica, planetária, cósmica e transcendente.”

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Carta aberta aos nobres jornalistas Noblat e Merval Pereira


Caros jornalistas, antes de tudo, gostaria de me apresentar: meu nome é José Marcos, sou um profundo admirador e leitor assíduo das suas colunas , aos quais me servem de guia para entender os , muitas vezes, infelizmente, obscuros caminhos da nossa política. Com o tempo descobri que poucos jornalistas, os quais vos incluo, conseguem manter a imparcialidade e a ética nesta nobre missão de informar ao leitor as nuances da disputa política. Portanto, qual não foi a minha surpresa quando percebi que a grave denuncia da revista Carta Capital, nº. 613, sobre a extinta empresa da Filha do nosso futuro Presidente José Serra, que expôs os dados bancários de “apenas” 60 (sessenta) milhões de brasileiros na época do governo FHC, não foi objeto de comentários em suas inserções, no também imparcial jornal O Globo.
É claro que a reportagem da revista Veja, da qual também sou leitor assíduo, está sendo corretamente abordada por vocês, pois fico até desesperado em, apenas, imaginar o Brasil sem as matérias desta que considero a publicação mais patriótica e isenta desta nação. No entanto, apesar da Carta Capital não ter a grandeza e importância da nossa querida Veja, acredito que pela gravidade do escândalo esse assunto mereceria figurar nas suas brilhantes análises.
Como conhecedor da inquestionável probidade de vocês, tenho certeza que este pequeno lapso não foi motivado por nenhuma razão obscura, mas sim, muito provavelmente, pelo grande numero de afazeres que jornalistas desse quilate acabam assumindo. Dessa forma, quero humildemente alertá-los para esse fato, na certeza de que, tão logo tenham conhecimento do tema, passarão a abordá-lo em suas colunas.
Aproveito a oportunidade, na esperança que a grande maioria dos profissionais dessa área se espelhe na indubitável ética e imparcialidade que vocês transmitem para o seu público leitor, para renovar meus sinceros protestos de distinta consideração.
Nota: Vou mandar cópia desta carta para alguns dos blogs que, com muita lucidez, são chamados de “sujos” pelo Presidente Serra, além é claro para a revista “Carta Capital”.

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Serra e Lula juntos pelo fim do DEM

Lula declarou em Santa Catarina que é preciso“extirpar o DEM” da política nacional. Não gosto dessas metáforas que apontam para a liquidação do adversário. Melhor do que “extirpar” é derrotar. Mas, vá lá, o palanque e a campanha não são o lugar nem a hora da moderação.
Impossível negar o fato de que Lula escolheu o Estado certo para lançar a campanha contra o DEM. Santa Catarina é a terra de Bornhausen – o sujeito que queria “acabar com essa raça” - ele se referia aos petistas -. Parece que o PT é que vai acabar com a raça dos demos.
O curioso é que, nesse ponto, Serra e Lula estão irmanados.
Lula quer a derrota acachapante de seus adversários. Tem a oferecer ao eleitor a singela comparação: o que fizeram os demos no poder - nos tempos de FHC - e o que fizeram Lula e o PT. A comparação provoca uma surra eleitoral que beira a covardia.
Serra também ajuda. A campanha errante, sem discurso – que apela ora para a falsidade - tentou pegar carona na popularidade de Lula, fingindo que não era oposição -, ora para o golpismo - quando foi aos militares pregar contra Lula e o PT – é também uma forma de colaborar para a extinção do DEM.
Graças a Serra e Lula – irmanados na campanha – o DEM corre o risco de ver extintas as carreiras de Heráclito Fortes (PI), Marco Maciel (PE), Cesar Maia. Todos eles correm risco de não se eleger. Agripino Maia (RN), que parecia ter uma reeleição tranquila, agora já tem Vilma (do PSB) em seus calcanhares. E Kassab fala em abandonar o partido e ir para o PMDB.
Para completar, Serra brindou os eleitores com a brilhante reflexão sobre o papel dos vices. Quem me envia o texto é o Mirabeau Leal:
José Serra deve ter perdido hoje até o voto do seu vice.  Em palestra na Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, contou ter feito uma emenda para não ter vice, que considera “uma coisa que vem do passado”.
O tucano não devia se preocupar muito com isso pela irrelevância do seu vice, mas com sua “sutileza” e desprezo aos aliados atingiu diretamente seu companheiro de chapa e também ao DEM, responsável pela indicação.
“O vice hoje é para composição política. Muitas vezes soma ao contrário”, afirmou Serra, certamente querendo jogar nas costas do Da Costa a culpa pela seu inexorável despencar.
Coitado do Da Costa, nem bem pôs as asinhas de fora e já foi atingido  por flecha amiga. Muy amiga.

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Dilma - Não me sinto atingida. É mais um factoide



Dilma disse hoje, terça-feira (14), em Brasília, que as denúncias de tráfico de influência envolvendo a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, não a atingem. Ela 
deu as declarações em Brasília, onde assinou um termo de compromisso com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda -.
“Não me sinto atingida. É mais um factoide”, afirmou. Questionada se a Casa Civil é uma "central de corrupção", conforme definição do adversário José Serra (PSDB), respondeu: “Tenho absoluta certeza que não”.

Afirmou que Erenice Guerra, ex-auxiliar e sucessora dela na Casa Civil, tem “experiência, capacidade e compromisso público”.
Questionada se aconselharia Erenice a se afastar do cargo, Dilma refutou a possibilidade. 
“Não dou conselhos desse tipo, porque não acho correto o processo que ocorre no Brasil de você, antes que tenha provas, condenar uma pessoa e transformar essa pessoa numa pessoa pária”, declarou.
A candidata petista disse manifestar confiança no desejo da ministra da Casa Civil de facilitar as investigações sobre o caso.
 “Tenho certeza que, em relação à ministra Erenice, pelo que conheço dela, ela se empenhará nessa apuração. Tenho absoluta certeza disso.”
Dilma listou todas as medidas adotadas pelo governo e pela própria Erenice para esclarecer o caso. 
“Hoje, concretamente, o que estamos vendo é o governo tomando providências. Inclusive a própria Casa Civil, a ministra Erenice abrindo suas contas, seu telefone, seu sigilo fiscal, abrindo todas as informações bancárias e ao mesmo tempo pedindo a investigação da CGU de todos os contratos dos Correios, pedindo investigação da Polícia Federal e a avaliação da Comissão de Ética da Presidência”.

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Serra - derrotado e com éti[ti]ca de tucademo

Traduzindo a nota que a ministra da casa civil divulgou: José Serra é um derrotado sem ética.
Leia alguns trechos da nota:
NOTA Á IMPRENSA


1.Encaminhei aos Ministros Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União, e Luis Paulo Teles, da Justiça, ofícios em que solicito que se procedam todas as investigações necessárias no sentido de apurar rigorosamente os fatos relatados em matéria publicada pela revista Veja, em sua edição mais recente, e que envolvem tanto minha conduta administrativa quanto a de familiares meus.


2.Espero celeridade e creio na exação e competência das autoridades às quais solicitei tais apurações.


3.Reafirmo ser fundamental defender-me de forma aberta e transparente das mentiras assacadas pela revista Veja. E assim o faço diante daquela que já é a mais desmentida e desmoralizada das matérias publicadas ao longo da história da imprensa brasileira.


4.Lamento, sinceramente, que por conta da exploração político-eleitoral, mais que distorcer ou inventar fatos, se invista contra a honra alheia sem o menor pudor, sem qualquer respeito humano ou, no mínimo, com a total ausência de qualquer critério profissional ou ética jornalística.


5.Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um “fato novo” que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado.


6.Pois o fato novo está criado e diante dos olhos da Nação: é minha disposição inabalável de enfrentar a mentira com a força da verdade e resoluta fé na Justiça de meu país, sem medo e sem ódio.

Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República
14 de Setembro de 2010


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Os escândalos políticos midiáticos

Não seria exatamente a tentativa de controlar a esfera propriamente política o último recurso que a grande mídia – declaradamente oposicionista pela voz da presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) – estaria a exercer na construção de escândalos políticos midiáticos a poucas semanas das eleições?
Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa

Tão logo as pesquisas revelaram que uma das candidatas à presidência da República havia atingido índices de intenção de voto difíceis de serem revertidos, e que os resultados indicavam a possibilidade de decisão ainda no primeiro turno, a grande mídia e seus "formadores de opinião" reagiram prontamente. Insistiram eles que fatos novos poderiam ocorrer e que ainda era muito cedo para cantar vitória.

Um exemplo: sob o título "Festa na véspera", a principal colunista de economia do jornal O Globo escreveu em sua coluna "Panorama Econômico" do dia 31 de agosto:

"Então é isso? Uma eleição cuja campanha começou antes da hora acabou antes que os votos sejam depositados na urna? (...) Fala-se do futuro como inexorável. O quadro está amplamente favorável a Dilma Rousseff, mas é preciso ter respeito pelo processo eleitoral. Se pesquisa fosse voto, era bem mais simples e barato escolher o governante."

Simultaneamente, a poucas semanas do primeiro turno das eleições, os jornalões, a principal revista semanal e a principal rede de televisão abriram fartos espaços para a divulgação de "escândalos" com a óbvia intenção de atingir a reputação pública da candidata favorita.

O primeiro, diz respeito a vazamento de informações sigilosas da Receita Federal ocorridos em setembro de 2009 [antes, portanto, da escolha oficial dos candidatos e do início da campanha eleitoral]. O "escândalo" foi imediatamente comparado com o caso Watergate, que levou à renúncia o presidente dos EUA Richard Nixon, em 1974, e também à prisão de integrantes do PT em hotel de São Paulo, em 2006. A narrativa midiática logo passou a referir-se a ele como "Aloprados II" e/ou "Receitagate".

O segundo, que surge tão logo o primeiro parece não ter atingido os objetivos esperados, faz um incrível malabarismo ao tentar incriminar a candidata favorita através de ações de lobby e tráfico de influência atribuídos ao filho de sua ex-auxiliar. Um exemplo: a manchete de primeira página da Folha de S.Paulo de domingo (12/9): "Filho do braço direito de Dilma atua como lobista".

O que estaria acontecendo na grande mídia brasileira?

Controle e dinâmica
Em abril de 2006, no correr da "crise do mensalão", escrevi neste Observatório [ver "Escândalos midiáticos no tempo e no espaço"] sobre o conceito de "escândalo político midiático" (EPM) desenvolvido pelo professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, John B. Thompson, em seu aclamado O escândalo político – Poder e visibilidade na era da mídia(Vozes, 1ª edição, 2002).

O momento é oportuno para retomar os ensinamentos de Thompson.

Os EPM surgem historicamente no contexto do chamado jornalismo investigativo, combinado com o crescimento da mídia de massa e a disseminação das tecnologias de informação e comunicação. E, sobretudo, no quadro das profundas transformações que ocorreram na natureza do processo político, ainda dependente, em grande parte, da mídia tradicional. Envolve indivíduos ou ações situados dentro de um campo ligado à aquisição e ao exercício do poder político através do uso, dentre outros, do poder simbólico. Fundamentalmente, o exercício do poder político depende do uso do poder simbólico para cultivar e sustentar a crença na legitimidade.

O poder simbólico, por sua vez, refere-se à capacidade de intervir no curso dos acontecimentos, de influenciar as ações e crenças de outros e também de criar acontecimentos, através da produção e transmissão de formas simbólicas. Para exercer esse poder, é necessário a utilização de vários tipos de recursos, mas, basicamente, usar a grande mídia, que produz e transmite capital simbólico – vale dizer, controla a visibilidade pública. A reputação, por exemplo, é um aspecto do capital simbólico, atributo de um indivíduo ou de uma instituição. O que está em jogo, portanto, num EPM é o capital simbólico do político, sobretudo sua reputação.

Como a grande mídia se tornou a principal arena em que as relações do campo político são criadas, sustentadas e, ocasionalmente, destruídas, a apresentação e repercussão dos EPM não são características secundárias ou acidentais. Ao contrário, são partes constitutivas dos próprios EPM.

Escândalo político midiático, portanto, é o evento que implica a revelação, através da mídia, de atividades previamente ocultadas e moralmente desonrosas, desencadeando uma seqüência de ocorrências posteriores. O controle e a dinâmica de todo o processo deslocam-se dos atores inicialmente envolvidos para os jornalistas e para a mídia.

Jogo de poder
Na verdade, a grande mídia ainda detém um enorme poder de legitimar a esfera propriamente política através do tipo de visibilidade pública que a ela oferece. Os atores da esfera política dependem de visibilidade na esfera midiática para se elegerem e/ou se manterem no poder. Através desse poder, próprio da esfera midiática, a grande mídia tenta submeter e controlar o processo político, em particular os processos eleitorais. É aí que surgem os EPM.

Não seria exatamente a tentativa de controlar a esfera propriamente política o último recurso que a grande mídia – declaradamente oposicionista pela voz da presidente da ANJ – estaria a exercer na construção de EPM a poucas semanas das eleições?

Será que o Brasil de 2010 é o mesmo de 2006, quando tentativa semelhante levou as eleições presidenciais para o segundo turno?

O que está realmente em jogo é o poder da mídia tradicional – e, por óbvio, dos grupos dominantes do setor – em tempos de profundas transformações nas comunicações. Em tempos de internet.

Quem viver verá.


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No Boteco

Um sujeito entra num boteco novinho, todo hi-tech, e pede uma bebida...

O barman é um robô, que serve um cocktail perfeito e pergunta:
- Qual é o seu QI?

O homem responde:
- Uns 150.
Então o robô inicia uma conversa sobre aquecimento global, espiritualidade universal, física quântica, interdependência ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia, e por aí afora...
O cara fica impressionado, e resolve testar o robô.
Sai... dá uma volta e retorna ao boteco.
Novamente o robô pergunta:
- Qual é o seu QI?
- Deve ser uns 100.
Imediatamente o robô lhe serve um uísque e começa a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas, mulher, e outros assuntos semelhantes...
O sujeito fica abismado. Sai do bar, pensa, e resolve fazer mais um teste.
Novamente o robô lhe faz a pergunta:
- Qual é o seu QI?
O homem dá uma disfarçada e responde:
- Uns 20, eu acho!
Então o robô lhe serve uma cachaça, se inclina no balcão e diz pausadamente:
- E aí colega, VAMO VOTÁ no Zérrra??????

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Bombou na Net

O time do Strjarnan ganhou fama com a comemoração "fisgando o peixe". O Valur deu o troco...

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Ceará - Em ritmo de eleição

Os que acompanharam o debate dos candidatos ao governo do Estado pela TV Diário, segundo e-mails para a coluna, não viram ali "nada que pudesse alterar o que antes já haviam decidido quanto a candidatos". 

O que, no entanto, não invalida que tenham achado, além de oportuno, importante que esses debates sejam realizados. Até porque, quando nada, servem para que os candidatos possam ser mais conhecidos e, consequentemente, o que propõem caso sejam eleitos, tenham uma melhor avaliação. Não foi diferente, portanto, do que se viu nas quase duas horas do debate na TV Diário.

Obras
Ainda sobre o debate, o que se pode observar é que por Cid estar apoiado em dados, enfim, em obras que, por mais que possam ser, como o foram, questionadas por Marcos e Lúcio, estas constituem trunfos a justificar seus altos índices nas pesquisas.

Mudar pra quê?
Exatamente pelo que as pesquisas têm mostrado é que, na medida em que a eleição vai se aproximando, mais Cid se diz confiante em sua reeleição. E certo de que em nada deve alterar seu discurso de campanha.

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Serra prega censura a blogs

Por ter perdido mais uma batalha - na verdade, perdeu todas em que se envolveu nos últimos meses - o candidato da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) prega, agora, insistente e abertamente, censura à internet. Ainda ontem, em sabatina na Ordem dos Advgoados do Brasil [OAB], voltou a atacar o que chama de "blogs sujos" - para ele todos os que são "ligados" à sua adversária na disputa presidencial, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).



O pretexto para esta nova campanha que Serra inicia é que, segundo ele, "estes blogs mantidos pelo governo ou pelo PT já apresentavam dados de Imposto de Renda de algumas das pessoas que depois se descobriu que tinham tido seus sigilos violados", dentre as quais o vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, o EJ.

A verdade é que Serra perdeu a batalha também na internet, apesar dos milhões que gastou. Ele montou toda uma equipe nesta área para nada. Passaram a perna nele, não apresentaram eficiência e os resultados são os que vê: ele continua a caminho da derrota na eleição de outubro. Dai esse seu arroubo de autoritarismo e saudades da ditadura - infelizmente, de novo com apoio da mídia - querendo censurar blogs.


Serra sabe quem divulgou violações e sigilos

Além de querer censurar os blogs, Serra quer se fazer de vítima. Se ele se julga caluniado, tem que recorrer à justiça. Esta é o foro adequado para quem o caluniou, ou aos demais tucanos, responder. Mas, nessa questão, Serra tem que cobrar mesmo é do Correio Braziliense, que divulgou a existência da investigação legal e de rotina que a Receita Federal fazia sobre EJ antes da quebra de seu sigilo, e da Folha de S.Paulo que denunciou a violação de seus dados.

Tem que cobrar estas histórias todas, também, do jornal Estado de Minas e de seu jornalista que teria sido encarregado de fazer dossiê contra o candidato a presidente tucano. O jornal mineiro, a exemplo do Correio Braziliense, é que tem estreitas ligações com o ex-governador tucano Aécio Neves, seu correligionário-rival de Serra.

O candidato tucano ao Planalto fica batendo nessa tecla de incriminar adversários para que? Ele sabe que não foram nem o PT, nem a campanha de Dilma que divulgaram a violação nem os dados do sigilo de EJ. E sabe que foram a Folha de S.Paulo e o Correio Braziliense.

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Liberdade de caluniar

A revista de extorsão e chantagem investe, agora, contra a ministra chefe da Casa Civil, com amontoado de calúnias. Não cansa de atacar a honra alheia. Como o leitor sabe que ela só faz mentir, a popularidade de Dilma cresce e a de Lula atinge os píncaros do universo.
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Voto - Direito ou Dever?

A cada tanto tempo, o tema reaparece: como o voto, de um direito se transformou em um dever? Reaparecem as vozes favoráveis ao voto facultativo.

A revista inglesa The Economist chegou, em artigo recente, a atribuir à obrigatoriedade do voto, as desgraças do liberalismo. Partindo do supostos – equivocado – de que os dois principais candidatos à presidência do Brasil seriam estatistas e antiliberais, a revista diz que ao ser obrigado a votar, o povo vota a favor de mais Estado, porque é quem lhe garante direitos.

Para tomar logo um caso concreto de referência, nos Estados Unidos as eleições se realizam na primeira terça-feira de novembro, dia de trabalho – dia “útil”, se costuma dizer, como se o lazer, o descanso, foram inúteis, denominação dada pelos empregadores, está claro -, sem que sequer exista licença para ira votar, dado que o voto é facultativo. O resultado é que votam os de sempre, que costumam dar maioria aos republicanos, aos grupos mais informados, mais organizados, elegendo-se o presidente do pais que mais tem influência no mundo, por uma minoria de norteamericanos. Costumam não votar, justamente os que mais precisam lutar por seus direitos, os mais marginalizados: os negros, os de origem latinoamericana, os idosos, os pobres, facilitando o caráter elitista do sistema político norteamericano e do poder nos EUA.

O voto obrigatório faz com que, pelo menos uma vez a cada dois anos, todos sejam obrigados a interessar-se pelos destinos do país, do estado, da cidade, e sejam convocados a participar da decisão sobre quem deve dirigir a sociedade e com que orientação. Isso é odiado pelas elites tradicionais, acostumadas a se apropriar do poder de forma monopolista, a quem o voto popular “incomoda”, os obriga a ser referendados pelo povo, a quem nunca tomam como referência ao longo de todos os seus mandatos.

Desesperados por serem sempre derrotados por Getúlio, que era depositário da grande maioria do voto popular, a direita da época – a UDN – chegou a propugnar o voto qualitativo, com o argumento de que o voto de um médico ou em engenheiro – na época, sinônimos da classe média branca do centro-sul do país – tivesse uma ponderação maior do que o voto de um operário – referência de alguém do povo na época.

O voto obrigatório é uma garantia da participação popular mínima no sistema político brasileiro, para se contrapor aos mecanismos elitistas das outras instâncias do poder no Brasil.

por Emir Sader 

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Vanessa tá 5 pontos a frente do Rathur Virgílio


Nova pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Amazônica, divulgada nesta segunda-feira (13), mostra a candidata ao Senado pela coligação “Avança Amazonas”, deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), com 39% das intenções de voto contra 34% do tucano Arthur Virgílio Neto. Ambos disputam a segunda vaga do Estado no Senado. Na liderança isolada, está o ex-governador Eduardo Braga (PMDB), com 80%. Jefferson Praia (PDT) está em quarto lugar, com 9%. Indecisos somam 12% e Brancos e Nulos 2%.

Pelos números da sondagem anterior do mesmo instituto, divulgada no dia 31 de agosto, Vanessa cresceu 7 pontos e o seu adversário direto caiu 15. 

Essa é novidade no processo eleitoral amazonense. É que pela primeira vez a candidata aparece descolada do tucano. No mês passado, dois institutos locais de pesquisa (Action e Perspectiva) davam empate técnico entre os dois. 

A campanha de Vanessa ganhou há duas semanas um apoio de peso na propaganda eleitoral da TV. Ela foi a única a receber no palanque eletrônico a presidenciável Dilma Rousseff pedindo voto para a sua candidatura (veja aqui).

Campanha conjunta
Nessa nova fase da propaganda, Eduardo Braga e Vanessa entraram no horário eleitoral em um único programa. Os dois argumentam que o Amazonas precisa estar forte no Senado com representantes afinados com Dilma.

A candidata recebeu o resultado com cautela. Disse que o importante agora é manter o trabalho de corpo a corpo que vem fazendo pelo Estado, sobretudo na capital, onde pretende intensificar a campanha. Ela já viajou quase a totalidade dos municípios.

Na disputa ao governo, Omar Aziz (PMN) lidera com 53% contra 32% de Alfredo Nascimento (PR). Com base na última pesquisa, Omar saiu de 54% para 53% e Alfredo caiu de 38% para 32%. Se as eleições fossem hoje, o candidato do PMN venceria no primeiro turno.

Para a Presidência, Dilma Rousseff (PT) teria 77% dos votos dos amazonenses. O tucano José Serra alcançou apenas 10% na pesquisa e Marina Silva (PV) 8%. Os outros candidatos chegaram a 1%. Brancos e nulos são 1% e indecisos 3%.

De Manaus,
Iram Alfaia



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Glória Pires - A grande vencedora do 5° Prêmio Contigo! de Cinema Nacional

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Luisa Girão, iG Rio de Janeiro
Glória Pires foi a grande vencedora da noite no 5º Prêmio Contigo de Cinema, entregue nesta segunda-feira (13), no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botênico, Zona Sul do Rio de Janeiro. Escolhida pelo júri e pelo voto popular, ela subiu ao palco para receber os troféus de melhor atriz, pelo filme "É proibido fumar”. “Estou super feliz porque esse trabalho foi muito importante para mim. Quero dedicar esse prêmio ao meu pai, minha mãe, meus filhos, sempre saudosos, e ao meu marido (Orlando Morais), a pessoa mais importante da minha vida e que está sempre ao meu lado”, falou ela, entre lágrimas. O longa-metragem independente "É proibido fumar", de Anna Muylaert, foi o maior vitorioso da noite com seis troféus, incluindo o de melhor filme eleito pelo júri oficial.

George Magaraia
 Glória Pires recebeu o prêmio de melhor atriz das mãos de Milton Gonçalves

Já pelo voto popular, “Chico Xavier”, de Daniel Filho, foi eleito o campeão das categorias de melhor filme, melhor ator coadjuvante (Tony Ramos) e de melhor ator (Nelson Xavier). “Eu sei que é clichê, mas eu não esperava. Eu não queria nem vir hoje, mas minha mulher me convenceu”, revelou Nelson.Claudia Raia foi a campeã dos votos dos leitores na categoria atriz coadjuvante por "Os Normais 2". “Fico feliz de receber um prêmio de cinema, pois faço pouco e quero fazer mais”, falou.

George Magaraia
 Cláudia Raia dedicou prêmio ao amigo, Luiz Fernando Guimarães

Produtora e diretora responsável pela retomada do cinema nacional, com o filme “Carlota Joaquina – A princesa do Brasil”, Carla Camurati recebeu o "MGM My Favorite", uma homenagem dos estúdios americanos a quem, durante sua carreira, colaborou de forma significativa para a divulgação da indústria cinematográfica brasileira no exterior. “O melhor do cinema é que ele não se faz sozinho. É a força de várias pessoas que vai para a tela e que marca a vida de muitos”, discursou.

George Magaraia
 Carla Camurati e Tony Ramos

A noite contou ainda com Dira Paes, apresentadora do prêmio, Débora BlochCarolina DieckmannCarolina Ferraz e Maytê Proença.

George Magaraia
 Débora Bloch com os filhos Hugo, Júlia, e o pai, Jonas Bloch

Conheça os vencedores do 5° Prêmio Contigo de Cinema Nacional:
- Melhor Filme - "É proibido Fumar"
- Melhor Ator – Dan Stulbach ("Tempos de Paz")
- Melhor Ator Coadjuvante – Gero Camilo ("Hotel Atlântico")
- Melhor Atriz – Glória Pires ("É proibido Fumar")
- Melhor Atriz Coadjuvante – Denise Fraga ("As melhores coisas do mundo")
- Melhor Diretor – Anna Muylaert ("É proibido fumar")
- Melhor Roteiro – Marcelo Gomes e Karim Ainouz ("Viajo porque preciso, volto porque te amo")
- Melhor Documentário – "Cidadão Boilesen"
- Diretor de Documentário – Chaim Litewski ("Cidadão Boilesen")
- Melhor Fotografia – Ricardo Della Rosa ("À deriva")
- Melhor Figurino – Marisa Guimarães ("É proibido fumar")
- Melhor Trilha Sonora – Marcio Nigro e Paulo Miklos ("É proibido fumar")

Votação Júri Popular
- Melhor Filme – "É proibido Fumar"
- Melhor Ator – Nelson Xavier ("Chico Xavier")
- Melhor Atriz – Gloria Pires ("É proibido fumar")
- Melhor Ator Coadjuvante – Tony Ramos ("Chico Xavier")
- Melhor Atriz Coadjuvante – Claudia Raia ("Os normais 2")