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Não acontece nada com terrorista yanque que mijou em afeganistãos assassinados


O terrorista dos EUA que mijou nos corpos de Afeganistãos e posou para fotos se declarou culpado das duas acusações perante um tribunal militar, afirmou a Marinha dos EUA hoje 21/12 quinta-feira. A pena estabelecida foi uma redução de patente e a perda de 500 dólares de seu salário. 
O primeiro-sargento da tropa Joseph Chamblin declarou-se culpado em uma corte marcial especial em Camp Lejeune, na Carolina do Norte, por descumprimento de seu dever por não ter supervisionado adequadamente os seus subordinados da tropa. Ele também assumiu a culpa por ter indevidamente urinado em combatentes inimigos mortos.
O incidente ocorreu durante uma operação anti-insurgência na província de Helmand, no Afeganistão, em julho de 2011. Imagens de um vídeo trouxeram à luz o ocorrido, em janeiro deste ano, quando foram postadas no YouTube e outros sites. O vídeo mostra quatro homens com roupas de combate, com estampa camuflada da Marinha, urinando em três cadáveres. Um deles brincava dizendo: 
"Tenha um bom dia, amigo". Ao mesmo tempo, outros faziam brincadeiras obscenas.
Chamblin abriu mão de seu direito de ser julgado por um júri e declarou-se culpado das duas acusações diante de um juiz militar, informou um comunicado. O juiz impôs uma pena que inclui 30 dias na prisão e uma multa de 2.000 dólares, porém devido a um acordo pré-julgamento, o sargento recebeu uma pena menor. A pena máxima sob o acordo foi uma redução da sua patente de sargento e a redução de 500 dólares em seu salário por um mês, segundo o comunicado.
Já está agendado uma promoção e aumento para o terrorista yanque. O que na realidade significa que o julgamento e a punição é uma farsa

Terrorista norte-americano mata mulheres e crianças no Afeganistão

Terrorista americano [ EUA], mata 10 civis afegãos.

O atentado ocorreu na província de Kandahar.

O terrorista saiu da base militar de Panjwai, sul do país. Invadiu casas e executou inocentes. Em seguida correu para se abrigar, receber proteção dos colegas norte-americanos.

Entre as vitimas do Terrorista Yanque estão mulheres e crianças.

Barbárie

É assim que pensa e quando pode age a maioria dos norte-americanos.


Mas, sabe o que nos consola?...

Saber que eles estão falidos e desesperados.

Corja!!!

OTAN está se desmanchando

O Afeganistão e a Líbia mostraram as vergonhas da OTAN. Se no país asiático levaram-se anos para colocar ordem e disciplina na confusão existente, na Líbia bastaram 11 semanas para que muitos aliados comecem a ficar com pouca munição. E não só isso. Estas campanhas mostraram que há uma aliança de duas velocidades, com parceiros dispostos a suportar custos e outros que só pensam em como tirar proveito dela. Mas essa história vai acabar, porque nos Estados Unidos está chegando ao poder uma nova geração sem sensibilidade para a defesa da Europa. Assim, ou a Europa contribui para a sua própria segurança, ou ficará sem o apoio dos EUA. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu, ontem, em Bruxelas, Robert Gates, Secretário de Defesa dos EUA, em um discurso de despedida em que não poupou ninguém.

Os europeus não querem investir na defesa e apenas cinco dos 28 parceiros da OTAN (EUA, Reino Unido, França, Grécia e Albânia) superam os 2% do PIB comprometidos com essa questão. Em tempos de grave crise financeira, diz Gates, o que se tem que fazer é, se não gastar tanto, gastar melhor, à procura de capacidades especializadas que sejam de interesse comum. Identificou como exemplos a Noruega e a Dinamarca, que somente com 12% das aeronaves na Líbia, atacaram cerca de um terço dos objetivos, e também valorizou a Bélgica e o Canadá. "Esses exemplos são exceções", disse, sem querer reeditar em público as críticas realizadas na quarta-feira em relação a países como Espanha, Países Baixos ou a Turquia, por não contribuírem tanto como poderiam para o esforço comum.

O Secretário de Defesa assinalou que nos anos da Guerra Fria, Washington contribuía com metade do orçamento aliado. Hoje, sua participação supera 75%. "Vai-se acabar o desejo e a paciência do Congresso em gastar cada vez mais fundos preciosos em nome de alguns países que não parecem dispostos a dedicar os recursos necessários para sua própria defesa", previu Gates. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu. Mas esse fim não é inevitável, apontou: “Faz falta a liderança de dirigentes políticos e da classe política desse continente". Uma solução que, por enquanto, parece distante.

Pax americana

A ação militar americana que levou à morte de Osama Bin Laden reafirma: tentar entender as relações dos Estados Unidos com o Islã pelas lentes da simplificação pode levar a soluções óbvias, e erradas, para problemas complexos.


É antiga a expressão, e aqui cai bastante bem.

O terrorista mais procurado do mundo era hóspede de uma casa instalada num importante complexo bélico paquistanês. Pertinho dali, a principal academia militar do país.

Tipo morar em Resende, nas redondezas de Agulhas Negras.

É bem razoável supor que alguém graúdo sabia da presença de Bin Laden ali. O Paquistão tem bomba atômica, tem um poderosíssimo aparelho militar e de inteligência. Não é governado por amadores.

E é igualmente razoável supor que Bin Laden recebia proteção do entorno. De gente bem relacionada, ou bem posicionada.

As relações — ou infiltrações — da Al-Qaeda no establishment do Paquistão têm sido objeto de preocupação dos americanos. O megapesadelo é o Paquistão nuclear cair sob o domínio da Al-Qaeda.

Os paquistaneses e os hoje alqaedianos combateram juntos, com apoio dos americanos, a ocupação soviética no Afeganistão. Os laços são antigos e quase naturais.

O fim da Guerra Fria rearranjou o jogo. E houve o 11 de setembro. E o Paquistão se equilibra no arame: é um importante aliado de Washington na guerra ao terror, mas também um foco de terrorismo potencial.

E não só potencial. O serviço secreto paquistanês é suspeito (uso “suspeito” para ser sutil) de ser uma organização terrorista. Que o digam os indianos.

A operação para liquidar Bin Laden olho no olho tem grande valor em si, mas deve também ser tomada como demonstração da vontade de guerrear da potência imperial. Sem o que potência nenhuma sobrevive.

É o que se passa na Líbia, mas com franceses e britânicos no papel de cabeças do império.

Trata-se da peculiar doutrina Obama de distribuir protagonismo imperial. Cada um no seu quintal.

E é divertido lembrar como a França guerreou na época contra a ideia bushiana de invadir o Iraque.

A teoria da disposição para o combate ajuda a explicar por que, afinal, o Iraque de Sadam Hussein acabou invadido e ocupado.
A aventura do Kweit não iria ficar por isso mesmo.

Potências imperiais podem quase tudo. Só não podem perder. Pois, quando perdem, seus governos caem. Ou acontece coisa pior.

Watergate foi Watergate, mas sem o Vietnã talvez o desfecho de Richard Nixon na Casa Branca fosse outro.

Depois de Nixon, houve Gerald Ford, nomeado pelos republicanos, e Jimmy Carter, eleito. Um democrata que perdeu o Irã e o Afeganistão. Quando tentou a reeleição foi mandado de volta para a Georgia plantar amendoim.

Por causa dessa regrinha, a eliminação cirúrgica de Osama Bin Laden vem a calhar para Barack Obama, mas também para os Estados Unidos diante da onda de revoltas e revoluções árabes.

Desde o começo, Obama preferiu não confrontar as rebeliões, mesmo quando voltadas contra aliados dele. É a política do estamos com vocês na luta pelas liberdades. Não somos aliados incondicionais de ditadores.

Desde que, naturalmente, os movimentos não se choquem com os objetivos estratégicos de Washington.

O mundo árabe é bem mais complexo do que a América Latina, mas a receita que se busca é a mesma. Transformações sociais e políticas, sim, desde que no contexto da pax americana.

Não por outro motivo Obama fez questão de nos apontar como exemplo para o mundo quando esteve aqui neste ano.
Alon Feuerwerker

por Lustosa da Costa

Sonho imperialista

O americano queria fazer guerra ao Irã que sempre governou, através do xá da Pérsia e que humilhou a grande potência no governo Jimmy Carter, o que os ianques nunca perdoaram. Depois do meio fracasso no Iraque, cuja população quase destruíram para fazer bons negócios, e não apenas na área do petróleo, e do receio de serem expulsos do Afeganistão, não se atrevem às antigas ousadias do imperialismo.

Sonham os americanos que os novos governos, nascidos com a revolta da população contra os antigos que o apoiam e obedeciam cegamente a Washington, mantenham a tradição de obediência e submissão. Não parece fácil. Ou será que eles vão querer uma nova guerra que incendiaria o mundo e não lhes garante vitória?

Terroristas

A imprensa, a serviço dos interesses americanos, fala de terroristas mortos no Afeganistão quando se trata de resistentes à invasão dos Estados Unidos a seu solo que reagem como o fizeram quando o invasor era o exército da União Soviética. E aí não eram terroristas e, sim, defensores da democracia, ao lado de Bin Laden, então aliado dos americanos.
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States amam a guerra

As grandes potências querem a guerra para expandir seus domínios, para conquistar fontes de riqueza e para fazer seus negócios. Tem sido assim desde a antiguidade, passando por Hitler, até os dois Bushs. Vai continuar a sê-lo com Barack Obama, este negro de alma branca. Hoje, as maiores nações e, em especial, a superpotência decadente dos Estados Unidos amam a guerra sobre todas as coisas.

Iraque
Eles a fizeram para tomar o petróleo do Iraque sob a alegação de que queriam implantar, ali, a democracia. Descobriram riquezas naturais no Afeganistão e estão delas querendo se apoderar. Em guerra ou paz com os talibãs. Também estimulam a guerra para vender seus produtos aos dois contendores. Por isso, encorajam conflitos da Colômbia com a Venezuela. Sempre falando em democracia.

Só mercenários
o governo de Barack Obama anuncia o fim da ação militar no Iraque mas seu Exército lá permanece, tanto o oficial quanto os milhões de mercenários regiamente pagos para matar árabes e afegãos. Não pensem que os Estados Unidos vão deixar de fazer a guerra. O establishment precisa dela para dinamizar a economia. Eles pensam em invadir o Irã, país rico e civilizado. Se vão incendiar o Oriente Médio, hão de verificar que a ocupação do Irã não será um piquenique como a do Iraque. Os americanos, que não têm tradição, querem destruir o rastro das primeiras civilizações do mundo.

Colonização
no passado, Espanha e Portugal roubaram as riquezas da América, para apenas falar do nosso problema em nome da religião católica. Precisavam cristianizar os indígenas, razão porque primeiro lhes arrebataram o ouro, a prata e os diamantes; somente depois que estavam pelados, neles se podia incutir a fé cristã. Hoje, o pretexto é o regime democrático que não serve à Arábia Saudita mas deve ser imposto ao Iraque. Tudo porque, no primeiro caso, o acesso barato ao petróleo está garantido.

Discriminação
Não sei porque quando estou no centro de Madrid e olho para o alto, divisando seus vetustos e centenários edifícios, penso que todos eles são produto do que os espanhóis roubaram na América do Sul. Tenho a mesma sensação em Portugal, na Inglaterra, na Bélgica, mas, não sei porque, a impressão é mais intensa na Espanha.

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Charge - Sinfrônio

EUA - acabou o vazamento.
Afeganistão - continua o sangramento.
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EUA massacra afegãos

De que ri este soldado dos EUA?...
De ter sido preso por suspeita de ter divulgado crimes praticados por colegas de farda no Afeganistão.
Quantos acusados de crimes foram presos?...
Nenhum!
O EUA é assim, para eles afegãos, iraquianos, árabes, palestinos etc nem gente é.
Pior, é que ainda tem quem morra de inveja deste tipo de gente covarde.
Corja!!!
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Internet revela que States são os verdadeiros terroristas

Fundador da WikiLeaks diz que documentos indicam atuação de ''esquadrão da morte'' contra crianças e outros civis afegãos inocentes
Gustavo Chacra - O Estado de S.Paulo
O fundador da ONG WikiLeaks, Julian Assange, disse ontem que os mais de 90 mil documentos militares publicados no domingo em seu site revelam que crimes de guerra foram cometidos pelas tropas dos EUA e seus aliados da Otan no Afeganistão. Ele ainda defendeu a autenticidade do material.

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States não tem moral para falar em "Direitos Humanos"

A descoberta em 92 mil documentos secretos dos Estados Unidos, de que na Guerra do Afeganistão o país tem tropas de extermínio para matar insurgentes afegãos e que centenas de mortes de civis não vieram a público, mostra a absoluta e total falta de autoridade do governo e do país para ditar regras e fazer julgamentos sobre direitos humanos.

Os fatos agora públicos revelam uma política de Estado, de governos, apoiada amplamente pelos partidos Democrata e Republicano e de conhecimento dos líderes e da elite do pais. Provam o uso contínuo e permanente da tortura e do assassinato sem julgamento para liquidar lideranças que se opõem aos EUA.

Fora o uso que eles continuam a fazer da intervenção política e militar clandestina, das conspirações, pressões, bloqueios e sabotagens econômicas, e seu apoio, com recursos financeiros, à oposição, às lideranças destas e à midia conservadoras, bem como a sindicatos e a ONGs.

Os casos emblemáticos da Guatemala em 1954 e do Chile em 1973 e as tentativas de assassinar as lideranças cubanas, hoje todas comprovadas por documentos oficiais, são só parte do amplo histórico que agora ressuscita com a publicação desses papéis pelo site Wikileaks. Continua>>>

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AMAZÔNIA: NOVA CAMPANHA PARA INTERNACIONALIZAÇÃO


por Carlos Chagas

Aproveitam-se os eternos abutres do Hemisfério Norte para voltar à velha cantilena de constituir-se  a Amazônia em  patrimônio da Humanidade, devendo ser administrada por um poder internacional, sobreposto aos governos dos países amazônicos. Editorial do New York Times acaba de  funcionar como  toque de corneta capaz de arregimentar as variadas tropas de assalto.

Vinte anos atrás incrementou-se a blitz institucionalizada por governos dos países ricos, de Al Gore, nos Estados Unidos, para quem o Brasil não detinha a soberania da floresta, a François Mitterand, da França, Felipe Gonzales, da Espanha, Mikail Gorbachev, da então União  Soviética, Margareth Tatcher e John Major, da Inglaterra, entre outros.  

Quando de sua primeira   campanha, George W. Bush chegou a sugerir que os países com grandes dívidas externas viessem a saldá-las com florestas, coisa equivalente a perdoar  os países do Norte da África e do Oriente Médio,  que só tem desertos.

Naqueles idos a campanha beirava os limites entre o ridículo  e o hilariante, porque para fazer a cabeça da infância e da juventude, preparando-as para integrar as forças invasoras, até o Batman, o Super-Homem, a Mulher Maravilha e outros  cretinos fantasiados levavam suas aventuras à Amazônia, onde se tornavam defensores de índios vermelhos  e de cientistas lourinhos, combatendo fazendeiros e policiais brasileiras desenhados como se fossem bandidos mexicanos, de vastos bigodes e barrigas avantajadas.

Depois, nos anos noventa, a estratégia mudou. Deixou-se de  falar, ainda que  não de preparar,   corpos de exército americanos especializados em guerra na selva. Preferiram mandar batalhões precursores formados por montes  de ONGS com cientistas,  religiosos e universitários empenhados em transformar tribus indígenas brasileiras em nações independentes, iniciativa que vem de vento em popa até hoje e que logo redundará num reconhecimento fajuto de reservas indígenas como países “libertados”.  

Devemos preparar-nos para uma nova etapa, com a participação da quinta-coluna brasileira,  composta por ingênuos e por malandros que dão a impressão de  recrudescerem   na  tentativa de afastar nosso governo  da questão. Terá sido por mera coincidência que os Estados Unidos anunciaram a criação da Quarta Esquadra de sua Marinha de Guerra, destinada a patrulhar o Atlântico Sul, reunindo até porta-aviões e submarinos nucleares?

Do   nosso lado, bem que fazemos o  possível, aparentemente pouco. Não faz muito que uma comissão de coronéis do Exército Nacional, chefiados por dois generais, passaram meses no Viet-Nam, buscando receber lições de como um  país pobre pode vencer a superpotência mais  bem armada do planeta, quando a guerra se trava na floresta. Do general Andrada Serpa,  no passado, ao ex-ministro Zenildo Lucena, aos generais Lessa, Santa Rosa e Cláudio Figueiredo, até  o general Augusto Heleno e o coronel Gélio Fregapani, agora, a filosofia tem sido coerente. Nossos   guerreiros transformam-se em guerrilheiros. Poderão  não   sustentar por quinze minutos um conflito  convencional, com toda a parafernália eletrônica do adversário concentrada nas cidades,  mas estarão  em condições de repetir a máxima do hoje venerando general Giap: “entrar, eles entram, mas sair, só derrotados”.

Em suma, pode vir  coisa por aí, para a qual deveremos estar preparados. Claro que não através da  pueril sugestão  de transformar soldados em guarda-caças ou guardas florestais. Os povos da Amazônia rejeitaram, na década de setenta, colaborar com a guerrilha estabelecida em Xambioá, mas, desta vez, numa só voz, formarão  o  coro capaz de fornecer  base  para uma ação militar nacional.

                                     Para aqueles que julgam estes comentários meros devaneios paranóicos, é bom alertar: por muito  menos transformaram o Afeganistão e o  Iraque em campo de batalha, onde, aliás, estão longe de sair vitoriosos, apesar  de enfrentarem o deserto e não a selva, mil vezes mais complicada...


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SEGURANÇA DOS COMBOIOS DA OTAN NO AFEGANISTÃO É FEITA PELOS "SENHORES DA GUERRA"!

1. Informa o New York Times que o dinheiro dos contribuintes dos EUA está servindo para pagar uma rede de 'senhores da guerra' do Afeganistão que ganha milhões de dólares escoltando comboios da OTAN.  A investigação foi iniciada ano passado pelo subcomitê para a segurança nacional da câmara de deputados e descobriu que o dinheiro entregue a esses 'senhores da guerra' está mais perto de uma cobrança mafiosa, já que os comboios que se negaram a pagar foram atacados pelos mesmos homens que exigiam dinheiro para dar segurança.
         
2. Parte do dinheiro pago para a escolta vai para subornar os talibãs para que não ataquem. Os 'senhores da guerra'  erosionam a autoridade governamental do Afeganistão que os EUA trata de construir e ajudam a criar um poder paralelo. Há um contrato com a Host Nation Trucking de 2 bilhões de dólares que serve para cobrir a movimentação de comida e provisões entre as 200 bases dos EUA, através do país, que carece em muitos pontos de estradas asfaltadas.
         
3. O Informe de 79 páginas se chama 'Warlord Inc' (empresa senhores da guerra). Afeganistão é anfitrião de centenas de empresas privadas de segurança não registradas que empregam mais de 70 mil pessoas armadas e sem supervisão. Esse sistema é chamado em Cabul de 'Quaro Exército' e está implicado em numerosos casos de abusos de direitos humanos que não são denunciados.
          
4. Um exemplo. 600 homens da milícia Ruhullah, trabalham para Watar Management, uma companhia de segurança dirigida por Rashid e Rateb Popal primos do presidente do Afeganistão.

Por que da guerra contra o Afeganistão?

Para saquear suas riquezas minerais. Nada mais. 


Não tem isso de suprimir o uso da burka pelas mulheres nem implantar a democracia para todos. 


O que o Ocidente - EUA - quer é roubar o que existe no subsolo daquele país. 


Foi por isso que o Iraque foi alvo de invasão. 


Roubo, saque puro.

Esta é a democracia Yanque

Um analista militar dos Estados Unidos, Bradley Manning, foi preso sob suspeita de vazamento de um vídeo secreto para um site de denúncias, mostrando um ataque americano no Iraque, em 2007.
Manning, de 22 anos, foi detido no Iraque e está sendo mantido preso no Kuweit, aguardando mais investigações.
O vídeo mostra um ataque de helicópteros americanos em julho de 2007 em Bagdá no qual 12 pessoas morreram e foi postado no site WikiLeaks, que alegou mostrar militares americanos disparando contra civis iraquianos.
O WikiLeaks não confirmou que Manning foi a fonte das imagens postadas. A notícia de sua prisão foi divulgada em primeiro lugar no site Wired.com.
O ex-hacker Adrian Lamo afirmou que entregou Manning para as autoridades por temer pela segurança nacional dos Estados Unidos. Lamo afirmou que Manning se vangloriou para ele, contando como vazou as informações para a WikiLeaks.
Na transmissão, soldados americanos no solo podem ser ouvidos falando sobre duas crianças feridas e combinando a transferência das duas para um hospital.
O Pentágono não contestou a autenticidade do vídeo, mas está tentando descobrir a fonte das imagens.
Na época do ataque os militares americanos afirmaram que os helicópteros estavam envolvidos em operações de combate contra forças hostis.
Confinamento
Em uma declaração, o Exército dos Estados Unidos no Iraque informou que Manning foi colocado "em confinamento antes do julgamento por, supostamente, divulgar informação secreta".
Os responsáveis pela WikiLeaks afirmam que as imagens foram feitas com câmeras em helicópteros Apache dos Estados Unidos. Eles afirmam que decifraram as imagens mas não revelaram qual foi a fonte.
De acordo com o correspondente da BBC em Washington David Willis, o site WikiLeaks se descreve como uma organização sem fins lucrativos, financiada por ativistas de defesa dos direitos humanos, jornalistas investigativos e o público em geral.
Desde seu lançamento, há quatro anos, o site conseguiu formar uma rede global de denunciantes, que são as fontes para os documentos e vídeos publicados no site.
Manning teria alegado para o ex-hacker Adrian Lamo que, além das imagens do ataque em Bagdá em 2007, ele também foi o responsável pelo vazamento para o site de imagens de um ataque aéreo americano no Afeganistão, que o governo local alega ter matado quase cem civis.
O especialista militar também teria afirmado ter vazado milhões de documentos secretos, incluindo um no qual o site WikiLeaks é classificado como uma ameaça à segurança.

Os States e o atoleiro afegão


Nas celebrações midiáticas da “vitória” dos EUA sobre os Talibã no vale Helmand, pouca atenção deu-se à natureza da guerrilha: é tática típica deste tipo de luta desaparecer quando há presença de força muito superior, deixando à vista apenas alguns combatentes, para que o invasor seja forçado a ferir civis e causar dano a propriedades e instalações civis. Foi exatamente o que aconteceu em Marja. Ante proporção de cerca de 20 soldados superequipados para cada combatente da resistência, além de helicópteros, tanques e aviões bombardeiros, os guerrilheiros desapareceram de vista. Fizeram o que tinham de fazer. “Vitória” não é boa palavra para o que se viu lá.
A mesma situação irá se repetir em Candahar, que, diferente da região agrícola e de poucos moradores dispersos conhecida como Marja, é cidade grande e densamente povoada. Planejam-se outras operações, o que leva a crer que a “vitória” dos EUA em Marja definiu um padrão que consagra a ação militar. Essa não é estratégia que preveja futura retirada – e não leva os soldados dos EUA para fora, mas, sim, cada vez mais para dentro do território afegão. Isso, aliás, parece ser o plano já em excecução.
Washington Post noticiou pouco depois do fim da batalha de Marja, que “osMarines estão construindo enorme base militar nos arredores da cidade [sic], com duas pistas de pouso, hospital de combate dotado dos recursos mais modernos, estação de correios, enorme loja de conveniência e longas filas de trailers de moradia que avançam a perder de vista”.
Dado que Helmand é ponto focal da estratégia militar, é importante entender que papel desempenha nos negócios afegãos. O projeto de irrigação do vale, iniciado no governo Eisenhower como eco distante da agência Tennesse Valley Authority (TVA)[1] deveria criar ali uma próspera ilha de democracia e progresso. Como membro do Conselho de Planejamento e Políticas do governo Kennedy, visitei o projeto em 1962.
O que vi foi assustador: não havia qualquer estudo sobre a região a ser “desenvolvida”. Havia uma lâmina de solo impermeável logo abaixo da superfície, de modo que, irrigado, o solo ali se tornava imediatamente salino. O solo não fora nivelado; a irrigação, portanto, não funcionava. Ninguém se preocupara em ensinar os nômades a fixar-se e plantar; os grupos eram pequenos demais e não havia “comunidade de base” a partir da qual alguma engenharia social pudesse pensar em estimular o surgimento de alguma classe média; e, dado que não havia financiamento de qualquer tipo, nem para comprar sementes, os agricultores estavam pagando juros de 100% a agiotas e especuladores. Em resumo: depois das altíssimas expectativas que haviam sido criadas ali, o desapontamento e a desconfiança eram palpáveis.
Criamos um monstro? Parece que sim. Seja como for, não há como não ver que precisamente onde tentamos implantar o primeiro programa de ação cívica dos EUA naquela região é onde os Talibã tornaram-se mais fortes.
E o que aprendemos com aquela experiência? Que nada sabemos sobre os afegãos e seu país, nem sobre os objetivos que os afegãos tenham para o país deles… Mas, outra vez, já temos uma política definida para implantar no Afeganistão! Temos muito a aprender.
Quero aqui apenas alinhavar três questões que me parecem cruciais, e que decidirão se construiremos novas relações com os afegãos, ou se faremos deteriorar de vez qualquer relação que algum dia os EUA tenham tido, lá.
Os russos venceram praticamente todas as batalhas
e chegaram a ocupar cada metro quadrado do território,
mas perderam cerca de 15 mil soldados – além da guerra…

1.
 A primeira questão crucialmente importante para que se avaliem as políticas dos EUA para o Afeganistão, é o modo como os afegãos governam-se. Quatro, de cada cinco afegãos, vivem numa das mais de 20 mil vilas que há no país. Numa viagem de 4 mil quilômetros em jipe, a cavalo, e por avião, há quase meio século, e em inúmeras viagens posteriores, convenci-me de que o Afeganistão é aqueles milhares de pequenas vilas, cada uma delas relacionada culturalmente às vilas próximas, sim, mas, apesar disso, cada uma delas mais ou menos independente em termos políticos, e economicamente autárquica.
Essa falta de coesão nacional confundia os russos, durante a ocupação. Eles tiveram inúmeras vitórias militares, e, mediante programas de ação cívica, realmente passaram a controlar muitas vilas, mas jamais conseguiram encontrar ou criar qualquer tipo de organização que pacificasse todas as vilas ou que, em termos gerais, promovesse a paz. Em termos claros, nenhum soviético jamais conseguiu render quantidade significativa de vilas. Assim, ao longo da década em que lá estiveram, os russos venceram praticamente todas as batalhas e ocuparam, em determinado momento, praticamente cada palmo quadrado do território, mas perderam cerca de 15 mil soldados – além de terem perdido a guerra. Quando afinal desistiram e se retiraram, os afegãos voltaram ao seu modo tradicional de vida.
Aquele modo tradicional de vida está tecido num código social (chamado, nas áreas pashtuns, de Pashtunwali), que modela a forma específica de islã que lá se pratica há séculos e que, de fato, já existia antes de o Islã chegar lá. Por mais que haja, claro, diferenças notáveis entre as áreas pashtun, hazara, uzbeque e tadjique, tradições partilhadas determinam o modo como os afegãos governam-se e como reagem a estrangeiros.
Dentre essas formas culturais e políticas partilhadas estão os conselhos “de vila” (chamados de jirgas, nas áreas pashtuns; e de ulus ou shuras, nas áreas hazara). Os membros não são eleitos, mas indicados, para diferentes postos, por consenso. Esses conselhos “de vila” não são instituições, no sentido que damos às palavras; podem ser definidos como o que conhecemos como “ocasiões”. Reúnem-se cada vez que haja uma questão que não possa ser resolvida por um chefe local ou líder religioso respeitado.
Esses “conselhos de vila” são a versão afegã de democracia participativa. O que decidem é visto como corporificação do “modo de fazer as coisas” das comunidades.
Pela regra do Pashtunwali os visitantes têm de ser protegidos (o direito à melmastia). Não abrigar e proteger um hóspede é pecado tão grave, e demonstração tão série de fraqueza ou de fracasso, que o homem prefere morrer a falhar na proteção ao hóspede de sua casa. Por isso, claro, os afegãos não entregaram Osama bin Laden. A incapacidade de conciliar as exigências dos EUA e os costumes afegãos sempre esteve na raiz da guerra que os EUA lutam lá, já há oito anos.
Dois governos, Bush e Obama, já declararam que o objetivo dos EUA é impedir que a Al-Qaeda use o Afeganistão como base para atacar os EUA. Depois, esse objetivo foi afinado: bastaria capturar ou matar Bin Laden. Pode ser bom slogan eleitoral, mas ainda que os EUA fossem capazes de forçar os afegãos a entregar Bin Laden, só teríamos conseguido afastar-nos ainda mais, e talvez definitivamente, da comunidade pashtun dominante. E o perigo aumentaria, para os EUA; e nada estaria resolvido.
Muitos afegãos veem a “ação cívica” dos EUA exatamente
como o general Petraeus a descreveu: arma de controle e conquista.
Por isso, apoiam as ações da Talebã
Na verdade, a solução é outra, pode ser favorável aos EUA e está à vista há anos.
As regras do Pashtunwali não permitem que um hóspede protegido seja entregue ao inimigo; mas as mesmas regras permitem que o dono da casa, com honra, impeça o hóspede de praticar qualquer ação que ponha em risco a família e a casa que o abrigam. No passado, os Talibã já prenderam Bin Laden. E têm repetido inúmeras vezes que acederão à exigência dos EUA (de não fazer do Afeganistão uma base segura para a Al-Qaeda). Basta, para esse acordo, que EUA e OTAN retirem todos os seus soldados do Afeganistão. A dificuldade está em que os EUA, até agora, fixaram uma data para a retirada. Mas ainda não aceitaram formalmente o acordo com os afegãos.
2. A segunda questão crucial na avaliação da política dos EUA para o Afeganistão é o modo como os afegãos reagem aos programas de ação cívica que os EUA querem implantar lá.
O Afeganistão é país fechado, de poucos recursos, com povo que sofre a desgraça de guerra praticamente contínua há trinta anos. Há muitos doentes e feridos. A fome é ameaça constante e próxima. As estatísticas são aterrorizantes: mais de um, de cada três afegãos, vive com menos de 45 centavos de dólar por dia; praticamente um, de cada dois afegãos, vive abaixo da linha da pobreza; e mais de uma, de cada duas crianças em idade pré-escolar, sofre de subnutrição. São as que têm sorte. Uma de cada cinco crianças morre antes de chegar aos cinco anos. Claro que os afegãos precisam de ajuda. Então, os EUA concluem, eles receberão com gratidão os esforços norte-americanos para ajudá-los. Observadores independentes, contudo, já sabem que não, que os afegãos não são gratos aos EUA. Baseados em 400 entrevistas, pesquisadores da Tufts University constataram que “os afegãos têm percepção altamente negativa dos projetos de ajuda e dos atores daqueles projetos.” É indispensável saber por que.
A causa, parece-me, é que os Talibã entendem, dos discursos “ocidentais” sobre ações e projetos de ação cívica, que essa “ação cívica” é uma espécie de arma de guerra e força de ocupação. Os afegãos aprenderam sobre “ação cívica” com os russos, há muito tempo. E o general David Petraeus declarou, sem meias palavras, nos seus tempos de Iraque, que “Minha principal munição nessa guerra é o dinheiro”. Muitos afegãos comuns veem os programas de ação cívica dos EUA exatamente como Petraeus os descreveu – como arma de controle e conquista. E, se não colaboram com as ações dos Talibã contra esta “ajuda”, certamente as apoiam ou, no mínimo, as toleram.
Para entender esse processo, é útil lembrar o que houve no Vietnã. Também lá, os EUA descobriram que as pessoas ressentiam-se com o que viam e não poucas vezes aliaram-se aos inimigos dos EUA, equivalentes locais dos Talibã: os vietminh, ou, como foram chamados, os vietcong. Os vietminh mataram funcionários, professores e médicos, destruíram também obras que beneficiavam o país. Para os estrangeiros, a violência deles acabaria por torná-los odiados pela população. Não aconteceu assim. Como o governo de Cabul, o regime do Vietnã do Sul era tão corrupto e predatório que poucos o apoiavam, mesmo que os beneficiasse.
Quando os EUA herdaram a guerra do Vietnã, pensaram que o melhor seria manterem-se separados do regime corrupto; e usaram os próprios funcionários dos EUA para os serviços de prestação de ajuda humanitária nas vilas. Os serviços foram prestados, mas a forma de executá-los acabou por enfraquecer ainda mais a relação entre o governo do Vietnã do Sul e a população.
E que interesse tem isso, no caso do Afeganistão? Basta pensar no que disse o general Stanley McChrystal, quando suas tropas chegaram a Helmand: afirmou que levava para lá, “um governo encaixotado; basta tirar da embalagem e usar.” Esse governo é uma mistura de norte-americanos e afegãos selecionados pelos norte-americanos, de cuja constituição não participaram nem o atual governo em Cabul nem as autoridades locais em Helmand.
Como os afegãos reagirão ao governo de McChrystal? O presidente Karzai opôs-se de início, vendo no movimento uma tentativa de diminuir a autoridade de seu governo. Não se sabe ainda o que a população pensou. Mas os EUA sabem que quando tentaram semelhantes táticas de contraguerrilha no Vietnã, aquelas táticas – como se lê nos Pentagon Papers, que são documentos oficiais dos EUA – “falharam inapelavelmente”.
Se os EUA visam criar e deixar implantada uma sociedade razoavelmente segura no Afeganistão, a primeira providência é abandonarem essa política já fracassada; a segunda é marcarem data razoável para completa retirada. Só assim os afegãos poderão dissociar o que é de fato ajuda humanitária e o que é guerra de contraguerrilha.
O primeiro passo, indispensável e inadiável é a retirada.
Mais guerra só fará crescer os custos e os prejuízos
para os EUA e precipitará o fracasso
Isso porque, depois de um cronograma de retirada ser claramente anunciado, poderá começar uma transformação na psicologia política da relação entre EUA e os afegãos. Não haverá motivo (ou haverá progressivamente cada vez menos motivos), depois de a retirada das tropas ser anunciada, para os afegãos confundirem o que é guerra de contraguerrilha e o que é ajuda humanitária. Nesses termos, as jirgaslocais poderão aceitar os projetos que beneficiem de fato cada região – porque os membros das jirgas, tradicionalmente, são sensíveis ao que interessa diretamente à prosperidade e à saúde, em suas regiões e nas dos seus vizinhos. Rapidamente entenderão que lhes interessa proteger o que consigam por contribuição dos estrangeiros, mais do que lhes interessa admitir e facilitar que os Talibã destruam tudo. (…) Sem a proteção dos conselhos, os Talibã perdem eficácia. Sem essa cooperação, como Mao Tse Tung ensinou há tantos anos, serão como peixes fora d’água. Nesse sentido, portanto, é urgentemente necessário que os EUA fixem uma data e estabeleçam o cronograma da retirada de seus soldados do Afeganistão.
3. O que nos leva à terceira questão: o governo central. (…) Para os EUA, a resposta parecia simples: todos os governos devem autolegitimar-se como os norte-americanos legitimam seus governos: em eleições razoavelmente limpas. Sim, mas… os afegãos não legitimam seus governos exatamente como os norte-americanos.
A maneira afegã de legitimar governos é um processo de alcançar consenso que implica aprovação pelo conselho supremo do Estado, a loya jirga. Ponto mais alto de uma pirâmide de assembléias de vila, tribais e provinciais, a loya jirga, segundo a constituição afegã é “a mais alta manifestação do desejo do povo do Afeganistão”.
Como os norte-americanos hoje, os russos também se opuseram aos movimentos que, em termos afegãos, construiriam um consenso nacional.
Em 2002, quase dois terços dos delegados de uma loya jirga assinaram petição para que o rei exilado Zahir Shah, fosse feito presidente de um governo de transição que daria tempo, aos afegãos, para planejar seu futuro. Mas os EUA decidiram que Hamid Karzai seria “nosso homem em Cabul”. Então, como escreveu ano passado o pesquisador e professor Thomas Johnson, ex-funcionário do serviço diplomático no Afeganistão: “a interferência massiva dos EUA nos bastidores, sob a forma de subornos, acordos secretos e chaves de braço, instalou no poder Hamid Karzai, o candidato de Washington. (…) Foi o equivalente afegão do Golpe de Diem em 1964 no Vietnã: dali em diante, nunca mais seria possível constituir qualquer governo secular estável.”
Um governo afegão de transição, aprovado pela loya jirga, teria permitido que operassem os modos tradicionais de construir consenso; mas, como noticiou Selig Harrison: Zalmay Khalilzad, então embaixador dos EUA no Afeganistão, “encenou uma reunião de 40 minutos com o rei, o qual, logo depois, retirou a candidatura.” Desde então, padecemos as consequências dessa reunião.
Será ainda possível reverter as consequências do que se tem feito no Afeganistão há tanto tempo? Se os EUA deixarem de se opor ao que decida uma loya jirga, o governo de Cabul reagirá favoravelmente? Provavelmente não, enquanto os EUA só se preocuparem com proteger seus próprios soldados e funcionários. Mas se os EUA fixarem um cronograma claro e viável de retirada, os membros do governo afegão terão interesse direto e considerável em defender uma causa que poderão apresentar como nacional – e poderiam convocar uma loya jirga. De fato, o presidente Karzai já fez isso[2]. (…)
Em meu livro Violent Politics, em que estudo duzentos anos de guerrilhas, expus muitos fatos que indicam que, sim, é possível, mas não provável, que os EUA derrotem a guerrilha. Vez ou outra acontece de os guerrilheiros nativos expulsarem os estrangeiros ocupantes. Como leu-se no Washington Post no outono passado, o governo Obama admite que “os Talibã não podem ser eliminados como movimento político ou militar, por maior número e força de grupos de combate que sejam mandados para enfrentá-los.”
loya jirga é a esperança que resta para criar um governo nacional afegão razoavelmente equilibrado. Na loya jirga, por sua própria dinâmica, os grupos locais saberão dar destaque às questões locais, de modo a promovê-los e defendê-los. Essa ação terá peso significativo na luta para conter os Talibã, que serão forçados a compor-se. Hoje, os Talibã beneficiam-se da aura de defensores dos afegãos contra os EUA invasores e ocupantes. Se não mais houver nem invasão nem ocupação, essa aura desaparecerá.
Se os EUA forem sensíveis o suficiente para admitir que os afegãos são capazes de resolver seus problemas à maneira deles, em vez de insistir em impor-lhes fórmulasmade in USA, poderão dar a partida para um movimento rumo à paz e à segurança sustentáveis.
Para tanto, o primeiro passo indispensável e inadiável é a retirada. Mais guerra só fará crescer os custos e os prejuízos para os EUA e precipitará o fracasso.
William R. Polk