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Dilma intensifica viagens pelo Brasil

Com a aproximação do início da propaganda eleitoral gratuita, Dilma, intensificou sua agenda de gravações ao seu programa. Pelo menos dois dias por semana, ela se dedica a visitar um local identificado com ações do governo do presidente Lula com a equipe do jornalista João Santana, responsável pelo marketing da campanha, para coletar cenas.

Uma das propostas do programa de Dilma é apresentar personagens que se beneficiaram dos programas de governo. Contar suas histórias sempre com a petista ao lado, numa espécie de entrevistadora. A última parada foi em Pernambuco, onde passou por Ipojuca, Igarassú e Cabo de Santo Agostinho.

Na visita a Ipojuca, ela gravou numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por volta das 9h. No local, aproveitou para conversar e tirar fotos com pacientes. Até autografou o braço engessado de um menino que era atendido no local. Fez, ainda, tomadas numa escola técnica do município. Visitou o estaleiro Atlântico Sul, a Refinaria Abreu e Lima e o Instituto Federal Tecnológico. A candidata petista afirmou ainda que pretende fazer imagens nas obras de transposição do Rio São Francisco e em cidades produtoras de tecido e vestuário no interior de Pernambuco.

Reservado em seu trabalho, Santana mostrou para poucos como está ficando o programa. Quem viu diz que a estética é colorida e cinematográfica. Ele tem à disposição três câmeras de alta tecnologia, usadas em cinema. Na eleição de Lula, em 2006, Santana tinha apenas uma dessas filmadoras. Ele, por exemplo, fez tomadas de pontos turísticos como o Cristo Redentor, o Museu de Arte Contemporânea, em Niterói (RJ), a Avenida Paulista e a Ponte Estaiada, em São Paulo. O cenário do programa já testado a apresenta em uma espécie de escritório, com livros atrás e uma flor branca em sua mesa. Há até cenas de um rapaz correndo por uma praia carregando uma bandeira do Brasil.

Desde o período de pré-campanha, Santana tem armazenado imagens para usar na propaganda eleitoral. No comício no Rio de Janeiro, marcado pela estreia oficial de Lula como cabo eleitoral de Dilma, ele escalou sete funcionários para não perder nenhum momento do ato. Foi o maior número de equipes deslocadas nesse período.

Essas andanças de Dilma em agenda oculta reservada à publicidade da campanha já a levaram a gravar cenas sobre agricultura familiar em Padre Bernardo (GO), a visitar o encontro das águas no Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul, e a fazer caminhada às 6h em Brasília. No início desta semana, passou por Luziânia e Cristalina, em Goiás.

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O renascer da indústria naval

Em 2002, a indústria naval brasileira chegou a um piso de 2 mil empregados. Hoje emprega cerca de 45 mil pessoas.
“É inegável que houve uma evolução no setor. A indústria naval estava praticamente parada e agora experimenta grande volume de encomendas”
http://www.diariodaregiaoonline.com.br/fotos/noticias/industria-naval-021209.jpg
Navios e embarcações de apoio viabilizaram 2 estaleiros.
Apesar do baixo nível de tecnologia nacional nas plataformas, programa da Transpetro reativou a construção naval. Continua>>>

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Semana decisiva para o estaleiro Promar Ceará

A Prefeitura de Fortaleza promete anunciar de hoje até a próxima sexta-feira, uma posição oficial sobre a instalação, ou não, do empreendimento na Capital cearense. Orçado em R$ 200 milhões, o projeto traz "na proa", a perspectiva de geração de 1.200 empregos diretos e 5.000 indiretos, a partir da construção de oito navios gaseiros à Transpetro, e a possibilidade do Estado entrar com força, no seleto grupo da indústria Naval, que agora retoma à superfície, içada pelo Programa Federal de Modernização e Expansão da Frota Nacional (Promef).

Atualmente, como antecipou com exclusividade o Diário do Nordeste, a Prefeitura já detém, estudos de custos e dos impactos ambientais, paisagísticos e urbanísticos da implantação do equipamento em mais três áreas do litoral de Fortaleza, além do Titanzinho. São elas a Praia do Portão, também no Mucuripe, o Pirambu e o Poço da Draga, estas últimas localizadas no Centro da cidade.

Lançado pelo governador Cid Gomes, o estaleiro vem, há cerca de dez meses, navegando em águas não muito tranquilas. Bombardeado, inicialmente, pela própria prefeita Luizianne Lins e agora pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-CE), a instalação do equipamento naval já conquistou o apoio ambiental e jurídico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), mas segue dividindo opiniões e atraindo atenções.

Enquanto parte da população do Serviluz, principalmente surfistas e pescadores, já se manifestaram contrários à implantação do empreendimento naquela área, moradores do Pirambu são favoráveis, desde que, pelo menos, 90% dos 1.200 postos de trabalho prometidos pela PJMR, empresa sócia do Promar Ceará, sejam garantidos para moradores do bairro.

Para o empresário Paulo Haddad, presidente do Promar Ceará, a localização do estaleiro em uma das três áreas em estudo pela Prefeitura é indiferente, desde que o Estado banque os custos com a infraestrutura.

O comunicado oficial da prefeita Luizianne Lins vem sendo aguardado com grande ansiedade pelos investidores da PJMR, que, se tiver a área aprovada na costa de Fortaleza, terá somente até o próximo dia 30 de junho, para assegurar a posse da área na Secretaria do Patrimônio da União (SPU), e a licença ambiental prévia, no Ibama.

CARLOS EUGÊNIO

REPÓRTER

O acerto da prefeita Luizianne Lins mereceu aplausos de alguns dos deputados defensores do estaleiro em Fortaleza

A notícia de que o estaleiro está garantido para a Capital cearense foi comemorado ontem, na Assembleia Legislativa, principalmente pelos deputados que dão apoio à prefeita Luizianne Lins (PT). Na última quinta-feira, durante reunião em Brasília, Luizianne e o diretor presidente da PJMR, Paulo Haddad, entraram em consenso de que o estaleiro Promar Ceará será instalado na Capital cearense, conforme relatou o Diário do Nordeste.

Apesar do local ainda não ter sido definido, para aqueles que torciam com a vinda desse empreendimento para o Ceará, esta já é uma boa notícia. A prefeita não concordava com a instalação do estaleiro na Praia do Titanzinho.

Repercussão

Para o deputado Artur Bruno (PT), esta notícia é uma resposta aos tucanos que por várias vezes bateram na tecla de que a prefeita não queria o estaleiro. Segundo Bruno, a prefeita já havia mencionado vários pontos que poderiam abrigar o equipamento. O petista faz questão de explicar que Luizianne Lins não admitia que a empresa decidisse sobre o local sem levar em conta a decisão da Prefeitura e nem o interesse ambiental e da população.

O deputado Carlomano Marques (PMDB) que sempre debate o assunto no plenário da Casa, também comemorou o consenso entre a Prefeitura e a empresa responsável pelo estaleiro. Na quarta-feira, dia 12, o peemedebista havia afirmado ser contrário o posicionamento da prefeita em não querer que o empreendimento fosse instalado no Titanzinho, pontuando que o foco da prefeita estava mal direcionado e as propostas que Luizianne tem para aquela área eram inviáveis.

Ontem, Carlomano disse ter ficado alegre ao ver a manchete do Diário do Nordeste, informando que Luizianne Lins garante o estaleiro para a Capital. "Hoje, para meu gáudio, entendi que a prefeita dá uma prova de que realmente está no rumo certo. Todos nós estamos no século das luzes", comemorou.

Dessa forma, Carlomano entende que estão superadas as diferenças entre a prefeita e o governador Cid Gomes sobre o estaleiro, já que o governador apoiava a vinda do equipamento para a praia do Titanzinho.

"Não perderemos um investimento de no mínimo US$ 110 milhões de dólares. Tanto a prefeita quanto o empresário, garantem o estaleiro em Fortaleza. Teremos emprego e o alargamento do caráter administrativo de Fortaleza", atestou.

O líder do Governo na Assembleia, deputado Nelson Martins (PT), informou que na próxima segunda-feira, a prefeita vai visitar o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco. O petista ainda pontua que na próxima semana Cid Gomes se reunirá com a prefeita para debater qual o local onde o estaleiro deverá ser instalado.

Luizianne Lins garante estaleiro na Capital

Em menos de uma hora de reunião, realizada ontem em Brasília, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins e o diretor presidente da PJMR, Paulo Haddad, bateram o martelo: o estaleiro Promar Ceará será instalado na Capital cearense. Falta apenas decidir o local exato para receber o empreendimento.

Para demonstrar o empenho em resolver o impasse, na segunda-feira, 17, a chefe do executivo municipal visitará o Estaleiro Atlântico Sul, no município de Ipojuca, Pernambuco, interessada em entender o funcionamento de um equipamento desse tipo. No dia seguinte, o empresário, acompanhado do sócio Miro Arantes, chega a Fortaleza para conhecer melhor a orla e negociar com técnicos da Prefeitura a melhor área para a construção do estaleiro. Todos os locais já sugeridos, inclusive o Pirambu, serão avaliados.

"A reunião foi ótima. Nunca pensamos em perder a possibilidade de Fortaleza fazer parte da nova indústria naval brasileira. Por isso, estamos reunindo todo o nosso esforço para garantir o empreendimento na Capital cearense", afirmou Luizianne, antes de embarcar de volta aos seus domínios. Hoje, às 10h, ela visita as obras de reforma do Estádio Presidente Vargas.

Paulo Haddad, por sua vez, comemorou o resultado do encontro de ontem. "Pela primeira vez, tivemos a chance de colocar todos os pontos de vista na mesa. Agora tudo vai ser mais calmo. Vamos estudar todas as possibilidades e achar uma área adequada e vai ser em Fortaleza", ressalta o empresário. Continua>>>

Compra do Estaleiro Rio Grande deve ser fechada até o fim do mês


Sérgio Bueno, de Rio Grande – VALOR

A negociação para adquirir o controle do Estaleiro Rio Grande (ERG) que está sendo construído pelo grupo WTorre no Rio Grande do Sul é o primeiro passo da Engevix Engenharia para instalar dois grandes polos navais próprios no país. O segundo empreendimento será implantado na região Sudeste a partir do zero pela empresa, que em pouco mais de uma semana pretende definir uma área entre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo ou Espírito Santo para o projeto, disse ontem o diretor executivo Gerson de Mello Almada.
A Funcef, fundação de seguridade dos funcionários da Caixa Econômica Federal, é sócia da Engevix na aquisição do estaleiro gaúcho e pode ficar com 25% do negócio. Almada não confirmou a divisão das participações nem revelou o valor do negócio, mas disse que a operação deve ser fechada até o fim do mês, praticamente junto com a inauguração do ERG, prevista paro o dia 31. No Sudeste, o investimento será exclusivo da Engevix.
Segundo Almada, a negociação em Rio Grande inclui o projeto (e a área contígua) do ERG2, onde a WTorre pretendia construir embarcações de apoio a plataformas marítimas. A empresa ainda está discutindo com a prefeitura e o porto locais a aquisição de novos terrenos para produzir também navios-sonda e fabricar e integrar os módulos das plataformas. Conforme o executivo, a Petrobras já lançou dois editais para a contratação de sete navios-sonda e duas plataformas semi-submersíveis, que totalizam investimentos de R$ 7,6 bilhões.
O plano da Engevix é montar uma infraestrutura capaz de absorver todas as etapas da construção de uma plataforma de exploração de petróleo e gás. De acordo com o diretor, a produção dos cascos representa 40% do investimento total num projeto deste tipo, enquanto a fabricação dos módulos responde por mais 30% e a integração, pelos 30% restantes.
No ERG a Engevix vai construir os oito cascos já contratados pela estatal para plataformas de produção e armazenamento (do tipo FPSO) de petróleo e gás na área do pré-sal na Bacia de Santos, orçadas em US$ 3,5 bilhões. O trabalho será executado no local de qualquer forma devido a vantagens logísticas e de disponibilidade de mão de obra, mas a aquisição do estaleiro, com um dique seco de 350 metros de comprimento por 130 de largura, “pereniza” e dá mais produtividade ao investimento, disse Almada. A construção dos cascos deve iniciar em outubro e vai levar cinco anos e quatro meses.
A implantação do ERG começou em 2006 e exigiu investimentos de R$ 840 milhões, sendo 21% bancados pela WTorre e 79% pela emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) administrados pela Rio Bravo Securitizadora e garantidos pela Petrobras. Em contrapartida, a estatal terá direito de usar a estrutura durante dez anos e depois disso os ativos serão repassados ao controlador privado, que agora deverá ser a Engevix. O projeto do ERG2 é orçado em R$ 420 milhões.
Neste ano a empresa já adquiriu o controle da Aibel Óleo e Gás, especializada em manutenção de plataformas para a Petrobras, que dispõe de um terreno de 41 mil metros quadrados, galpões e áreas industriais em Macaé (RJ). Mas, segundo Almada, a área não serve para absorver o projeto para a região Sudeste porque não tem acesso ao mar e se presta apenas para a montagem de módulos pequenos. O executivo participou de um seminário sobre o setor naval em Rio Grande patrocinado pela própria Engevix e pela construtora Toniolo Busnello, e organizado pela revista gaúcha “Voto”.