Poesia da Noite

São olhares que se cruzam e se desviam
São sorrisos que se procuram, se esbarram
São águas de saudades, são rios de mar
São sonhos que se completam, rosas no falar
São jardins com borboletas, flores a voar
São pegadas na areias, são amassos
São toques em pensamentos,
São aconchegos, chamegos no olhar
São quero e não quero, vê se deixa disso
São não dá, fica como está, deixa rolar...
São depoises, vamos vê
São quem sabe...esperar
São quente, tá frio,
São qualquer coisa, qualquer lugar
São bolero, vem que eu te quero
São na cama, na rede
São na fonte, beijar.
São na música, no tocar
São cantando, dançando
No vento, coladinhos, no ar !

Leônia Teixeira

Recadinho da Vovó Briguilina





Você está esperando aquela pessoa que vai mudar tua vida para melhor?...Então dá uma olhadinha no primeiro espelho que encontrar.

Dilma se reúne com premiê da Noruega e presidente da Bolívia nos preparativos da COP21


SELO_COP21A presidenta Dilma Rousseff comentou, por meio de uma rede social, sobre os encontros que teve nos últimos dias em Paris. Ela está na capital francesa para participar da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP21), que começa nesta segunda-feira (30).

No sábado, Dilma participou de reunião de trabalho com os delegados brasileiros que irão participar das discussões na COP21. Neste domingo, a presidenta teve dois encontros bilaterais: com a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg.

Segundo a presidenta, o tema da conversa foram as posições dos dois países sobre a COP21 e a Declaração de Alto Nível sobre florestas.  "Tratamos da parceria que anunciaremos amanhã na Declaração de Alto Nível sobre Florestas", escreveu.

A presidenta também se encontrou com o presidente da Bolívia, Evo Morales, e os dois líderes sul-americanos discutiram as posições a serem tomadas durante as negociações da COP21. "Estamos alinhados: esperamos um acordo justo, ambicioso e duradouro. Concordamos que a reunião de Paris deve consagrar o princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, num acordo vinculante", finalizou.

Jânio de Freitas, Delcídio para nós

 


As dúvidas sobre a propriedade da prisão de Delcídio do Amaral, decretada por cinco ministros do Supremo Tribunal Federal, vão perdurar por muito tempo. Assim como a convicção, bastante difundida, de que a decisão se impôs menos por fundamento jurídico e equilíbrio do que por indignação e ressentimento com a crença exposta pelo senador, citando nomes, na flexibilidade decisória de alguns ministros daquele tribunal, se bem conversados por políticos.
Às dúvidas suscitadas desde os primeiros momentos, estando o ato do parlamentar fora dos casos de prisão permitida pela Constituição, continuam tendo acréscimos. O mais recente: Delcídio planejou a obstrução judicial que fundamentou a prisão, mas não a consumou. E entre a pretensão ou tentativa do crime e o crime consumado, a Justiça reconhece a diferença, com diferente tratamento.

A sonhadora reunião de Delcídio até apressou a delação premiada de Nestor Cerveró, buscada sem êxito pela Lava Jato há mais de ano. Ali ficou evidente que seu advogado Edgar Ribeiro estava contra a delação premiada. Isso decidiu o ex-diretor da Petrobras, temeroso, a encerrar aceitá-la, enfim.

Em contraposição às dúvidas sem solução, Delcídio suscitou também temas e expectativas que tocam a preocupação ou a curiosidade de grande parte da população. Sabe-se, por exemplo, que Fernando Soares, o Baiano, ao fim de um ano depositado em uma prisão da Lava Jato, cedeu à delação premiada. O mais esperado, desde de sua prisão, era o que diria sobre Eduardo Cunha e negócios com ele, havendo já informações sobre a divisão, entre os dois, de milhões de dólares provenientes de negócios impostos à Petrobras.

Informado dos depoimentos de Baiano, eis um dos comentários que o senador faz a respeito: ele "segurou para o Eduardo". Há menções feitas por Baiano que não foram levadas adiante pela escassa curiosidade dos interrogadores. Caso, por exemplo, de um outro intermediário de negociatas citado por Baiano só como Jorge, sem que fossem cobradas mais informações sobre o personagem e seus feitos. Mas saber tudo o que há de verdade ou de fantasia em torno do presidente da Câmara é, neste momento, uma necessidade institucional e um direito de todo cidadão.

Se Fernando Baiano "segurou para Eduardo Cunha", a delação e os respectivos prêmios -a liberdade e a preservação de bens- não coincidem com o que interessa às instituições democráticas e à opinião pública. E não se entende que seja assim.

Entre outras delações castigadas de Delcídio, um caso esquisito. Investigadores suíços confirmaram, lá por seu lado, que Nestor Cerveró tinha dinheiro na Suíça. Procedente de suborno feito pela francesa Alstom, na compra de turbinas quando ele trabalhava com Delcídio, então diretor Gás e Energia da Petrobras em 1999-2001, governo Fernando Henrique. A delação do multipremiado Paulo Roberto Costa incluiu o relato desse suborno. Mas a Lava Jato não se dedicou a investigá-lo e o procurador-geral da República o arquivou, há oito meses. Os promotores suíços foram em frente.

Na reunião da fuga, Delcídio soube com surpresa, por Bernardo, que Cerveró entregara o dinheiro do suborno ao governo suíço, em troca de não ser processado lá. É claro que a Lava Jato e o procurador-geral da República estiveram informados da transação. E contribuíram pela passividade. Mas o dinheiro era brasileiro. Era da Petrobras. Foi dela que saiu sob a forma de sobrepreço ou de gasto forçado. Não podia ser doado, fazer parte de acordo algum. Tinha que ser repatriado e devolvido ao cofre legítimo.

A Procuradoria Geral da República deve o esclarecimento à opinião pública, se fez repatriar o dinheiro do suborno ou por que não o fez. E, em qualquer caso, por que não investigou para valer esse caso. Foi ato criminoso e os envolvidos estão impunes. Com a suspeita de que o próprio Delcídio seja um deles, como já dito à Lava Jato sem consequência até hoje.

Mas não tenhamos esperanças. Estamos no Brasil e, pior, porque a ministra Cármen Lúcia, no seu discurso de magistrada ferida, terminou com este brado cívico: "Criminosos não passarão!" [toc-toc-toc, esconjuro] Foi o brado eterno de La Passionaria em Madri, que não tardou a ser pisoteada pelos fascistas de Franco. De lá para cá, em matéria de ziquizira, só se lhe compara aquele [ai, valei-me, Senhor] "o povo unido jamais será vencido", campeão universal de derrotas.



Briguilina do Dia





Pobre que faz faculdade graças ao PT e fica perseguindo a presidente Dilma Rousseff, é como aquele filho que larga os pais no asilo depois que fica rico.

by @AnaVilarino1

Oração dominical

Foto de Fernando Fernandes.

O matuto e o advogado





Um advogado viajava de carro pelo sertão do Ceará. Quando chega no município de Quixeramobim e lá no Riacho da Cruz, distrito de Pirabibu e próximo uma porteira viu um matuto e gritou:

- Abre logo essa porteira pra mim passar.

- Quem o sinhô pensa qui é pra falá cumigo desse jeito?

- Eu sou um doutor, advogado.




- E qui diabo é um dotô adivogado?

- É alguém que estudou muito e sabe de tudo.

- Pois intão vos micê qui sabe de tudo cum certeza sabe abri uma portêra

Lei de Direito de Resposta

Folha de São Paulo comprova a eficiência
Os Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que irão analisar a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a Lei de Direito de Resposta terão pela frente uma evidência claríssima: a melhoria exponencial da qualidade das informações após a aprovação da lei.

Ao aceitar o direito de resposta de pessoas atingidas, os jornais permitem que seus leitores tenham acesso a fatos verdadeiros. Mais que isso: serão mais exigentes com seus repórteres e editores, para não expor o veículo a mais direitos de resposta.

Esse filtro de qualidade é chamado de "autocensura" por Mirian Leitão. É a mesma "autocensura" praticada pelos melhores jornais do mundo.

Mais que isso, mesmo antes do primeiro Direito de Resposta ser concedido por via legal, os próprios jornais estão ajudando a criar uma nova jurisprudência, que será relevante quando começarem os julgamentos.

Ao conceder direito de resposta ao presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) o jornal Folha de São Paulo presta dois favores ao jornalismo:

1. Permite a seus leitores acesso a uma informação fidedigna, o artigo de Coutinho.

2. Reconhece que a manipulação das manchetes e do lide é uma forma de manipulação da notícia.

De fato, analisando o histórico do factoide constata-se que a primeira reportagem com a falsa denúncia continha as explicações do banco no pé da matéria. Mesmo sendo explicações definitivas mantiveram a manchete e o lide com a notícia falsa.

Este caso, mais o da juíza Ana Amaro – que ganhou ação contra a Globo no caso das adoções – mostra um grau de subjetivismo importante na hora de analisar os prejuízos com as notícias: não basta abrir espaço para o “outro lado” no pé da reportagem; importa analisar o efeito final da matéria sobre a opinião pública. Se a reportagem dá a versão do outro lado, mas encampa a versão falsa, a reportagem é falsa. Portanto, o julgamento tem que levar em conta o resultado final da reportagem.

Vamos analisar o caso Folha.

A história de uma barriga
O “furo” da Folha saiu no dia 1o, de novembro de 2015, em matéria assinada pelos repórteres Mário César Carvalho e Felipe Bachtold.

Segundo a reportagem, o BNDES driblou regra interna - que o proíbe de conceder empréstimos a empresa cuja falência tenha sido requeria na Justiça - e concedeu R$ 101,5 milhões de financiamento a José Carlos Bumlai, "amigo do ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva".



O empréstimo foi para a empresa São Fernando Energia 1, para gerar eletricidade a partir do bagaço de cana.

Enfatiza a reportagem que "após a autorização do BNDES, os R$ 101,5 milhões foram repassados à empresa de Bumlai pelo BB e pelo BTG, "que atuaram na operação como agentes intermediários".

O BNDES alegou que a simples existência do pedido de falência não é suficiente para impede financiamentos.

No mais relevante, a explicação do banco foi definitiva:

"No caso da São Fernando Energia, no entanto, a instituição de fomento sustenta que, por se tratar de uma operação indireta, nas quais outros bancos fizeram o repasse e assumiram o risco do crédito, caberia ao Banco do Brasil e ao BTG "proceder a análise cadastral e exame das certidões das beneficiárias finais, conforme as regras do BNDES".

A reportagem ouviu o Banco do Brasil, que tinha uma explicação clara para a operação. Foi uma operação de renovação de um antigo financiamento, na qual a empresa agregou novas garantias ao Banco do Brasil. O mesmo aconteceu com o BTG.

Tratava-se, portanto, de uma operação bancária legítima que desmentia o título e o lide da matéria. Os repórteres deram corretamente o outro lado. Mas a edição e o título definiram o teor da reportagem, a impressão que ficou com a opiniõa pública.

O primeiro efeito da falsificação

No dia 5 de novembro de 2011, reportagem de Aguirre Talento, de Brasília tinha o título:

exto alternativo gerado por máquina:bra! CPI pede documentos sobre amigo de Lula,

O primeiro objetivo havia sido alcançado. Com base em uma notícia falsa, a CPI do BNDES aprovou requisição de documentos ao banvo sobre a operaç˜qao colocando mais lenha na fogueira política

A reportagem já toma como verdadeira a reportagem do dia 5o, comprovando que as explicações do BNDES e do BB de nada adiantaram:

Reportagem da Folha do último dia 1º revelou que o BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões a Bumlai, amigo do ex-presidente Lula que se tornou um dos alvos da Operação Lava Jato

Com base na matéria falsa, foram apresentados à CPI cinco requerimentos de convocação de Bumlai.

No dia 17 de novembro de 2015, em uma reportagem de Dimmi Amora sobre o depoimento de Eike Baptista na CPI do BNDES, mais uma vez se veicula a notícia falsa, ainda que acompanhada das explicações do banco:

A Folha revelou no início do mês que o BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai.

Era o próprio samba do crioulo doido. Apresentava-se a denúncia taxativamente e depois a explicação do BNDES mostrando taxativamente que a denúncia era falsa. Imagine-se a cabeça do leitor.

Com base na falsa denúncia, Polícia Federal e Ministério Público Federal - provavelmente as fontes da matéria inicial - entraram na parada. No dia 24 de novembro de 2015, reprtagem de Estelita Hass Carazzai informava que e "intimaram a presidência a entregar cópias dos contratos e seus processos de aprovação realizados entre 2005 e 2012".

Antes de ter acesso aos documentos, o procurador Diogo Castor de Mattos já tinha conclusões: "Äs empresas ou estavam inativas ou não tinham nenhuma atividade operacional na época dos empr[estumos".

No dia 5 de novembro de 2015, sem mencionar a Folha, o Estadão endossa a denúncia.



Reportagem de Daiene Cardoso se diz que:

A usina de Bumlai, em Dourados (MS), teria recebido do BNDES um empréstimo de R$ 101,5 milhões em 2012 após ter pedido falência à Justiça um ano antes. O requerimento aprovado não trata de quebra de sigilo das informações da operação e sim do acesso dos parlamentares aos contratos confidenciais.

No dia 24 de novembro de 2015, o Estadão continuava repercutindo a notícia falsa.

Uma usina de Bumlai, em Dourados (MS), teria recebido do BNDES empréstimo de R$ 101,5 milhões em 2012 após ter pedido falência à Justiça um ano antes. Além de ouvir o pecuarista, deputados querem ter acesso aos contratos do empréstimo feito pelo empresário, amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Todas as matérias repetem o mesmo tratamento padronizado de apresentar Bumlai como amigo de Lula.

Todas as matérias basearam-se em uma informação intencionalmente falsa j[a que, desde o primeiro momento, o jornal tinha a versão correta sobre ela. Só consentiu em dirimir definitivamente o fato devido à ameaça da Lei de Direito de Resposta.

Nesse período, a notícia falsa aumentou a temperatura política, serviu de álibi para que a Polícia Federal e o Ministério Público invadissem o BNDES e lançou uma mancha falsa de suspeita sobre o banco.

O jornal retificou o erro sabendo que havia atingido seu objetivo.

Para quem analisa a cobertura diária sem os óculos da torcida política, esse episódio é apenas um em um oceano de manipulações alimentadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Quem está trazendo o jornalismo de volta aos jornais é a Lei de Direito de Resposta. Sem ela, dificilmente sairia esse desmentido ou, como ocorreu hoje no Estadão, o repórter Fausto Macedo, porta voz da Polícia Federal, ter aberto espaço para a manifestação do advogado do filho de Lula.

por Luis Nassif

A Gutierrez começou a roubar só depois de 54 anos?

        Resultado de imagem para andrade gutierrez
    Andrade Gutierrez é uma multinacional brasileira de negócios diversificados fundada em 02 de setembro de 1948 em Belo Horizonte, Minas Gerais, pelas famílias Andrade e Gutierrez. Atualmente o grupo é presidido por Ricardo Sena. Wikipédia
    CEO: Otávio Marques de Azevedo
    Sedes: Belo Horizonte, Minas Gerais
    Fundador: Flávio Gutierrez
    Fundada em: 1948
    E mesmo depois de 54 anos de honestidade quando ela começou a roubar (2003) ela só roubou nos governos petistas, tanto estaduais quanto federal?
    Em Minas Gerais a empresa jamais pagou propina, até 1º de Janeiro de 2015.
    Isso vem ao caso, né mesmo Morojá?



Familiares e amigos de Delcídio querem ele delate e seja premiado




Eu também quero. 
Faço questão que ele conte todas as roubalheiras que saiba.
Faço questão que ele dê os nomes de todos os ratos que com ele comeram o queijo fino e diferenciado.
Mas, também faço questão que ele prove todas as acusações que fizer e não venha começar a delação dizendo:

"Até 31 de Dezembro de 2002 eu era honesta. A partir de 01 de Janeiro de 2003 deixei de ser, tudo culpa do PT, de Lula e da Dilma"...

É que muitos brasileiros já sabem de cor e salteado que se ele contar alguma trambicajem que esteve envolvido ou sabe que cometeram antes de 2003, os delegados, promotores e o Morojá-mor responsável pela Operação vaza a jato dirão em unissimo:




A Folha errou o escambau

É safadeza mesmo

A Folha errou, por Luciano Coutinho

No primeiro dia deste mês, a manchete desta Folha foi a reportagem "BNDES suavizou exigências para socorrer amigo de Lula", na qual o jornal afirma que o banco contornou norma interna que impediria conceder empréstimos para empresa cuja falência tenha sido requerida.

A matéria insinua que o objetivo seria dar tratamento privilegiado à empresa São Fernando Energia e a seu acionista José Carlos Bumlai por conta de uma suposta relação com o ex-presidente Lula.

Não houve nenhuma flexibilização de normas internas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A operação referida pela Folha foi feita na modalidade indireta, em que o BNDES atua em parceria com bancos credenciados.

Nesse caso, a análise do crédito e o risco de inadimplemento (pagar os valores devidos caso o mutuário não o faça) são assumidos pelos agentes repassadores, que foram BTG e Banco do Brasil. Em particular, cabem aos agentes atestar que fizeram a análise cadastral, o que incluiu identificar e avaliar processos judiciais e apontamentos que ameacem a solvência do postulante final.

O jornal tentou fazer crer que a operação seria irregular em razão da suposta existência de uma norma interna que vedaria financiar uma pessoa jurídica contra a qual exista um pedido de falência. O normativo em questão, contudo, tem sua finalidade ligada intimamente à etapa de análise de crédito, que, repita-se, nas operações indiretas não cabe ao BNDES, mas aos repassadores da operação.




A Folha não tinha nenhum indício de que teria havido tráfico de influência, mas tentou por dias encontrar algo atípico na operação. Não encontrou nada, mas nem assim deixou de levar sua insinuação à frente.
O jornal também ignorou o contexto em que os financiamentos ao grupo ocorreram. O primeiro, em 2008, aconteceu em um período de crescimento do setor, quando o BNDES e outras instituições financeiras apoiaram dezenas de empreendimentos semelhantes.
Nas operações da São Fernando Açúcar e Álcool, todos os procedimentos foram observados, as devidas garantias exigidas, o rating e o cadastro da empresa eram bons. O projeto foi concluído.

Em 2012, o financiamento indireto à São Fernando Energia ocorreu como parte da reestruturação do grupo, o que melhorou a posição de crédito do BNDES. Quando a empresa deixou de honrar com sua recuperação judicial, o banco não hesitou em pedir sua falência.

O erro da Folha foi grave, pois lançou uma suspeição indevida sobre o BNDES, que se espalha nas redes sociais e contribuiu para associar o nome do banco a operações policiais.

Para ser aprovado, um financiamento no BNDES passa pela avaliação de pelo menos duas equipes de análise e dois órgãos colegiados, num processo que envolve mais de 50 pessoas. Ingerências impróprias são virtualmente impossíveis.

O banco tentou em vão por 25 dias obter uma retratação da Folha. A concessão foi abrir este espaço de artigos, que não tem o mesmo impacto de uma manchete de domingo.

Embora a nova Lei de Direito de Resposta seja um avanço, optamos por não nos valer de seus mecanismos judiciais para restabelecer mais rapidamente os fatos para os leitores.

O BNDES não teme o debate e nem ser avaliado por suas opções estratégicas. Mas as informações precisam ser fidedignas para que a discussão seja justa.




LUCIANO COUTINHO, 69, economista e professor da Unicamp, é presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Briguilinks

Pra começar bem o domingo

Literatura

Noites de Copacabana nos anos 50 
- O novo livro do consagrado escritor Ruy Castro A NOITE DE MEU BEM contando a estoria do samba canção e dos ambientes onde se desenrolou esse gênero musical. O livro é ricamente ilustrado e é uma delicia de ler e relembrar esses anos dourados, edição da Companhia das Letras.
O pano de fundo do samba canção é a época que se seguiu ao fechamento dos cassinos, cenários das grandes orquestras dos anos 40. O espaço físico e o ambiente luxuoso dos cassinos apelavam às orquestras e cantores de voz potente para grandes espaços, o que atraia as composições do samba clássico, dos ritmos americanos, dos boleros, rumbas, tangos e salsas. Os artistas eram cantores e cantoras famosas, bem pagos, maestros experientes e músicos tarimbados. Não havia problema de custos, o negocio dos jogos dava muito lucro e permitia pagar bons cachês, patrocinar cardápios de primeira em jantares dançantes a preço de custo, o jogo pagava tudo. 
Com o fechamento dos cassinos como entreter os ricos frequentadores dessas casas em busca de diversão?
No Rio isso só seria possível em espaços pequenos que passaram a surgir em Copacabana, bares em terréus limitados
onde só seria possível conjuntos de três a cinco integrantes e musica intimista. Surge então o samba-canção, ritmo que se enquadrava nesses espaços, agora chamados de "boates" que viraram uma coqueluche nas ruas internas de Copacabana., mais de 50 surgiram e outras no centro, como a Night and Day de Carlos Machado no Hotel Serrador.
Os chamados "granfinos", uma certa faixa da alta sociedade que tinha por habito sair para noitadas, passaram a procurar as boates para jantar, ouvir boa musica e dançar. Romances e fossas se curtiam nas casas onde o samba canção era o carro chefe, o que criou um grupo de cantores e cantoras especializados no gênero, compositores antigos passaram a compor sambas-canções, ícones como Dolores Duran, Lucio Alves, Dick Farney, Jamelão, Lupicinio Rodrigues compunham o roteiro que também agregou Ary Barroso com seu Risque, Nora Ney, os clientes consumiam whisky ainda muito caro
nesses anos agradáveis onde a economia fluía bem e sentido de progresso estava no ar, especialmente no governo JK.
È evidente que a frequência das boates exigia lastro financeiro não só para a conta mas para a vestimenta que era pelo padrão da época era "chic", a sociedade era bem segmentada nas classes alta, média e baixa, era o tempo da Miss Elegante Bangu, das Dez Mais Elegantes do Ibrahim Sued e de seu concorrente Jacinto de Thormes , depois também os homens Dez Mais Elegantes, ranking que era esperado com ansiedade pelos leitores da Revista Manchete.
O livro de Ruy Castro não se limita a tratar de musica mas traça um pano de fundo da sociedade carioca daquela época,
através dos frequentadores das boates e da curtição do samba-canção, trata dos hábitos de vida do Rio e dos que não sendo do Rio passavam lá longas temporadas, especialmente o pessoal do Norte Nordeste e de Minas Gerais, camada que
fornecia boa parte da frequência das boates, uma atração turística especial do Rio, ia-se à cidade para isso.
O samba canção foi o gênero prévio da bossa nova, uma especie de ritmo de transição entre os sambas clássicos dos anos 30 e 40 e a modernidade da bossa nova que chegaria nos anos 60 no bairro vizinho de Ipanema.
Um  livro imperdível.
Recebido por e-mail


Mais ruim que Eu, só merda de porco

Síndrome

Não te enganes, amigo
É cheiro de morte, sim.
Pavor da voz, do passo incerto
Da taquicardia
Do minuto seguinte
Pavor do pavor.
O absoluto caos
Em cada esquina
Por trás de cada porta
Em cada olhar.
Um trago duplo
Um antidistônico
Só dão um tempo e a certeza
Do retornar mais terrível.
Não feches, não abras as mãos
Não as coloque em nenhum lugar
Porque nada mais é seguro.
Não pises
Não fales não cales
Não olhes
Não ouças nada do que se diga
Agora, e não creias em nada
Do que foi dito antes.
Nada importa.
É que no próximo ato
Certamente, o abismo te aguarda.


Francisco Cleóbulo Teixeira

Josias de Souza é minha diversão

A capacidade dele falar besteira é incomparável, Confere:
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado revela: 47% dos eleitores dizem que jamais votariam em Lula. Entre os potenciais presidenciáveis nenhum outro ostenta taxa de rejeição tão vistosa. Aécio é refugado por 24% do eleitorado. Alckmin e Marina são enjeitados por 17% dos pesquisados.
A três anos de 2018, Lula tornou-se um ex-Lula também quando medido pela taxa de intenção de votos. Num cenário com Aécio, o tucano lidera a sondagem com 31%, nove pontos percentuais acima de Lula (22%). Marina (21%) aparece grudada nos calcanhares de vidro do morubixaba petista, tecnicamente empatada com ele. Num hipotético segundo turno entre Aécio e Lula, o tucano prevaleceria por 51% a 32% se a eleição fosse hoje.
Substituindo-se Aécio por Alckmin, Marina assume a liderança com 28% —seis pontos percentuais à frente de Lula (22%) e dez pontos adiante de Alckmin (18%). Num segundo turno entre Marina e Lula, a candidata da Rede venceria a eleição por 51% a 31%. Num tira-teima entre PSDB e PT, Alckmin venceria Lula por 45% a 34%.
Lula caiu do pedestal, eis a principal informação contida na sondagem do Datafolha. Ele já foi pessoalmente imbatível. Em 2006, reelegeu-se cavalgando o escândalo do mensalão. Em 2010, eletrificou Dilma, seu poste. No ano passado, apesar do estrago promovido pelos delatores da Petrobras, conseguiu novamente carregar a pupila nas contas, mesmo tendo que anabolizar a propaganda de João Santana.
Hoje, Lula tornou-se o fardo de si mesmo. A ruína ético-financeira que carcome a gestão da falsa gerentona exerce sobre Lula os efeitos de uma espécie kriptonita, a pedra usada na ficção pelos inimigos do Super-Homem para minar-lhe os superpoderes. A diferença entre realidade e ficção é que Lula não precisou de nenhum Lex Luthor para se tornar um político convencional.
Lula dispensa oposicionistas. O melado que escorre da Lava Jato teve origem na sua administração. O escândalo caiu no colo da sucessora, que teve de abolir do vocabulário sua expressão favorita: “herança maldita”. De resto, a capacidade gerencial de Dilma é uma fábula 100% criada por Lula.
No final dos seus dois reinados, em 2010, Lula era considerado o melhor presidente que o Brasil já teve por 71% dos eleitores. No final de 2014, o índice despencou para 56%. No último mês de abril, caiu pra 50%. Hoje, apenas 39% avaliam que nunca antes na história desse país houve um presidente como Lula. Depois de tanta tempestade, começa a chegar a cobrança.
É uma comédia