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Mais médicos: mobilização dos egoísmos exagerados


O mais espantoso na mobilização dos médicos contra o plano do governo de contratar 12 000 profissionais para trabalhar em regiões pobres do país não é seu caráter egoísta. Vivemos num mundo de ambições individuais e vontade de enriquecer. Adam Smith, um dos pioneiros no estudo do capitalismo, dizia já no século XVIII que o progresso de uma sociedade era fruto da soma de seus egoísmos individuais. 
O problema é o caráter distorcido do debate. Os egoísmos não podem ser exagerados nem beneficiar um lado só. 
Resumindo um pouco o problema: os médicos querem que uma imensa parcela de brasileiros continue pagando as dores de um sistema de saúde desigual e ineficiente – na esperança de que assim poderão proteger suas carreiras e manter seu modo de vida. 
O principal argumento das entidades médicas nada mais é do que uma forma de desviar a discussão para ganhar tempo e, com simpatia dos meios de comunicação e ajuda do STF, impedir uma medida que, sem resolver todos os problemas da saúde do país, pode trazer diversos benefícios palpáveis para a maioria da população – sem que se possa apontar uma única contraindicação. 
Diz-se que não adianta contratar médicos sem melhorar a infraestrutura da saúde pública. É certo que é preciso construir novos hospitais, adquirir equipamentos e também reforçar equipes de apoio. Mas toda pessoa que já foi a um consultório num quartinho de periferia com uma criança doente no colo – pode ser na novela ou na vida real -- sabe a diferença entre encontrar um médico, recém-formado, gaguejante, e uma porta fechada. 
O governo quer mandar médicos para lugares abandonados por nossos doutores. Detalhe: no pleno exercício de suas sempre compreensíveis ambições individuais, os médicos não estão lá, nunca foram para lá e a maioria não pretende colocar os pés por ali. Não querem estes empregos – considerados ruins e sem perspectiva de ascensão -- que o Estado oferece e que tanta gente necessita que sejam preenchidos. 
Para convencer uma parcela a mudar de ideia, o governo oferece um salário bom, de R$ 10 000, e tem a garantia de que as prefeituras vão garantir hospedagem e comida. Nada menos que 2500 prefeitos já deixaram claro que não apenas apoiam o programa mas exigem que seja encaminhado o quanto antes.
Não é uma solução perfeita mas a alternativa é o inferno atual como perspectiva. Com a saúde brasileira na dependência cada vez maior dos movimentos do mercado dos egoísmos, o país não só tem poucos médicos, mas eles estão mal distribuídos. Os cálculos mais otimistas das próprias entidades médicas dizem que seria preciso esperar dez anos para que o país tenha – na média -- o número adequado de médicos para a população. Os pessimistas falam em 20 e até 30 anos. 
Por trás desses números, estamos falando de homens, mulheres e, especialmente, de crianças. São vidas humanas que poderiam ser salvas, todos os dias, pela presença de um médico – capaz de diagnosticar uma diarreia, um câncer a tempo de ser tratado, uma gripe que pode se transformar em pneumonia. Vamos esperar no mínimo dez anos para, teoricamente, ter uma situação um pouco melhor? Quantas milhares de mortes sem necessidade teremos até lá? Quantas vítimas de doenças curáveis, de tragédias sem atendimento?
Num país onde existe menos de 2 médicos para cada 1 000 habitantes, os números não devem enganar. A vida real é muito pior do que a estatística. Os três estados mais ricos -- São Paulo, Rio e Minas – tem quase 2,5 por 1 000. Numa prova da imensa desigualdade, os demais tem menos de 1 por e, neste caso, a perversidade é ainda maior. Atraídos pela rede privada, que paga salários equivalentes mas oferece plantões mais suaves, em estados mais pobres uma imensa maioria de doutores jamais vestiu o avental do SUS nem pretende. Você pode até achar feio, pouco ético mas vamos reconhecer o mundo em que vivemos. Advogados agem assim, idem para engenheiros e mesmo para jornalistas. 
O problema é outro e fácil de ser diagnosticado. Os médicos podem fazer o que quiserem com a vida deles – só não podem querer impedir que a vida dos pacientes mais pobres, aqueles que não tem renda para um plano privado, mesmo o mais baratinho, quem sabe pior que o SUS fora o marketing, fique um pouco, um pouquinho, melhor. 
Profissão de nível universitário, em cursos que pagos com dinheiro público, outros amplamente subsidiados há um descompasso entre os médicos e o país. Os doutores são mais necessário aonde a maioria não quer ir. O plano do governo consiste numa intervenção – em nome do interesse público – para dar um novo desenho a lei da oferta e da procura. Procura-se a racionalidade na defesa de vidas humanas, sob uma Constituição que diz que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. 
Neste ambiente, toda tentativa de impedir uma melhoria – por menor que seja – no atendimento à população mais humilde só irá contribuir para ampliar o mercado dos planos privados. Obrigará quem tem pouca renda a colocar a mão no bolso – quase sempre vazio -- para comprar aquilo que o Estado tem obrigação de oferecer. Teremos, com o passar do tempo, um país ainda mais vergonhosamente desigual. E, certamente, a saúde estará pior, cada vez mais cara, como acontece em países, Estados Unidos à frente, onde a medicina privada tem uma importância tão grande e oferece um tratamento inferior para a maioria. 
Este médico de 10 000 reais, lá na ponta, costuma resolver 80% dos casos quando aparece na hora certa, no lugar certo. Todos ganham. Menos, claro, aqueles que podem ser dar bem no jogo de carências e oportunidades da situação atual. Há egoísmos e egoísmos, como se vê. 
Esta é a discussão. 
A própria classe média, que costuma reservar olhares de simpatia ao movimento dos médicos, até por uma natural identificação de classe, pois ali encontra amigos, filhos, pais, poderia refletir se não estão querendo que faça um papel ingênuo neste debate. 
Um melhor atendimento por parte do Estado pode livrar a classe média do duplo pagamento de hoje, quando deixa uma parcela pesada de seus rendimentos no imposto de renda – e ainda é obrigada a pagar por um plano privado de saúde que, muitas vezes, sequer entrega aquilo que se espera na hora em que é mais necessário. 
Esta também é a discussão.

Paulo Moreira Leite

Boa noite

Lembra de mim


Lembra de mim 
nem que seja para esquecer-me
lembra por um momento
pois momentos são eternos
e que seja eterno e terno 
nem que dure apenas um momento !

Leônia Teixeira

Para mim sonegar é sinônimo de roubar. Enquanto JB não provar que não sonegou, para mim ele é um ladrão

A empresa Assas JB Corp , tem como endereço exatamente a residência do proprietário Joaquim Benedito Barbosa Gomes - presidente do STF -, indicando que se trata de uma empresa de fachada.

Os motivos que levaram Joaquim Benedito Barbosa Gomes, comprar o apartamento de Hum milhão de dólares, pelo valor simbólico de 10 são desconhecidos. E como o cínico diz que não deve satisfações a ninguém e que deus se parece com ELE, o que podemos fazer?

Vocês eu não sei. Mas, pelo menos eu desabafo e digo que para mim ele não passava de um FHC - Farsante, Hipócrita, Cínico -, agora depois dessa, afirmo:

Ele é um ladrão.

Simples assim.




Cadê o Amarildo?

Papa Francisco: fofo e paciente

por Zuenir Ventura
O Papa Francisco, que por um engano de trajeto acabou nos braços do povo, vai encontrar um país onde há descrença na política e uma igreja às voltas com um preocupante declínio. Segundo pesquisa do Datafolha, os católicos ainda são maioria, mas já foram bem mais do que os 57% registrados agora. Em 2007, eram 64%, e há 20 anos, 75%, enquanto cresce o número dos evangélicos, uma concorrência difícil de enfrentar, já que eles praticam uma religião-espetáculo mais midiática, que oferece a preços variados recompensas imediatas aqui na Terra, não só no céu.
Em relação aos políticos, o seu choque cultural vai ocorrer quanto aos costumes. Habituado à simplicidade e à moderação, o Jorge Bergoglio, que como cardeal andava de ônibus, e o Francisco, que, como Pontífice, trocou os trajes alegóricos pela batina branca, o sapato vermelho pelo preto, a pompa pelo despojamento, vão estranhar que no Brasil parlamentares e governantes prefiram a mordomia de pegar carona em avião e helicóptero oficiais.

A propósito, dificilmente um político brasileiro passaria pelo teste de popularidade a que foi submetido o Papa logo depois de chegar. Aconteceu quando o carro que o conduzia tomou uma pista errada no Centro da cidade e acabou preso no trânsito, ficando imobilizado por alguns minutos. Imediatamente cercado por uma multidão comovida e excitada, tentando tocá-lo de qualquer maneira, a cena deixou os seguranças tensos com o que poderia acontecer.

Assistiu-se, então, a um impressionante e inesperado espetáculo, nunca visto nas ruas do Rio. Sereno e sorridente, sem levantar o vidro que manteve o tempo todo aberto, Francisco parecia achar tudo natural, até mesmo quando, além de mãos e braços, enfiaram pela janela um bebê para que ele beijasse e benzesse.

A tolerância do Papa seria mais uma vez posta à prova no Palácio Guanabara, quando resistiu sem cochilar ao interminável discurso da presidente Dilma, que, em vez de dar rápidas boas-vindas a um viajante exausto, fez um relatório do tipo “olha, Santidade, como estamos trabalhando”.

A fala do nosso visitante foi mais curta e mais interessante, com tiradas dignas do grande comunicador que é. Foi muito aplaudido quando disse: “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo.” “Cristo bota fé nos jovens.” Por tudo isso, acho que a melhor definição dele foi dada por uma dessas garotas peregrinas que enfeitaram a cidade nestes dias: “O Papa é muito fofo.” E paciente.

Pela disposição à solidariedade e o gosto pela vida, a francesa Claude Amaral Peixoto foi uma das mais autênticas cariocas que conheci. O Rio do encontro e da celebração vai sentir muito a sua falta.

Programa Mais Médicos vai ajudar a coordenar e a qualificar os níveis de atendimento da Atenção Básica à Saúde

O Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, falou no programa Brasil em Pauta desta quarta-feira (24) que o programa Mais Médicos vai ajudar a coordenar e a qualificar os níveis de atendimento da Atenção Básica à Saúde. Ele destacou a importância do programa, que atenderá aos municípios que possuem postos de saúde e unidades de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde disponíveis, mas que enfrentam déficit de profissionais médicos. Os principais beneficiados, de acordo com o secretário, serão os municípios do interior e periferias das grandes cidades.
“Não podemos prescindir da necessidade nessas regiões onde já existe capacidade instalada, onde tem população para ser atendida (…) Nesse sentido vem o programa Mais Médicos. É um programa que é voltado para a especialização em atenção básica, para o provimento de regiões carentes, de difícil acesso, na periferia das grandes cidades e no interior do Brasil”, afirmou Mozart Sales.
Ao comparar a quantidade de médicos no Brasil com a dos países vizinhos, o secretário demonstrou que também são necessárias estratégias de médio e longo prazo para melhorar a saúde básica no país:
“Nós temos aqui hoje no Brasil 1,8 médicos por mil habitantes, quando nós temos aqui a Argentina e o Uruguai, vizinhos, com 3,2 e 3,7, sem falar de países da Europa, como a Espanha, Portugal, França que têm números muito mais expressivos que o Brasil. Temos estratégia a médio e longo prazo que é a abertura de novas vagas de graduação em medicina. O Brasil tem hoje 17 mil vagas por ano, precisamos ampliar as vagas de graduação, são 700 mil brasileiros que fazem vestibular para medicina todos os anos, esse é um número que não tem similar no mundo inteiro.”

Cheiro de café

O bolo de laranja no centro da mesa era ressaltado pela toalha branca e o cheiro de café nos recebia na porta. A simplicidade nos oferecia o melhor acolhimento e a tarde se acanhava de findar.
Vanja Campos

Quem mais trai Dilma, o PMDB ou o PSB?


    É no que dá o republicanismo. Nisso e no Fux, no plim-plim, no trim-trim e na Comissão da 1/2 Verdade

    APOIO A DILMA NA CÂMARA É O PIOR DESDE QUE PT CHEGOU AO PODER

    As taxas de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados caiu neste ano aos mais baixos índices desde a chegada do PT ao Palácio do Planalto, em 2003, com Luiz Inácio Lula da Silva.

    Dilma teve neste ano 72% de apoio nas votações, índice inferior até mesmo a 2005, ano em que Lula enfrentou a pior crise do seu governo com o escândalo do mensalão. Mesmo assim, sua base o apoiou em 80,81% das votações na Casa. Nesse quesito, porém, o pior ano da era Lula foi seu último, 2010, com 80,1%.

    O PMDB, por exemplo, concedeu 56,06% de apoio, o mais baixo índice desde que aderiu formalmente ao governo petista, em 2007, início do segundo mandato da era Lula. O percentual chega a ser inferior aos referentes ao primeiro mandato de Lula, quando o partido era rachado e autodeclarado independente. .. Até o PSOL em 2013, com 56,14%, foi mais fiel a Dilma do que o PMDB.

    Outros partidos que na era Lula eram muito fiéis ao governo também apresentam sinais de cansaço. É o caso do PP e do PSB, presentes no governo do PT desde 2003 e que neste ano, tal qual o PMDB, apresentaram os mais baixos índices de apoio ao governo nesta série de dez anos. O PSB teve taxa de apoio de 64,79%, enquanto o PP ficou em 63,85%.

    O PSB, presidido pelo governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente da República em 2014, Eduardo Campos, só reduziu o apoio a Dilma desde a posse da presidente. Em 2011, ela foi de 91,67%. Em 2012, de 77,88%. Terminou o primeiro semestre deste ano em 64,79%. Nos anos Lula, a média de apoio foi de 87,07%. Com Dilma, até agora está em 78,11%.

    Política no Face

    Foto de 

    MINI GRANAS NO MEGA CITY: RADIO MINI GRANAS NO MEGA CITY.

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    Luis Nassif: As lembranças da cultura católica do meu tempo

    Minhas lembranças mais doces são João 23 e as freirinhas do Colégio São Domingos, que nos ensinaram a ação social e política. Minhas lembranças mais antigas são as rezas da vó Martha e da tia Marta. E as mais profundas, a procissão da Semana Santa e o canto de Verônica e as cenas do Calvário, pintadas por Pedro Zogbi no começo do século passado, que um pároco ignorante apagou das paredes da Igreja do São Benedito, em frente de casa.

    As lembranças mais amargas ficam com os Irmãos Marista, o clima interno opressivo, pecaminoso, embora guarde lembranças inesquecíveis dos íntegros, irmãos Nazário, Zé Bento (Baiano), e o Zatopeck (irmão Paulo Portugal) e Rosa Branca (irmão Gregório).

    Quando a Igreja dessacralizou-se, acabou com o latim e incorporou a MPB, meu grupinho, em Poços, animou missas e casamentos com Vandré, Edu, Chico e Danilo Caymmi.

    Tempos atrás, no entanto, fui ao Bar Mitzvá do filho de um amigo e me encantei com o cerimonial profundamente religioso, como que saído das fraldas dos tempos. Havia pontos em comum com os cânticos africanos, como que com a origem das religiões.

    Eugênia me levou a uma missa no Mosteiro de São Bento, e senti falta do misticismo das missas de antigamente.

    E vocês?Leia mais »

    Parafraseando Ciro Gomes

    [...] e mudando nomes e locais. 
    Em vez de Dilma, Cid Gomes
    Em vez de Brasilia, Ceará 
    A base aliada, os partidos que apoiam a presidente lá em Brasilia, são os mesmos que apoiam o governador cá no Ceará.

    "O Cid não é uma má pessoa. É uma pessoa decente, trabalhadora. Ele é meio arrogante e muito inexperiente. Muito, muito, muito inexperiente. Ou seja: isso já tava dito. Eu cansei de falar muitas vezes... e cercado de gente de quinta categoria. Esse é o grande problema. Pilotando uma aliança que é assentada na base da putaria".
    Ciro Gomes

    O nó que o Brasil necessita desatar é esse

    Em tese, a política fiscal seria  o espaço da solidariedade no capitalismo. Caberia a ela transferir recursos dos mais ricos para os fundos públicos, destinados a contemplar os mais pobres e o bem comum. Sem carga tributária adequada não se constrói uma Nação. Não apenas isso. A  composição da receita é decisiva na incidência regressiva ou redistributiva que ela provoca. O sistema brasileiro é um caso pedagógico da  regressividade. Mais de 60% da arrecadação está embutida nos preços dos bens de consumo. Não importa a renda do consumidor: ganhe um ou 100 salários mínimos por mês, pagará o mesmo imposto por litro de leite. 

    O tributo sobre o patrimônio, em contrapartida, não chega a 3,5% da arrecadação. Pior: bancos pagam menos que o conjunto dos assalariados, cuja paciência chegou ao limite com a qualidade do que obtém em troca. 

    O  que se arrecada, tampouco se destina automaticamente a reduzir abismos sociais. Da receita anual, cerca de 5% do PIB destinam-se aos juros  da dívida pública. Equivale a quatro vezes mais o que supostamente custaria a implantação da tarifa zero no transporte coletivo das grandes cidades brasileiras. Mais de dez vezes o custo do  Bolsa Família. Treze vezes o que o programa  ‘Mais Médicos' deve investir até 2014 em obras em 16 mil Unidades Básicas de Saúde; em equipamentos para 5 mil unidades já existentes; na reforma de  818 hospitais; equipando outros 2,5 mil e em melhorias nas instalações de 877 Unidades de Atendimento.LEIA MAIS>>>

    Papa Francisco é um Pastor Feliciano com mais poder

    Os evangélicos estão sendo injustiçados. O tsunami de críticas que atingiu Marco Feliciano, Silas Malafaia e demais líderes evangélicos fundamentalistas se aplica ao papa Francisco e à Igreja Católica. Explico: as mesmas bandeiras conservadoras levantadas pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso estão no centro da atuação da igreja católica há séculos. E o argentino Mario Bergoglio, agora chamado de Francisco, comunga destes ideais e não se mostra disposto a alterá-los. Pelo contrário.
    Vamos por partes:
    Primeiro, a homofobia
    Muito se reclamou da atuação de Feliciano contra os direitos fundamentais dos homossexuais. A coleção de frases e a atuação do pastor não deixam dúvidas quanto à sua posição. Como é sabido, a igreja católica igualmente condena a homossexualidade, e considera pecado o amor da população LGBT.
    O próprio Francisco, pessoalmente, demonstra preocupação com o que chama de “lobby gay” no Vaticano. Conforme revelou o site católico Reflexión y Liberación, o pontífice afirmou o seguinte em uma audiência recente com a diretoria da Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos: “Na Cúria há gente santa de verdade. Mas também há uma corrente de corrupção, é verdade. Fala-se de lobby gay, e é verdade, ele está aí... temos que ver o que podemos fazer”.
    Em entrevista para o livro “Religiões e política”, o deputado do PSC-SP afirmou o seguinte: “Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo; [assim] você destrói a família, cria-se uma sociedade só com homossexuais, e essa sociedade tende a desaparecer, porque ela não gera filhos”.

    Pesquisa CNT/MDA: mostra crescimento de Dilma pós-protestos

    Dilma foi a única a crescer em relação ao último Datafolha, que colocou os pesquisadores nas ruas durante os dias de protesto. No atual cenário, ela continua sendo a grande favorita, vencendo todos os seus oponentes no 2º turno.
    A pesquisa divulgada essa semana pela CNT/MDA consolida a percepção de que a presidenta Dilma foi a candidata mais afetada pelos protestos de junho, ou, mais especificamente, pela maneira como as corporações de mídia comunicaram os protestos. Por outro lado, Dilma foi a única a crescer em relação ao último Datafolha, que colocou os pesquisadores nas ruas durante os dias de protesto. Foi de 30 para 33,4, enquanto Marina caiu de 23 para 20,7, Aécio de 17 para 15,2 e Eduardo oscilou dentro da margem de erro de 7 para 7,4.

    Esse movimento era esperado, tanto é que no dia 6/7 tuitei o seguinte palpite:
    Dilma - 35
    Marina - 20
    Aécio - 15
    Eduardo - 5

    Mais uma vez esclareço que não tenho nenhuma vocação para a vidência. Ocorre que desde o início do ano, quando o Datafolha fez seu primeiro levantamento, insisto que os dois fiéis da balança de 2014 serão a Mídia e os Evangélicos, justamente a combinação explosiva que levou as eleições presidenciais de 2010 para o segundo turno. A partir da análise constante desses dois fatores foi possível prever as oscilações ora encontradas pelos institutos de pesquisa.

    Momentos de ampla participação popular, sobretudo num país em que a mídia é monopolizada, tendem a prejudicar a avaliação dos mandatários que exercem cargos no poder Executivo; por isso os governadores do Rio e de São Paulo também perderam pontos.

    Com relação ao governo federal, como a Economia segue dentro dos eixos, as taxas de emprego seguem elevadas e se amplia os canais de diálogo com os movimentos sociais organizados, a tendência era mesmo de recuperação gradual da presidenta que, a meu ver, ainda tem espaço para crescer. A imprensa tentou fazer barulho com o locaute dos empresários portuários, mas o governo reagiu rápido. Até o momento não se vislumbra um novo flanco para a oposição de direita, a não ser que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que promete trazer milhões de pessoas ao Rio de Janeiro, possa servir a este propósito - até porque são praticamente infinitas as possibilidades dentro de uma ilha de edição.

    Marina Silva pode faturar com o evento, já que grupos evangélicos prometem manifestações. Além disso, ela é a candidata com perfil mais "messiânico", o que por si só pode agradar fiéis de qualquer religião. O momento é propício para que seus militantes saiam às ruas, tentando agregar as pautas de Marina ao leque de temas em debate na Jornada, o que pode reverberar nas próximas pesquisas. Quanto a Aécio e Eduardo, não creio que seus índices sofram alterações significativas em razão da JMJ.

    O noticiário das corporações de mídia, essa semana, insistem no tema da inflação. A presidenta entra no debate e defende as medidas do governo para mantê-la dentro da meta. A pauta, em si, pode render alguns pontinhos ao candidato Aécio, que em seus espaços de comunicação com o povo vem batendo nesta tecla.

    No atual cenário, Dilma continua sendo a grande favorita, vencendo todos os seus oponentes no segundo turno. Sua vantagem não é mais a mesma que a registrada antes dos protestos, quando tinha mais pontos que todos os adversários somados. Agora, a presidenta tem a mesma pontuação que os dois principais oponentes somados. Como ninguém sabe o que vai acontecer durante a JMJ e também não sabemos em que momento as próximas pesquisas serão realizadas, fica difícil fazer qualquer previsão. Mas, no geral, a tendência é a presidenta continuar crescendo. Marina pode subir alguns pontos, enquanto Aécio e Eduardo devem estabilizar. A conferir.

    Lula: A Dilma não é nada mais do que uma extensão da gente lá”

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça-feira (23), durante discurso no Festival da Mulher Afro, Latino-Americana e Caribenha, em Brasília, uma defesa enfática da presidente Dilma Rousseff e disse que ela sofre "preconceito" de "setores conservadores". 
    Após as manifestações que tomaram as ruas do país, pesquisas de popularidade mostraram forte queda no percentual de brasileiros que aprovam o governo Dilma. Pesquisa Datafolha divulgada no último dia 27 indica que o índice de eleitores que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 57% para 25%.
    Para Lula, Dilma está sendo tratada com "mais preconceito" do que o sofrido por ele. O ex-presidente defendeu as respostas de Dilma aos protestos, como o programa Mais Médicos, que, entre outros pontos, prevê trazer médicos estrangeiros para atuar em áreas pobres do país.
    “Eles agora estão com preconceito contra ela maior do que tinham contra mim, a maior falta de respeito com uma mulher da competência da companheira Dilma. Será que eles têm falta de respeito com a mãe deles como têm com a Dilma? A Dilma não é nada mais do que uma extensão da gente lá”, disse Lula, sem especificar a quem estava se referindo.
    Segundo o ex-presidente, os “setores conservadores” estão colocando as “unhas de fora”. “Nós somos responsáveis pelos acertos e pelos erros. Mais uma vez, os setores conservadores estão colocando as unhas de fora. A luta, companheiros, continua", afirmou.
    O ex-presidente também comentou sobre o programa “Mais Médicos”, lançado pela presidente Dilma e defendeu a proposta de se trazer médicos estrangeiros para atuar em áreas pobres do país.
    “É preciso melhorar a saúde, sim. Se os médicos brasileiros não querem trabalhar no sertão, que a gente traga médicos de fora. Ninguém quer tirar emprego de ninguém. Longe de mim tirar emprego de médico brasileiro, mas o que quero é dar emprego em lugar aonde não tem médico”, disse.
    Lula também se opôs a críticas de que os médicos estrangeiros contratados pelo governo deveriam fazer o "Revalida", exame nacional de diplomas médicos expedidos por instituições de educação superior estrangeiras. Para o Conselho Federal de Medicina, os médicos que se formaram no exterior precisam ter os conhecimentos testados.

    Bom dia

    MEC institui política nacional para criar mais cursos de medicina no país


    O atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) deverá ser o elemento central do projeto pedagógico do curso. A expansão ocorre no âmbito do Programa Mais Médicos que tem, entre os objetivos, expandir o número de vagas de medicina e levar médicos para o interior do país.

     A portaria que cria a Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de Educação Superior está publicada na edição de hoje (23) do Diário Oficial da União. 


    As instituições federais de educação superior vão apresentar as propostas para abrir cursos. Essas propostas serão analisadas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) que vai avaliar critérios como o projeto pedagógico, o perfil do corpo docente e o projeto de infraestrutura. A implantação e o cumprimento dos requisitos de qualidade dos cursos serão monitorados. 


    O Programa Mais Médicos prevê a criação de 11.447 novas vagas em cursos de medicina até 2017 com foco na melhor distribuição da oferta de profissionais no país e nas regiões onde há necessidade de ampliar a formação de médicos. Do total das vagas criadas, 6.887 deverão ser abertas até o fim de 2014. Os dados são do Ministério da Saúde.


    Fonte: Agência Brasil

    Bom dia