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por Alon Feuerwerker

O que fazer agora?

Uma tragédia como o fuzilamento das crianças no Realengo desencadeia impulsos também violentos. É forma de dar vazão ao medo. Poderia ter acontecido com cada um de nós, com nossos filhos, netos, sobrinhos.

Então precisamos de explicações e culpados. Não nos basta a culpa do assassino. Afinal ele já morreu e o sofrimento dele acabou, pelo menos na visão de quem acredita na vida só aqui e agora.

A proibição total do comércio de armas e munições é uma proposta legítima, ainda que não tenha recebido apoio no último referendo.

Passou no Congresso Nacional mas os eleitores mandaram ao arquivo, apesar do quase unânime apoio da imprensa e da opinião pública.

Proibir completamente a venda legal de armas e munições evitaria a barbárie do Realengo? Improvável. Se o sujeito está disposto a realizar uma carnificina não é a falta de lojas de armas que o vai fazer desistir.

Se decidiu que morrer é um bom preço a pagar para poder matar, já ultrapassou os limites. Já atravessou a fronteira que contém as pessoas para não cometerem certos crimes. Já deixou para trás o medo das consequências.

Atenção. Não escrevi que a proibição é certa, nem que é errada. Só escrevi que dificilmente teria evitado o acontecido ontem no Rio.

O tráfico de armas costuma vir conectado com o das drogas. E há políticas para combater ambas. Mas não existe sociedade que tenha conseguido eliminar completamente qualquer uma das duas ilegalidades. Armas disponíveis sempre haverá.

Pode-se aumentar a punição para a venda ilegal de armas? É uma possibilidade. Mas não seria panaceia.

Outro impulso é instituir penas mais duras, duríssimas, para crimes como o de ontem. Vale aqui de novo a lógica já descrita. A pena de morte, para tomar a situação última, não será capaz de demover alguém já disposto a morrer para praticar um crime extremo.

Em frente. Casos como a matança do Realengo despertam o desejo de encarcerar todo mundo que tem problemas mentais. Uma brecha é imediata. Nem todo mundo com distúrbio mental está catalogado como doente.

Além disso, e por qualquer critério razoável, não é razoável achar que a loucura se resolve, em todos os casos, com a reclusão. Nem sequer na maioria deles. Seria uma violência extrema, e obviamente injusta. Medieval.

Então não há o que fazer? Estamos condenados à fatalidade? Claro que não. Claro que há.

É bom debater todas as dimensões do problema, e é ótimo que se busquem obstinadamente soluções para os diversos vetores, mas o espírito prático pede tentar buscar o que pode ser feito imediatamente.

A matança do Realengo é a primeira do tipo em nosso país. Seria politicamente injusto culpar as autoridades por não a terem prevenido.

Mas o Brasil não será o mesmo depois de 7 de abril de 2011. Quantos perturbados mentais não viram no espetáculo macabro de ontem uma janela para a fama?

E o comércio ilegal de armas e munições está aí para atender à demanda.

Agora, as autoridades precisarão mover-se das cadeiras e dizer como vão fazer para diminuir ao mínimo o risco de alguém entrar armado numa escola. Aliás, já era obrigação antes mesmo de ontem. Agora virou questão de honra. De vida ou morte políticas.

Que governador ou prefeito vai querer no seu estado ou cidade a repetição do acontecido no Rio? Então é bom mexerem-se.

Não se trata de culpar ninguém, além do assassino, pela tragédia do Realengo. Nunca tinha acontecido. Não estava no radar.

Mas aconteceu. Infelizmente pode acontecer de novo. Então é preciso prevenir. É hora de agir.

Para que a partir de ontem todas as milhares de escolas em todo o Brasil possam estar um pouco mais seguras.

Nem que se precise colocar revista na porta de cada uma delas.

Não é pedir muito. Um país que tem dinheiro para Copa do Mundo, Olimpíadas e Trem-Bala haverá de encontrar os recursos para fazer das nossas escolas um lugar mais seguro para nossas crianças.

Realengo

A tragédia que ceifou as vidas de 12 crianças na escola de Realengo, no Rio, provocou no Congresso um surto legiferante.
  
Os congressistas decidiram fazer um ataque às gavetas, resgatando projetos voltados à segurança pública. Resolveu-se também produzir propostas novas.
Dá-se agora um fenômeno que se repete sempre que um crime, por hediondo, comove o país.
O último surto do gênero ocorrera em fevereiro de 2007, nas pegadas da morte do menino João Hélio, 6 anos.
Preso ao cinto de segurança, João Hélio foi arrastado do lado de fora do carro –roubado de sua mãe num semáforo do Rio— por sete quilômetros.
Quando os bandidos abandonaram o veículo, o garoto estava sem a cabeça, os joelhos e os dedos das mãos.
Ontem, como hoje, a onda de comoção produziu no Legislativo um tsunami de discursos e projetos. Semanas depois, restabeleceu-se o marasmo.
Agora, empurrado pela nova onda, o Senado decidiu por para andar duas proposições que sugerem providências contra a violência nas escolas.
Numa, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) propõe a criação do Save (Sistema Nacional de Acompanhamento e Combate à Violência Escolar).
Noutra, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) recomenda que o MEC passe a dispor de uma Agência Federal para a Coordenação da Segurança Escolar.
De resto, o presidente da Comissão de Justiça, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), anunciou um esforço concentrado para votar projetos anti-violência.
Eunício mandou levantar todas as propostas que tratem de segurança publica. Disse que a proteção das escolas deve ser “preocupação nacional”.
Na Câmara, duas comissões (Segurança Pública e Direitos Humanos) designaram seis deputados para acompanhar as investigações do massacre na escola do Rio.
O deputado Mendonça Prado (DEM-SE), que preside a Comissão de Segurança, disse que os colegas destacados como olheiros do caso produzirão um diagnóstico.
A partir dessa análise, disse Mendonça, a comissão vai realizar audiências públicas e sugerir mudanças na legislação.
“De onde veio a arma usada pelo criminoso? Por que ainda há facilidade para uma pessoa obter arma no Brasil?”, pergunta-se o deputado.
“Sabendo disso, poderemos sugerir mudanças na lei. O certo é que esse fato nos traz diversos questionamentos”.
A exemplo do que ocorre no Senado, as gavetas da Câmara estão apinhadas de projetos que cuidam de segurança.
Alguns deles tratam especificamente das escolas. Há até projetos que sugerem a criminalização do bulling (agressão física ou psicológica entre alunos).
Considerando-se os fatos que se sucederam ao assassinato do menino João Hélio, o barulho que volta a ser ouvido no Congresso talvez resulte em pouca coisa.
No rastro do crime de 2007, o Senado retomou o debate sobre a redução da maioridade penal –um dos assassinos era menor. Deu em nada.
O então senador Antonio Carlos Magalhães (ex-PFL-BA), ainda vivo na época, propôs a criação de um fundo para indenizar as cítimas de crimes hediondos. Nada.
Presidia o Senado nessa época Renan Calheiros (PMDB-AL). Foi envolvido numa crise moral que monopolizou as atenções do Senado.
Também deu em nada. Mas produziu uma pororoca que permitiu a Renan exibir a sua força e levou os colegas a esquecerem de João Hélio.
Nas poucas vezes em que os surtos congressuais levam à aprovação de leis, o resultado fica longe do pretendido.
Por exemplo: no ano eleitoral de 2006, o PCC convulsionou as ruas de São Paulo. Executaram-se policiais, incendiaram-se veículos, aalvejaram-se delegaciais.
A violência levou o Congresso a se debruçar sobre duas dezenas de projetos que tramitavam em seus escaninhos.
Aprovou-se apenas um, em 2007. Pune a entrada e o uso de celulares nos presídios. Decorridos quatro anos, criminosos continuam falando ao telefone atrás das grades.
Uma das perguntas que atormentam o deputado Mendonça Prado –“De onde veio a arma usada pelo criminoso?”— não existiria se tivesse vingado uma lei de 1997.
Naquele ano, aprovou-se no Congresso a criação do Sistema Nacional de Registro e Apreensão de Armas de Fogo.
Destinava-se a combater o contrabando de armas como a que chegou às mãos do maluco que alvejou as crianças da escola de Realengo.
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Vídeo

[...] do atirador entrando e saindo das salas de aula

Tragédia em Realengo

Fico espantado com a superficialidade com que se está tratando esta tragédia na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo. O rapaz enlouquecido que fez essa monstruosidade é apresentado de todas as formas preconceituosas possíveis, como portador de HIV ou religioso islâmico e acusado de “passar o dia na internet”.  Ora, nenhuma destas três coisas explica coisa alguma sobre o ataque psicótico que o levou a atacar e matar crianças em uma escola.
Se explicassem, haveria milhares de tragédias assim, pois há milhões de soropositivos, de islâmicos e denerds.
Só reforça esteriótipos e preconceitos, porque nem Aids, nem fé muçulmana ou internet fabricam este tipo de loucura.
A tão falada carta do homicida a cada hora é usada para achar uma “lógica” num ato ilógico, louco, transtornado. Uma exploração irresponsável, discriminatória e cheia de ódios. Afinal, a carta  apareceu e não faz referência a nada do que se falou na imprensa, irresponsavelmente.
E ficaram falando em “fundamentalismo islâmico”. Que vergonha!
Aliás, não é só a mídia que está agindo com leviandade. O Senador José Sarney perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Suas declarações de que o ato foi “terrorismo” e de que era preciso colocar “segurança pública”  (o que seria isso, artes marciais, defesa pessoal, ou o que?) no currículo das escolas  são lamentáveis.
Como eu disse antes, o colégio era tranquilo, nunca tinha registrado incidentes de violência e até tinha um bom sistema de segurança. ora, ninguém está livre de deixar entrar um louco sob a aparência mais cândida do mundo.
Não é hora de histeria. Todos vocês  lembram dos demagogos que prometiam -parece que se mancaram – colocar um guarda em cada esquina, como se um guarda próximo fosse evitar este massacre. Não evitaria, até porque, casualmente, havia policiais perto e eles agiram rapidamente. A presença de um policial sentado dentro da escola só ia, provavelmente, fazer com que um louco disposto a chacinar começasse por ele, de surpresa.
Posto, aqui embaixo, um trecho da fala da presidenta Dilma Rousseff dizendo o que deve ser dito: que este tipo de acontecimento não era característica de nossos país, nos convidando a repudir esse absurdo e a vivermos juntos a comoção que algo tão bárbaro provoca na gente.


Massacre em Realengo

A hora é de reflexão, de luto e de chorar os inocentes mortos no Rio
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Dilma pede um minuto de silêncio pelas vítimas de ataque à escola no RJ

A hora é de luto e de chorar os inocentes, as 10 crianças barbaramente assassinadas nesta manhã, numa Escola do bairro do Realengo na Zona Oeste do Rio (outras 18 crianças ficaram feridas). Como disse a nossa presidenta, Dilma Rousseff, choramos com todo o país pelos 10 brasileirinhos que perderam a vida de forma covarde, brutal e infame.

A hora é de socorrer os feridos, atender aos professores e alunos e apoiar as famílias que vivem a perda precoce de crianças inocentes, vítimas de uma tragédia, infelizmente, até certo ponto, ocorrida várias vezes lá fora, em outros países, mas sem precedentes no Brasil.

Vamos viver o nosso luto, pedir às famílias que tenham força nessa hora trágica, mas não vamos deixar escapar a oportunidade de fazer uma reflexão sobre as causas da tragédia. Refletir sobre o porquê, e como um jovem brasileiro pratica um ato tão vil, covarde e tão violento como este, de assassinar uma dezena de crianças e se matar.

Tragédia precisa levar a uma reflexão

Algo de muito errado está acontecendo conosco enquanto povo, enquanto nação. E não somente o fato do jovem possuir farto armamento e munição, entrar impunemente na escola sem ser contido antes, mas o mais grave, as razões e o meio social que o levaram a praticar semelhante crime. Semelhante gesto tão tresloucado.

Todo o país, governos, educadores e toda sociedade devem, até como uma homenagem aos que perderam suas vidas, e às suas famílias, fazer um diagnóstico e tomar medidas educacionais, sociais e policiais amplas, objetivas e urgentes, em cima dessa tragédia.

Até para entendê-la, para que ela nunca mais se repita. Não é mais possível fazer de conta que não está acontecendo nada com nossa juventude e em suas comunidades.

Os próprios meios de comunicação, governos e a sociedade como um todo precisam avaliar o papel e a responsabilidade de cada um nessa tragédia. Ela pode muito bem ser o sintoma de que algo mais grave está adormecido em nossa comunidade, em nossa nação, algo a exigir de cada um de nós uma ação concreta para evitar a repetição de semelhante barbárie.
Zé Dirceu

Questões sobre a matança na escola em Realengo

Antes de tirar conclusões precipitadas sobre as razões da tragédia na escola de Realengo (RJ), muitas questões precisam ser respondidas. Talvez algumas delas já tenham sido quando você ler este questionário:
1) Quais as armas usadas pelo atirador? Dois revólveres calibre 38? Quais suas marcas?
Isso é importante para saber se são importadas ou, como a maioria das em uso no Brasil, fabricadas no próprio País. Se forem da Taurus ou da Rossi, podem jogar no lixo a culpabilidade pela falta de fiscalização das fronteiras. Se forem importadas, a questão é saber se entraram legalmente ou ilegalmente.
2) Onde o atirador comprou suas armas? Tinha porte de arma?
No debate sobre desarmamento que este caso vai despertar, é fundamental saber se as armas eram legais ou não.
3) Se tiverem sido adquiridas legalmente, inclusive o municiador rápido que ele parecia usar, como ele conseguiu autorização para comprá-las? Quão fácil é comprar esses equipamentos em uma loja ou nas ruas?
4) Quantos tiros o assassino disparou dentro da escola?
Pela quantidade de vítimas e pelo número de tiros que os feridos receberam, o atirador parece ter disparado mais de 25 vezes. Se cada revólver tinha capacidade para seis balas, significa que recarregou as armas mais de uma vez cada uma. Alguém tentou desarmá-lo antes da chegada dos policiais?
5) Quanto tempo demorou entre o início da matança e chegada do sargento que o conteve?
6) A chegada da polícia foi casual, com o sargento sendo alertado por um dos feridos que conseguiu chegar à rua, ou a direção da escola também chamou a polícia?
7) Há alguma conduta de segurança pré-estabelecida nas escolas do Rio e do Brasil para casos de invasão? Há algum procedimento que deve ser seguido? Em caso positivo, foi?
8 ) É uma hora propícia para vendedores de equipamentos de segurança venderem seu peixe. Por isso, quão eficiente e custoso seria instalar detectores de metal na entrada de todas as escolas públicas do País?
9) Há estudos que provam ter diminuído as ocorrências criminais nas escolas dos EUA onde foram instalados detectores de metais?
10) A polícia já encontrou e começou a periciar o computador pessoal do atirador? Encontrou algo de revelador nele? Se ele não tinha computador, sabe-se se frequentava alguma lan-house?
11) Ele participava de alguma rede social? Quem eram seus “amigos” e “seguidores”?
12) É correto tachar o atirador de islâmico ou muçulmano?
É fundamental reconhecer que ele era antes de mais nada uma pessoa confusa, para dizer o mínimo, e que na sua carta-testamento ele escreve literalmente: “(…) que jesus me desperte do sono da morte para a vida”. Muçulmanos não citam Jesus, mas Alá.
13) Obviamente o assassinato em massa foi planejado com muita antecedência: ele comprou as armas, os carregadores rápidos, escreveu a(s) carta(s) testamento. Em alguma fase dessa preparação teria sido possível que alguém desconfiasse de suas intenções? O crime poderia, assim, ter sido evitado? Ou, por ser recluso, não deu pistas a ninguém?
14) Retomar a campanha de desarmamento, que fez cair drasticamente os assassinatos no Brasil entre 2003 e 2005, pode ajudar a evitar que casos como esse se repitam?
15) Nos EUA, onde se tornaram comuns, casos assim costumam estimular outros potenciais atiradores a “sair do armário” e copiar o assassino de Realengo?

José Roberto de Toledo


Vídeo

[...] mostra desespero depois da tragédia em Realengo

Massacre em Realengo

Veja a carta que o franco atirador, Wellington Menez de Oliveira escreveu antes de cometer a barbarie.
Veja 

Realengo

O franco atirador, Wellington Menezes de Oliveira

Mortes em Realengo


Movimentação em frente à escola onde houve tiroteio. Foto do leitor Leonardo Reis
Ex-aluno invadiu, na manhã desta quinta-feira, a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, fez vários disparos, que teriam atingido pelo menos 15 alunos. Três crianças morreram. O atirador seria Wellington Menezes de Oliveira. Ele foi baleado na perna e depois se matou. Segundo Fernandes, fiscal do Detro, que fazia uma operação na região, Wellington deixou uma carta explicando as razões do atentado. A carta ainda não foi divulgada.
O Detro estava fazendo uma operação de combate ao transporte clandestino, com três carros, nas proximidades. Os fiscais contavam com o apoio de policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária.
- Um garoto baleado no rosto chegou pedindo ajuda e contando que um cara entrou atirando na escola. Uma equipe socorreu o menino, e outras duas se dirigiram à escola. Chegando lá, o sargento Alves abordou o atirador, que estava no segundo andar, subindo para o terceiro. O policial deu um tiro na perna do criminoso e mandou ele se render. Em seguida, o homem deu um tiro na cabeça - disse Fernandes.
Bombeiros levaram as vítimas para dois hospitais da região, um deles o Hospital Albert Schweitzer.
O gari Dorival Porto Rafael, que se encontrava na escola no momento do tiroteio, contou que o homem armado entrou em uma sala da oitava série, onde cerca de 40 alunos assistiam à aula de português.
- Ele entrou na escola dizendo que daria uma palestra. Foi para uma sala da oitava série, que fica no primeiro andar, e sem falar nada tirou uma pistola da bolsa e começou a atirar. A polícia chegou, e ele tentou subir para o segundo andar, quando viu que estava cercado, deu um tiro na cabeça. Nenhum funcionário pode se aproximar, apenas a polícia está no local - contou em entrevista por telefone.
Uma multidão de pais e curiosos cerca a escola. A Rua General Bernadino de Matos, onde fica a unidade de ensino, está fechada. Há muito choro e desespero porque os familiares não têm informações sobre o que aconteceu. Durante a confusão, muitas crianças fugiram.
Maria do Carmos Pereira, que mora perto da escola, disse à GloboNews TV que ouviu muitos disparos:
- Foram muitos tiros. Não sei precisar quanto tempo, mas acho que uns cinco minutos. Há muitas ambulâncias e carros da polícia aqui - afirmou.
Outro vizinho, Marcelo Alves, disse que viu crianças com tiros na cabeça:
- Estava chegando em casa por volta de 8h10m e vi a confusão em frente à escola. Vi várias crianças, entre dez e 15, saindo baleadas. Pelo menos três eu vi que estavam com tiro na cabeça. Posso dizer que parecia que estavam mortas. E como a ambulância estava longe, as crianças estavam saindo nos braços dos pessoas e dos policiais. Muitos foram pro hospital no carro da polícia e em carros particulares - disse Marcelo Alves, segurança de 50 anos que mora a cerca de 100 metros da escola.
A Secretaria municipal de Educação ainda não se pronunciou sobre o caso, mas informou que representantes do órgão foram para a escola para apurar o ocorrido e tomar providências necessárias. A Secretaria de Segurança também não se pronunciou sobre o caso.