A hora é de reflexão, de luto e de chorar os inocentes mortos no Rio
A hora é de luto e de chorar os inocentes, as 10 crianças barbaramente assassinadas nesta manhã, numa Escola do bairro do Realengo na Zona Oeste do Rio (outras 18 crianças ficaram feridas). Como disse a nossa presidenta, Dilma Rousseff, choramos com todo o país pelos 10 brasileirinhos que perderam a vida de forma covarde, brutal e infame.
A hora é de socorrer os feridos, atender aos professores e alunos e apoiar as famílias que vivem a perda precoce de crianças inocentes, vítimas de uma tragédia, infelizmente, até certo ponto, ocorrida várias vezes lá fora, em outros países, mas sem precedentes no Brasil.
Vamos viver o nosso luto, pedir às famílias que tenham força nessa hora trágica, mas não vamos deixar escapar a oportunidade de fazer uma reflexão sobre as causas da tragédia. Refletir sobre o porquê, e como um jovem brasileiro pratica um ato tão vil, covarde e tão violento como este, de assassinar uma dezena de crianças e se matar.
Tragédia precisa levar a uma reflexão
Algo de muito errado está acontecendo conosco enquanto povo, enquanto nação. E não somente o fato do jovem possuir farto armamento e munição, entrar impunemente na escola sem ser contido antes, mas o mais grave, as razões e o meio social que o levaram a praticar semelhante crime. Semelhante gesto tão tresloucado.
Todo o país, governos, educadores e toda sociedade devem, até como uma homenagem aos que perderam suas vidas, e às suas famílias, fazer um diagnóstico e tomar medidas educacionais, sociais e policiais amplas, objetivas e urgentes, em cima dessa tragédia.
Até para entendê-la, para que ela nunca mais se repita. Não é mais possível fazer de conta que não está acontecendo nada com nossa juventude e em suas comunidades.
Os próprios meios de comunicação, governos e a sociedade como um todo precisam avaliar o papel e a responsabilidade de cada um nessa tragédia. Ela pode muito bem ser o sintoma de que algo mais grave está adormecido em nossa comunidade, em nossa nação, algo a exigir de cada um de nós uma ação concreta para evitar a repetição de semelhante barbárie.
Zé Dirceu
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