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Tijolaço: NY Times mostra que ‘ajuda humanitária’ foi queimada por ‘guaidozistas’. Veja



Embora ninguém tivesse visto as tropas do governo da Venezuela queimando as carretas com a “ajuda humanitária” enviada pelos Estados Unidos na fronteira da Colômbia, a imprensa mundial – e a nossa, com entusiasmo – publicou que Nicolás Maduro, o monstro, havia queimado alimentos e remédios que fazem falta a seu povo.
Só que não.
New York Times publica hoje um vídeo onde se vê claramente que um dos coquetéis molotov lançado por opositores é que atingiu a cobertura de lona de um dos caminhões e iniciou o incêndio.
No vídeo, um militar que aparenta estar no comando dos soldados venezuelanos aparece não apontando armas, mas erguendo os braços e apelando aos manifestantes que parem com a violência.
Nem aqui, na nossa democracia, vi um integrante de tropa de choque fazer um gesto igual.
A reportagem foi traduzida pela Folha e pode ser lida aqui, mas transcrevo o essencial, para quem não tem acesso:
Imagens inéditas às quais o NYT teve acesso e imagens lançadas previamente –incluindo algumas divulgadas pelo governo colombiano, que atribuiu o incêndio a Maduro— permitiram uma reconstrução do incidente.
A reconstrução sugere que a causa mais provável do incêndio tenha sido um coquetel molotov atirado por um manifestante antigoverno.
Em dado momento, uma bomba caseira feita com uma garrafa é atirada em direção aos policiais, que estavam bloqueando uma ponte que liga a Colômbia à Venezuela, para impedir a passagem dos caminhões com os alimentos.
Mas o pavio usado para acender o coquetel molotov se separa da garrafa e, em vez de voar em direção à polícia, chega a um dos caminhões.
Meio minuto mais tarde, o caminhão está em chamas.
O mesmo manifestante pode ser visto 20 minutos antes, em um vídeo diferente, atingindo outro caminhão com um coquetel molotov, mas desta vez sem atear fogo no veículo.

É uma vergonha que cenas assistidas por dezenas de jornalistas tenham de ser, afinal, esclarecidas 15 dias depois, e por imagens recuperadas. Não li em lugar algum o que está visível e audível no vídeo no NYT: as tropas oficialistas pedindo calma e o fim da violência.
Assista:

Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um pedaço 
Vida que segue...

A América obscura

Paul Krugman
As luzes se apagam por toda a América - literalmente. A cidade de Colorado Springs tem aparecido nas manchetes com sua tentativa desesperada de economizar dinheiro desligando um terço de seus postes, mas coisas semelhantes estão acontecendo ou sendo enfrentadas por toda a nação, da Filadélfia a Fresno. Enquanto isso, o país que uma vez assombrou o mundo com seus investimentos visionários em transporte, do Canal Erie ao sistema rodoviário interestadual, está agora em processo de despavimentação: em alguns estados, os governos locais estão quebrando as estradas que não valem a pena serem mantidas e trocando por cascalho. 

E a nação que outrora valorizou a educação - estava entre as primeiras a oferecer educação básica a todos as crianças - agora a está reduzindo. Professores sendo demitidos, programas cancelados; no Havaí, o ano escolar foi drasticamente reduzido. E todos os sinais apontam para ainda mais reduções no futuro.  Nos disseram que não temos escolha, que as funções básicas do governo - serviços essenciais que tem sido fornecidos por gerações - já não são acessíveis. E é verdade que os governos estaduais e locais duramente atingidos pela recessão estão sem dinheiro. Mas não estariam tão desprovidos se os seus políticos se dispusessem a considerar pelo menos alguns aumentos de impostos. 

E o governo federal, que pode vender títulos de longo prazo protegidos da inflação à taxa de juros de apenas 1,04%, não está absolutamente sem dinheiro. Ele poderia e deveria oferecer ajuda aos governos locais para proteger o futuro de nossa infra-estrutura e filhos. Mas Washington está provendo apenas um pingo de ajuda, e mesmo assim a contragosto. Temos que priorizar a redução do déficit, dizem os republicanos e os democratas "centristas". E então, quase no suspiro seguinte, declaram que devemos preservar os cortes de impostos dos muito ricos, a um custo orçamentário de US$ 700 bilhões durante a próxima década. 

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